domingo, 25 de setembro de 2011

Processo seletivo para o Ensino Médio da Rede Estadual do Rio de Janeiro




As inscrições para os Colégios Estaduais da rede pública de Educação do Rio de Janeiro, para o 1° ano do Ensino Médio, continuam abertas até o dia 07 de outubro.
Secretaria de Estado de Educação (SEE/RJ) está oferecendo 880 vagas, no total, distribuidas em sete Unidades Escolares, a saber:
C. E. José Leite Lopes (Nave): cursos de Geração de Multimídia, Programação de Jogos Digitais e Roteiro para Mídias Digitais;
C. E. Comendador Valentim dos Santos Diniz (Nata): cursos de Panificação e Leite e Derivados;
C. E. Erich Walter Heine: curso de Administração;
C. E. Dom Pedro II: curso de Produção de Áudio e Vídeo;
C. E. Agrícola Almirante Ernani do Amaral Peixoto: curso de Agropecuária;
C. E. Infante Dom Henrique: curso de Hospedagem;
Centro Interescolar Miécimo da Silva: cursos de Administração, Edificações e Informática.5% das vagas são destinadas a portadores de deficiência (desde que não haja incompatibilidade da deficiência com o curso pretendido) e 5% para alunos oriundos da rede privada.

De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, no ato da matrícula, o candidato classificado em qualquer um dos estabelecimentos de ensino, acima relacionados, deve atender aos seguintes requisitos:

- Ter nascido entre 01/01/1995 e 31/12/1998;

- Ter concluído o 9º ano do Ensino Fundamental ou a Fase IX da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em escolas da rede pública ou privada.

Além destes, os candidatos selecionados deverão levar comprovante ou histórico escolar no ato da matrícula.
O processo seletivo constará de duas fases, ambas de caráter eliminatório e classificatório:
. 1ª fase: Prova Objetiva de Língua Portuguesa e Matemática;


. 2ª fase: Redação.

Para saber mais sobre o Edital ou fazer a inscrição, clique direto no Portal da Secretaria de Estado de Educação - SEEDUC.

Segunda Fase do Desafio da National Geographic





Ontem transcorreu tudo bem com a ida dos alunos classificados à Fase Regional (segunda prova) da Olimpíada de Geografia ao Colégio Alfa Ltda, em Duque de Caxias, escola-sede regional, onde eles realizaram a prova.

Só tivemos um probleminha em relação a documentação de um dos alunos, mas as providências devidas foram tomadas, o que não impediu deste participar.

Infelizmente, o aluno Eleyr Fernandes de Souza do Colégio Estadual José Marti não compareceu. Desconheço o motivo de sua ausência, mas deve ter sido muito sério, pois eu estive com ele na última 5ª feira (22/09) e este se mostrou animado para esta segunda fase. 

Eu fiz questão de acompanhar e aguardar a saída dos alunos e, para isso, contei com o apoio da minha irmã e professora de Ciências da E.M. Dilermando Cruz, Sueli Vieira de Oliveira para levar um grupo, enquanto eu levava outro. Ela levou de carro os alunos da referida Unidade Escolar (Bárbara Kayo Ximenes Oyama, Laryssa de Araújo Santos e Matheus Viana de Paulo) mais a aluna Rosangela Maria Andrade do C. E. José Marti.

Eu fui direto para o C.E. Prof.ª Sonia Regina Scudese para encontrar os alunos Andrey Christian R. de Araújo e Letícia Ramos Oliveira. Esta última veio acompanhada de sua responsável, que também ajudou muito no término do concurso, levando os dois alunos de volta para casa.

A aluna Úrsula Marcieli Keher da Rocha (C.E. José Marti) avisou-me que iria por conta própria e, tal como se propôs, ela foi.

Espero que eles obtenham notas boas, suficientes para uma ótima classificação, mas a maioria achou a prova mais difícil que a primeira.

Infelizmente, nesta segunda fase, apenas 20 candidatos no país inteiro serão classificados para a Fase Final. O critério de classificação é o mesmo da fase anterior, ou seja, 5% do total de alunos com as maiores notas (lembrando que há casos de empate).

Vamos ter fé, que não custa nada! Todos já provaram que fazem a diferença. Basta acreditar e, mesmo não alcançando devido a concorrência grande, ninguém deve se desanimar. 




O alunos na praça de costa para o Colégio Alfa
Da esquerda para a direita, os alunos Rosangela, Andrey, Letícia, Laryssa,
Bárbara e Matheus


A aluna Úrsula Marcieli na portaria do Colégio Alfa

sábado, 24 de setembro de 2011

24 de Setembro: Segunda Fase do Desafio da National Geographic



É hoje, o grande desafio para os alunos classificados à segunda fase (Regional) da Olimpíada de Geografia, promovido pela Revista National Geographic.

Todos os alunos classificados, do 9º Ano do Ensino Fundamental e do 1º Ano do ensino Médio deverão chegar às 9h30 nos estabelecimentos escolares, para os quais foram inscritos, portando documentação de identificação.

