Mostrando postagens com marcador China. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador China. Mostrar todas as postagens

domingo, 20 de junho de 2021

Onde come um, comem dois, três, quatro e até cinco, contando com o pai e a mãe... Será mesmo?

Imagem capturada na Internet
Fonte: Vox Nova

Que a República Popular da China é o país mais populoso do mundo, todo mundo sabe! Sua população, segundo dados de 2020, foi estimada em 1.439.323.774 habitantes (IBGE/Países).  

Que a política chinesa de planejamento familiar passou a ser a mais rigorosa do mundo, no final dos anos 70 (Século XX), também não é nenhuma novidade.  

Afinal, quem nunca ouviu falar da tão conhecida “política do filho único” 

Esta política antinatalista se fundamentou na necessidade de conter a explosão demográfica no país e, ao mesmo tempo, de não colocar em risco a oferta e a qualidade de serviços à população.  

 legislação que passou a vigorar no país determinava que cada casal só poderia ter um filho

Salvo algumas exceções, os casais poderiam ter mais de um filho, no caso de famílias de minorias étnicas e, também, de zonas rurais do país, sobretudo, se o primeiro filho fosse uma menina. Estando em jogo, neste último caso, a necessidade de mão de obra masculina para o trabalho na produção de alimentos.

 

Família ideal

Imagem capturada na Internet para fins ilustrativos

Fonte: Ventos Semeados

Esta imposição de um filho único, por sua vez, também acendeu o preconceito por direcionar a prioridade ao filho do sexo masculino, o que acarretou - consequentemente – um desequilíbrio entre a população masculina e feminina no país, gerando - ao longo do tempo - um grande problema social 

Sob este mesmo contexto e movidas pela forte pressão do governo, atitudes desumanas sobre o sexo feminino incidiram como abortos seletivos, assim que a ultrassonografia confirmasse o sexo do bebê, o infanticídio (ato de matar a recém-nascida durante ou logo após o parto) ou o seu abandono em outro momento.

Medidas como a esterilizações em massa também foram promovidas, pelo governo, com o mesmo objetivo de redução demográfica.

No caso de descumprimento da referida medida antinatalista, acometida a partir de uma segunda gestação, os pais eram submetidos a severas punições por parte do governo, entre as quais incluía o pagamento de multa, a inacessibilidade aos serviços sociais e, em alguns casos, haver a perda do emprego e ser efetuada a prisão.

Os resultados desta política rigorosa de planejamento familiar foram positivos para a economia do país, pois a China conseguiu obter e aliar o seu crescimento econômico (ascendente) com o baixo crescimento demográfico. Segundo a Revista VEJA (2011), sua política antinatalista evitou o nascimento de quase 500 milhões de chineses.

Se por um lado a referida medida teve o efeito esperado, com a redução da taxa de natalidade no país, por outro lado, não se cogitou os problemas - futuros - em decorrência do processo natural de envelhecimento da população chinesa, tanto em termos de serviços de assistência social à “Terceira Idade” quanto e, sobretudo, em termos dos possíveis reveses socioeconômicos.  

E foi justamente o que aconteceu! A população chinesa envelheceu, enquanto houve uma queda na taxa de fecundidade e de natalidade... Com isso, os riscos ao seu crescimento econômico aumentaram, ameaçando o país, a 2ª maior economia do mundo.  

Além da precariedade em termos de serviços sociais no atendimento à população idosa, os baixos contingentes de jovens para suprir a mão de obra no mercado de trabalho consistiam em uma ameaça – cada vez mais real - à sua economia.   

Em função desta situação e de um prognóstico nada animador, em outubro de 2015, o governo anunciou a flexibilização da política de planejamento familiar do país, alterando a legislação pertinente à reprodução, aumentando para dois filhos 

Imagem capturada na Internet para fins ilustrativos

Acreditava-se que esta nova medida daria maior impulso à economia, a partir do aumento das taxas de fecundidade, com o crescimento e inserção - no futuro - de jovens no mercado de trabalho, aliviando, também, os altos encargos financeiros com a população idosa existente na China.  

No entanto, com o passar dos anos, as taxas de natalidade e de fecundidade do país continuaram baixas, permanecendo uma preocupação ao seu crescimento econômico, ainda mais pelo crescente envelhecimento demográfico e, consequentemente, a redução de sua População Economicamente Ativa (PEA). Além de acarretar sérios problemas no sistema previdenciário do país. 

Na época (2015), especialistas declararam que a referida alteração foi tomada tardiamente e que os seus efeitos só seriam sentidos a médio e longo prazo. Contudo, eles também erraram em suas previsões. Passados cinco anos, a China ainda apresenta baixas taxas de nascimento, tal como ficou constatado nos dados levantados e publicados no último Censo Demográfico do país, no ano passado (2020).  

De acordo com o que foi publicado nas mídias, na época, a maioria dos casais alegou que os elevados custos de vida seriam um dos motivos de não optarem por outra geração de filhos

Este quadro e a sua continuidade leva a crer que a Índia possa ultrapassar a China, nas próximas décadas, passando de segundo para o país mais populoso do mundo. 

Em virtude de seu processo histórico desde à Política do Filho Único (final da década de 70 do Século XX) e, sobretudo, mais recentemente, dos levantamentos estatísticos (Censo Demográfico de 2020), uma nova flexibilização quanto à política de planejamento familiar chinesa, visando aumentar a taxa de natalidade no país se fez necessária e e foi anunciada no dia 31 de maio do ano em curso.  

A partir desta nova flexibilização da política de Planejamento Familiar, as famílias chinesas poderão ter até 3 filhos.

