terça-feira, 17 de abril de 2018

2018: Registros de Terremotos no Brasil


 Imagem capturada na Internet


Aproveitando o conteúdo abordado em sala de aula com os últimos acontecimentos no Brasil...
 
Como já expliquei em sala de aula e, também aqui, neste espaço, o Brasil se encontra localizado em uma zona de estabilidade tectônica, tendo em vista que o nosso território está situado, mais ou menos, no meio da placa Sul-americana, ou seja, está numa região “intraplaca, distante de ambas as bordas da placa tectônica. Daí não termos abalos sísmicos (terremotos) de grandes intensidades e nem vulcões ativos.
 
 Localização do nosso país na Placa Sul-americana
Imagem capturada na Internet
Fonte: UOL Notícias 

No entanto, somos submetidos esporadicamente a tremores de terra (sismos) devido aos efeitos das acomodações das camadas internas da Terra e/ou da movimentação convergente de placas tectônicas, próximas, que podem repercutir em nosso território. Mas, estes tremores são sempre de baixa intensidade e magnitude.
 
A placa Sul-americana está em movimentação no sentido divergente da placa Africana, ou seja, caminhando para o Oeste. Contudo, na porção Oeste da América do Sul, esta vai de encontro à placa Nazca, em movimento convergente, o que imprimi à região uma dinâmica de grande instabilidade tectônica, marcada por abalos sísmicos, atividades vulcânicas e ocorrência de dobramento moderno.
 
 Contato por subducção da Placa Nazca
com a Sul-americana, que deu origem
à Cordilheira dos Andes, na porção Oeste da América do Sul
Imagem capturada na Internet
Fonte: IFECT - RN

Nas bordas das placas tectônicas que se convergem ocorrem os maiores e mais violentos terremotos. O movimento convergente entre as placas tectônicas pode ocorrer de três formas: por colisão, subducção e deslizamento lateral.
 
No caso do encontro da nossa placa tectônica com a placa Nazca, ocorre a subducção desta última que, por ser mais pesada, mergulha abaixo da placa Sul-americana que, por ser mais leve, sofre dobramento. Esse movimento convergente das placas Nazca e Sul-americana, por subducção, deu origem à Cordilheira dos Andes.
 
Vale ressaltar, ainda, que a movimentação das placas tectônicas continua. Elas estão permanentemente em movimento, algumas no sentido divergente, outras, convergentes. A placa Nazca, por exemplo, mergulha abaixo da placa sul-americana a uma velocidade de 70 mm por ano, segundo Apolo 11.
 
Isso explica, também, o fato do nosso país não ter – hoje – vulcões ativos e nem a ocorrência desta estrutura geológica em seu território, isto é, os dobramentos modernos (montanhas dobradas recentes).
 
Mas, o Brasil não está livre de ocorrência de terremotos. Tanto é que vários ocorrem naturalmente, seja por efeitos das acomodações das camadas internas da Terra seja pela ocorrência de sismos em áreas próximas, cujas propagações das ondas sísmicas chegam até ao nosso território, com baixa intensidade.
 
Já tivemos uma vítima de terremoto... Isso aconteceu, em novembro de 2007, na cidade de Itacarambi (Minas Gerais), quando a parede de um quarto caiu em cima de uma criança, de 5 anos, que dormia na cama, no exato momento. Segundo reportagem na época, o material de construção era de baixa qualidade.
 
O referido terremoto foi de 4,9 graus na escala Richter. Além dessa perda humana, outras vítimas ficaram feridas, sem e com gravidade, causando também muitas perdas materiais, como 6 casas, em um total de 76 residências afetadas, que foram destruídas.
 
Neste início de ano (2018), pelo que eu tomei conhecimento, já foram cinco terremotos registrados em nosso país.
 
O primeiro tremor de terra foi sentido no estado de Mato Grosso, no dia 31 de janeiro, entre os municípios de Rondonópolis e o de Pedra Preta, a 243 km da capital, Cuiabá. O terremoto de magnitude 3,5 graus na escala Richter, não causou danos materiais ou vítimas.
 
De acordo com especialistas na área de Sismologia, a causa do abalo sísmico foi uma falha geológica.
 
 Localização das principais falhas geológicas do Brasil
Imagem capturada na Internet
Fonte: Apolo 11
 
 
O segundo foi sentido no Nordeste, em alguns bairros de Maceió, capital do estado de Alagoas, no dia 03 de março. O tremor de terra foi de 2,5 graus na escala Richter, considerado também de baixa magnitude.
 
