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sábado, 7 de novembro de 2015

China: Mudanças e o Fim da Política do Filho Único

Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo


Novas regras mudam a política de planejamento familiar na República Popular da China, mais conhecida como a política do filho único, implantada pelo Governo, em 1979/1980, as quais permitem - agora - que os casais tenham, ao invés de um, dois filhos.
 
As atuais mudanças transcorreram em razão do rápido fenômeno de envelhecimento demográfico e à crise na economia no país. Espera-se que novas limitações em torno de dois filhos possam dar maior impulso à economia, à partir do aumento das taxas de fecundidade, com o crescimento e inserção - no futuro - de jovens no mercado de trabalho, aliviando, também, os altos encargos financeiros com a população idosa existente na China.
 
Contudo, especialistas afirmam que estas medidas foram tomadas tardiamente, o que significa dizer que os impactos só serão sentidos a médio e longo prazo.
 
Quando da implantação da política do filho único, final da década de 70 (Século XX), os motivos que justificavam esta política antinatalista se baseavam na necessidade de conter a explosão demográfica no país e, ao mesmo tempo, não colocar em risco a oferta e a qualidade de serviços à população.
 
A Comissão Nacional para População e Planejamento Familiar da China (NPFPC) é o Órgão do Governo responsável pelo controle demográfico, saúde reprodutiva e planejamento familiar em todo território nacional, inclusive, foi ele que instituiu o limite de um filho por casais (filho único).
 
No entanto, esta apresentou algumas exceções, como a política de dois filhos para famílias de minorias étnicas e de áreas rurais do país, em que o primeiro filho fosse uma menina.
 
De acordo com o governo chinês, o controle familiar se fez necessário mediante o rápido aumento da população na China.
 
Só para se ter uma ideia, em 1950, a China já se posicionava como o país mais populoso do mundo, com 550.771 habitantes. No ano de 1980, sua população alcançou a ordem de 981,2 milhões e, em 2010, 1.341.287 habitantes.
 
Em 2014, sua população alcançou 1.393.783.836 habitantes, o que a fez permanecer em primeiro lugar no ranking dos países mais populosos do mundo.
 
Fonte:
 
A política do filho único foi considerada a política de controle da natalidade mais rigorosa do mundo, pois viola a liberdade dos casais em termos de reprodução (limitando o número de filhos) e os direitos sexuais (opção pelo filho homem).
Com isso, a referida legislação privava - aos casais - o direito de ter mais de um filho, proibindo-os de assim os terem. A chamada “família básica” chinesa deveria ser composta por três membros apenas, isto é, o pai, a mãe e o filho.
 
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
 
Sendo assim, casais que violassem a lei, tendo mais de um filho, eram punidos com multas ou, em alguns casos, perdiam até o emprego.
 
Esta imposição de um filho único acendeu, por sua vez, a preferência para o filho do sexo masculino, acarretando - consequentemente - o desequilíbrio entre a população masculina e feminina no país, cujas implicações foram sentidas ao longo do tempo e, hoje, se configura como um grande problema social.
 
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
Fonte: R7 Notícias

Assim como gerou, também, atitudes desumanas sobre o sexo feminino, na maioria das vezes, forçadas – sob a forte pressão do Estado - como abortos seletivos (quando o exame comprova que o bebê é do sexo feminino), o infanticídio (ato de matar a recém-nascida durante ou logo após o parto) e o abandono de crianças.
 
            Imagens capturadas na Internet
          Fonte: Comedia Globale
 
Por parte do Governo chinês, medidas como a esterilizações em massa foram promovidas com a intenção de reduzir a população.
 
Em 2013, a referida legislação sofreu alteração, quando o governo chinês autorizou que casais poderiam ter dois filhos se, ao menos, um dos cônjuges fosse filho único.
 
Os resultados desta política de planejamento familiar, a princípio, foram positivos para a economia do país, pois a China conseguiu obter e aliar o seu crescimento econômico (ascendente) com o baixo crescimento demográfico. Em outras palavras, a imposição da política do filho único permitiu priorizar e direcionar os recursos do Estado para outros setores produtivos.
 