Imagem capturada na Internet
Fonte: Isto É

Fontes de Consulta 

. China autoriza três filhos por família – Isto É

. HOMERO, Valquíria. China autoriza pais a terem até 3 filhos e promete auxílios às famílias – Poder 360

Material didático particular  

. O terceiro neném chinês – Isto É

. Política do filho único gera tensão na China – Folha de São Paulo  

. Política do filho único na China é bomba-relógio para o país – Revista Veja

. Por que a política do filho único virou uma bomba demográfica na China – Último Segundo

sábado, 7 de novembro de 2015

China: Mudanças e o Fim da Política do Filho Único

Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo


Novas regras mudam a política de planejamento familiar na República Popular da China, mais conhecida como a política do filho único, implantada pelo Governo, em 1979/1980, as quais permitem - agora - que os casais tenham, ao invés de um, dois filhos.
 
As atuais mudanças transcorreram em razão do rápido fenômeno de envelhecimento demográfico e à crise na economia no país. Espera-se que novas limitações em torno de dois filhos possam dar maior impulso à economia, à partir do aumento das taxas de fecundidade, com o crescimento e inserção - no futuro - de jovens no mercado de trabalho, aliviando, também, os altos encargos financeiros com a população idosa existente na China.
 
Contudo, especialistas afirmam que estas medidas foram tomadas tardiamente, o que significa dizer que os impactos só serão sentidos a médio e longo prazo.
 
Quando da implantação da política do filho único, final da década de 70 (Século XX), os motivos que justificavam esta política antinatalista se baseavam na necessidade de conter a explosão demográfica no país e, ao mesmo tempo, não colocar em risco a oferta e a qualidade de serviços à população.
 
A Comissão Nacional para População e Planejamento Familiar da China (NPFPC) é o Órgão do Governo responsável pelo controle demográfico, saúde reprodutiva e planejamento familiar em todo território nacional, inclusive, foi ele que instituiu o limite de um filho por casais (filho único).
 
No entanto, esta apresentou algumas exceções, como a política de dois filhos para famílias de minorias étnicas e de áreas rurais do país, em que o primeiro filho fosse uma menina.
 
De acordo com o governo chinês, o controle familiar se fez necessário mediante o rápido aumento da população na China.
 
Só para se ter uma ideia, em 1950, a China já se posicionava como o país mais populoso do mundo, com 550.771 habitantes. No ano de 1980, sua população alcançou a ordem de 981,2 milhões e, em 2010, 1.341.287 habitantes.
 
Em 2014, sua população alcançou 1.393.783.836 habitantes, o que a fez permanecer em primeiro lugar no ranking dos países mais populosos do mundo.
 
Fonte:
 
A política do filho único foi considerada a política de controle da natalidade mais rigorosa do mundo, pois viola a liberdade dos casais em termos de reprodução (limitando o número de filhos) e os direitos sexuais (opção pelo filho homem).
Com isso, a referida legislação privava - aos casais - o direito de ter mais de um filho, proibindo-os de assim os terem. A chamada “família básica” chinesa deveria ser composta por três membros apenas, isto é, o pai, a mãe e o filho.
 
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
 
Sendo assim, casais que violassem a lei, tendo mais de um filho, eram punidos com multas ou, em alguns casos, perdiam até o emprego.
 
Esta imposição de um filho único acendeu, por sua vez, a preferência para o filho do sexo masculino, acarretando - consequentemente - o desequilíbrio entre a população masculina e feminina no país, cujas implicações foram sentidas ao longo do tempo e, hoje, se configura como um grande problema social.
 
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
Fonte: R7 Notícias

Assim como gerou, também, atitudes desumanas sobre o sexo feminino, na maioria das vezes, forçadas – sob a forte pressão do Estado - como abortos seletivos (quando o exame comprova que o bebê é do sexo feminino), o infanticídio (ato de matar a recém-nascida durante ou logo após o parto) e o abandono de crianças.
 
            Imagens capturadas na Internet
          Fonte: Comedia Globale
 
Por parte do Governo chinês, medidas como a esterilizações em massa foram promovidas com a intenção de reduzir a população.
 
Em 2013, a referida legislação sofreu alteração, quando o governo chinês autorizou que casais poderiam ter dois filhos se, ao menos, um dos cônjuges fosse filho único.
 
Os resultados desta política de planejamento familiar, a princípio, foram positivos para a economia do país, pois a China conseguiu obter e aliar o seu crescimento econômico (ascendente) com o baixo crescimento demográfico. Em outras palavras, a imposição da política do filho único permitiu priorizar e direcionar os recursos do Estado para outros setores produtivos.
 
Mesmo apresentando uma população elevada, durante todo este tempo, capaz de mantê-la com o título de país mais populoso do mundo, calcula-se que a “política do filho únicoevitou que cerca de 500 milhões de crianças nascessem ao longo das últimas décadas de sua vigência, o que provocaria uma população absoluta na ordem de mais de 1,7 bilhão de habitantes.
 
Todavia, com o passar dos anos, as baixas taxas de natalidade e de fecundidade do país resultaram em um quadro preocupante. Os problemas foram sentidos tanto em termos do rápido envelhecimento da população quanto a nível de mercado de trabalho em razão da redução de sua População Economicamente Ativa (PEA).
 
Ou seja, o envelhecimento demográfico implicará na desaceleração da economia do país, tendo em vista o baixo do número de pessoas em idade produtiva (PEA) em face da relação desigual entre os contribuintes (menor número de jovens no mercado de trabalho) versus pensionistas (maior número de aposentados).
 
E, sob este contexto, não devemos esquecer que a China é a segunda maior economia do mundo, só perdendo para os EUA.
 
De acordo com os últimos dados oficiais publicados, neste ano, o percentual da população idosa (acima de 60 anos) aumentou de 13,3% (2010) para 15,5%, enquanto o número da População Economicamente Ativa apresentou queda em 2011. Estima-se que, até 2050, mais de ¼ da população terá uma idade superior a 65 anos.
 
Em razão desta conjuntura, as mudanças implantadas na política de planejamento familiar da China, em outubro do ano em curso, permitindo que casais tenham dois filhos foi, segundo especialistas, uma saída paliativa para reverter a situação do país.
 
