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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Os Efeitos das Mudanças Climáticas na Antártida

 

Imagem capturada na Internet
Fonte: Diário do Nordeste


Desde antes, mas, sobretudo, a partir do meu curso de Graduação em Geografia, as notícias de mudanças climáticas no mundo ocupavam espaços predefinidos nas discussões acadêmicas, principalmente, naquelas no âmbito de Congressos, Simpósios e outros eventos deste gênero 

No entanto, a atenção atribuída a estes alertas de inúmeros pesquisadores e de várias publicações de artigos científicos, nunca foi levada muito a sério, ao menos, a nível de preocupação coletiva e de alterações comportamentais antrópicas (humanas) capazes de frear e/ou mitigar suas reais consequências.  

Infelizmente, estamos observando e sentindo os efeitos do fenômeno do Aquecimento Global, tais como: aumento das temperaturas média da Terra; eventos climáticos extremos (chuvas em excesso e estiagens prolongadas, com longos períodos de secas, sem chuvas ); baixo nível dos cursos fluviais (rios) e outros corpos de água (lagos, lagoas etc.), comprometendo tanto as atividades pesqueiras quanto as de transportes fluviais; prejuízos nos sistemas de produção agrícola (menor produção de alimentos e/ou perda das lavouras), afetando o abastecimento comercial, entre outros fatores intrínsecos a este cenário.  

Um estudo divulgado, no início deste mês (04/10) pela revista Nature Geoscience chamou a atenção acerca desta questão e, principalmente, da velocidade dos impactos do Aquecimento Global em uma determinada região do planeta, que já foi considerada o “freezer da Terra”.  

Trata-se do continente antártico, que vem sofrendo degelo de forma mais acelerada, nas últimas décadas, apresentando sua superfície – em muitas localidades – com larga cobertura de líquens (vegetação com a associação simbiótica entre fungos e algas).

Imagem capturada na Internet
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Reprodução/Nature Geoscience


Imagem capturada na Internet
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Reprodução/Nature Geoscience


Tal estudo foi conduzido por pesquisadores das Universidades de Exeter e Hertfordshire, e do British Antarctic Survey, todos localizados na Inglaterra.  

Nas imagens divulgadas no referido artigo pode-se comprovar tais impactos ambientais relacionados ao aumento da temperatura, a partir da redução do gelo e a expansão da vegetação no referido continente. 

Imagem capturada na Internet
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Reprodução/Nature Geoscience

O estudo analisou a cobertura vegetal da Península Antártica, localizada na porção norte do continente, que se encontra mais próxima da América do Sul, durante o período de 1986 a 2021. Segundo os pesquisadores, a área coberta pela vegetação teve um aumento de 0,9 km² (1986) para aproximadamente 12 km² (2021). E, de acordo com os cientistas, a velocidade dessas mudanças fica maior a cada década.  

Embora, a paisagem na Antártica se apresente ainda, predominantemente, coberta por neve, gelo e rochas, a área esverdeada (com vegetação) - segundo Thomas Roland, autor do estudo e cientista ambiental da Exeter - cresceu significamente desde meados dos anos 1980.  

“Essa tendência reflete um padrão mais amplo de aumento da vegetação em ecossistemas de clima frio em resposta ao aquecimento recente, sugerindo mudanças generalizadas futuras nos ecossistemas terrestres da Península Antártica e seu funcionamento a longo prazo”, concluem os pesquisadores.  

Ainda, no âmbito deste estudo, o prognóstico é de que a temperatura no continente antártico suba 0,34 °C por década até 2100. 

Por meio deste estudo e de seus efeitos visíveis do espaço, os pesquisadores puderam confirmar que as mudanças climáticas já chegaram a nível planetário, alcançando distâncias remotas e inabitadas. 

Recentemente, em meados de agosto deste ano, a Antártida enfrentou eventos extremos de temperaturas mais altas. Partes do continente registraram uma onda de calor extrema, se levarmos em conta as características com temperaturas regulares da região, subindo até 27°C acima do normal.

Em outra reportagem, publicada também no Diário do Nordeste, um grupo de pesquisadores da Universidade de Dartmouth, nos EUA, com base em 16 modelos diferentes de previsões do degelo total da Antártica, previram que o colapso total do gelo no continente acontecerá até 2300 

Tal estudo foi publicado na revista Earth’s Future e, segundo os pesquisadores, a taxa de derretimento do gelo a partir do ano de 2100 ainda é "incerta". Mas, em todos os casos,

“as emissões de carbono são consideradas,

tendo em vista que o aumento está relacionado

com a perda de gelo nos próximos três séculos”.

