terça-feira, 23 de março de 2010

China: Pés de Lótus


Imagem capturada na Internet (Google)

O que mais chama a atenção em determinados povos, não é só o idioma, mas - sobretudo - sua cultura, suas tradições, passadas de geração a geração. Muitas ainda persistem; outras se encontram em processo de total de extinção ou estão sendo aniquiladas – aos poucos - pela modernidade, mas ainda há correntes que buscam preservá-las ou resgatá-las.
 
Algumas tradições são bastante interessantes, outras totalmente bizarras, havendo ainda aquelas que são aberrantes, capazes de causar dor ou mutilação.
 
Falando nas turmas acerca das postagens sobre a Mulher comentei que iria postar sobre as chinesas que calçavam sapatos minúsculos, os chamados sapatos de pés de lótus.

Esta tradição, graças a Deus, não se conservou, sendo abolida no Século passado.

Sua prática na China data do início do século X. Segundo as fontes de pesquisa, este costume foi estabelecido para crianças e mulheres de forma a imitar uma concubina imperial e com o objetivo principal de atrair o sexo masculino e, assim, conquistar um bom casamento.

Este acabou sendo absorvido pela classe alta da sociedade como um rito de passagem para as chinesas das boas famílias, tornando-se marca de status na Dinastia Sung (960-976 e.c.).

Consequentemente, famílias pobres viam neste costume a perspectiva de conseguir uma vida melhor para as filhas.
Até mesmo alguns homossexuais, na época, passaram a fazer uso deste costume com a intenção de atrair as atenções e se tornarem mais sensuais.
 
Esta tradição consistia em um doloroso e torturante processo de amarrações nos pés das meninas, à partir dos 3 anos de idade, para impedir o crescimento natural destes, a fim de mantê-los pequenos dentro de delicados calçados conhecidos como “Lótus Chinês”.

O processo de formação/moldagem dos pés de Lótus era bastante torturante, visto que os quatro dedos pequenos eram dobrados e colocados debaixo do calcanhar. Nisso, os ossos acabavam se partindo.

Durante o dia, a mulher calçava vários sapatos com o objetivo de reduzir os pés. Depois de atrofiados, os pés ficavam reduzidos a um comprimento que variava de 7 a 10 cm, no máximo.
 
As fábricas começaram a produzir sapatos com essas medidas, a fim de que os pés atingissem até 7 centímetros. Os sapatos variavam em termos de material, podendo ser de seda, cetim, tecido de algodão, encerado para a chuva etc.; decorados de acordo com a ocasião, como para casamento, para uso de mulheres casadas, para dormir, entre outras.




Por incrível que possa parecer e, por mais que julguemos uma aberração as deformações sofridas pelas mulheres, os pés pequenos e delicados representam objeto de desejo da sociedade chinesa, masculina, ou seja, despertava certo erotismo aos homens.






As jovens chinesas submetidas a este costume apresentavam grandes dificuldades para dançar e até mesmo para caminhar. Segundo as fontes de pesquisa, foi devido a esta dificuldade em andar das mulheres, balanceando de um lado para o outro, que deu origem a sua comparação à flor de lótus ao vento.
 


Este costume foi abolido em 1949, durante o governo de Mao Tse Tung, que liderou a República Popular da China e a implantação do sistema comunista no país.
 

Em razão disso e, graças a Deus, hoje só encontramos algumas idosas chinesas que foram submetida a este costume, deformando por moldar os pés de Lótus.

















OBS.: Todas as imagens foram capturadas na Internet e nos sites de consulta (abaixo).

 
Fontes de Consulta
 
 
 

5 comentários:

  1. Professora, que estranho. Mas fazia parte da cultura desse povo, elas não podiam deixar de fazer né?

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  2. E verdade professora e super estranho! Cultura? rs Que coisa . rs

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  3. Cultura não é justificativa. Nao significa que pode ser aceito pela humanidade como algo bom. E as mulheres sempre seguem os gostos dos homens. Os homens chineses tinham feitiche na época por esses pés deformados. Também houve a época do espartilho europeu, e agora a preferencia masculina pela burrice, futilidade e superficialidade feminina. As mulheres precisam entender o poder que têm nas maos e exigir dos homens respeito e honestidade, ao invés de carro e cartao de credito.

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  4. nao entendo o relativismo cultural quando traz sofrimento e dor ao sujeito que nao escolhe passar por isso, mas precisa passar em nome da cultura de sua sociedade... silicone, tatuagem, saltos que empinam o traseiro, piercing, até o furo na orelha na qual a menina ou criança é submetida, só pra alimentar a vaidade, a beleza exterior. imagina esses pés como não estariam necrosados... e o corte de certo órgao feminino na infância que em aluns lugares ainda perdura?

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  5. MORRIA SOLTEIRA!Mas não fazia isso 0-0
    Se me obrigassem a fazer, quando não estivessem olhando eu ia tirar as faixas ou pelo menos as afrouxar! Iam ter que colocar um vigia ! E mesmo assim eu daria o meu jeitinho 0-0
    Se bem que era normal na época... Aí eu ficaria "Aah, tá de boas", no começo, mas quando sentisse a dor... Não haveria ninguém que parasse !
    uhaushs Como os homens naquela época eram tão pervertidos e estranhos! Se eu fosse homem naquela época... Morreria solteiro também! Puts, mas que pé feio! Se me obrigassem eu , ou procuraria uma que não tinha isso , ou ficaria "Não olha pra baixo, não olha! AAAAAH EU OLHEI!!!" Ou algo do tipo! 0-0 De boas era só isso mesmo

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