De acordo com os mesmos, ela chegou tardiamente e, a curto prazo, não terá muito impacto sobre a questão da escassez de mão de obra no mercado de trabalho e quanto ao fenômeno do envelhecimento da população.
 
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
 
 Fontes de Consulta

. ALVES, José Eustáquio Diniz. China e Índia: População, Economia e Desenvolvimento Humano - Disponível em PDF.

 
. Após quase 40 anos, China estuda abandonar política do filho único G1
 
 
. Política do Filho Único - InfoEscola
 
. Política do filho único gera tensão na China – Folha de SãoPaulo
 
. Por que a política do filho único virou uma bomba demográfica na China – Último Segundo
 

 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

China: Notícias do outro lado


Imagem capturada na Internet (Fonte: Terra)




As últimas notícias da China versam sobre questões ligadas o meio ambiente e à economia.


Em relação à questão ambiental, no final do mês passado (julho), o Greenpeace – Organização Não Governamental (ONG) ligada à preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, denunciou que o vazamento de óleo na China foi bem maior do que os dados divulgados pelo governo chinês.

Muitos se recordam do acidente que foi causado pela explosão dois oleodutos na cidade de Dalian, na província chinesa de Liaoning, a noroeste da China, no dia 16 de julho.

As explosões se sucederam durante o carregamento de óleo cru (petróleo) de um navio-tanque, vindo da Libéria e fretado pela empresa estatal China National Petroleum Corp. (CNPC), para um depósito no Porto petrolífero de Xingang, em Dalian, considerado um dos maiores portos do país.

As explosões causaram um grande incêndio, que durou 15 horas e mobilizou dois mil bombeiros. O vazamento de petróleo no mar cobriu uma faixa de 50 a 100 quilômetros quadrados, atingindo os mares de Bohai e o Amarelo, que separam a China da península coreana.

A estatal China National Petroleum Corp. (CNPC) só conseguiu fechar as válvulas de escape seis dias depois do acidente.

De acordo com os dados oficiais do governo, o vazamento de petróleo foi na ordem de 1,5 mil toneladas.

Estes números, no entanto, o Greenpeace discorda. Segundo a referida ONG, o vazamento chegou a 90 mil toneladas de petróleo (cerca de 650 mil barris), o que equivale a 60 vezes mais do montante anunciado oficialmente pelo governo chinês.

Este foi o pior desastre ambiental por vazamento de petróleo registrado no litoral da China. Só para se ter uma ideia dos prejuízos e dos impactos ambientais causados, na indústria pesqueira as perdas giram entre os US$ 50 milhões e US$ 100 milhões; dezenas de quilômetros de praia foram contaminados pela “maré negra” e estima-se que, pelo menos, dez anos seja o período suficiente para que o ecossistema afetado se recupere de forma razoável.



Imagem capturada na Internet (Fonte: Google)


A outra notícia, ligada à economia, se refere ao fato da China estar ocupando a segunda posição entre as maiores economias do mundo, passando o Japão, que até então se mantinha em segundo lugar.

E, de acordo com as projeções dos especialistas na área, se o crescimento continuar, esta poderá ultrapassar também os EUA, que lidera o ranking das maiores economias, por volta de 2025.

A China vem apresentando forte crescimento econômico há três décadas. No ano passado, ela chegou a ameaçar o posto do Japão, mas, foi no primeiro trimestre deste ano (2010), que ela superou e se firmou como a segunda maior economia do mundo.

Mas, vale ressaltar aqui – mais uma vez – que crescimento econômico não é o mesmo que desenvolvimento.

Fontes:

. IG - Economia

. Último Segundo

terça-feira, 23 de março de 2010

China: Pés de Lótus


Imagem capturada na Internet (Google)

O que mais chama a atenção em determinados povos, não é só o idioma, mas - sobretudo - sua cultura, suas tradições, passadas de geração a geração. Muitas ainda persistem; outras se encontram em processo de total de extinção ou estão sendo aniquiladas – aos poucos - pela modernidade, mas ainda há correntes que buscam preservá-las ou resgatá-las.
 
Algumas tradições são bastante interessantes, outras totalmente bizarras, havendo ainda aquelas que são aberrantes, capazes de causar dor ou mutilação.
 
Falando nas turmas acerca das postagens sobre a Mulher comentei que iria postar sobre as chinesas que calçavam sapatos minúsculos, os chamados sapatos de pés de lótus.

Esta tradição, graças a Deus, não se conservou, sendo abolida no Século passado.

Sua prática na China data do início do século X. Segundo as fontes de pesquisa, este costume foi estabelecido para crianças e mulheres de forma a imitar uma concubina imperial e com o objetivo principal de atrair o sexo masculino e, assim, conquistar um bom casamento.

Este acabou sendo absorvido pela classe alta da sociedade como um rito de passagem para as chinesas das boas famílias, tornando-se marca de status na Dinastia Sung (960-976 e.c.).

Consequentemente, famílias pobres viam neste costume a perspectiva de conseguir uma vida melhor para as filhas.
Até mesmo alguns homossexuais, na época, passaram a fazer uso deste costume com a intenção de atrair as atenções e se tornarem mais sensuais.
 
Esta tradição consistia em um doloroso e torturante processo de amarrações nos pés das meninas, à partir dos 3 anos de idade, para impedir o crescimento natural destes, a fim de mantê-los pequenos dentro de delicados calçados conhecidos como “Lótus Chinês”.

O processo de formação/moldagem dos pés de Lótus era bastante torturante, visto que os quatro dedos pequenos eram dobrados e colocados debaixo do calcanhar. Nisso, os ossos acabavam se partindo.

Durante o dia, a mulher calçava vários sapatos com o objetivo de reduzir os pés. Depois de atrofiados, os pés ficavam reduzidos a um comprimento que variava de 7 a 10 cm, no máximo.
 