 

Eles dizem que mesmo que haja a estabilização das emissões de carbono, ou seja, que estas sigam constantes e sem aumentos, o derretimento do continente antártico prosseguirá.  

partir de 2100, as previsões são de haver mudanças drásticas na região, com o recuo acelerado do gelo em bacias da Antártida Ocidental e, até 2200, em razão do degelo, deverá ocorrer uma elevação do nível marinho de 1,6 metro 

O que é preciso para que o homem possa acreditar que precisamos repensar o nosso modo de pensar, as nossas atitudes, se conscientizar e agir como mais responsabilidade em relação ao planeta Terra e a própria humanidade?

 

Fonte de Consulta

 . ‘Antártida está ficando verde’: imagens mostram avanço da vegetação e redução do gelo no continente – Diário do Nordeste  

. Cientistas afirmam que derretimento total do gelo da Antártida já tem data para acontecer; entenda – Diário do Nordeste

sábado, 19 de agosto de 2023

Verão no Hemisfério Norte: Temperaturas Extremas, Seca, Incêndios Florestais e Migração Forçada

 

Phoenix (Arizona), em 18/07/2023
Imagem capturada na Internet
Fonte: G1 Globo
Foto: Patrick T. Fallon - AFP

Texto modificado em 19/08/2023 às 09h15


Lembro-me, desde a época da graduação, tanto nas aulas da faculdade de Geografia quanto nas apresentações em Congressos, Simpósios e outras Conferências no âmbito das Geociências e do Meio Ambiente, que esta questão do aumento da temperatura da Terra e as mudanças climáticas eram dadas como certas em um futuro próximo e, consequentemente, os prognósticos eram extremamente preocupantes em razão de seus impactos no planeta.

Isso tudo em decorrência do Aquecimento Global...  

O pior é que este futuro tão nefasto não está próximo, ao contrário, ele já chegou e seus efeitos já podem ser observados e sentidos, tanto por nós, seres humanos, quanto pelos animais e vegetais. Por fim, direta e/ou indiretamente, o planeta todo está sentindo, com algumas variações, os efeitos do aumento da temperatura da Terra. 

São as mudanças climáticas que tanto se falou e que, hoje em dia, se fala de forma mais contundente ... 

Estamos na Era de Mudança Climática! Sob a terrível perspectiva de vir a ser o “novo normal” das condições climáticas do mundo.

Sob o contexto da dinâmica ambiental, além do aumento da temperatura ser resultante do Aquecimento Global, outro fenômeno, também, contribui para a sua elevação, o fenômeno El Niño e, também, o aquecimento das águas do oceano Pacífico, colaborando para a alteração dos padrões atmosféricos em diversas regiões do mundo.

No hemisfério Sul, a estação do ano vigente é o inverno, desde o dia 21 de junho, e, é bem perceptível, que as temperaturas estão mais altas, tornando o nosso inverno mais quente, ameno 

Já no hemisfério Norte, a estação é o verão e, as condições climáticas estão mais severas, com registros de temperaturas extremamente elevadas e baixa umidade. 

Diferentemente dos padrões normais da respectiva estação do ano, as ondas de calor estão ocorrendo no hemisfério Norte – de uma forma geral - com maior intensidade, frequência e estão mais prolongadas.   

Piazza del Popolo (Roma, Itália), em 18/07/2023
Fonte: G1 - Globo
Foto: Remo Casilli o Reuters

De acordo com os especialistas, estas ondas de calor extremo que marcaram, sobretudo, o mês de julho (considerado o mais quente), tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, no norte da África e na Ásia são decorrentes das mudanças climáticas, ou seja, são consequentes do Aquecimento Global. 

De acordo com o Serviço de Monitoramento das Alterações Climáticas Copernicus, ligado à União Europeia, julho foi o mês mais quente de todos os tempos de registros, no mundo. Sua temperatura média foi de 16,9 ºC, isto é, 0,33 ºC acima do recorde anterior, datado em julho de 2019. 

Segundo Carlos Buontempo, diretor do Copernicus, as recentes estatísticas indicam que as temperaturas do mês de julho não têm precedentes há milhares de anos.  