O horário de realização da prova é de 10h às 13h. Em virtude disso, os organizadores do Desafio ou Olimpíada de Geografia aconselham que cada um leve lanche e água.

Boa sorte a todos e, em especial, aos meus alunos:

. E. M. Dilermando Cruz 

. Bárbara Kayo Ximenes Oyama (Turma 1902)

. Laryssa de Araújo Santos (Turma 1903)

. Matheus Viana de Paulo (Turma 1901)


 
. C.E. José Marti
 
. Eleyr Fernandes de Souza (Turma 1005)
 
. Rosangela Maria Andrade (Turma 1004)
 
. Úrsula Marcieli Keher da Rocha (Turma 1003)
 
 
. C. E. Prof.ª Sonia Regina Scudese

. Andrey Christian R. de Araújo (Turma 1005)

. Letícia Ramos Oliveira (Turma 1007)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

22 de Setembro: Dia Mundial sem Carro


Hoje deveria ter sido um dia diferente...

       Mas, embora a iniciativa tivesse esta finalidade,

                          a realidade junto com a comodidade prevaleceu...

         Bastava apenas mudar a rotina por um dia

e o grande vilão da qualidade do ar ficaria reduzido em número. 

         Hoje deveria ter sido um dia diferente... Dia de ...



 Caminhar a pé
Imagem capturada na Internet (Fonte: Centro de Saúde de Sernancelle)



 Andar de bicicleta
Imagem capturada na Internet (Fonte: Movimento Energia Positiva)




 Pilotar uma moto
Imagem capturada na Internet (Fonte: Rota X)


 Andar de ônibus 
Imagem capturada na Internet (Fonte: Diário do Congresso)



 Fazer a travessia da Baía da Guanabara de barca
Imagem capturada na Internet (Fonte: Vivendo de Histórias)


 Se locomovendo na via férrea (externa)
Imagem capturada na Internet (Fonte: Blog do Alberto Marques)


 Ou na linha férrea interna
 Imagem capturada na Internet (Fonte: Servidor Público.net)

Mas, ao contrário da proposta da Campanha do Dia Mundial sem Carro, hoje, nada mudou...
 
 
Congestionamento habitual, diário...
Imagem capturada na Internet (Fonte: Coletivo Ecologia Urbana)
 
 
Qual a razão disso tudo? Falta de conscientização da população? Pouca divulgação da Campanha nos principais meios de comunicação de massa? Ou quem sabe, estritamente, por comodidade face às condições precárias dos meios de transportes coletivos?
 
Quem vai saber a razão verdadeira?
 
O único fato certo é que o DIA MUNDIAL SEM CARRO, iniciativa francesa de 1997 e adotada, dez anos depois (2007), pela cidade do Rio de Janeiro, este ano, não deu certo!
 
Eu mesma peguei um engarrafamento na Av. Brasil e na entrada da Ilha do Governador. Sei também que não é um dia, apenas, que a relação de causa e efeito sob o contexto do uso de veículo individual e o agravamento da poluição atmosférica vai ser resolvido. Mas, a proposta é boa na medida que incentiva os transportes alternativos e até as caminhadas.
 
E, ainda, podemos perceber   que a parcela da população que detém os meios de transportes individuais (particulares) é aquela que conta com melhores condições de deslocamentos nas principais vias das cidades, enquanto que a outra parcela que depende do transporte coletivo se vê sem alternativas, diante de um transporte público caro e de baixa qualidade.
 
Realmente foi lastimável!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Fase Regional da Olimpíada de Geografia: Viagem do conhecimento

Logo do Desafio Viagem do Conhecimento


Atenção, alunos que passaram para a Segunda Fase da Olimpíada de Geografia (Desafio da Revista National Geographic), a prova será no próximo sábado, dia 24 de setembro.

Os meus alunos que participaram da primeira fase tanto do Ensino Fundamental da E.M. Dilermando Cruz (Bonsucesso) quanto do Ensino Médio do C.E. José Marti (Olaria) e C.E. Profª Sonia Regina Scudese (Brás de Pina) realizarão esta segunda prova no Colégio Alfa Ltda, situado na Av. Presidente Kennedy , nº 1511 - 1º,2º e 3º andares, Centro/município de Duque de Caxias (CEP 25010-007).

As orientações são as seguintes:

- Chegar ao estabelecimento escolar às 9h3o;

- Estar devidamente uniformizado;

- Apresentar caderneta escolar ou qualquer outro documento de identificação;

- Levar caneta esferográfica azul ou preta.


. PROVA

- O horário da prova é de 10 h às 13h, sendo o tempo mínimo de 1 hora (só poderão sair do estabelecimento escolar após transcorrido os 60 minutos iniciais) e o máximo de 3 horas;

- A prova desta Segunda Fase constará de 25 questões objetivas (X) e 1 questão discursiva, que devrá ser respondido no verso do Gabarito;

- O gabarito da prova será divulgado no dia 05 de outubro às 15 h.