As fábricas começaram a produzir sapatos com essas medidas, a fim de que os pés atingissem até 7 centímetros. Os sapatos variavam em termos de material, podendo ser de seda, cetim, tecido de algodão, encerado para a chuva etc.; decorados de acordo com a ocasião, como para casamento, para uso de mulheres casadas, para dormir, entre outras.




Por incrível que possa parecer e, por mais que julguemos uma aberração as deformações sofridas pelas mulheres, os pés pequenos e delicados representam objeto de desejo da sociedade chinesa, masculina, ou seja, despertava certo erotismo aos homens.






As jovens chinesas submetidas a este costume apresentavam grandes dificuldades para dançar e até mesmo para caminhar. Segundo as fontes de pesquisa, foi devido a esta dificuldade em andar das mulheres, balanceando de um lado para o outro, que deu origem a sua comparação à flor de lótus ao vento.
 


Este costume foi abolido em 1949, durante o governo de Mao Tse Tung, que liderou a República Popular da China e a implantação do sistema comunista no país.
 

Em razão disso e, graças a Deus, hoje só encontramos algumas idosas chinesas que foram submetida a este costume, deformando por moldar os pés de Lótus.

















OBS.: Todas as imagens foram capturadas na Internet e nos sites de consulta (abaixo).

 
Fontes de Consulta
 
 
 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

China: na expectativa de ser a segunda maior economia do mundo



Imagem capturada na Internet (Google)




Como muitos economistas já vinham prevendo, a China se encontra na expectativa de atingir o posto de segunda maior economia do mundo, superada apenas pelos EUA.

O governo chinês anunciou, hoje, o índice de crescimento de sua economia em 2009 foi de 8,7%.

Embora, a economia do país tenha sofrido fortemente os efeitos da crise mundial no final do ano de 2008 e início de 2009, o país conseguiu reverter o quadro descente após medidas de estímulo do governo (de quase US$ 600 bilhões), sobretudo em obras de infraestrutura e no crescimento do mercado interno a fim de manter as fortes taxas de crescimento econômico.

Deu certo e o ritmo de crescimento da economia superou, inclusive, as estimativas do governo chinês, que girava em torno 8%.

No cenário mundial, o crescimento econômico chinês desponta em razão da fragilidade por qual permeia a economia no mundo face à crise financeira deflagrada após a queda do setor imobiliário dos EUA (2006-2007).

Sua economia apresentava, ao longo dos anos, uma sensível queda. Em 2007, o ritmo de crescimento foi de 13%; em 2008, o índice foi de 9,6% e, no início de 2009, este registrava um ritmo descendente, com previsão de atingir - que conforme já mencionei - 8%.

A expectativa é que a sua economia supere a do Japão, que segundo os especialistas deve apresentar um contração mediante os efeitos da crise financeira mundial passada.

O Japão deve divulgar os seus números no próximo mês que vem, mas já é estimado que sua economia (2009) apresente uma contração de até 6%.

Contudo, tal como já expliquei em sala de aula, não devemos confundir crescimento econômico com desenvolvimento.

Quando falamos em desenvolvimento estamos nos referindo a todas as esferas de abrangência de um país, em termos de indicadores sociais e econômicos. Enquanto, crescimento econômico se restringe a esta esfera (economia).

Mesmo que venha a assumir a posição de segunda maior economia do mundo, a China continua a ser um país subdesenvolvido.

Segundo Ma Jiantang, chefe da Agência Nacional de Estatísticas da China, o mesmo que divulgou o crescimento econômico do país, a realidade social chinesa é outra.

A China, país mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes, possui 150 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, com menos de US$ 1 por dia.

Fonte: BBC Brasil


domingo, 24 de agosto de 2008

Encerramento dos Jogos Olímpicos da China


Primeiro e segundo lugares no Quadro de Medalhas
Olimpíadas de Beijing - 2008
Imagem capturada na Internet


Os Jogos Olímpicos de 2008 encerraram ontem com muita festa e cor. Eu mesma não pude assistir o encerramento, mas acompanhei os "flashes" pelos Telejornais.

Apesar de todos os problemas sob o contexto do próprio sistema político do país e da falta de liberdade inerente a este, temos que admitir que foi mais um grande evento esportivo, que reuniu atletas de diferentes modalidades e nações (204 países participantes), cada qual desempenhando “o seu melhor possível” diante de sua habilidade e competência, no qual a maior vitoriosa foi a própria China, que conquistou o primeiro lugar no quadro de medalhas com um total de 100 premiações, sendo 51 medalhas de ouro, 21 de prata e 28 de bronze.

Os EUA ficaram em segundo lugar e, apesar de terem conquistado o maior número destas (110 medalhas ao todo), eles perderam a liderança em razão do número na categoria de ouro (15 a menos que a China).

O terceiro lugar ficou com a Rússia (72 medalhas), seguida da Grã-Bretanha (47 medalhas) e Alemanha (41 medalhas), quarto e quinto lugar, respectivamente.

O Brasil encerrou os Jogos ocupando a 23a posição no referido quadro, tendo obtido 3 medalhas de ouro, quatro de prata e oito de bronze.

Não foi negar que fiquei meio decepcionada, mas considerando o aporte técnico e logístico que os países desenvolvidos oferecem face à estrutura e às condições proporcionadas aos nossos atletas, as equipes e os atletas individuais que conquistaram, bem como aqueles que apenas participaram merecem os nossos cumprimentos.

Para ver a posição de cada país no quadro geral de medalhas, Clique Aqui!

Embora os Jogos Olímpicos tenham sido encerrados neste último domingo, dia 24 de agosto, eu continuarei a postar tópicos acerca do referido país, inclusive, porque um outro lado da festa não apareceu, pelo menos, não foi exibido de forma clara nas mídias, o qual contrasta significativamente com a beleza e imponência do evento em si.