Em suas análises incluem o uso e medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas em todo o mundo. 

Neste ano (2023), o dia 6 de julho foi registrado como o mais quente, com uma temperatura média global de 17,08 ºC 

No referido mês, a temperatura da Terra foi 0,72 ºC acima da média global registrada entre os anos de 1991 e 2020. 

Além disso, verificou-se – também - um recorde de altas de temperaturas nos oceanos, a cerca de 10 metros abaixo da superfície, em média, a água ficou 0,51 ºC mais quente do que o recorde anterior.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu ações mais ativas aos líderes globais a esta situação de calor extremo mediante aos riscos à saúde e à vida, enfatizando em sua postagem no Twitter, 

“A crise climática não é um alerta. Ela está acontecendo”.

A Agência das Nações Unidas (ONU) que observa e acompanha os potenciais recordes de calor da Terra é a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O seu Secretário-Geral, advertiu em nota: 

"Fenômenos meteorológicos extremos

têm importantes repercussões

na saúde humana, nos ecossistemas, na economia,

na agricultura, na energia e no abastecimento de água." 

Isto é fato e bastante preocupante!

Por outro lado e, ao mesmo tempo, as temperaturas altas e a baixa umidade estão provocando o aumento de incêndios florestais em vários países. 

Estados Unidos, Canadá, Grécia, Itália, Portugal, Croácia, Rússia, Espanha, Tunísia, Argélia e outros países sofreram com os incêndios florestais, neste verão, em razão dos recordes de calor.

Muitas pessoas perderam tudo e muito mais tiveram que migrar para locais mais seguros.

Mais recentemente, o Canadá e a ilha de Maui, no Havaí (EUA), tiveram que evacuar as suas respectivas populações mediantes aos riscos em que estas se encontravam expostos ao fogo. 

Tanto para o Canadá quanto para o Havaí, a estação de verão de 2023 está sendo considerada a pior temporada de incêndios florestais de suas histórias. 

Em razão da sua propagação e intensidade no território canadense, o governo solicitou apoio internacional no combate aos incêndios florestais. E o Brasil foi um dos países que enviou ajuda por meio de envio de brigadistas do Prevfogo, do Ibama. 

No dia 21 de julho, um grupo de 104 brasileiros viajou para o Canadá e atuará até o dia 22 do mês em curso (agosto) na Colúmbia Britânica. Até o fim da missão, o auxílio é em Okanagan Falls, na fronteira com os Estados Unidos. 

Yellowknife (Canadá)
Imagem capturada na Internet
Fonte: O Globo - Clima e Ciência
Foto: Jordan Straker/UGC/AFP 


A combinação perigosa das altas temperaturas, baixa umidade e grande quantidade de material para combustão (vegetação seca) é certa e propícia à devastação do território pelo fogo. 

Recentemente, no dia 11 de agosto, o Jornal O Eco publicou: 

Há 1.100 incêndios ativos no Canadá,

sendo que mais de 700 estão fora de controle.

O fogo está espalhado pelo país,

sendo que a situação é crítica na

Colúmbia Britânica (397 incêndios ativos), no oeste do país,

nos Territórios do Noroeste (226) e Yukon (138),

região que faz fronteira com o Alasca, nos EUA.

Alberta, que liderava no número de incêndios em maio,

quando o problema começou a se intensificar,

agora ocupa a quarta posição, com 95 incêndios ativos.”

Já o estado estadunidense do Havaí, os danos materiais e as perdas humanas em consequência dos incêndios florestais assinalaram o verão com a pior catástrofe natural de sua história. Mais de 100 pessoas morreram.

Ilha de Maui (Havaí)
Imagem capturada na Internet
Fonte: CNN Brasil

 



Ilha de Maui (Havaí)
Imagens capturadas na Internet (ambas)
Fonte: DW Made for Mind

As condições climáticas extremas combinadas com a ação de ventos fortes, o ar seco (baixa umidade) e vegetação extremamente seca contribuíram para provocar e alastrar o fogo.

"Com a mudança climática causada pelos humanos,

vamos vivenciar mais temperaturas extremas e mais secas

– as condições perfeitas para incêndios como o atual."

Por outro lado, este verão extremamente quente no hemisfério Norte, traz como consequências também, chuvas intensas, alagamentos, aumento da temperatura das águas oceânicas e, com isso, uma séria ameaça aos corais. 