Apesar desta magnitude não ser perceptível pela população e não causar danos ou perdas materiais, em diversos bairros de Maceió houve registro de rachaduras em imóveis e em ruas, causando pânico na população.
 
O terceiro terremoto deste ano, considerado moderado, ocorreu no dia 15 de março, a 89 km da cidade de Tarauacá, no Acre, a 587 km de profundidade. Sua magnitude foi de 4,5 graus na escala Richter.
 
De acordo com o site Apolo 11, as causas seriam a proximidade da região de subducção da placa Nazca com a placa sul-americana.
 
Neste mês de abril, o país já sofreu mais dois tremores de terra. O primeiro, no início do mês (02/04), foi em consequência do terremoto ocorrido na Bolívia, país sul-americano que faz fronteira com o Brasil, o qual foi sentido em diferentes estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
 
 Imagem capturada na Internet
 
O terremoto de magnitude 6,8 graus na escala Richter teve o seu epicentro no Sul da Bolívia, a uma profundidade de 557 km, a 13 km da região de região de Carandayti. O sismo também foi sentido em regiões mais ao norte do país. Não houve registro de danos materiais e nem vítimas neste episódio tectônico.
 
O segundo tremor de terra deste mês e, até o momento, o quinto do ano, ocorreu na última 6ª feira (13/04), em Santa Catarina, na região Sul do país. A diferença deste é que o sismo ocorreu na plataforma continental do estado de Santa Catarina, a cerca de 65 Km da capital, Florianópolis, que é uma ilha.
 
Os tremores foram sentidos tanto nas regiões Norte e Sul da ilha quanto em São João Batista, município localizado no continente e que faz parte da Grande Florianópolis.
 
Como podemos constatar, apesar do nosso país estar localizado numa zona de estabilidade tectônica, eventos desta natureza não são raros, pelo contrário! Mas, devido a sua localização geográfica em uma região intraplaca, os tremores de terra são de baixa magnitude, o que nos deixa - de certa forma - mais aliviados.
 
Fontes de Pesquisa
 
. Terremoto com epicentro na Bolívia é sentido em diversas cidades do Brasil
   Portal G1
 
. Terremoto de 4.5 pontos é registrado a 89 km de Tarauacá, AC - Apolo 11
 
. Tremor de terra de magnitude 3,5 é registrado em Rondonópolis (MT)
   Portal G1
 
. Tremor de terra derruba casas e mata criança em MG -  Portal G1
 
. Tremor de terra de 2,5 graus atinge Maceió, diz UFRN - Exame
 
. Tremor de 3,6 pontos na escala Richter atinge costa de Florianópolis, confirma USP  -  DC

4 comentários:

  1. O Brasil mesmo estando numa região digamos assim‚de estabilidade está sofrendo terremotos de baixa magnitude sofre bastante terremotos.
    Existe chance do Brasil sofrer um terremoto de grau 7 para cima?
    O Brasil também anda sofrendo muito com problemas com o mar‚ como o da praia da Macumba e o da ciclovia. Há chance de o mar subir mais e encobrir alguma região?

    Luan Gonçalves(C.E.Prof° Regina Scudese.T:2002

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  2. Professora ouvi boatos de que em São Paulo teve tremores mínimos. Isso é verdade?🤔

    E.M Dilermando Cruz
    Thaís R. da Silva
    Turma:1.801

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  3. Isso realmente é uma situação que muitas pessoas não sabem e que quando acontecem não sabem o que fazer, como reagir,sentem mais medo do que o normal, será que teria como avisamos essas pessoas? Passar um pouco desse conhecimento para as pessoas que realmente não sabem ligar?

    Nome: Jennifer Moreira Paiva
    Turma: 1802
    Escola: Dilermando Cruz

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  4. Luan Gustavo, boa noite! Desculpe-me pela demora em responder-lhe.

    Com relação a sua pergunta, eu desconheço, mas o Brasil já sofreu tremores de terra de magnitude 6,1 graus na Escala Richter, na Região Norte, no ano de 2009.

    O nosso país se encontra localizado numa região intraplaca, ou seja, mais ou menos no meio da placa Sul-americana. Isso faz com os
    tremores sejam mais suaves e menos intensos, pois está longe das bordas da mesma.

    Terremotos desta magnitude e acima são comuns em áreas de encontro de placas tectônicas, o que não condiz com a nossa posição, graças a Deus, não?

    Um grande abraço!

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