Quem quiser obter maiores informações, clique no Portal do Desafio Viagem do Conhecimento.

Ah, já ia me esquecendo, é bom cada aluno levar um lanche e água.

BOA SORTE A TODOS!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dica de Site: Desenhos de Espécies da Fauna da Floresta Amazônica


Ao falarmos com os nossos alunos (1º ao 5º Ano) sobre a árvore ou florestas, neste contexto da Festa Anual das Florestas - iniciada hoje, dia 21 de setembro, conforme mencionei na postagem anterior (Decreto 55.795/1965), não podemos deixar de citar a riqueza em biodiversidade de nossos principais biomas, entre os quais destaco: a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga.




E falando em biodiversidade, além da flora, temos que trabalhar a fauna e, sendo assim, sugiro alguns sites de Desenhos para Colorir, nos quais podemos selecionar imagens pertinentes à semana comemorativa.




 



































21 de Setembro: Início da Festa Anual das Árvores nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil

 Imagem capturada na Internet (Fonte: Dia da Árvore)


Festa Anual das Árvores... Soa até engraçado, justamente, hoje, dia 21 de setembro, quando muitos falam das comemorações do Dia da Árvore. Lego engano, pois a data de hoje marca, justamente o início da semana desta, já que o segundo deixou de existir como data específica.


O que para muitos parece improcedente é pura verdade, pois a referida data comemorativa não segue como única em todo o território nacional e, muito menos, como referência ao Dia da Árvore.

De acordo com o Decreto Nº 55.795, de 24 de fevereiro de 1965, o chamado Dia da Árvore – comemorado em 21 de setembro – passou a ser substituído pela Festa Anual das Árvores, ou seja, uma semana de eventos e ações ligadas à espécie vegetal.

E mais, as comemorações em todo o território nacional ocorrem em dois períodos distintos, em razão das diferenças fisiográfico-climáticas que o país apresenta. Sendo assim, conforme estabelece a legislação citada, em seu Art. 3º, a Festa Anual das Árvores será comemorada durante a última semana do mês de março nos estados das regiões Norte e Nordeste, enquanto que, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as comemorações ocorrem na semana com início em 21 de setembro.

Daí, a população destas últimas regiões brasileiras não perceberem tais mudanças, pois a data original foi mantida, sendo ampliada para uma semana e com outra referência, isto, Festa Anual das Árvores.

E, segundo o Decreto citado, estas comemorações são de responsabilidade dos Ministérios da Agricultura e da Educação e Cultura (Art. 4º).

A Festa Anual das Árvores tem por objetivo difundir ensinamentos sobre a conservação das florestas e estimular a prática de tais ensinamentos, bem como divulgar a importância das árvores no progresso da Pátria e no bem-estar dos cidadãos” (Art. 2º).

Não restam dúvidas quanto à importância da árvore, ou melhor, da própria cobertura florestal nos dias de hoje, quando a história de uso e ocupação do solo urbano e/ou com práticas agropecuárias traçou uma história de desenvolvimento descomprometida com a conservação do meio ambiente.

E, mais do que nunca, tal como tratar a árvore isoladamente ou acerca das florestas existentes em nosso território é preciso que se promovam discussões quanto às políticas e à legislação vigente que as protegem e/ou dão subsídios à devastação ou, ainda, que perpetuam o atual conceito de desenvolvimento econômico, insustentável.

Sendo assim, além de ser uma temática de suma relevância – nesta semana de Festa Anual das Árvores – devemos tratar e debater medidas de conservação e de desenvolvimento sustentável. Vamos aproveitar, inclusive, para lembrar que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas.

Em novembro de 2006, a ONU lançou uma Campanha, durante a Conferência sobre Mudanças Climáticas de Nairóbi, no Quênia, intitulada “ Um Bilhão de Árvores”, a fim de que – através do plantio de árvores - a qualidade de vida do planeta possa melhorar face às mudanças climáticas, iniciando assim – quem sabe - um processo de reversão ao nível de degradação da mata original (reflorestamento).

A meta inicial da Campanha era alcançar 1 bilhão, mas esta foi aumentada para 7 bilhões de árvores. E, segundo dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN), em fevereiro de 2010, a referida iniciativa do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) atingiu mais de 10 bilhões de mudas plantadas em todo o mundo. E, entre os países que mais plantaram árvores no mundo se encontram, a Etiópia, Quênia, Turquia, México, Cuba, Indonésia, Índia e China.

De acordo com o Portal do PNUMA, o Brasil – até o momento – já plantou 83.168.005 sementes de árvores, enquanto o registro total, on line, do planeta já chega a aproximadamente 12 bilhões de sementes (11.906.140.025).

Vamos fazer parte desta Campanha e plantar uma semente, seja esta de uma árvore nativa ou não, mas tomando o cuidado desta ser condizente com o nosso ecossistema.
   