Além destes efeitos há a preocupação das autoridades da área de Saúde para os malefícios das altas temperaturas para o ser humano, quer seja por desidratação quer seja por infarto do miocárdio (ou ataque cardíaco), podendo chegar a óbito. 

Sem dados mais recentes, ou seja, deste ano, sabe-se que - de acordo com um estudo publicado na Nature Medicine, no dia 10/07/2023 - só no verão de 2022, mais de 61 mil pessoas morreram em consequência das altas temperaturas calor na Europa. 

Este, até então, havia sido considerado o verão mais quente registrado no continente europeu. 


Fontes de Pesquisa 

. AMANTE, Angelo e FARGEDA, Emma: Agência da ONU aponta maior risco de mortes causadas pela onda de calor extremo na Europa, Ásia e EUA (2023) – CNN Brasil 

. FOTOS: Onda de calor causa incêndios e leva temperaturas ao extremo no Hemisfério Norte (2023) – G1/Globo 

. FREUND, Alexander: O que causou os incêndios florestais devastadores no Havaí? (2023) – DW Made for Mind 

. Mês de Julho é o mais quente já registrado, diz UE (2023) – ANSA Brasil

. OLIVETO, Paloma: Verão no Hemisfério Norte registra temperaturas extremas (2023) – Correio Braziliense 

. OMS alerta que temperaturas extremamente altas do Hemisfério Norte agora são o ‘novo normal’ (2023) – Bom Dia, Brasil – G1 

. PACHECO, Priscila: Fogo recorde no Canadá não para e país recebe ajuda do Brasil (2023) – Jornal (o)eco 

. TOLAN, Casey; CHAPMAN, Isabelle e DEVINE, Curt: Combinação devastadora de condições desencadeou o incêndio mortal no Havaí (2023) – CNN Brasil

sábado, 24 de março de 2018

24 de Março: A Hora do Planeta

Imagem capturada na Internet
Fonte: Earth Hour
 
Amanhã, dia 24 de março, às 20h30, os habitantes de milhares de países no mundo todo irão apagar as luzes de suas residências, procedendo o mesmo em relação aos marcos históricos, prédios públicos e outros locais famosos em suas respectivas cidades em apoio à Campanha da “Hora do Planeta”. Movimento este de apoio às ações de combate às mudanças climáticas.
 
Mais especificamente, este ato simbólico consiste em uma demonstração de preocupação com o fenômeno do Aquecimento Global e, ao mesmo tempo, de apoio às ações de combate às mudanças climáticas através de um gesto simples em apagar as luzes por uma hora, isto é, das 20h30 às 21h30.
 
Como já mencionei em várias postagens, por ocasião da data, este movimento foi lançado pelo World Wide Fund for Nature (WWF), em 2007, na cidade de Sydney (Austrália), tendo a mobilização de apoio de 2,2 milhões de moradores. No ano seguinte (2008), o movimento cresceu e ganhou adesão de 35 países, contabilizando 50 milhões de participantes, distribuídos por 400 cidades.
 
Em 2017, a participação foi de 187 países e territórios, com mais de 3.000 monumentos apagados. No Brasil foram 145 cidades e mais de 600 monumentos foram desligados durante 60 minutos (uma hora), mobilizando 250 mil pessoas.
 
Vale lembrar, novamente, que a “Hora do Planeta” não remete a uma medida de economia de energia elétrica, mas sim uma forma de promover a conscientização coletiva e uma demonstração de engajamento social em prol do planeta e, consequentemente, da humanidade.
 
A Hora do Planeta consiste na maior mobilização de conscientização sobre as mudanças climáticas do mundo. Ele já faz parte do calendário de vários países, inclusive, do nosso, com a participação de muitas cidades brasileiras.
 
A Campanha deste ano tem uma grande novidade, a qual vai perdurar até o ano de 2020. Seu foco – durante esses três anos (até 2020) – será voltado na relação entre as mudanças climáticas e a importância da biodiversidade.
 
"Biodiversidade e natureza sustentam nossas vidas,
nossas economias, nossa saúde,
nosso bem-estar, nossa felicidade.
É o alicerce do nosso planeta vivo.
Estamos empurrando o planeta e
seus sistemas naturais até o limite.
A Hora do Planeta é nossa chance de usar nosso poder,
como indivíduos e como um coletivo,
para exigir e agir em prol da proteção deste planeta
como recompensa a tudo que nos dá"
(Marco Lambertini, diretor-geral do WWF Internacional)
 
Embora ainda controverso, pode-se dizer que as mudanças climáticas é um assunto inquestionável, nos dias de hoje. De fato, as ações antrópicas tiveram e têm impactos diretos e/ou indiretos no clima do planeta.
 
