Honduras - Imagem capturada na Internet
Hoje, os olhos do mundo e dos hondurenhos estarão voltados para o pleito eleitoral.
Sob um forte esquema de segurança, com a contratação de 5.000 reservistas do Exército e com mais 300 observadores internacionais, neste domingo, ocorrem as eleições gerais para a Presidência de Honduras, além para as vagas de deputados, prefeitos e vereadores.
Todos estes cuidados e medidas são para garantir a autenticidade das eleições, sem que haja riscos de fraudes ou qualquer outro que impeça a segurança do pleito, já que elas vão ocorrer no meio de uma crise político-institucional por qual perpassa o país.
E mais atentos ainda e sob forte pressão estarão os olhos e o coração de Manuel Zelaya, presidente deposto após o golpe de Estado em 28 de junho do ano em curso e que, desde o dia 21 de setembro, se encontra abrigado na Embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, capital do país.
Mesmo sendo repudiado internamente e por outros países da região, o calendário das eleições foi mantido, sem que ocorresse a restituição do presidente constitucional do país, Manuel Zelaya.
O clima de tensão e de insegurança aumentou após várias denúncias de repressão aos partidários de Zelaya, inclusive, com detenção de dirigentes da Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado; de buscas e apreensão de materiais nas Organizações e casas de seus membros, entre outros casos.
De acordo com as forças policiais, as buscas ocorreram em razão de que qualquer tipo de material em oposição às eleições gerais do país pode comprometer o processo eleitoral, assim como possíveis artefatos e armas encontrados possam ser utilizados em atentados.
Em meio a este clima de insegurança e temor, cinco candidatos estarão concorrendo ao pleito eleitoral: Porfírio Lobo (Partido Nacional/PN), Elvin Santos (Partido Liberal/PL), Felícito Ávila (Partido Democrata Cristão de Honduras/PDCH), César Ham (Partido Unificação Democrática/UD) e Bernard Martínez (Partido Inovação e Unidade-Social Democrata/PINU-SD). Todos esperam que o processo eleitoral transcorra normalmente, colocando um ponto final na crise política por qual perpassa Honduras desde o dia do Golpe Militar, em junho passado.
O dois candidatos mais fortes são Porfírio Lobo (Partido Nacional) e Elvin Santos (Partido Liberal), mas, de acordo com o que se tem publicado nas mídias, o candidato que aparece como favorito é o Porfírio Lobo, o qual – inclusive – perdeu as eleições de 2005 para o presidente deposto Manuel Zelaya. Este se dispõe a dialogar com Zelaya após os resultados do sufrágio.
Contrariamente, o outro candidato, Elvin Santos, que foi vice-presidente de Manuel Zelaya, não demonstra qualquer interesse em manter diálogo com o mesmo.
Manuel Zelaya tem mantido o seu pedido à população hondurenha, mais especificamente aos 4,6 milhões de eleitores, para que eles boicotem a eleição. Além disso, o clima de insegurança paira sob os riscos, também, da comunidade internacional não reconhecer o resultado do pleito eleitoral.
Vamos aguardar as próximas notícias...
Fontes:
. TVi24
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