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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Queda do Muro de Berlim II

Aproveitando as comemorações dos 20 anos da queda do Muro de Berlim, vou compartilhar dois mapas publicados na Folha OnLine, que explicitam melhor a configuração político-administrativa da Alemanha dividida, durante o período da Guerra Fria (1947-1989) e, depois, de sua reunificação, após a queda do Muro de Berlim (09 de novembro de 1989).
 
Para muitos, a queda do Muro de Berlim representou o fim da Guerra Fria, até mesmo porque o processo já vinha desenrolando ao longo dos anos e com o feito, o modelo foi desmantelado, fazendo com que muitas nações migrassem de regime.
 
No entanto, outros consideram o ano de 1991, quando houve a dissolução efetiva do Pacto de Varsóvia, ou seja, a Aliança militar entre os países do Leste Europeu e a URSS.
 
Assinado, em maio de 1955, o Tratado de Assistência Mútua da Europa Oriental foi firmado na capital da Polônia. Daí, o emprego do termo Pacto de Varsóvia. Seus objetivos eram: auxílio militar mútuo aos seus países-membros e consultas sobre problemas de segurança e colaboração.
 
Foi o principal instrumento da hegemonia militar da URSS, contrapondo-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), do bloco capitalista, cujos objetivos eram desenvolver uma estreita colaboração política entre os seus países-membros e fornecer auxílio militar mútuo, em caso de ataque a um deles.
 

Alemanha Dividida - Imagem capturada na Folha OnLine


Alemanha Reunificada - Imagem capturada na Internet

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Data comemorativa: 20 anos da Queda do Muro de Berlim

Imagem capturada na Internet - Wikipédia


Como muitos sabem, inclusive, comentei na sala de aula desde a semana passada, hoje, muitos olhos do mundo se voltariam para as comemorações dos 20 anos da queda do Muro de Berlim, na Alemanha.
 
Principal símbolo da Guerra Fria, o Muro de Berlim ou o Muro da Vergonha foi erguido no dia 13 de agosto de 1961. Mais que uma obra humana, sua construção e extensão limítrofe – cerca de 150 Km - consolidou a disputa de dois sistemas político-ideológicos distintos e, ao mesmo tempo, a bipolarização do mundo, em menor escala, cujas lideranças cabiam aos EUA e à antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
 
O Muro separou as porções ocidental e oriental de Berlim; o lado Ocidental sob a influência dos EUA, Inglaterra e França, era capitalista, enquanto o lado oriental, correspondente ao bloco socialista, esteve sob a influência da URSS.
 
Antes mesmo de ser construído o Muro de Berlim (1961), a Alemanha já se encontrava dividida em quatro zonas de ocupação, as quais passaram a ser controladas pelos EUA, Inglaterra, França e União Soviética. Esta “fragmentação” de seu espaço geográfico se deu após o fim da II Guerra Mundial (1945), com a derrota nazista.
 

Imagem capturada na Internet
 
Em razão das diferenças ideológicas, os três aliados (EUA, Inglaterra e França), que eram capitalistas, se afastaram dos comunistas soviéticos (URSS). Assim, a Alemanha acabou ficando repartida em dois blocos: a Alemanha Ocidental (capitalista), sob a influência dos EUA, Inglaterra e França, e a Alemanha Oriental (socialista), sob o domínio da União Soviética.
 
Geograficamente, Berlim se localiza a leste, ou seja, no lado soviético, mas como era a capital do país, acabou também sendo dividida.
 
Esta divisão de caráter ideológico e político, até então, invisível, fez com que muitas pessoas do lado oriental, contrários ao regime comunista, mudassem para o lado ocidental. E, em razão destas migrações, as autoridades do lado soviético optaram por construir um muro, na capital, isolando efetivamente as duas porções, cujos regimes antagônicos regiam não só a Ordem Mundial como a própria sorte da Alemanha.
 
Marcado inicialmente por barricadas ne cercas de arames farpados, este sofreu três grandes reformas, tendo como material, concreto, arame farpado e cacos de vidro para reprimir fugas.




Imagem capturada na Internet - DW World


Imagem capturada na Internet 

No final dos anos 80, esta divisão política, ideológica e material (física) deixou de existir. O sistema socialista já se encontrava em crise devido ao esgotamento do seu modelo socioeconômico; problemas da economia planificada, da ausência de liberdades democráticas e das rivalidades étnico-culturais existente em alguns países etc.
 
Na verdade, pode-se dizer que a queda do Muro de Berlim iniciou na União Soviética, no âmbito da crise por qual passava o sistema socialista e, efetivamente, após as mudanças implementadas pelo novo e último presidente da URSS, Mikhail Gorbachev, em 1985, através da Perestroika (reconstrução, reestruturação) e Glasnost (abertura).
 
A Perestroika ganhou conotação de “reestruturação econômica” e sob esta perspectiva de reforma, sua política visava a redução dos gastos na Defesa Nacional (desocupação das tropas soviéticas no Afeganistão; redução de armamento e não interferir em outros países ciomunistas), bem como melhorar a disciplina no local de trabalho ao introduzir um conjunto de medidas enérgicas a fim de que as empresas mostrassem mais iniciativa.
 
Ele chegou a retirar dezenas de burocratas corruptos, que representavam figuras da "era da estagnação" da URSS.
 
Implementou medidas inovadoras, com um pouco mais de democracia, no sistema, ao reorganizar as listas eleitorais, ainda que dentro de um Estado de partido único.
 
Sua medidas de reestruturação e de abertura política acabou lhe colocando na berlinda, ora como aquele que entregou um império sem luta e provocou o colapso econômico do país, na visão dos soviéticos, ora como a figura principal para a libertação da ocupação militar e do totalitarismo no país, bem como para o fim da Guerra Fria e da queda do Muro de Berlim, na ótica dos capitalistas.
 
Todas estas temáticas merecem ser tratadas mais profundamente...
 
Por hoje, vamos relembrar o contexto histórico da criação e da queda do Muro de Berlim; da Guerra Fria e do período pós-Guerra; do desmantelamento de várias nações comunistas e, por fim, que a reunificação da Alemanha, como demonstram os dados atuais, mantém um muro invisível entre as antigas Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental.
 

Fontes de Consultas

. Apostila particular;