 
Logotipo da Campanha "Um Bilhão de Árvores" (PNUMA)
 
 
Fontes Complementares de Pesquisa
 
. Ambiente Brasil
 
. Dia da Árvore

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dica de Site: Desenhos para Colorir

 Ciclo da Água


Muitas vezes, queremos utilizar uma ilustração em atividades pedagógicas (exercícios) e não temos ideia ou, muito menos, a habilidade artística. Eu, particularmente, gosto muito de colocar imagens - ainda mais - sob a forma de desenho específico na área de Geografia.

Outro dia, utilizei o desenho abaixo em uma atividade sobre hidrografia. É evidente que utilizei algumas ferramentas do PC para completar, como caixa de texto.

 Bacias Hidrográficas

Vejamos outros exemplos:













O site da vez, embora não seja muito rico, tem imagens muito boas para este fim. Confiram, acessando AQUI! 

14 de Setembro (Tarde): “Sustentabilidade e a Sala de Aula: valores Éticos e Formação Cidadã”



Todas as imagens aqui, postadas, fazem parte do
meu acervo particular.
Se alguém não autorizar a publicação das mesmas
em virtude de sua presença na imagem,
favor entrar em contato através do meu e-mail
que eu tomarei as providências cabíveis.

A Mesa Redonda da parte da tarde, intitulada “Sustentabilidade e a Sala de Aula: valores Éticos e Formação Cidadã”, contou com os seguintes palestrantes: Profª Anice Esteves (UERJ/FFP), Prof. Dr. José Carlos Milléo (UFF), Mathew Shirts (redator-chefe da Revista National Geographic Brasil e Coordenador do Planeta Sustentável) e do Prof. Dr. Luiz Felipe Guanaes Rego (PUC-Rio e diretor do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente – NIMA). O papel de mediador da mesma permaneceu sob o comando do Prof. Carlos Fernando Galvão.


 Da esquerda para direita, Mathew Shirts,  Prof. José Carlos Milléo,
Prof. Carlos Fernando Galvão,  Prof. Luiz Felipe Guanaes Rego e
Profª Anice Esteves

Entre os palestrantes, eu gostei muito da apresentação do Prof. Dr. Luiz Felipe Guanaes Rego (PUC-Rio), pois o mesmo enfatizou que a crise ambiental por qual é discutida, há décadas (ela é antiga), é, antes de tudo, uma questão paradigmática, isto é, da necessidade de substituição do paradigma tradicional, cartesiano-mecanicista, para o de visão holística-sistêmica.

Enquanto o primeiro se caracteriza por uma abordagem fragmentada e estanques dos fatos nos seus múltiplos níveis de abrangência, inclusive, na visão dicotômica da relação homem x natureza (visão dissociativa e oposta), o segundo – embora reconheça as partes – as considera no contexto de totalidade (integrado), isto é, sob o efeito de uma rede sistêmica.

No entanto, alguns palestrantes apresentaram visões um tanto distorcidas, a meu ver.

A primeira a apresentar no período da tarde foi a Prof.ª Anice Esteves. Ela destacou a integração das diversas sustentabilidades e a importância da participação ativa de todos, governantes, empresas e cidadãos.

Achei oportuno e pertinente a questão, colocada pela referida professora, acerca da necessidade de reuniões, encontros locais com os representantes da coletividade considerada com o intento de construção do conhecimento e, por consenso, o levantamento dos principais problemas sociais. Realmente, se não houver encontros ou reuniões, o processo de mudança pára, emperra... perde credibilidade. Esta questão foi até discutida com os Grupos de Tabalho (GT), no dia seguinte (15/09).

Ela falou sobre correntes metodológicas de Educação Ambiental sob a a perspectiva Comportamental, com ênfase em atividades práticas e sob a perspectiva Atitudinal, cuja ênfase se dá na construção de uma ética. A meu ver, à luz de uma Educação Ambiental e no tratamento de suas questões, ambas se integram. Não há como dissociá-las.

Outro aspecto que merece menção, aqui, foi acerca da sua proposta pedagógica com a finalidade de sensibilização dos alunos. Ela sugeriu o uso de “imagens e informações perturbadoras”, em um primeiro momento e, no segundo momento, “imagens e informações encantadoras”.

Em ambos os momentos, as imagens sugeridas, pela referida professora, constam de uma ótica naturalista do meio ambiente (sem o social). Esta mesma visão, a escola produziu e reproduziu, tradicionalmente, nas salas de aula. Daí, muitas vezes, o aluno achar que a queimada na região Norte do Brasil, contribuindo para as emissões de gases de efeito estufa é uma questão de meio ambiente e, não consegue perceber e conceber que o lixo, que ele joga no chão, também é uma questão ambiental.

Não há como dissociar o homem da natureza e, muito mesmo, o espaço construído e modificado por ele, pois este é o seu meio ambiente, enquanto que - por exemplo - para os índios matis é a floresta Amazônica.

