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Imagem capturada na Internet Fonte: Pixabay |
Há muito tempo não tenho publicado nada a respeito da Pandemia do
Novo Coronavírus (SARS-CoV-2) e sobre os registros atuais do estado do Rio
de Janeiro e da capital.
No último dia 13 de março completou-se dois anos do real enfrentamento
da Pandemia da Covid-19, em nosso país e, com a suspensão das aulas presenciais
na rede pública de Ensino, tanto da Secretaria Estadual quanto Municipal do
Rio de Janeiro, em 2020.
De forma emergencial, a modalidade de ensino remoto passou a ser ministrada,
em ambiente doméstico, tanto para os alunos quanto os professores. Porém, em virtude
da grande desigualdade social do nosso país e, sobretudo, de suas
características intrínsecas ao uso da tecnologia (PC ou celular,
principalmente) e da Internet (Plataformas), a grande maioria dos alunos não
conseguiu acompanhar e participar do ensino online.
O ensino presencial foi retomado, aos poucos, sendo
em meados do ano passado (2021) na rede estadual e, em outubro, na rede
municipal. Mas, nem todos os 92 municípios do nosso estado estavam aptos, na
época, ao retorno das aulas presenciais devido os altos registros de casos de contaminação
pelo Novo Coronavírus, de internações e de óbitos pela Covid-19.
Outro impedimento, a alguns docentes e discentes, se deu em
razão da ocorrência de comorbidades entre ambas as categorias. Para estes foi
dado a continuidade do ensino remoto em suas respectivas plataformas, configurando-se
como ensino
híbrido.
Seguindo os respectivos protocolos sanitários acerca da
segurança de alunos e servidores nas escolas, as aulas presenciais foram retomadas
(100%), no início do ano letivo de 2022, em todas as unidades estaduais
e municipais da cidade do Rio de Janeiro.
Como é de conhecimento geral, nesta conjuntura pandêmica,
surgiram “novas
linhagens virais”, ou seja, novas variantes decorrentes de mutações do
próprio vírus. Segundo os especialistas, variantes do vírus podem surgir e,
depois, desaparecerem, enquanto outras podem permanecer.
Em reportagem no Telejornal “Bom dia Rio” (rede Globo), divulgada
hoje, assim como também no G1, um estudo - realizado pela Secretaria de Estado de Saúde - apontou
que a população
fluminense passou, desde o início da Pandemia, por 5 ondas de Covid-19. Todas
sob a influência de uma variante específica, vejamos...
.1ª ONDA (ou 1° Surto):
- Período: entre abril e maio de 2020;
- Variante em vigência: b.1.1.33;
- Observação (s):
- Esta não foi detectada como variante de preocupação, mas foi
o período com a maior taxa de letalidade (11,3%), isto é, taxa (porcentagem) de pessoas infectadas que vieram
a óbito em consequência da Covid-19;
- Neste período só os casos graves e mortes eram notificados.
. 2ª ONDA (2° Surto):
- Período: entre novembro de 2020 a janeiro de 2021;
- Variante em vigência: Zeta;
- Observação (s):
- Foram notificados mais de 280 mil casos;
- Verificou-se, a partir desse 2° Surto, um aumento de
internações fora dos limites da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
. 3ª ONDA (3° Surto):
- Período: entre fevereiro e junho de 2021;
- Variante em vigência: Gama;
- Observação (s):
- Foram registrados mais de 350 mil casos da doença;
- Período também de maior número de casos graves com internações
(55.150) e de óbitos (20.079).
. 4ª ONDA (4° Surto):
- Período: agosto de 2021;
- Variante em vigência: Delta;
- Observação (s):
- Surto que
durou menos tempo;
- Em três semanas contabilizou-se 71 mil casos confirmados;
- Os efeitos das vacinas já começavam a aparecer, pois muitas
pessoas já haviam sido imunizadas. De acordo com o estudo, em questão, 80% da
população com mais de 60 anos já havia tomado duas doses da vacina;
- Depois do pico desta variante, o registro de casos confirmados
caiu de modo brusco.
. 5ª ONDA (5°
Surto):
- Período: entre o
fim de dezembro de 2021 e de janeiro de 2022;
- Variante em vigência: Ômicron;
- Observação (s):
- Número muito alto de casos confirmados, sem precedentes no
estado;
- Por outro lado, houve um menor índice de mortes e de
internações. A cobertura vacinal em nosso estado explica este quadro, com a
eficácia da imunização da vacina sobre a população fluminense.
O referido levantamento não cita nada a respeito de uma possível 6ª
Onda, a qual está sendo assinalada com uma versão híbrida, sob uma combinação
de genes das variantes
Delta e Ômicron. Apesar de não ser um nome oficial, segundo fontes
de pesquisa, essa versão híbrida da Covid-19 foi denominada Deltacron.
A ocorrência da Deltacron já foi confirmada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), tanto no continente europeu quanto nos EUA.
Em nosso país há dois casos de contaminação, sob análise, sendo um no estado do Pará
e o outro no Amapá.
De acordo com o Ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga,
“O
sequenciamento total do vírus deve ser finalizado nos próximos dias pelo laboratório de referência nacional da
Fiocruz" (BBC News)
No caso dessa nova variante vir a ocorrer em nosso estado – o que não será difícil acontecer – a população fluminense enfrentará a 6ª
Onda ou o 6° Surto da Pandemia da Covid-19. E se as mutações do vírus continuarem, novas ondas surgiram.
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Linha do tempo do Coronavírus no Brasil
Fontes de Consulta
. Após confirmar casos de deltacron, Queiroga diz que, na
verdade, ocorrências estão sob análise – G1
. BIERNATH, André. Brasil confirma dois casos da 'deltacron':
o que se sabe sobre nova variante do coronavírus – BBC News
. Novos casos de covid híbrida são identificados nos EUA e na
Europa – Catraca Livre
. SCHMIDT, Larissa. Estudo sobre variantes da Covid detalha 5
ondas da pandemia no RJ – G1