O Jornal Hoje divulgou o resultado da pesquisa anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a taxa de mortalidade e de expectativa de vida.
Estes indicadores sociais refletem diretamente a qualidade de vida da população, inferindo também quanto ao nível de desenvolvimento do país.
Os avanços na área da medicina e as melhorias nas condições gerais de vida da população induzem a elevação da média de vida do brasileiro. De acordo com o levantamento realizado pelo IBGE, a expectativa de vida da população aumentou, tanto para o grupo masculino quanto para o feminino.
De acordo com os dados obtidos junto ao IBGE, em 1940, a expectativa de vida do brasileiro era de 45,5 anos de idade. Em 1998, a média era de 69 anos e, no ano passado (2008), este índice foi para 72,7 anos.
Embora, os números mostrem um aumento na média de vida do brasileiro, o número foi considerado baixo em relação às nações que figuram entre os das maiores taxas de expectativa de vida.
No entanto, eles querem comparar o Brasil com países desenvolvidos, como o Japão (considerado o líder no ranking, com a população mais idosa do mundo/ média de 82,6 anos), Islândia (81,8 anos), Suíça (81,7 anos), Austrália (81,2 anos), entre outros.
Tudo bem que Hong Kong (República Popular da China), subdesenvolvido, ocupa a segunda posição no referido ranking, com uma expectativa de vida em torno de 82 anos. Mas, não vamos esquecer, que o modo de vida das populações orientais também repercutem nisso.
De acordo com o IBGE, com a expectativa de vida aumentando - paulatinamente - o Brasil deve alcançar o mesmo nível atual dos países desenvolvidos, isto é, média de 81 anos, somente em 2050.
Dois fatos preocupantes, o IBGE destaca neste perfil, que repercutem na média de vida da população brasileira. Tratam-se das mortes associadas às causas externas (acidentes de qualquer natureza e violência), principalmente, nas faixas jovens e adultos do sexo masculino.
À partir de meados dos anos 1980, o número de mortes nestas faixas etárias e sexo aumentou muito, configurando-se de forma desfavorável para o quadro de esperança de vida.
"A esperança de vida no Brasil continuou elevando-se, mas poderia, na atualidade, ser superior em 2 ou 3 anos à estimada, se não fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por violência. Basta constatar que, em 2000, a incidência da mortalidade masculina no grupo etário 20 a 24 anos era quase 4 vezes superior à da feminina e, este indicador, ao que tudo indica estaria elevando-se com o passar dos anos." (IBGE)
Com relação à mortalidade infantil, este índice apresentou uma queda de 30% no período de uma década, isto é, de 1998 a 2008. Em 1970, a taxa de mortalidade infantil no país estava próxima de 100 óbitos de crianças menores de 1 ano por mil nascidos vivos.
Contudo, os números atuais (23,30 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos) ainda são elevados e preocupantes.
Países vizinhos, sul-americanos, apresentam números bem inferiores, tais como a Argentina (13,4), o Uruguai (13,1) e o Chile (7,2).
Há muito ainda a alcançar como meta; estamos - na verdade - ainda engatinhando.
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