Alguns comentários e reportagens, no entanto, retrataram, mas a grande maioria dos alunos desconhece a situação da sociedade chinesa.

Charge


A República Popular da China é governada pelo Partido Comunista da China (PCC), tendo como atual Presidente Hu Jintao e seu Primeiro-Ministro Wen Jiabao.

Presidente Hu Jintao - Imagem capturada na Internet


Embora, a Constituição da República Popular da China garanta direitos individuais, a sua política é considerada uma das mais restritas em termos de falta de liberdade de imprensa, de uso e acesso à Internet, de opiniões através de entrevistas e/ou manifestações e, também, de violações aos direitos humanos.

São comuns repressões a manifestações populares, torturas, prisões sem julgamento, a prática de confissões forçadas, maus-tratos a prisioneiros, entre outros.

Charge - Crítica ao Sistema Político - Imagem capturada na Internet

Além destes há outros aspectos, como as denúncias de práticas forçadas de abortos e de esterilização em face da política de Planejamento Familiar (“Uma criança por família” ou “Filho Único”), instituída na década de 70 do século passado para conter o crescimento vegetativo ou natural da população, uma vez que a China é o país mais populoso do mundo, apresentando uma População de mais de 1,3 bilhão de habitantes (estimativa de Julho/2008).

Em outra postagem falarei mais sobre a política de Planejamento Familiar baseada em “Uma Criança por Família” e as medidas adotadas pelo Governo após o número elevado de crianças mortas em conseqüência dos terremotos que sacudiram o país, neste ano, fazendo com que diversas famílias perdessem seus únicos filhos.

Outro aspecto, bastante criticado, e contestado pela própria China diz respeito à falta de liberdade religiosa. Segundo fontes bibliográficas (reportagens, em especial), a liberdade de religião no país é ainda mínimo, embora o Governo conteste.

A China também é acusada de violação de direitos trabalhistas e, neste aspecto, ela é bastante citada nas mídias.

Entre os abusos aos direitos trabalhistas, mais comuns, praticados no país, destacam-se a exploração do menor (trabalho infantil) e do trabalhador em termos de grande jornada de trabalho versus baixos salários, falta de garantias de carteira assinada e outros direitos trabalhistas, más condições de trabalho, horas extras forçadas etc.

Inclusive, a Folha Online publicou, recentemente, uma reportagem acerca da violação dos direitos trabalhistas, com referência a produtos voltados para as Olimpíadas de Beijing (Pequim).
A referida reportagem trata de uma denúncia, documentada através de Relatório, da Aliança Internacional de Sindicatos Playfair, que acusou o Comitê Olímpico Internacional (COI) de ter ignorado os abusos contra trabalhadores empregados para produzir, principalmente, souvenires olímpicos (bonés, bolsas, artigos de papelaria e escritório etc).

A denúncia havia sido feita no ano passado. Leia a reportagem na íntegra Aqui!

Estes são alguns aspectos negativos das características sócio-econômicas da China, país emergente, que tem apresentado um crescimento econômico vertiginoso, mas que não acompanha o desenvolvimento, pois este se sustenta ainda sob uma má distribuição de renda, tendo a maior parte de suas indústrias, multinacionais, além de conter graves violações de direitos humanos sob um contexto de relação homem versus homem e, também, de homem versus natureza bastante equivocada perante o que se almeja em termos de nação desenvolvida e democrática.

Por isso, em breve falarei também acerca da poluição e o Aquecimento Global, bem como dos conflitos com os tibetanos.

Assistam abaixo um vídeo sobre algumas destas questões abordadas, inclusive, das duas idosas que queriam protestar, como citei em sala de aula. Através deste pude entender as razões dos protestos delas, uma vez que a jornalista não citou na outra reportagem.


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

As Diferentes Fases da História da China

 
República Popular da China em destaque 
Imagem capturada na Internet
A História da China, país cheio de contrates naturais e socioeconômicos vai ser contada a partir das seguintes fases, por quais perpassou o seu povo sob diferentes sistemas políticos:
 
. História da China Antiga;
 
. História Moderna da China;
 
. A Revolução da Nova Democracia na China;
 
. A República Popular da China.
 
Antes disso, em termos de hominídeos, de pré-história, é sabido que tanto a África quanto à Ásia é caracterizada por registros arqueológicos de grande importância para o estudo da evolução do homem.
 
O fóssil mais conhecido, encontrado em território chinês, é o yuanmounensis, datado de 1.700.000 anos, que foi descoberto em Yuanmou, na Província de Yunnan.
 
Outro registro de grande relevância científica, também na China, foi o Homo erectus pekinensis, denominado de “O homem de Pequim”.
 
Molde do "Homem de Pequim" - Imagem capturada na Internet
O “homem de Pequim” viveu na região de Zhoukoudian, nas proximidades de Pequim, há cerca de 400 e 500 mil anos. Denominado inicialmente como Sinanthropus pekinensis, este passou a ser chamado Homo erectus pekinensis, por se encontrar agrupado na espécie Homo erectus. Ele caminhava ereto, dominava a técnica de fabricação de instrumentos simples e utilizava o fogo.
 
Ele foi descoberto no início do Século XX, durante escavações em um local próximo à Pequim, no período de 1923 a 1927. No entanto, os fósseis originais desapareceram, em 1941, quando os mesmos foram enviados para os EUA.

Além destes achados arqueológicos, a China é apontada como um dos países do chamado “Velho Mundo” (Europa, Ásia e África), que apresenta uma das mais antigas civilizações do mundo. Há fontes históricas, escritas, de cerca de 4 mil anos.
 
 
. HISTÓRIA DA CHINA ANTIGA
 
Textos transcritos, na íntegra, da Fonte: China: Tudo sobre a China, tendo sido apenas enriquecida com imagens capturadas na Internet.