Mesmo apresentando uma população elevada, durante todo este tempo, capaz de mantê-la com o título de país mais populoso do mundo, calcula-se que a “política do filho únicoevitou que cerca de 500 milhões de crianças nascessem ao longo das últimas décadas de sua vigência, o que provocaria uma população absoluta na ordem de mais de 1,7 bilhão de habitantes.
 
Todavia, com o passar dos anos, as baixas taxas de natalidade e de fecundidade do país resultaram em um quadro preocupante. Os problemas foram sentidos tanto em termos do rápido envelhecimento da população quanto a nível de mercado de trabalho em razão da redução de sua População Economicamente Ativa (PEA).
 
Ou seja, o envelhecimento demográfico implicará na desaceleração da economia do país, tendo em vista o baixo do número de pessoas em idade produtiva (PEA) em face da relação desigual entre os contribuintes (menor número de jovens no mercado de trabalho) versus pensionistas (maior número de aposentados).
 
E, sob este contexto, não devemos esquecer que a China é a segunda maior economia do mundo, só perdendo para os EUA.
 
De acordo com os últimos dados oficiais publicados, neste ano, o percentual da população idosa (acima de 60 anos) aumentou de 13,3% (2010) para 15,5%, enquanto o número da População Economicamente Ativa apresentou queda em 2011. Estima-se que, até 2050, mais de ¼ da população terá uma idade superior a 65 anos.
 
Em razão desta conjuntura, as mudanças implantadas na política de planejamento familiar da China, em outubro do ano em curso, permitindo que casais tenham dois filhos foi, segundo especialistas, uma saída paliativa para reverter a situação do país.
 
De acordo com os mesmos, ela chegou tardiamente e, a curto prazo, não terá muito impacto sobre a questão da escassez de mão de obra no mercado de trabalho e quanto ao fenômeno do envelhecimento da população.
 
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
 
 Fontes de Consulta

. ALVES, José Eustáquio Diniz. China e Índia: População, Economia e Desenvolvimento Humano - Disponível em PDF.

 
. Após quase 40 anos, China estuda abandonar política do filho único G1
 
 
. Política do Filho Único - InfoEscola
 
. Política do filho único gera tensão na China – Folha de SãoPaulo
 
. Por que a política do filho único virou uma bomba demográfica na China – Último Segundo
 

 

sábado, 11 de julho de 2015

11 de Julho: Dia Mundial da População


Imagem capturada na Internet
(Fonte: PlanetAtivo)


Hoje é comemorado o Dia Mundial da População e, embora esta venha aumentando com o passar dos anos, o seu ritmo se apresenta mais lento em comparação a décadas passadas, sobretudo, nos chamados países emergentes (nações subdesenvolvidas industrializadas), como é o caso do nosso país, onde as taxas de fecundidade e de natalidade vêm apresentando uma queda significativa.
 
E, isso é facilmente visto, a partir do momento que analisemos o número de filhos que nasceram em nossa família, nas diferentes gerações (tataravó, bisavó, avó e mãe). Com raras exceções, a redução do número de filhos é bastante expressiva. As causas são diversas e perpassam, principalmente, pelos avanços no campo da medicina e assistência médica (prevenção e uso de contraceptivos) quanto pelo ingresso da mulher no mercado de trabalho.
 
No entanto, esta distribuição da população é desigual e, notoriamente, nos continentes asiático e africano, os quais possuem as maiores porcentagens demográficas, o crescimento será elevado, especialmente neste último, na chamada região Subsaariana.
 

“Embora tenha havido uma rápida queda no número médio de filhos por mulher em grandes países em desenvolvimento, como China, Índia, Indonésia, Irã, Brasil e África do Sul, […] o rápido crescimento deverá continuar ao longo das próximas décadas em países com altos níveis de fertilidade como a Nigéria, o Níger, a República Democrática do Congo, Etiópia e Uganda, além do Afeganistão e Timor-Leste, onde há mais de cinco filhos por mulher” (John Wilmoth, diretor da Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU).