Quero deixar claro que não tenho nada contra as imagens sugeridas, mas devemos ter cuidado para não sublinhar a visão estritamente naturalista em detrimento a uma abordagem mais integrativa de meio ambiente.


 Prof.ª Anice Esteves


O segundo palestrante, Prof. Dr. José Carlos Milléo, foi incisivo em ratificar que a questão ambiental é um tema de exigência política e que tem a ver, sobretudo, com o crescimento demográfico. Embora, o mesmo tenha mostrado dados (gráfico) que evidenciam a redução da taxa de fecundidade (média de filhos que a mulher tem em idade de reprodução).

Este colocou que a população, ou seja, a questão demográfica atua como par antiético, ora não auxiliando na preservação da natureza ora prejudicando mais ainda.

Sob esta mesma perspectiva, o referido professor ressaltou a Teoria de Malthus, a qual preconiza que o crescimento da população é infinitamente maior que a capacidade de produção de alimentos. Ao mesmo tempo, suas ideias perpassam também pela Teoria Neomalthusiana, pois este propõe políticas de planejamento familiar.

Como podemos ver, em termos de Teorias Demográficas, suas ideias se opõem à Teoria Reformista (ou marxista), a qual contextualiza que a população é crescente devido às desigualdades sociais e econômicas com restrições a investimentos nas áreas básicas, como na educação, saúde, cultura e lazer. Para os seguidores desta teoria, com investimentos destinados a estas áreas, o controle da natalidade acaba se tornando espontâneo.

Acredito muito mais nestas premissas e, principalmente, sob a questão de modelo de desenvolvimento econômico e social desigual.

Aí, voltamos para aquele terceiro desafio enunciado pelo Prof. Haroldo Mattos, na parte da manhã, isto é, implementar políticas para redução da pobreza.


 Prof. José Carlos Milléo


O terceiro palestrante foi Mathew Shirts, que é o redator-chefe da Revista National Geographic Brasil e, também, coordenador do Planeta Sustentável. Foi engraçado a sua explanação inicial, ao colocar como se sentiu ao ser convidado para trabalhar com questões ambientais. Foi a mesma sensação e opinião - de acordo com o seu relato – de pessoas que consideram esta temática sob um discurso ecológico, vazio e de expressividade baseada no modismo (ou seja, assunto bastante chato, mas está em voga).
Sua opinião mudou e este passou a adorar o assunto. À partir disso, sua exposição passou a tratar sobre o Aquecimento Global, tema a ser abordado na Revista National Geographic do mês que vem (“CO2: O Gás que vai escrever a História do Século XXI”).
Ele destacou a posição da China que é, hoje, o país que mais investe em energias alternativas, mas em contrapartida utiliza bastante o carvão mineral. Para quem não sabe, entre os três combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e o gás natural), o mais abundante e o que mais acarreta impactos ambientais é o carvão mineral.
 Sr. Mathew Shirts

O último palestrante, Prof. Dr. Luiz Felipe Guanaes Rego (PUC-Rio), a meu ver - como já mencionei anteriormente, fez uma apresentação bastante interessante. Além de explanar sobre a crise paradigmática, ressaltando a importância da substituição do paradigma tradicional, cartesiano-mecanicista, pelo Holismo, sob uma ótica sistêmica, ele falou da dificuldade de tratar a questão ambiental nos meios acadêmicas sob uma linguagem interdisciplinar. Até mesmo porque, a visão cartesiana, tão enraizada em nossa cultura e na nossa formação disciplinar, gerou, um pensamento segmentado, cujas especialidades “estanques” faz com que hajam linguagens distintas e não uma conexão entre os diferentes conhecimentos.

Ele, ainda destacou a importância das tecnologias e das Ciências, sem as quais não teríamos ideia do nível de gravidade por qual perpassam as questões ambientais, em escala global. Só seria possível, ter alguma noção, a nível local.

Ele indicou o home page do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA), onde podemos encontrar artigos e projetos desenvolvidos – na área Ambiental e outras – pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). De acordo com o Portal, os projetos são realizados em parceria com escolas, empresas, municípios e instituições nacionais e internacionais.



 Prof. Dr. Luiz Felipe Guanaes Rego








Após o encerramento da palestra do referido professor, o debate foi aberto e mediado pelo Prof. Carlos Fernando Galvão.





Embora, eu tenha discordado de algumas posições, colocadas pelos palestrantes tanto nas palestras quanto na seção do debate, com perguntas por escrito, eu gostei muito deste primeiro dia do Fórum.

Cabe a nós, professores, dar continuidade e/ou iniciarmos um processo de mudanças no âmbito da sala de aula e, à partir disso, a difusão pode ser feita espontaneamente através dos alunos em seus locais de vivências, como orientada, com a co-participação dos demais membros da Comunidde Escolar. 


domingo, 18 de setembro de 2011

14 de setembro (Manhã): “Sustentabilidades: mais do que um conceito, uma filosofia de vida"


Fórum preparatório para o Rio+20 (Imagem do meu acervo particular)

 Atualizado em 01/11/2011 às 15h40

Todas as imagens aqui, postadas, fazem parte do
meu acervo particular.
Se alguém não autorizar a publicação das mesmas
em virtude de sua presença na imagem,
favor entrar em contato através do meu e-mail;
que eu tomarei as providências cabíveis.


