segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Crônica: Vivenciando e a Minha Prática em Geografia

 Imagem do meu acervo particular


VIVENCIANDO E A MINHA PRÁTICA EM GEOGRAFIA
                                                        Marli Vieira de Oliveira da Silva

Texto atualizado em 20/09/2016 às 19h30

Ao acordar, pela manhã, meus olhos já contemplam a Geografia para, só depois, vivencia-la a partir de mim mesma e com os outros perante aos meus passos, a minha política de vida, as minhas relações interpessoais, o meu trabalho e em minha convivência social

Não há nada mais gratificante que constatar a compreensão do aluno acerca de um tópico trabalhado em sala de aula a partir da sua inter-relação com os fatos atuais. Ou quando, um aluno de outra turma pede autorização para assistir sua aula, como ouvinte, pois está em tempo vago ou saiu mais cedo.

E mais ainda, quando alguns alegam que optaram por uma formação universitária na mesma área de conhecimento da sua, porque foi à partir de suas aulas que os mesmos passaram a gostar da Geografia.

Sem dúvida alguma quando a gente ama o que faz, os resultados – por menores que sejam – já valem a pena.

Há muitos, quando era ainda professora do antigo primário (atual Primeiro Segmento do Ensino Fundamental I), uma professora relacionou a minha metodologia de ensino ao meu pouco tempo de docência... “É porque ela é nova no Estado”.

Com o passar dos anos, realmente, eu mudei sim e muito, quer seja a partir do meu desenvolvimento profissional na mesma área de formação em termos de especialização e outros cursos, quer seja em termos da metodologia de ensino junto às inovações tecnológicas, embora – na maioria das vezes – me vejo impedida de atuar mais efetivamente com a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em minhas práticas escolares em razão de problemas técnicos e de logística nas escolas.

Mas, em nada mudou, quanto a minha vontade de ensinar e fazer com que os alunos compreendam e construam o conhecimento a partir dos conteúdos trabalhados em sala de aula ou fora desta, bem como nas diversas conexões dos mesmos aos fatos atuais e/ou sub-atuais.

Eu não me canso de destacar a importância do estudo da Geografia na compreensão da dinâmica do mundo contemporâneo - enquanto totalidade orgânica, social, econômica, política e ambiental - aos meus alunos, tanto da rede pública municipal quanto estadual de ensino, pois vivenciamos - direta e/ou indiretamente - o seu universo de sua área de abrangência.

E minha prática e discurso perpassam sob os seguintes princípios:

- Acredito ainda na Educação como mola-mestra da transformação social, cultural, política e econômica do indivíduo e do país;

- O que eu não quero para a minha filha, não vou agir e pensar diferente com os filhos dos outros, ainda mais que a relação existente e mantida entre nós ocorre a nível de professora x aluno;

- Muitos dos alunos da rede pública de ensino não têm grandes oportunidades concretas de obter autonomia em seus estudos ou, ao menos, ampliá-los para além dos muros da escola, dependendo exclusivamente da mesma em termos de construção do conhecimento, do exercício da cidadania e da promoção da socialização;

- Tanto eu quanto eles somos seres inconclusos, pois seremos sempre eternos aprendizes.


5 comentários:

  1. Puras vdd,quando agente apenas vê a matéria ou algo do tipo logo nos desinteressamos,mas quando o professor fala com aquela vontade! Como se estivesse lutando para mostrar algo novo.
    Ai nós alunos nos apaixonamos pela matéria! Gostei do post prof marli!

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  2. Obrigada, Luiz Salazar!Muitas das vezes, o despertar dos alunos acerca desta relação entre a ciência geográfica e a realidade só acontece com o impulso do próprio professor. Obrigada por sua visita e comentário.

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  3. Esta correto o seu argumento professora. Pois quando abrimos os olhos a geografia está por todos os lados nem que seja uma coisa banal como "o clima está frio" isto já está relacionado com geografia. E além disso se os alunos às vezes acharem chato geografia por estar entediado o professor explica a matéria e conversa sobre aquilo criando assim um laço de afetividade com os alunos e o professor na sala de aula. Nome: Edcarlos de Carvalho Soares Turma1803.

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  4. Exato, mas o que deixa a geográfica mais interessante são as suas explicações. É muito legal e bacana que coisas sobre geografia que não lembramos a Senhora explica de um modo tão incrível(não é puxando saco não).Mas eu fico muito feliz por ter uma professora como a Senhora - Ariane Vitória Souza( Turma:1901)

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  5. Eu agradeço a vocês dois, Edcarlos e Ariane, pelas palavras! Mas, se não houver esta troca na relação professor x aluno, nada acontece de positivo. Obrigada por fazerem a diferença e por serem meus alunos. beijos

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