segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

07 de Dezembro: 15ª Conferência das Partes (COP-15)


Imagem capturada da Revista Espaço Acadêmico (n° 103 - dezembro 2009)




Em meio às controvérsias criadas - à partir do vazamento de documentos e diversos e-mails de pesquisadores da Unidade de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha - os quais confirmavam que os dados climáticos sobre o Aquecimento Global não seriam confiáveis, começa à partir de amanhã (07) até dia 18 de dezembro, em Copenhague (Dinamarca), a 15ª Conferência das Partes (COP-15), realizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

A referida polêmica de fraudes foi rebatida pela ONU, mas independente das discussões pertinentes - assunto para uma outra postagem - o fenômeno do Aquecimento Global é real, seus efeitos e consequências são previsíveis até certo ponto, visto que a dinâmica externa da Terra ao sofrer alterações, suas respostas se tornam imprevisíveis. Daí, a preocupação aumenta.

Retornemos ao tema central... A 15ª Conferência das Partes (COP-15).

A primeira Convenção sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas foi realizada em 1995, em Berlim, na Alemanha.

No entanto, a Convenção Marco sobre Mudança Climática, como muitos se lembram, foi firmada e assinada por mais de 160 países, em 1992, durante a Conferência Mundial Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como Eco-92 ou Rio-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Com isso foi dado o primeiro “pontapé” ao combate ao Aquecimento Global, com o reconhecimento – por parte dos países – que:

- as mudanças climáticas constituem-se em um problema real e planetário;

- as atividades antrópicas (humanas) contribuem direta e/ou indiretamente para as alterações do clima, cabendo aos países o esforço para diminuir o problema.

Em 11 de dezembro de 1997, em Kyoto (Japão), outro Encontro negociou e concluiu o mais importante Acordo Ambiental para redução da emissão de gases de efeito estufa, o chamado Protocolo de Kyoto, reunindo propostas objetivas de responsabilidade e de ações sobre a questão das mudanças climáticas ligadas ao Efeito Estufa.

As assinaturas dos países começaram em março de 1998, tendo inicialmente 84 países, inclusive o Brasil.

O Protocolo de Kyoto só entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após a ratificação da Rússia (2004), totalizando-se – atualmente - em 179 países (número não preciso) que se comprometeram a desenvolver projetos para a redução da taxa de emissão de gases causadores do efeito estufa até o ano de 2012.

Durante a 13ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, final do ano de 2007, na Indonésia, os países participantes concordaram em iniciar negociações para formular a segunda parte de Tratado de Kyoto, isto é, a COP-15.

A 15ª Conferência das Partes (COP-15) de amanhã tem a finalidade de traçar os objetivos a serem cumpridos após o período firmado no Protocolo de Kyoto (2008 a 2012) se expirar.

Na verdade, a referida Convenção deve ser constituído um novo acordo, isto é, uma segunda parte do Protocolo de Kyoto, onde novas metas de redução da emissão de gases de efeito estufa, sobretudo o dióxido de carbono (CO2), devem ser estabelecidas a fim de serem cumpridas a partir de 2013 ou 2014, segundo informações publicadas na mídia. As propostas prevêem reduções de 25% a 40% até 2020, com base em valores obtidos em 1990.

O objetivo do Protocolo de Kyoto era de reduzir em 5% as emissões dos gases poluentes. Neste, a meta foi estabelecida apenas para os países desenvolvidos. O Brasil, por exemplo, que também contribui com emissões de gases-estufa em consequência da prática de queimadas (principal fonte de emissões de dióxido de carbono no país), não foi enquadrado na referida regra. Ele ocupa a 17ª posição no ranking dos países que mais poluem.

Tais situações de tratamento desigual para o mesmo problema e eficácia deverá ser, também, colocada em pauta e revista na COP-15.

Os países que mais contribuem com emissões de dióxido de carbono são (em ordem decrescente): China, EUA, Rússia, Índia, Japão, Alemanha, Canadá, Grã-Bretanha, Coreia do Sul e Irã.

A grande expectativa do momento para a referida Convenção é a adesão dos Estados Unidos, segundo maior poluidor do mundo.

O país não ratificou a primeira parte do Protocolo de Kyoto. Na época, o então presidente George W. Bush alegou que a redução das emissões de gases-estufa acabaria prejudicando a economia estadunidense.

O atual presidente, Barack Obama, por sua vez, fez menções de aderir propostas que assegurem a redução em cerca de 80% das emissões de gases até o ano de 2050.

Vamos aguardar para ver se, realmente, os EUA vão ceder e se empenhar às propostas de redução da emissão de gases de efeito estufa, bem como serão as discussões e as propostas delineadas na referida Convenção.

Para saber mais, acesse:

. Fracasso em Copenhague seria melhor, diz cientista da Nasa

. Mais uma conferência sobre clima, e acordo ambicioso ainda é miragem

. ONU rebate acusações sobre manipulação de dados sobre clima

. ONU vincula discussão sobre clima em Copenhague aos direitos humanos

Um comentário:

  1. O aquecimento global é hoje a maior preocupação da população mundial e ao equilíbrio da natureza.

    Um clima global mais quente significará definitivamente mais do que apenas mais transpiração! Podem, por exemplo, ocorrer alterações nos padrões do vento e da precipitação, sem esquecer a subida inevitável do nível dos oceanos e mares. Estas alterações afetarão animais e plantas, bem como a própria vida humana - consequências negativas na nossa saúde e graves prejuízos econômicos, principalmente na área agrícola e na economia em geral.

    Somos parte da Natureza, . Dela retiramos tudo que precisamos para viver. Desde os alimentos até o petróleo e seus derivados. Virar as costas para esta realidade, além de pouco inteligente, equivale a matar quem te alimenta, é como um suicídio coletivo. Ou tomamos consciência de nossa autodestruição, ou teremos que descobrir uma nova forma de vida e de alimentação. aluno;Yuri luiz numero 31 turma:2005

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