Imagem capturada na Internet
(Fonte: Blog AletP.com)
Diante dos diversos usos indevidos, em sala de aula, em
algumas Unidades Escolares, por quais lecionei eram comuns – como regra – não
usar, como, por exemplo, frasco de corretivo (liqui paper) e chicletes.
A princípio, pode até parecer um absurdo para muitos, mas quem
vive a realidade de uma sala de aula, sabe muito bem que muitos alunos (e não
são poucos) os empregam, tanto o corretivo quanto a goma de mascar, de forma indevida
e, muitas vezes, com a intenção de prejudicar terceiros e/ou a parte estética
da escola, sobretudo, de seu mobiliário.
Embora, alguns alunos continuem com a prática de usar o
corretivo para pichar paredes e carteiras escolares, eu não os proíbo em sala
de aula, advertindo sempre daquele que é flagrado fazendo o seu uso indevido.
No entanto, em minhas aulas, pelo menos, nas turmas do II
segmento do Ensino Fundamental, eu não aceito o uso de chiclete.
É claro que eu justifico esta minha orientação, no primeiro
dia do ano letivo, enumerando os reais motivos. Não se trata, apenas, de uma
proibição pessoal, uma vez que a orientação também já partiu da Direção.
Os principais motivos perpassam não só por questões da origem
da matéria-prima do chiclete (a borracha sintética), que é derivada do
petróleo, assim como em outros aspectos ligados à saúde (dentária, mandibular,
estomacal e higiênica, quando muitos levam as mãos a boca e ao chiclete), como
por questões das expressões faciais (caras e caretas) de quem não sabe mascar
direito e, também, pelo barulho ao produzir e estourar bolas de chiclete, os
quais tiram a atenção dos colegas.
Incluo ainda, rol de motivos, as questões
de educação e de respeito ao próximo, como por exemplo, fazer uso deste como um
artifício para brincadeiras de mau gosto com os colegas, como colocar o
chiclete na cadeira, no cabelo da menina, entre outras ações de efeito
negativo.
Mas, diferentemente, das minhas advertências habituais, hoje,
resolvi postar algo diferente e até curioso produzido a partir do chiclete,
como matéria-prima. E, chiclete rosa.
Trata-se de esculturas de chicletes, verdadeiras obras de arte de autoria
do artista italiano Maurizio Savini. Ele já expôs suas esculturas em diversas
galerias de Arte, como em Londres (Inglaterra), Edimburgo (Escócia), Roma
(Itália) e Berlim (Alemanha).
Suas esculturas são moldadas à partir do uso de uma faca em milhares
de pedaços de chicletes quentes, as quais – depois de concluídas – são fixadas
com formol e antibiótico, segundo informações prestadas no Zupi.com
(Arquitetura & Design). Ainda de acordo com o referido site, os valores de
suas peças chegam a 40 mil libras (sendo que, hoje, 1 libra equivale a,
aproximadamente, R$ 5,20).
De repente, se o pessoal da limpeza da escola (COMLURB)
conseguisse retirar e reservar todos os chicletes encontrados embaixo das
carteiras, nas paredes e/ou jogados no chão, algumas esculturas poderiam ser
reproduzidas, também, na escola. É claro que estas não ficariam tão perfeitas, não teriam a mesma cor e nem seriam peças a serem comercializadas,
mas podem acreditar, matéria prima teríamos suficiente.
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