Dando continuidade à postagem anterior acerca do Fórum “Sustentabilidades e a sala de aula: valores éticos e formação cidadã”, que começou no último dia 14  e terminou no dia 15 (5ª feira), à tarde, devo dizer que foi – a meu ver – uma oportunidade ímpar em termos de discussões sobre a questão ambiental e desenvolvimento sustentável. É evidente que as palestras e as discussões não esgotaram efetivamente o tema e, muito menos, as propostas de ações escolares a contemplaram.

Mas, este representou um grande marco na participação e envolvimento da Secretaria Municipal de Educação (SME/RJ) no tratamento das questões ambientais e do Desenvolvimento Sustentável visando um evento maior, a Rio+20, que será realizado no ano que vem.

Além da SME ter montado uma estrutura logística completa, os palestrantes convidados contribuíram - de uma forma geral e significativa - para os objetivos do evento.

Não resta dúvida que nós, professores, precisamos ter um maior aprofundamento sobre a temática – Desenvolvimento Sustentável – pois esta não só envolve práticas direcionadas para atingir este fim, mas – sobretudo – que a crise ambiental por qual é discutida, há décadas (ela não é tão recente assim), é, antes de tudo, uma questão paradigmática.

E sob esta necessidade premente de substituição do paradigma tradicional pelo Holismodestaco a palestra do Prof. Dr. Luiz Felipe Guanaes Rego (PUC-Rio), que participou da mesa redonda do primeiro dia do Fórum (14/09), no horário da tarde.

Discussão esta, não desenvolvida no âmbito dos estabelecimentos escolares de nível básico, mas que insurge como uma necessidade no entendimento da atual crise do Meio Ambiente.

No primeiro dia do evento, muitos devem ter chegado atrasados no evento por conta das chuvas fortes que abateram a cidade, desde a madrugada. Os intensos congestionamentos - por todos os cantos da cidade – indubitavelmente devem ter, no mínimo, acabado com a paciência da grande maioria que precisou se locomover, inclusive, a minha.

O Fórum foi aberto pelo Sr. Luís Augusto Azevedo, gerente de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), que explicitou a importância do evento Rio+20 e o escopo do projeto Heróis do Futuro. Logo, em seguida, a palavra foi dada à Subsecretária de Educação da Rede, Helena Bomeny, pois a Secretária da Educação, Claudia Costin, se encontrava envolvida em outro evento.

Na parte da manhã, as apresentações foram focadas em questões acerca da importância da participação e envolvimento dos jovens (alunos), professores e responsáveis em ações práticas voltadas para estas questões e, sobretudo, a nível conceitual de Desenvolvimento Sustentável e as múltiplas facetas da atual crise ambiental.


Projeto Heróis do Futuro


Sr. Luís Augusto Azevedo


Subsecretária de Educação da Rede, Helena Bomeny



A Mesa de Abertura, “Sustentabilidades: mais do que um conceito, uma filosofia de vida” teve como palestrantes, o Prof. Dr. Jacques Marcovitch (USP), o Prof. Sérgio Besserman Vianna (economista e ecologista) e o Prof. Dr. Haroldo Mattos (Professor da Escola Politécnica da UFRJ e Presidente do Instituto Brasil PNUMA). As mesas redondas, tanto da parte da manhã quanto da tarde, foram mediadas pelo Prof. Carlos Fernando Galvão (E/SUBE/CED/GEOGRAFIA).


Da esquerda para a direita, Prof. Dr. Jacques Marcovitch,  Prof. Dr. Haroldo Mattos,
Prof. Carlos Fernando Galvão (mediador das Mesas Redondas) 
e o Prof. Sérgio Besserman  




Sem dúvida nenhuma, cada palestrante - da parte da manhã - nos abrilhantou com o seu conhecimento e experiência na área, sob um clima que mesclava análises pessoais com certa dosagem de humor, principalmente, após a participação do Prof. Sérgio Besserman Vianna (economista e ecologista).
O primeiro palestrante foi o Prof. Dr. Jacques Marcovitch, autor do livro A Gestão da Amazônia (edição 2011, EdUSP), que recebemos junto com o material de divulgação no momento do credenciamento.
O Prof. Dr. Jacques Marcovitch destacou a importância do reconhecimento das particularidades de cada um, enquanto pessoa (identidade) e dos espaços, afinal cada um de nós, cada sociedade e cada país possui características distintas. E a pergunta lançada por ele e que deve ser a base para a mudança diante da atual conjuntura, ou seja, da crise ambiental (a caminho da insustentabilidade...) deve ser “O que nós podemos fazer, como sociedade, para mudar estas questões?”