 
 Distribuição da População por Continente
 Imagem capturada na Internet
(Fonte: Brasil Escola)
 

Em 2011, a população mundial chegou a ordem de 7 bilhões de pessoas. Atualmente, estima-se que esta ultrapassou os 7,3 bilhões de habitantes.

 
 
 

Imagem capturada na Internet
 
 
Fontes:

. Brasil Escola

. Notícias Terra

. ONUBrasil

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Calculador Populacional



 Imagem capturada na Internet (Fonte: BBC Brasil)

A Divisão de População da ONU, através dos registros demográficos globais e do crescimento natural ou vegetativo da população, ao longo do tempo, a contar a partir de 1910, conseguiu disponibilizar um calculador populacional, no qual é possível estimar quantas pessoas estavam vivas no dia do nosso nascimento.
A outra informação vinculada a este calculador populacional diz respeito à estimativa do número de habitantes que viveu desde 50 mil A.C. Este cálculo baseia-se na metodologia do acadêmico Carl Haub, sendo corrigido pela ONU para incluir pontos no tempo.

Eu verifiquei a minha posição de acordo com estas projeções e o resultado foi:
Na data do meu nascimento, eu fui a pessoa de número: 3.061.285.057 na Terra e, contando desde o início da História, eu ocupei a posição 76.733.564.529.
Calcule a sua posição na evolução demográfica da Terra. Acesse a BBC Brasil.

domingo, 30 de outubro de 2011

Data 31/10/2011: População Mundial chegará a 7 bilhões de habitantes

População Mundial - Imagem capturada na Internet (Fonte: Demografia)

Dando continuidade à temática acerca dos problemas ambientais, outro aspecto relevante a ser considerado diz respeito ao crescimento demográfico, ou seja, ao crescimento da população mundial.
De acordo com os últimos dados divulgados nas mídias, na próxima 2ª feira (31/10), a população absoluta da Terra alcançará o patamar de 7 bilhões de habitantes, tal como notificou a Organização das Nações Unidas (ONU).

 Imagem capturada na Internet (Fonte: Blogue do bebe)