De acordo com o WWF-Brasil, a grande ocorrência de eventos climáticos extremos que aconteceram no ano passado prova os efeitos negativos destes e, para tal constatação, a referida ONG cita – como exemplos - os incêndios ocorridos em Portugal e nos EUA (Califórnia), as inundações na Índia e os furacões Irma e Maria, no Caribe.
 
A nível do nosso território nacional, os episódios incluem a prática de queimadas que bateu um recorde, as perdas na produção agrícola pelo aumento da estiagem (seca) e, também, o problema de racionamento de água no país.
 
Segundo André Nahur, coordenador do Programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, além dos efeitos mais visíveis, o aumento da temperatura média do planeta também é capaz de desencadear consequências silenciosas e ainda mais graves, em especial com relação à biodiversidade. Ele cita, inclusive, os efeitos nas quedas da produção do café ou do pequi.
 
A estratégia de focar essa relação clima x biodiversidade por três anos tem por base alcançar as metas do Acordo de Paris, Convenção da Biodiversidade e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na intenção de salvar o planeta.
 
“Por isso essa estratégia de três anos é tão importante.
Queremos aproveitar o movimento
que a Hora do Planeta gera
para que cada um de nós e cada ator da sociedade
possam ajudar a reduzir os efeitos das mudanças climáticas
e os impactos à biodiversidade.”
 
(Mauricio Voivodic, Diretor Executivo do WWF-Brasil)

 
Imagem capturada na Internet
Fonte: Earth Hour
 
 
Fonte de Consulta: WWF-Brasil
 



quarta-feira, 23 de março de 2011

26 de Março: Campanha A Hora do Planeta

Logotipo da Campanha A Hora do Planeta (download do site oficial)


No dia 26 de março, das 20:30 h às 21:30 h, vai acontecer A Hora do Planeta, ato simbólico de demonstração de preocupação aos efeitos do Aquecimento Global.

Por mais que alguém possa questionar a eficácia do gesto de apagar as luzes durante sessenta minutos (uma hora) no que diz respeito ao Aquecimento Global, esta iniciativa - promovida pela Rede WWF desde 2007- visa, antes de tudo, conscientizar as pessoas com relação aos efeitos deste e incentivar que outras medidas (individuais e/ou coletivas) possam ser divulgadas e tomadas com este intuito. 

Por isso é importante a participação de cada um  e, através do Portal da Hora do Planeta, divulgar as ações que fazem a diferença e que contribuem para minimizar os efeitos do Aquecimento Global.

A Campanha teve início em 2007 na cidade de Sidney, na Austrália, com a participação de 2,2 milhões de pessoas.

No ano seguinte (2008) o movimento ganhou maior adesão, envolvendo 400 cidades distribuídas por 35 países (50 milhões de participantes).

Em 2009, o sucesso continuou e a participação foi de quase 4 mil cidades de 88 países,  que participaram da Hora do Planeta. Para nós, brasileiros, o ano marcou também a adesão do Brasil na Campanha, sendo o Rio de Janeiro a primeira cidade brasileira a aderir e participar do movimento "Earth Hour" (Hora do Planeta).

Em 2010, mais de um bilhão de pessoas de 4.616 cidades, em 128 países, participaram e  agaram as luzes durante a Hora do Planeta.

Este ano, os organizadores esperam que a mobilização seja bem maior. E, com certeza, será!


Divulguem esta Campanha! Participem!





segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

07 de Dezembro: 15ª Conferência das Partes (COP-15)


Imagem capturada da Revista Espaço Acadêmico (n° 103 - dezembro 2009)




Em meio às controvérsias criadas - à partir do vazamento de documentos e diversos e-mails de pesquisadores da Unidade de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha - os quais confirmavam que os dados climáticos sobre o Aquecimento Global não seriam confiáveis, começa à partir de amanhã (07) até dia 18 de dezembro, em Copenhague (Dinamarca), a 15ª Conferência das Partes (COP-15), realizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

A referida polêmica de fraudes foi rebatida pela ONU, mas independente das discussões pertinentes - assunto para uma outra postagem - o fenômeno do Aquecimento Global é real, seus efeitos e consequências são previsíveis até certo ponto, visto que a dinâmica externa da Terra ao sofrer alterações, suas respostas se tornam imprevisíveis. Daí, a preocupação aumenta.