Durante o longo período da sociedade primitiva, até o século XXI a.n.e (antes da nossa era), apareceu a primeira dinastia da história da China, a Xia, com a qual começou o período da sociedade escravista.

Transcorreram as dinastias Shang (séc. XVI-XI a.n.e. aproximadamente) e Zhou do Oeste (séc. XI-770 a.n.e. aproximadamente) quando se desenvolveu a escravidão.

Depois vieram o Período de Primavera e Outono e o Período dos Reinos Combatentes (770-221a.n.e.).

Estes dois períodos são considerados como etapas de transição da sociedade escravista para a feudal.

A China é um dos países de mais antigo desenvolvimento econômico. Desde há 5 ou 6 mil anos, os habitantes da bacia do Rio Huanghe (Rio Amarelo) tinham a agricultura como ocupação principal e criavam gado.

Durante a dinastia Shang, há mais de 3 mil anos, se conhecia a técnica de fundir o bronze, usavam instrumentos de ferro e produziam utensílios de cerâmica branca e esmaltada.

A produção e tecelagem de seda também estavam bastante desenvolvidas e se inventou a mais antiga técnica de tecer seda com motivos em alto-relevo.

No período de Primavera e Outono (770-446 a.n.e.), surgiu a técnica de produção de aço.

Durante o período dos Reinos Combatentes (475-221 a.n.e.), Li Bing e seu filho dirigiram a construção da obra hidráulica de Dujiangyan, nos arredores da atual cidade de Chengdu, Província de Sichuan, ordenando racionalmente as atividades de irrigação, desvio de inundações e remoção de areia.

Esta obra pode ser considerada como um grande êxito da ciência e da tecnologia hidráulica da antiguidade e atualmente continua desenvolvendo atividade importante.

Durante o período de Primavera e Outono e o dos Reinos Combatentes, houve grande prosperidade acadêmica sem precedentes no setor ideológico.

As personalidades mais representativas manifestavam livremente suas doutrinas e publicavam obras de discussão política e análise da sociedade.

Deste modo, surgiu a situação na qual “concorriam cem escolas de pensamento”. Lao Zi, Confúcio, Mo Zi e Sun Wu foram representantes desse período.

No ano 221 a.n.e., Qin Shi Huang pôs fim às lutas dos dignitários que governavam no período anterior dos Reinos Combatentes e fundou a dinastia Qin.



Qin Shin Huang 
 Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original

Foi este o primeiro Estado feudal pluriétnico unificado e com poder centralizado.

Qin Shi Huang unificou as letras, a unidade de medida e a moeda, estabeleceu o sistema de prefeituras e distritos, construiu a famosa Grande Muralha e também o palácio imperial, a tumba e a residência temporária para si próprio, em Xianyang e Lishan.

A Grande Muralha da China 
Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original



Palácio Imperial
Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original

As construções sobre o solo foram depois destruídas pela guerra, porém os objetos do subsolo ficaram guardados para o futuro.

Os “guerreiros e cavalos de terracota”, importante descoberta arqueológica do túmulo do imperador Qin Shi Huang, são conhecidos como a “oitava maravilha do mundo”; o conjunto grandioso e imponente muito impressiona os turistas.


Guerreiros de terracota 
Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original

No final da dinastia Qin, Liu Bang, de origem humilde e Xiang Yu, general aristocrático, acabaram juntos o domínio de Qin e depois de alguns anos Liu Bang venceu a Xiang e criou a forte dinastia Han, no ano 206 a.n.e..
 
Durante a dinastia Han, a agricultura, o artesanato e o comércio tiveram grande desenvolvimento.

Durante o imperador Wudi, a dinastia Han passou pelo período mais próspero e poderoso.
 
Derrotou os hunos e mandou Zhang Qian ao Oeste, abrindo um caminho que, partindo de Chang’an (atual Xi’an, Província de Shaanxi) alcançava a costa oriental do Mediterrâneo, passando pela Província de Xinjiang e a Ásia Central, a chamada “Rota da Seda”, que possibilitava o transporte contínuo das belas sedas para o Ocidente.

No ano 33 a.n.e., a princesa Wang Zhaojun se casou com Huhanye, o chefe dos hunos e assim o país pluriétnico se unificou cada vez mais.
 
A dinastia Han durou 426 anos e no ano 220 começou a época dos Três Reinos (220-265) ou seja, Wei, Shu e Wu.

Durante o período dos Três Reinos, os políticos Cao Cao, Zhuge Liang e Sun Quan foram personagens famosas.

Cao Cao, fundador do Reino de Wei, empregou a política de aproveitar amplamente os talentos, esconder tropas e abrir terras férteis para defender as zonas de fronteira.

Zhuge Liang foi Primeiro Ministro do Reino de Shu. Sua nobre qualidade de não medir esforços para cumprir com seu dever passou a seus sucessores como modelo de sabedoria da antigüidade chinesa.

O fundador do Reino de Wu, Sun Quan, derrotou Cao Cao em Chibi junto com Liu Bei. Logo derrotou Liu Bei em Yiling, mandou funcionários para a agricultura e impôs uma política de cultivo da terra, impulsionando a exploração agrícola no Sul do Changjiang (Rio Yangtzé). As façanhas destas três personagens estão detalhadas no romance Crônica dos Três Reinos.

Depois deste período, da dinastia Jin (265-420), das dinastias do Sul e do Norte (420-589) e da dinastia Sui (581-618), Li Yuan estabeleceu em 6l8 a dinastia Tang (618-907).

Seu filho Li Shimin, o Imperador Taizong, foi um dos imperadores que tiveram mais êxito da história chinesa. Ele tomou uma série de medidas conhecidas como “Política de Zhenguan”, impulsionando a prosperidade na época feudal.

Na época dos Tang se desenvolveu muito a agricultura, o artesanato e o comércio.

A tecelagem, a tinturaria, a produção de cerâmica, a siderurgia e a construção naval apresentaram novos progressos técnicos.

