sábado, 22 de março de 2014

21 de Março: Dia Internacional da Síndrome de Down


Imagem capturada na Internet - Facebook  (Fonte desconhecida) 


Atualização em 18/03/2014 às 21h04

Ontem foi o Dia Internacional da Síndrome de Down. Data esta, comemorada desde 2006, cuja proposta de criação, tal como já mencionei em outra postagem, partiu da Down Syndrome International, Instituição sediada no Reino Unido.
 
A escolha da data, o 21º dia do 3º mês, foi intencional em relação à singularidade da triplicação (trissomia) do cromossomo 21 que causa a síndrome de Down.

Como muitos sabem, o número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), dispostos em pares, somando 23 pares. No caso da Síndrome de Down, durante a gestação, ocorre um erro na distribuição e, ao invés de 46 cromossomos, as células do embrião são formadas com 47 cromossomos. Este cromossomo extra se liga ao par número 21. Daí, o termo "Trissomia do 21".

 
 Imagem capturada na Internet (Fonte: Revista Galileu)
 
Este cromossoma, extra, altera o desenvolvimento regular da criança que, apesar de variar de indivíduo para indivíduo, faz com que os mesmos apresentem características semelhantes, tais como:
 
- os olhos puxados (semelhantes aos orientais); 
- mãos e pés pequenos; 
- a parte posterior da cabeça é levemente achatada (aparência de arredondada); 
- rosto com contorno achatado (os ossos faciais são pouco desenvolvidos); 
- nariz e boca pequenos; 
- orelhas pequenas; 
- algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua projetada - um pouco - para fora; 
- pescoço de aparência larga e grossa; 
- os meninos são estéreis e as meninas ovulam, embora de forma irregular; 
- abdômen costuma ser saliente (barriga) etc.
 
A data só foi oficializada, em 19 de dezembro de 2011, pela Organização das Nações Unidas (ONU), contando as comemorações a partir do ano seguinte (2012). A ONU se pronunciou a respeito, convidando a todos, seus países-membros e organizações internacionais, a sociedade civil, as Organizações Não-Governamentais (ONGs) e do setor privado a lembrar da referida data, a fim de fazer valorizar o Dia Mundial (ou Internacional) da Síndrome de Down de forma a contemplar e sensibilizar o público quanto aos indivíduos com esta síndrome.    
 
O primeiro a observar pessoas com estas características foi o Dr. John Langdon Down, em 1866. Médico de renome, na época, em pesquisas e trabalho com crianças com deficiência mental.
 
 Dr. John Langdon Down
Imagem capturada na Internet (Fonte: Wikipédia)
 
Ele observou que certas crianças, com comprometimento cerebral, apresentavam fisionomias semelhantes (olhos puxados, entre outras características). Sem conhecimento mais aprofundado acerca do que, mais tarde, viria ser a ser classificado como anormalidade genética e cromossômica, o referido médico empregou o termo “mongolismo” em razão das características de sua aparência com os povos mongóis (Mongólia, norte da China).
 
Somente no século passado, mais precisamente em 1958, é que o geneticista francês Dr. Jérôme Jean Louis Marie Lejeune verificou, a partir de suas pesquisas, a ocorrência de um erro na distribuição de cromossomos nos indivíduos ditos “mongoloides” (termo empregado pelo Dr. John Langdon Down), ou seja, ele descobriu que se tratava de uma síndrome genética associada ao número e distribuição dos cromossomas. A ocorrência de 47 ao invés de 46 cromossomos é que respondia pelo referido “mongolismo”.
 
Com a sua descoberta e em homenagem ao referido Dr. John Langdon Down, o Dr. Jérôme Lejeune denominou esta alteração genética de "Síndrome de Down".
 
Dr. Jérôme Lejeune
Imagem capturada na Internet (Fonte:  Celebrate LIFE Magazine)
 
Outro termo também empregado é  "Trissomia do 21", no entanto, o primeiro é o mais popular.
 
Como vimos, ela é uma alteração genética que ocorre por ocasião da formação do bebê, no início da gravidez. Por isso, qualquer mulher, independente de raça ou condição social, se encontra sujeita a ter um filho com Síndrome de Down. No entanto, sabe-se que algumas têm maior propensão do que as outras, tais como: mulheres com idade avançada, com histórico familiar com registros de crianças com a mesma síndrome e, também, casamentos consanguíneos, como a união entre primos de 1º e 2º graus.
 
Como não tenho a pretensão – aqui, neste espaço - de discursar ou aprofundar o tema, para maiores informações acerca dos fatores e causas mais comuns de sua ocorrência, a Internet oferece uma gama de sites especializados e seguros sobre o mesmo ou acessem as Fontes de Consulta desta postagem.
 
No meu caso, esta data é marcante tanto por eu ter trabalhado com crianças especiais (entre elas, crianças com Síndrome de Down), no meu primeiro emprego, como professora, na antiga ASCE (Associação de Solidariedade à Criança Excepcional), no bairro de Del Castilho, quanto por ter um aluno muito querido e especial desde 2012 na E. M. Dilermando Cruz, o aluno e atleta (natação), Henrique Matheus Lima.
 
Este se encontra, totalmente, integrado à turma e interage muito bem com os colegas. Eu posso até afirmar que observei algumas evoluções em sua prática diária, como aluno, neste início de ano. Ele está escrevendo mais rápido do que antes e já tomou a iniciativa de ler, em voz alta, a resposta do exercício de casa.
 