O mesmo ressaltou que ao pensarmos na construção do futuro devemos ter em mente que a sua construção depende da inovação tecnológica ambiental, da sustentabilidade e da equidade.


- Redução do consumo de energia por unidade;

- Redução das emissões dos gases de efeito estufa;

- Redução do consumo de água;

- Redução de dejetos;

- Aumento da cobertura florestal.


Desconhecendo que muitos de nós, professores, já trabalhamos com projetos e a temática ambiental com os nossos alunos, o referido professor trouxe sugestões de atividades didáticas em diferentes áreas disciplinares, como a Geografia, Português, Matemática, Artes e História.


A Prof.ª Sueli Vieira (E.M. Dilermando Cruz e minha irmã), retrucou, pois ele não mencionou a sua área de conhecimento, ou seja, Ciências.


A preocupação do professor em dispor propostas pedagógicas ao público presente, majoritariamente, docente, nos remete a um fato incontestável: a própria SME não tem noção do trabalho desenvolvido, por muitos professores da Rede, no que tange à questão ambiental.


Há pouca divulgação ou interesse em divulgar, seja a iniciativa, o envolvimento dos agentes responsáveis (professor e alunos) sejam os resultados obtidos.


Prof. Dr. Jacques Marcovitch

.
O palestrante seguinte, Prof. Sérgio Besserman, ressaltou a importância do Rio+20, mesmo diante das incertezas do seu resultado, bem como da cidade do Rio de Janeiro enquanto sede do referido evento e da participação da Secretaria Municipal de Educação (SME). Ao mesmo tempo, ele enfatizou a inalterabilidade dos fatos diante de tantas discussões arroladas, nestes últimos 19 anos, após a Eco 92 (Rio 92).

O referido professor foi categórico em suas afirmações acerca da atual crise ambiental, acendendo em seu discurso a relação do homem e das Ciências sobre a questão ambiental, provocando a todos com a premissa que viver neste momento é, ao mesmo tempo, uma benção e uma maldição, pois não sabemos a solução. Nem mesmo as Ciências sabem o que é Desenvolvimento Sustentável. Segundo o mesmo, a única coisa que sabemos é que o desenvolvimento atual é insustentável. E este é o grande desafio...  

Este deixou bem claro que o maior erro foi conceber o ser humano separado da natureza e, sob este contexto relacional, o primeiro (homem) se achar e agir como onipotente e supremo sobre a dinâmica do segundo. E, com base nestes preceitos, ter-se instituído um modelo de desenvolvimento desarticulado com a dinâmica do meio ambiente e, ao mesmo tempo, de forma desigual.

Esta separação entre “nós” e o meio ambiente não existe... há uma teia nos envolvendo...

Somos muito pequenos”... Se nada for feito para minimizar os efeitos e a insustentabilidade para qual a humanidade caminha, uma nova Era Geológica vai ocorrer na história da Terra, sucedendo a atual (Cenozóica), com as seguintes características, sem nós (humanos), mas com a perpetuação da natureza, evidentemente, adaptada às condições ambientais vigentes.

A crise atual do meio ambiente tem, não restam dúvidas, múltiplas facetas e abrangência, mas a parcela da humanidade que mais vai sofrer os seus efeitos e consequências (por ser mais vulnerável) é a população mais pobre.

Podemos dizer até que a palestra do Prof. Sérgio Besserman não trouxe nenhuma novidade, mas as suas colocações foram bem contundentes no que – até hoje – foi realizado a nível de mudanças: nada!

Ao discursar sobre esta relação dicotômica entre o homem x natureza e no modelo de desenvolvimento econômico instituído, baseado na exploração irracional dos recursos naturais e firmando-se por uma desigualdade de acordo com o poder político e econômico de uns sobre os outros, requer que as discussões tenham uma dimensão não só a nível global, mas - sobretudo - local.

E este ratificou, não há como definir uma receita, mas passar as métricas locais, da casa, da escola e do bairro como expressões de desafios.



Eu fiz uma pequena pesquisa sobre a sua atuação profissional do referido palestrante, além de descobrir sua vasta carreira nas áreas da Economia e do Meio Ambiente, deparei-me com um detalhe de sua vida particular (familiar), que me fez compreender o seu humor nato.

De acordo com os dados levantados na Internet (várias fontes), o referido professor se formou em Economia na PUC/Rio de Janeiro. Foi Diretor de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidente do IBGE e do Instituto Pereira Passos. Foi membro da missão diplomática brasileira em duas Conferências das Partes da Convenção-Quadro da Mudança Climática e da reunião C-40 (cidades contra o aquecimento global), em Nova Iorque em 2007.

É membro do Conselho Diretor da WWF-Brasil (“World Wildlife Fund”/“Fundo Mundial da Natureza”), Presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Professor do Departamento de Economia da PUC-RJ, comentarista de sustentabilidade na Globonews e da cidade na rádio CBN.