As comunicações aquáticas e terrestres tiveram grande desenvolvimento e se estabeleceram amplos contatos econômicos e culturais com o Japão, a Coréia, a Índia, a Pérsia e os países árabes.

Depois da dinastia Tang veio o período das Cinco Dinastias e Dez Estados (907 a 960).

Em 960 o General Zhao Kuangyin, do Reino de Zhou Posterior, deu um golpe de Estado e subiu ao trono, fundando a dinastia Song (960-1279).

Em 1206, Gengis Khan unificou as tribos mongóis e estabeleceu o kanato mongol. Seu neto Kublai entrou no Sul, fundou a dinastia Yuan (1271-1368) e elegeu Dadu, atual Beijing (Pequim), como sua capital.

Durante as dinastias Song e Yuan, a indústria e o comércio interno e externo também se desenvolveram. Muitos comerciantes e viajantes vieram à China e o veneziano Marco Polo realizou extensa viagem pelo país.

No relato de sua viagem, ele descreveu de maneira viva e detalhada a prosperidade e o poder da China, bem como seu florescimento industrial e comercial.

A fabricação de papel, a imprensa, a bússola e a pólvora, durante as dinastias Song e Yuan, tiveram novos progressos e foram transmitidos a outras regiões como contribuições importantes para a civilização universal.

Em 1368, Zhu Yuanzhang iniciou em Nanjing a dinastia Ming (1368 a 1644). Após a morte, seu filho Zhu Di subiu ao trono e começou a construir em Beijing, em grande escala, palácios e templos.

Em 1421 transferiu a capital para Beijing. Durante a dinastia Ming, a produção agrícola e o artesanato conseguiram notável desenvolvimento e no final dos Ming apareceram sinais do capitalismo.

Ao mesmo tempo, os contatos amistosos com outros países asiáticos e africanos tornaram-se cada vez mais frequentes.

No final da dinastia Ming, se fortaleceu o poder da etnia Manchu do Nordeste da China, que, sob a direção de seu chefe Nuerhachi, empreendeu expedições ao Sul e depois de três gerações, em 1644, foi fundada a dinastia Qing (1644 a 1911).

Kangxi e Qianlong foram os imperadores mais célebres desta dinastia, cujo reinado é chamado de “sociedade próspera de Kangxi-Qianlong”.

Durante este período foi publicado o longo romance Sonho das mansões vermelhas, no qual Cao Xueqin descreveu o processo de mudança da prosperidade para a decadência de uma família nobre feudal.


. HISTÓRIA MODERNA DA CHINA


Guerra do Ópio 
Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original

A Guerra do Ópio, em 1840, constituiu um ponto de mudança para a história chinesa.

Como a corte Qing era corrupta e incapaz, buscou algumas vezes a reconciliação com os agressores estrangeiros e terminou firmando com o Governo inglês o “Tratado de Nanjing”, o qual humilhou a nação e fez perder sua soberania.

Desde esse momento, a China caminhou na direção de uma sociedade semi-colonial e semi-feudal.
 
Depois da Guerra do Ópio, a Inglaterra, os Estados Unidos, a França, a Rússia, o Japão e outros países obrigaram o governo Qing a firmar tratados injustos, se apoderaram pela força de “concessões” e delimitaram “esferas de influência”, realizando uma frenética repartição da China entre si.

O povo chinês, para se opor à opressão feudal e à agressão externa, desencadeou lutas heróicas nas quais se revelaram numerosos heróis nacionais.

Em 1851, Hong Xiuquan dirigiu a Revolução do Reino Celestial Taiping, o maior movimento revolucionário camponês na história da China.

Em 1911, Sun Yatsen dirigiu uma revolução democrática burguesa que derrotou a dominação da dinastia Qing. Com isto, se acabou a monarquia, que havia durado mais de dois mil anos e se estabeleceu o Governo Provisório da República da China.

A Revolução de 1911 foi um acontecimento de grande significado na história moderna do país. Entretanto, devido à conciliação e debilidade da burguesia, os resultados desta vitória foram aproveitados por Yuan Shikai, chefe dos caudilhos militares do Norte. O povo chinês continuava vivendo com grandes sofrimentos.

. A REVOLUÇÃO DA NOVA DEMOCRACIA NA CHINA

Presidente Mao Zedong
 Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original
 
Em 1 de Outubro de 1949, o Presidente Mao Zedong proclamou a República Popular da China na tribuna de Tian’anmen.
 
Sob o impacto da Revolução de Outubro da Rússia, em 1919, instalou o Movimento de 4 de Maio, anti-imperialista e anti-feudal, com o qual o proletariado chinês passou a aparecer no movimento político do país.

O Movimento de 4 de Maio constituiu uma mudança da revolução democrática do velho tipo para a revolução de uma nova democracia.

Este acontecimento possibilitou a propagação do marxismo-lenismo e sua combinação com a prática da revolução chinesa, preparando a ideologia e os dirigentes para a fundação do Partido Comunista da China.

Em 1921, como representantes dos grupos comunistas das diversas regiões, Mao Zedong, Dong Biwu, Chen Tanqiu, He Shuheng, Wang Jinmei, Deng Enming, Li Da e outros, realizaram em Shanghai o I Congresso Nacional, com o qual nasceu o Partido Comunista da China.

Em 1924, Sun Yatsen, precursor da revolução democrática e fundador do Kuomintang, começou a cooperar ativamente com o Partido Comunista, organizando as massas operárias e camponesas para a Expedição do Norte.

Após o falecimento de SunYatsen, o grupo direitista do Kuomintang, com Chiaag Kai-shek como representante, deu um golpe de Estado contra-revolucionário em 1927, massacrando os membros do Partido Comunista e as massas revolucionárias.

Pouco depois fundou-se o governo do Kuomintang em Nanjing.

