Mostrando postagens com marcador Furacões. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Furacões. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Furacão Irma e a Temporada de Furacões do Caribe e dos EUA

Furacão Irma no Caribe
Imagem capturada na Internet
Fonte: R7 Notícias

Certos conhecimentos acerca da dinâmica da natureza tornam-se relevantes no sentido de se precaver de fenômenos naturais, ou seja, desastres naturais que são recorrentes em determinados pontos habitáveis da Terra. Inclusive, na decisão de fixar moradia e/ou viajar a passeio.
 
Os períodos de incidência de alguns destes são conhecidos, principalmente, daqueles ligados aos fenômenos atmosféricos, como furacões (ou tufões) e os tornados. Vale ressaltar que estes podem ocorrer a qualquer época do ano, mas a incidência dos mesmos é bastante conhecida (observada e registrada por muitas décadas).
 
E, em função, de seu alto poder de destruição quer seja em termos de infraestrutura(edificações, sistema de abastecimento de água, de alimentos, de energia elétrica etc.) quer seja em termos de perdas humanas, toda a atenção se volta para não só para a formação destes, mas - sobretudo - para a trajetória dos mesmos.
 

Sob este contexto, a situação se mostra alarmante nas ilhas do Caribe (América Central Insular) e a costa sudeste dos EUA, mais especificamente, o estado da Flórida, tendo em vista a passagem e o deslocamento do furacão Irma, que na última 3ª feira (05/09) chegou à categoria 5, a maior na escala de intensidade Saffir-Simpson, com ventos de 295 km/h.
 
  Furacão Irma em sua trajetória no Caribe
Imagem capturada na Internet
Fonte: Revista Exame (NASA/Divulgação)
 
escala Saffir-Simpson classifica os furacões de acordo com a velocidade dos ventos, sendo dividida em cinco categorias. Sendo a categoria 1 correspondente aos furacões mais fracos, enquanto que a máxima (categoria 5) registra os de maior intensidade, isto é, com ventos variando de 249 Km/h a mais.
 
Os danos causados por um furacão desta categoria são considerados catastróficos, tal como pode ser constatado pelo rastro de destruição provocado pelo deslocamento do Irma no Caribe em direção aos EUA, cuja chegada está prevista para este final de semana.
 

A referida escala tem esse nome, Saffir-Simpson, porque foi criada pelo engenheiro Herbert Saffir e, pelo diretor do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, Bob Simpson, no início da década de 70 (Século XX).
 
Apesar de poder ocorrer em qualquer época do ano, tanto no Caribe quanto nos EUA, a chamada “temporada de furacões”, no Atlântico, se estende de 1 de junho a 30 de novembro. No entanto, de acordo com levantamentos anuais e análises, verificou-se que as maiores atividades dos mesmos ocorrem de agosto a outubro, com grande incidência no mês de setembro.
 
Nesses três meses, há a concentração média de 78% das tempestades tropicais,
87% dos furacões de categorias 1 e 2 (mais fracas)
e 96% de categorias 3, 4 e 5 (mais fortes) de todo o ano.
As atividades mais frequentes acontecem
no início ao meio de setembro. ”


Durante a Temporada de Furacões ocorrem, além dos ventos e chuvas, o aumento da maré, acompanhada de grandes ondas de poder destrutivo, bem como inundações e deslizamentos de terra em áreas de encostas.
 
 Passagem do Furacão Irma no Caribe (Saint Martin)
Imagem capturada na Internet
Fonte: Revista Exame (Alvin Baez/Reuters)
 
 
 Passagem do Furacão Irma no Caribe (Saint Martin)
Imagem capturada na Internet
Fonte: G1
 

O Irma é o quarto da Temporada de Furacões no Atlântico e está sendo considerado, pelos especialistas, entre os de intensidade máxima (Categoria 5), o de mais longa duração já registrado no mundo (mais de 33 horas). Ele superou, inclusive, em termos de tempo, o supertufão Haiyan, ocorrido nas Filipinas, em 2013, que gerou ventos de 295 km/h, só que por 24 horas 
 
As primeiras tempestades tropicais (ciclones) deste ano, no Atlântico, foram a “Arlene”, o “Bret”, a “Cindy”, o “Don”, a “Emily” e o “Franklin”. Este último passou de tempestade para furacão, sendo assim, o primeiro da temporada, depois outros furacões se formaram, como a “Gert”, o “Harvey” e a “Irma”.

No entanto, mais dois outros furacões já se formaram nesta última quarta-feira (06/09). Ambos foram elevados de tempestades tropicais para furacão, na quarta-feira passada (06/09), sendo classificados - até o momento - na categoria 1 da Escala Saffir-Simpson: os furacões José e Kátia , formados no Atlântico e no Golfo do México, respectivamente.
 