A turma toda gosta dele e o trata com carinho. E essa interação é de suma importância no seu desenvolvimento e no seu processo de inclusão social. Aliás, não só os colegas, mas – sobretudo – a família. Estas relações (tanto na escola quanto em casa) podem o auxiliar a adquirir competências, bem como incentivar as suas habilidades a permitir o seu desenvolvimento enquanto aprendiz (aluno), indivíduo (alcançar certa autonomia) e ser social (inclusão na sociedade).
 
Ele participou da 16ª edição da Olimpíada da Pessoa Deficiente (Olimpede), no ano passado, em Volta Redonda (RJ) e conquistou a primeira colocação na natação. Vejam a matéria, AQUI!
 
Não resta dúvida que, ainda, há muito a melhorar em termos do programa de Educação Inclusiva, tal como prevê a legislação brasileira acerca de pessoas especiais (incluindo neste, os de síndrome de Down), pois o processo não contempla apenas reformas estruturais nos prédios escolares (rampa, alargamento da abertura das portas etc.) ou adaptações do conteúdo e dos instrumentos de avaliação, entre outros aspectos. Ele requer a inclusão social efetiva e, não, apenas a sua integração física e social na escola, considerando-o exclusivamente como um mero telespectador do processo educativo.
 
Inclusão social não se enquadra apenas – no âmbito da Educação Escolar – na sua matrícula no ensino regular. Há a necessidade de uma prática de olhar e de ensinar do professor articulada as suas necessidades e dificuldades. Infelizmente, muitos ainda não concebem assim... 
 
Como forma de não passar em branco a data comemorativa, uma vez que, ontem, eu cheguei muito tarde em casa e não pude publicar algo a respeito, dedico o meu carinho pela passagem deste dia ao aluno e atleta Henrique Matheus Lima, da Turma 1801.         




 
 

 
 

 
 
Fontes de Consulta
 
 
. Doenças Genéticas - Bebê.com.br
 
 
. Síndromes - Arts Brasil 
 
. Síndrome de Down - Dr. Drauzio 
 
 
. Wikipédia



13 comentários:

  1. Nossa Henrique meus parabéns é muito bom saber que você esta melhorando a cada dia fico muito feliz em saber das suas realizações, mais uma vez parabéns meu campeão!

    Brenda Cristiny turma: 1802

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  2. parabens henrique fico muito feliz por vc... gabriel balbino ferreira de oliveira turma;1801

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  3. Arrazou henrrique parabens -Julia silva chaves -1801

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  4. Li e me emocionei lendo sobre o síndrome de Down, além de ter me emocionado aprendi mais sobre isso, que dia é comemorada, que ano foi descoberta, quem foi o primeiro a observar as características do síndrome de Down, e etc.Acho lindo e super fofo quando vejo alguma criança com esse defeito especial..Parabéns Henrique por você ser uma pessoa muito especial, continue assim sempre fazendo feliz a tds q tem você por perto e te querem bem *-*

    By:Jennifer Pereira Turma:1801

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  5. Sem preconceito isso ai, preconceito é coisa de gente burra.

    Jonas 1901 :D

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  6. Ana Caroline pereira turma:1901 prof:Marli vieira turno:tarde Bom sobre o dia da sindrome de down pessoas que tem preconceito que tem nojo deles são desumanas porque pessoas com down também são humanas e merecem todo o respeito.:)O henrique é a prova viva que pessoas com sindrome de down levam a vida normal como outra qualquer.

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  7. ola professora marli sou o aluno luan saavedra dos santos da turma 1901 queria dizer parabens para o henrique e que ele continue se esforçando mais para conseguir seus objetivos

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  8. Maria Juliana Silva Santana Luna - 1801
    Professora gostei muito do que a senhora falou até me emocionei agora ! Parabéns Henrique por você ser assim , super gente boa , gosto muito de você e aprendi muita coisa sobre síndrome de Down !

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  9. Tem muita gente q tem preconceitos só pq algumas pessoas tem síndrome de down,isso é uma vergonha pro Brasil.
    Essa pessoas são felizes e muito simpáticas.A gente tinha q aprender com eles por não terem vergonha de nossa aparência.


    WESLEN GUEDES T:1901

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  10. Gostei muito dessa matéria sobre a síndrome de down,seria legal se tivesse outras matérias sobre outras diferentes doencas,aprendi um pouco mais sobre o assunto!
    Quero dar Parabéns para o Henrique ,por ele mostrar melhora a cada dia!!!!!!!

    Franciele Lima de Freitas
    1801

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  11. achei muito legal essa postagem, me emocionei com a Historia dos síndrome de down e aprendi mais sobre o assunto. E isso ainda envolve um pouco de ciência. Achei legal à Historia do Henrique ,pois é nosso amigo e ele é um exemplo de superação de que nada pode nos impedir de fazer qualquer coisa que desejamos!

    Ana Carolina Godoi Medrado
    turma: 1801

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  12. Preconceito é uma coisa que eu nem sei porque existe,mas eu sei que foi criado por (Desculpe o termo :D) idiotas que querem aparecer; Diga não ao preconceito ..

    Jonatas. 1901 :D

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  13. O blog está bem organizado e construído!
    O que nos ajudará a entender melhor as aulas. Gostei muito dos assuntos postados,são bem interessantes!

    De: Dandara Maria Morais da Silva
    Turma: 1901

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