Este fato causou o fracasso da grande revolução e a partir deste momento o Partido Comunista dirigiu o povo na luta contra a dominação do Kuomintang, isto é na Guerra Revolucionária Agrária, a chamada “Guerra Civil de Dez Anos”.

Em julho de 1937, o Japão invadiu a China e as tropas do Kuomintang efetuaram uma série de batalhas frontais e deram duros golpes no exército japonês.

O Oitavo Exército e o Novo Quarto Exército, dirigidos pelo Partido Comunista, abriram frentes na retaguarda e, em condições difíceis, lutaram contra a maioria das tropas japonesas e quase todo o exército títere chinês, desempenhando um papel decisivo na vitória contra os japoneses.

A partir de 1946, as tropas do Kuomintang lançaram um ataque de massa sobre as regiões libertadas e dirigidas pelo Partido Comunista e se desencadeou uma verdadeira guerra civil.

Para libertar definitivamente o povo chinês, o Partido Comunista da China dirigiu o povo e o exército das regiões libertadas para iniciar a Guerra de Libertação Nacional.

Com a vitória nas três batalhas de Liaoshen, Huaihai e Beiping-Tianjin, em 1949, foi derrubado o governo do Kuomintang e o povo chinês conquistou a vitória na revolução da nova democracia.
 

Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original

. A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA


Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original
De 21 a 30 de setembro de 1949, realizou-se a I Sessão Plenária da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e dela participaram representantes dos diversos partidos, grupos e círculos sociais e democratas sem filiação partidária.
 
Nessa ocasião foi elaborado o Programa Comum, que desempenhou a função da Constituição Provisória e se elegeu o Conselho do Governo Popular Central da República Popular da China, com Mao Zedong como Presidente e Zhou Enlai como Primeiro Ministro do Conselho Administrativo do Governo e Ministro das Relações Exteriores.

Em 1 de outubro de 1949 se reuniram 300 mil habitantes de Beijing na Praça Tian’anmen para a proclamação da República.

Mao Zedong proclamou solenemente de cima da Tribuna Presidencial de Tian’anmen a República Popular da China.

Os primeiros anos da República Popular constituíram etapa de restabelecimento da economia nacional.

Ao mesmo tempo que se desenvolvia a produção, a China empreendeu grandes esforços para o estabelecimento gradual da propriedade pública dos meios de produção.

De 1953 a 1956, efetuou-se a transformação socialista, anteciparam-se os trabalhos do I Plano Quinquenal para o Desenvolvimento da Economia Nacional (1953-1957), construiu-se um grupo de indústrias de base não existentes no passado e imprescindíveis para a industrialização estatal, incluindo a produção de aviões e automóveis, de máquinas pesadas e de precisão, de equipamento de geração de eletricidade, da siderurgia e das instalações para minas, como também de aço de alta qualidade, a fundição de metais não ferrosos, etc.

Na etapa de 1957 a 1966, antes da “revolução cultural”, realizou-se a construção socialista em grande escala.

Comparando-se 1966 com 1956, o ativo fixo industrial do país, aos preços originais, aumentou quatro vezes e a renda nacional cresceu 58% a preços comparáveis.
Aumentou muitas vezes o volume dos principais produtos industriais e foram estabelecidas novas séries de ramos da indústria.

A infraestrutura agrícola e sua transformação tecnológica se realizaram em grande escala. O número de tratores e fertilizantes químicos aumentou mais de sete vezes.

Foi antecipada a realização do “Programa perspectiva de desenvolvimento da ciência e tecnologia de 1956 a 1967″ e se desenvolveram rapidamente muitos setores científicos e tecnológicos recém criados.
 
Nestes dez anos, o Partido Comunista e o Governo tiveram grandes falhas nos princípios de orientação, colocando em graves dificuldades a economia nacional em certos períodos.

A “revolução cultural”, que se realizou de maio de 1966 a outubro de 1976, foi iniciada e dirigida por Mao Zedong, Presidente do Comitê Central do Partido Comunista da China.

As camarilhas contra-revolucionárias de Lin Biao e Jiang Qing se aproveitaram dos erros cometidos por Mao Zedong nos fins da sua vida e às escondidas realizaram grande quantidade de atividades prejudiciais ao Estado e ao povo, levando-os a sofrer os mais graves golpes e perdas suportados desde 1949.
Apesar de que Mao Zedong tivesse cometido graves erros durante a “revolução cultural”, analisando-se sua vida em conjunto, são muito maiores os seus feitos e méritos do que suas falhas.

Em outubro de 1976, com apoio das grandes massas populares, o Partido Comunista desbaratou a camarilha contra-revolucionária de Jiang Qing e a China entrou em nova etapa de desenvolvimento de sua história.

Deng Xiaoping foi reconduzido a todos os cargos dentro e fora do Partido Comunista dos quais havia sido destituído durante a “revolução cultural”.
Com a convocação da III Sessão Plenária do XI Comitê Central do Partido Comunista da China, em fins de 1978, realizou-se uma mudança de longo alcance nunca vista desde a fundação da Nova China.

Em 1979, o país começou a aplicar a política de reforma e abertura formulada por Deng Xiaoping, a corrigir em todos os setores e conscientemente os erros de tendência esquerdista cometidos pela “revolução cultural” e nas épocas anteriores, a transferir o centro básico do trabalho para a modernização, a reajustar com energia as proporções da economia nacional, a reformar as estruturas da economia e da política, podendo assim definir gradualmente um caminho para a modernização socialista com peculiaridade chinesa.

A partir de 1979, com a reforma e a abertura, a fisionomia do país apresentou profundas mudanças.

Estes 20 anos foi o melhor período desde a fundação da República Popular da China e também o de mais benefícios conseguidos pelo povo.



Imagem capturada na Internet e introduzida no texto original

Texto transcrito, na íntegra, da Fonte: China: Tudo sobre a China, tendo sido apenas enriquecida com imagens capturadas na Internet.