 Imagem capturada na Internet
Fonte: G1
 
Ao atingir a Flórida, no fim desta semana, tal como prevê o Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês), o furacão Irma será o segundo a atingir o território estadunidense (EUA) no prazo de duas semanas, tendo em vista que, na semana passada, o furacão Harvey atingiu o estado do Texas, causando muita destruição e mortes (mais de 40 pessoas).
 
Extremamente perigoso, o Irma apresentou ventos de 295 km/h. No entanto, segundo o CNH, o furacão perdeu forças, sendo rebaixado para Categoria 4, com ventos até 250 Km/h. Todavia, o seu poder de destruição ainda continua elevado, alerta os especialistas, podendo provocar danos extremos.
 
De acordo com os últimos dados divulgados nas mídias, na manhã de hoje (08/09), além de perdas materiais (destruição de edificações e outros problemas em termos de serviços), foram contabilizados 14 mortos em sua passagem pelo Caribe. O país do mar do Caribe que mais sofreu o impacto do furacão foi Antígua e Barbuda, sobretudo, a ilha Barbuda, que teve 90% de suas habitações destruídas.
 
As populações de Cuba e da Flórida (Sudeste dos EUA) já se preparam para sofrer os impactos da passagem do furacão Irma e, segundo, as mídias, o estado de pânico é bastante perceptível na população de ambos os países. Também pudera!
 
Trajetória do Furacão Irma - Caribe ao Sudeste dos EUA
Imagem capturada na Internet


. Fontes de Consulta

. Jornal O Globo Impresso (07/09/2017 - página 25)

. Porta G1

. Revista Exame
 
. R7 Notícias

. R7 Internacional

. Thoth

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Fenômenos Meteorológicos: Furacões e Tufões

 
Imagem capturada na Internet

Aproveitando a última postagem acerca dos tufões que atingiram o sudeste asiático, gostaria de comentar sobre este tipo de fenômeno meteorológico.

E, para quem não sabe, tufão e furacão são nomes diferentes aplicados para o mesmo fenômeno (ciclones tropicais).
 
Estes são chamados de ciclones tropicais, primeiro devido a sua natureza ciclônica, ou seja, ligados às áreas de baixa pressão e, segundo, porque se ocorrem nas regiões tropicais, assim como por se originarem de massas de ar tropicais marítimas.

Os furacões ou tufões se referem às mais fortes tempestades ciclônicas que ocorrem na natureza, com ventos muito fortes (velocidades superiores a 119 Km/hora), podendo apresentar um formato superior a 1.000 metros de diâmetro.
 
O uso de diferentes terminologias (furacão e tufão) se dá em função da região, onde estes se formam e ocorrem.
 
De acordo com a subdivisão da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os tufões ocorrem na parte ocidental do oceano Índico, no Pacífico Norte e no Mar da China (costa chinesa, o Japão, as Filipinas, a ilha de Taiwan, a ilha norte americana de Guam, as Filipinas, a Coréia, o Vietnã e a parte da Indonésia).
 
Os furacões, por sua vez, ocorrem no Atlântico Norte (EUA) e no mar do Caribe, assim como no Oceano Pacífico (Hawaí, costa oeste dos EUA e do México).
 
Daí, os termos tufão e furacão são, na verdade, sinônimos. Podemos dizer que todo furacão ou tufão é um ciclone tropical, mas - devido às diferenças na velocidade dos ventos e da força das tempestades - nem todo ciclone tropical é um furacão.
 
Há outros exemplos de fenômenos meteorológicos de baixa intensidade incluídos nos ciclones tropicais, como depressão ou tempestade tropical, cuja variação da velocidade dos ventos pode chegar a 117 Km/h.
 
Velocidades dos ventos superiores a esta faixa já se encaixam na categoria de furacão.
 
Por isso, tenho uma preocupação em não colocar os três termos como sinônimos. Eu posso dizer, sim, a respeito de furacão e tufão.
 
Os furacões (ou tufões) possuem o mesmo princípio de formação, isto é, são gerados sob condições de águas oceânicas quentes, em temperaturas acima 27ºC (regiões tropicais).
 
Por serem formados sobre grandes massas de água morna (mares costeiros e/ou oceanos), as primeiras áreas a serem afetadas durante o deslocamento destes são as ilhas e as regiões costeiras.
 
Apresentam um formato circular, com diâmetro variando de 450 a 650 km. Em sua área central localiza-se o chamado "olho do furacão", livre de nuvens e relativamente tranquilo, com ventos muito leves.


O maior problema reside no turbilhão que o cerca, pois os ventos são mais fortes, podendo variar de 119 Km/h até uma intensidade superior a 249 Km/h.
 