Nesta pequena pesquisa descobri que o humor é um traço característico de sua família, pois o humorista Bussunda (Cláudio Besserman Vianna) - do programa Casseta & Planeta - falecido em 2006, era seu irmão.

Prof. Sérgio Besserman

Prof. Sérgio Besserman e o Prof. Jacques Marcovitch (sentado)  

O terceiro e último palestrante da parte da manhã foi o Prof. Dr. Haroldo Mattos que direcionou o seu discurso para alguns dados atuais de comprometimento da sustentabilidade do planeta e reafirmando que temos chance de mudar a história.


Tomando por base o documento do Global Change and the Earth System a planet under pressure, este destacou as mudanças que marcaram o século passado e que, nós, enfrentamos atualmente.

- O aumento demográfico (a população mundial passou de 1,5 bilhões em 1950 para 6 bilhões em 2000);

- O crescimento da atividade econômica, na ordem de 10 vezes, no mesmo período compreendido (1950 a 2000);

- O problema dos recursos naturais, citando o exemplo da maioria dos pesqueiros mundiais terem sido sobre-explorados, ou seja, de forma predatória. Ele, inclusive, citou o exemplo do salmão, que atualmente é de criadouro (no Chile), uma vez que a sua demanda natural caiu vertiginosamente.

- A questão energética acerca dos combustíveis fósseis (recursos não-renováveis), sobretudo, do petróleo (40% de suas reservas se encontram esgotadas) e a necessidade premente de novas alternativas de fontes de energia.

Sua palestra foi conduzida na projeção de slides com as suas devidas interseções. Assim, como os palestrantes anteriores, o Prof. enfatizou que as discussões ocorrem, a importância de se promover o Desenvolvimento Sustentável é claro, mas que não há uma receita pronta, ou seja, soluções efetivas.

Ele utilizou a definição publicada no Relatório “Nosso Futuro Comum”, 1987 (Comissão Brundtland), que afirma que o Desenvolvimento SustentávelAtende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.

E para isso, ele relacionou três grandes desafios que precisamos enfrentar:

1º Desafio: Garantir a disponibilidade de recursos naturais, ou seja, dispor destes em face da necessidade básica do ser humano (alimentação), bem como em termos de produção de bens e de serviços.

Neste aspecto, o professor foi enfático sobre o problema da velocidade desigual sobre a exploração e a reposição (natural e/ou artificial), citando, como exemplos, a exploração da madeira e a atividade pesqueira (o caso do salmão, citado anteriormente).

Além destes, considerados recursos renováveis, ele voltou a mencionar a questão energética, com relação à principal fonte de energia do planeta, ou seja, o petróleo (recurso não-renovável). O desafio é garantir que tecnologias e fontes alternativas sejam desenvolvidas a tempo de substituir as fontes de energia ditas tradicionais.

2º Desafio: Não ultrapassar os limites da Biosfera para assimilar resíduos e poluição. Não esquecendo, sobre este, que a produção de bens e de serviços geram resíduos e poluição. Muito se foi falado sobre a questão do consumismo por quase todos os palestrantes nos dois dias do Fórum.

3º Desafio: Reduzir a pobreza no mundo. Desafio mais do que pertinente à temática, uma vez que – como o próprio Prof. Sérgio Bressamnn enfatizou – os países mais pobres são os mais vulneráveis. O desnível econômico e social existente entre as nações, de um lado as de maior renda e, de outro, as de renda mais baixas precisa, urgentemente, ser repensado.

E, nesta perspectiva, a retórica - mais uma vez - do Prof. Sérgio Bressamnn é validada... Há décadas, as questões pertinentes ao atual modelo de desenvolvimento econômico e social estão na berlinda e nada ou pouco foi feito.

Prova disso é o princípio para uma nova Ordem Mundial do III Relatório do Clube de Roma (1976), que diz: “Muito antes de esgotarmos os limites físicos do nosso planeta ocorrerão graves convulsões sociais provocadas pelo grande desnível existente entre a renda dos países ricos e dos países pobres”.

Como se pode observar, apesar das palestras da parte da manhã não terem acrescentados nenhuma novidade acerca da temática, elas permearam - à luz das discussões - a atual crise ambiental e seu raio de abrangência, bem como a necessidade de haver mudanças e os grandes desafios que precisamos enfrentar, tal como era o objetivo da Mesa Redonda (“Sustentabilidades: mais do que um conceito, uma filosofia de vida”). Eu, particularmente, gostei muito das apresentações e intervenções.

Após o encerramento da palestra do Prof. Haroldo Mattos foi aberto o debate com o público presente.

Prof. Dr. Haroldo Mattos



Explanação com apoio de projeção de slides






Outro aspecto que apreciei neste Fórum, contrariamente visto em outros eventos que participei, foi a preocupação quanto ao cumprimento dos horários pré-estabelecidos. Mesmo com o “caos atmosférico” que marcaram este primeiro dia, a programação e o horário fixado foram cumpridos a contento.