Retornemos ao tema central... A 15ª Conferência das Partes (COP-15).

A primeira Convenção sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas foi realizada em 1995, em Berlim, na Alemanha.

No entanto, a Convenção Marco sobre Mudança Climática, como muitos se lembram, foi firmada e assinada por mais de 160 países, em 1992, durante a Conferência Mundial Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como Eco-92 ou Rio-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Com isso foi dado o primeiro “pontapé” ao combate ao Aquecimento Global, com o reconhecimento – por parte dos países – que:

- as mudanças climáticas constituem-se em um problema real e planetário;

- as atividades antrópicas (humanas) contribuem direta e/ou indiretamente para as alterações do clima, cabendo aos países o esforço para diminuir o problema.

Em 11 de dezembro de 1997, em Kyoto (Japão), outro Encontro negociou e concluiu o mais importante Acordo Ambiental para redução da emissão de gases de efeito estufa, o chamado Protocolo de Kyoto, reunindo propostas objetivas de responsabilidade e de ações sobre a questão das mudanças climáticas ligadas ao Efeito Estufa.

As assinaturas dos países começaram em março de 1998, tendo inicialmente 84 países, inclusive o Brasil.

O Protocolo de Kyoto só entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após a ratificação da Rússia (2004), totalizando-se – atualmente - em 179 países (número não preciso) que se comprometeram a desenvolver projetos para a redução da taxa de emissão de gases causadores do efeito estufa até o ano de 2012.

Durante a 13ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, final do ano de 2007, na Indonésia, os países participantes concordaram em iniciar negociações para formular a segunda parte de Tratado de Kyoto, isto é, a COP-15.

A 15ª Conferência das Partes (COP-15) de amanhã tem a finalidade de traçar os objetivos a serem cumpridos após o período firmado no Protocolo de Kyoto (2008 a 2012) se expirar.

Na verdade, a referida Convenção deve ser constituído um novo acordo, isto é, uma segunda parte do Protocolo de Kyoto, onde novas metas de redução da emissão de gases de efeito estufa, sobretudo o dióxido de carbono (CO2), devem ser estabelecidas a fim de serem cumpridas a partir de 2013 ou 2014, segundo informações publicadas na mídia. As propostas prevêem reduções de 25% a 40% até 2020, com base em valores obtidos em 1990.

O objetivo do Protocolo de Kyoto era de reduzir em 5% as emissões dos gases poluentes. Neste, a meta foi estabelecida apenas para os países desenvolvidos. O Brasil, por exemplo, que também contribui com emissões de gases-estufa em consequência da prática de queimadas (principal fonte de emissões de dióxido de carbono no país), não foi enquadrado na referida regra. Ele ocupa a 17ª posição no ranking dos países que mais poluem.

Tais situações de tratamento desigual para o mesmo problema e eficácia deverá ser, também, colocada em pauta e revista na COP-15.

Os países que mais contribuem com emissões de dióxido de carbono são (em ordem decrescente): China, EUA, Rússia, Índia, Japão, Alemanha, Canadá, Grã-Bretanha, Coreia do Sul e Irã.

A grande expectativa do momento para a referida Convenção é a adesão dos Estados Unidos, segundo maior poluidor do mundo.

O país não ratificou a primeira parte do Protocolo de Kyoto. Na época, o então presidente George W. Bush alegou que a redução das emissões de gases-estufa acabaria prejudicando a economia estadunidense.

O atual presidente, Barack Obama, por sua vez, fez menções de aderir propostas que assegurem a redução em cerca de 80% das emissões de gases até o ano de 2050.

Vamos aguardar para ver se, realmente, os EUA vão ceder e se empenhar às propostas de redução da emissão de gases de efeito estufa, bem como serão as discussões e as propostas delineadas na referida Convenção.

Para saber mais, acesse:

. Fracasso em Copenhague seria melhor, diz cientista da Nasa

. Mais uma conferência sobre clima, e acordo ambicioso ainda é miragem

. ONU rebate acusações sobre manipulação de dados sobre clima

. ONU vincula discussão sobre clima em Copenhague aos direitos humanos