Levando em conta que os níveis de degradação ambientais e seus efeitos impactantes sobre a população e o meio físico são fatos concretos, tanto em termos de disponibilidade de água potável (escassez e mau uso), de terras agricultáveis (avanços da desertificação e aumento das terras estéreis), terras produtivas com cultivos voltados para outros fins (fontes de energia alternativas, ração para animais etc.) quanto no aumento do desemprego (conjuntural, estrutural ou tecnológico), da pobreza, entre outros aspectos intrínsecos à realidade socioeconômica mundial.
Este aumento da população é, realmente, um fator preocupante. Até porque, pouco foi feito em termos de reverter este quadro, ao longo das décadas que as discussões se mantiveram e, ainda, se mantêm ativas, mobilizando todos os segmentos da comunidade científica, autoridades políticas, representantes de Organizações Não-Governamentais (ONGs), representantes religiosos e da população civil. E, mais do nunca, não esqueçamos que a população cresce, mas a superfície terrestre não.
A previsão é que a população chegue aos 10 bilhões de habitantes no final deste século.
Os principais fatores que justificam este aumento significativo da população têm a ver tanto com os países pobres quanto os ricos, os quais são:
- Taxas de natalidade elevadas nos países subdesenvolvidos;
- Expectativa de vida elevada nos países desenvolvidos.
Como sabemos, as taxas de natalidade nos países desenvolvidos são baixas, em geral, por uma questão cultural, opcional da mulher que se encontra no mercado de trabalho, em pé de igualdade com o homem (ao desempenhar a mesma função do homem não há diferença salarial entre ambos os sexos), ela tem noção que o nível de qualidade de vida da família diminui em razão do número maior de filhos, além dos gastos com a Educação e saúde serem altos.
Quanto à expectativa de vida, é de conhecimento de todos que os países desenvolvidos oferecem melhores condições de vida e outros fatores associados aos serviços à população (sistema médico-hospitalar eficiente, sistema de habitação, lazer etc.). Daí, o referido índice ser elevado também nos países ricos.
Em termos mundiais, a expectativa de vida aumentou: em 1950, ela era na ordem de 48 anos e hoje, a média é de 68 anos. Cerca de 893 milhões de pessoas tem mais de 60 anos. E, segundo a ONU, este número deverá alcançar o patamar de 2,4 bilhões de habitantes até 2050.
Neste aspecto e com a queda das taxas de natalidade, os problemas atuais que permeiam a questão da previdência social (muitos aposentados e pouco jovens para ingressar no mercado de trabalho) vão se agravar mais ainda. Estes já representam grandes desafios para muitos países, sobretudo, os da Europa que são caracterizados pelo fenômeno do “envelhecimento demográfico”.
Além disso, problemas quanto à alimentação e, no que diz respeito, ao cultivo. Segundo dados divulgados na mais recente edição da Revista Veja (Edição 2241, Ano 44, nº 44, 02/11/2011), a superfície terrestre possui 13,4 bilhões de hectares de terras produtivas e de água potável. Só que o consumo atual é na faixa de 2,7 hectares por pessoa. Sendo assim e, considerando os 7 bilhões de habitantes, seriam necessários 19 bilhões de hectares de terras e água potável.
Isso significa que extrapolamos a capacidade do planeta em quase 50%, isto é, usamos um planeta e meio para viver.
Precisamos rever os aspectos ligados à sustentabilidade e vulnerabilidade do planeta, pois caminhamos para a total insustentabilidade social, econômica, cultural, política e ambiental.

De acordo com a BBC Notícias, a cada hora, ocorrem:
15.347 Nascimentos;
6.418 Mortes;
Média de crescimento anual: +1,162%


Fontes de Consulta
. Material didático particular
. Revista Veja (Edição 2241, Ano 44, nº 44, 02/11/2011: 122-132)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Censo 2010: Somos mais de 185 milhões de habitantes



Imagem capturada na Internet (Fonte*)

Os primeiros resultados do XII Censo Demográfico do Brasil (2010) estão sendo publicados hoje, segundo o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
 
E o que eu destacaria, neste primeiro momento, já prometendo divulgar os dados oficiais assim que estes forem publicados, diz respeito à população absoluta.
 
A estimativa anterior pairava em torno de 193,2 milhões de habitantes, tal como eu mesma publiquei em matéria neste espaço, contudo, com os resultados do levantamento demográfico deste ano, realizado no período de 01 de agosto a 31 de outubro, os números apontam um queda na projeção (estimativa).
 
Como muitos sabem, o Censo Demográfico é realizado a cada década, ou seja, de 10 em 10 anos. Após a realização do mesmo, uma nova recontagem é feita nos anos subsequentes, através das quais temos uma projeção estimada do aumento do número de habitantes.
 
Como este levantamento trabalha com probabilidade, os dados são estimáveis, podendo apresentar uma margem de erro para mais ou para menos. E, tal como vem se configurando os indicadores sociais, com o declínio das taxas de natalidade e de fecundidade, o número total de habitantes do Brasil também apresentou uma queda.
 
De acordo com os dados preliminares do IBGE, divulgados nos principais meios de comunicação, hoje, a população atual do Brasil é de cerca de 185.712.713 haitantes.
 
No Censo anterior (2000), a população brasileira era de 169.590.693 habitantes. Em 2009, a estimativa era de 191.480.630 habitantes e, mais recentemente, cerca de 193,2 milhões. Estas últimas estimativas contrairam as taxas de crescimento da população presumíveis.
 
Obs.: Fonte* (a imagem foi capturada da fonte Eu na Europa, onde os respectivos autores não dispuseram a fonte de onde extrairam a imagem)