 

Imagens capturadas na Internet


Em razão de sua estrutura de funcionamento, além dos ventos fortes, ocorrem chuvas torrenciais, assim como - na superfície oceânica- ondas tempestuosas e altas.
 
Como a sua fonte de energia são as águas quentes do mar ou do oceano, os furacões quando atingem os continentes perdem sua força, transformando-se numa tempestade tropical. Mas, o seu poder destrutivo pode ainda provocar grandes prejuízos materiais e vítimas fatais. Em geral, as chuvas torrenciais provocam inundações, enchentes.
 
Como mencionei, a velocidade dos ventos dos furacões são superiores a 119 Km/h, podendo ultrapassar os 249 Km/h e, sendo assim, o poder de destruição deles vai variar de acordo com a velocidade dos ventos.

Não podemos esquecer, também, que os prejuízos em termos de desmoronamento de edificações (casas, pontes, viadutos etc) também podem estar relacionados ao tipo de material empregado nas construções (material de baixa qualidade).

 
Imagens capturadas na Internet

 
Escala Saffir-Simpson
 
Criada no início da década de 70 (Século XX), a Escala Saffir-Simpson é utilizada para medir a intensidade dos furacões de acordo com a velocidade dos ventos.

Sua denominação advém dos nomes de seus criadores, o engenheiro Herbert Saffir e Bob Simpson, antigo diretor do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.



Herbert Saffir - Imagem capturada na Internet

Robert Simpson - Imagem capturada na Internet


A Escala Saffir-Simpson classifica a intensidade dos ventos em 5 categorias, a saber:

. Categoria 1
Descrição: Danos mínimos
Velocidade dos ventos: 119 - 153 km/h

Efeitos: As ondas provocadas pela tempestade aumentam entre 1,3 e 1,5 metros acima de seu nível normal. Não há riscos reais nas estruturas. Há riscos menores para trailers soltos e queda de pequenas árvores. Alguns outdoors mal construídos podem ser arrancados. Também alguns alagamentos podem ser percebidos próximos à costa, bem como alguns desmoronamentos.
 
. Categoria 2
Descrição: Danos moderados
Velocidade dos ventos: 154 -177 km/h

Efeitos: As ondas erguem-se entre 1,8 e 2,45 metros acima de seu nível normal. Causa danos em telhados, janelas e portas, podendo arrancá-los. Danos consideráveis em árvores e arbustos. Algumas árvores podem ser arrancadas. Sérios danos em trailers, barcos ancorados e outdoors. Duas horas antes da chegada do olho do furacão diversos alagamentos são verificados. Pequenos barcos em ancoradouros desprotegidos rompem suas amarras.
 
.Categoria 3
Descrição: Danos extensos
Velocidade dos ventos: 178 -209 km/h

Efeitos: Um grande furacão. As ondas alcançam até 3,7 metros. Danos em estruturas de pequenas residências. Árvores de grande porte podem ser arrancadas. Trailers e outdoors são destruídos. Locais de baixadas são alagados 3 horas antes da chegada do centro da tempestade. Os alagamentos próximos à costa arrasam pequenas propriedades. Pode ser requerida a evacuação da áreas mais baixas.
 
. Categoria 4
Descrição: Danos extremos
Velocidade dos ventos: 210 -249 km/h

Efeitos: As ondas alcançam 5,5 metros. Destelhamento completo em pequenas residências. Árvores, arbustos e outdoors são arrancados. Destruição completa de traillers. Grandes danos em portas e janelas. Lugares baixos são inundados em até 3 horas antes da chegada do olho do furacão. Áreas 3 metros acima do nível médio do mar podem ser inundadas, requerendo massiva evacuação das áreas residencias distantes até 10 km da costa.
 
. Categoria 5
Descrição: Danos catastróficos
Velocidade dos ventos: acima de 249 km/h

Efeitos: Corresponde ao nível máximo da escala. As ondas são acima de 5,5 metros. Destelhamento total da maioria das casas e prédios industriais. Algumas casas são arrastadas com a força do vento. Todas as árvores, arbustos, outdoors e luminosos são arrancados. Grandes danos nas áreas baixas localizadas a menos de 4,5 metros acima do nível médio do mar. Grandes inundações até 500 metros de distância da linha da praia. Evacuação total nas áreas até 16 km da costa.
 
Fonte: Apolo 11


Com a elevação da temperatura da Terra associada ao fenômeno do Aquecimento Global, os cientistas são categóricos quanto ao aumento na frequência e intensidade dos fenômenos meteorológicos, como furacões e outros (tornados, tempestades tropicais etc.).
 
De acordo com os estudos realizados, desde 1995, tem-se verificado um aumento de furacões no Atlântico Norte (em média, 14 furacões por ano).