domingo, 30 de novembro de 2008

Chuvas castigam Santa Catarina



Imagem capturada na Internet



De acordo com as últimas notícias, nos diversos meios de comunicação impressa e/ou falada, o número de mortos no estado de Santa Catarina já é superior a 114 vítimas, fora os desaparecidos.

O Sul do Brasil e, mais especificamente, Santa Catarina está vivenciando uma situação catastrófica e, a sensação de dor é, ao mesmo tempo, de impotência mediante a combinação dos fatores meteorológicos e geográficos da região sobre a população.

Eu tive a oportunidade de conhecer Santa Catarina e, entre os seus diversos municípios, conheci as principais cidades do Vale do Itajaí (conhecido como vale europeu), como Blumenau, Joinville, Nova Trento, Brusque, Jaraguá do Sul, Gaspar entre outras.






Imagem capturada da Internet




Blumenau

Blumenau





Brusque






Pomerode



Joinville




Eu morei quase três anos na Grande Florianópolis (São José, no continente) e conheci várias cidades por intermédio de trabalhos de campo com os professores da UFSC (Mestrado em Geografia), principalmente na região Oeste (Chapecó, Treze Tílias, Concórdia etc) e, com os meus pais, porção leste, quando estes foram me visitar e passaram alguns dias comigo.

Por isso, além de compartilhar com todo o sofrimento do povo catarinense, por ter conhecido estas cidades, tenho certa noção da proporção dos estragos das chuvas.

Noção esta, nada difícil de se perceber através das imagens, principalmente, da região do Vale do Itajaí, as quais as mídias - a todo instante - mostram e informam a respeito dos danos e perdas humanas.

Para entendermos toda a tragédia, temos que levar em conta, tal como alguns estudiosos destacam, não só um fator ou dois, mas a combinação de fatores, principalmente, meteorológicos, geográficos e ambientais.

O pesquisador Carlos Nobre do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em entrevista ao Fantástico, hoje, atribui à situação catastrófica do estado catarinense tanto aos fatores meteorológicos e geográficos, quanto aos efeitos do Aquecimento Global, que estariam causando mudanças nos padrões climáticos de Santa Catarina.

Efeitos estes diretamente associados aos períodos de chuvas torrenciais e de seca, que vem sendo registrados, desde 2006, no referido estado.

De acordo com os Institutos de Pesquisa e de Climatologia do país, os fatores meteorológicos responsáveis pelas fortes e constantes chuvas, que vem castigando o estado de Santa Catarina, são a atuação de um sistema de Alta Pressão sobre o oceano Atlântico, na região Sul, e a ocorrência da Zona de Convergência do Atlântico Sul, no Sudeste.

Os ventos úmidos e constantes provenientes do mar ao se chocarem com o relevo montanhoso, elevaram-se e, a medida que se resfriaram e condensaram, formando nuvens carregadas, provocaram fortes chuvas na região.

Por sua vez, na região Sudeste, a existência da Zona de Convergência do Atlântico Sul, impede a passagem e/ou a rápida dissipação dos diversos sistemas climáticos, concentrando as chuvas em determinadas regiões.

Atrelado a estes fatores meteorológicos temos os de ordem geográfica e ambiental.

Como sabemos, as cidades mais castigadas se encontram localizadas no Vale do Itajaí e, esta região por ser um vale, se encontra associada a um rio: o rio Itajaí (e sua bacia). O sítio urbano das principais cidades ergueu-se a partir das margens do rio, ou seja, o rio Itajaí corta as cidades.

Este aspecto ligado ao crescimento urbano já denota riscos por ocasião de chuvas fortes, maior vazão do rio e, consequentemente, da ocorrência de enchentes.

Tanto é verdade que, em razão das enchentes da década de 80, a população se deslocou para áreas mais elevadas, ou seja, para as encostas. Áreas consideradas, também, de risco por causa da instabilidade do terreno face ao desmatamento e à ocupação humana, que representam pré-requisitos para o desencadeamento de deslizamento de terras.

Um outro aspecto agravante das encostas, na região do Vale do Itajaí, diz respeito não só a instabilidade do terreno em face de sua declividade, mas também quanto à composição do seu solo, que por ser argiloso, se mostra muito vulnerável e susceptível a movimentação por deslizamento ou solifluxão.

Segundo o professor Júlio César Wasserman, da Universidade Federal Fluminense (UFF), as encostas do Vale do Itajaí sofreram o processo solifluxão, que se traduz em uma movimentação lenta do solo, numa vertente.



Imagens capturadas na Internet





























Os prejuízos nos diversos setores da economia e de estrutura urbana (ruas, casas, pontes, rede de abastecimento de água, rede de esgoto etc.) são incalculáveis, pelo menos, no momento.

Mas, com persistência, fé e apoio das pessoas e dos diferentes instâncias de governo (federal, estadual e municipal), a situação poderá mudar daqui alguns meses ou anos, como a recuperação total do Porto de Itajaí, por exemplo, previsto para dois anos.




Voluntários e Doações - SOS Santa Catarina


No entanto, a perda maior ninguém conseguirá recuperar: a perda humana, a de parentes e/ou amigos. Talvez, esta possa ser apenas aliviada, com a , mas deixará ainda cicatrizes, profundas e inesquecíveis.

Vídeo Fantástico (30/11/08)




Vídeo: Carlos Nobre (INPE)




Não temos como ignorar a gravidade

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Dicas de Músicas: Dia da Consciência Negra

Estou aproveitando o espaço para disponibilizar as letras e vídeos de algumas músicas que foram cantadas no Evento da escola em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra e, aproveito, para sugerir outras que tratam da mesma temática.
 
AQUARELA DO BRASIL
                                   Composição: Ary Barroso


Brasil!Meu Brasil Brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Oh Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingá
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...

Brasil, prá mim
Prá mim, prá mim

Ah, Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil, prá mim
Prá mim, prá mim

Deixa! Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do meu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...
Brasil, prá mim

Prá mim, prá mim
Brasil

Brasil! Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiferente
Oh, Brasil samba que dá
Bamboleio, que faz gingá
O Brasil do meu amor

Terra de Nosso Senhor...
Brasil, prá mim
Prá mim, prá mim

Oh, Esse coqueiro que dá côco
Onde eu amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil, prá mim
Prá mim, prá mim

Ah! Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Ah! Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...
Brasil!Meu Brasil Brasileiro
Brasil, prá mim
Prá mim, prá mim



CANTO DAS TRÊS RAÇAS
                                                                      Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro

Ninguém ouviu
Um soluçar de dor

No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou

Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em Paz
De paz em Guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ôô, ô, ô, ô, ô, ôô, ô, ô, ô, ô, ôô, ô, ô, ô, ô, ô

E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor


SORRISO NEGRO

Um sorriso negro,
Um abraço negro
Traz... Felicidade
Negro sem emprego, fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade... (BIS)

Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
Negro é...
A solução
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino é amor
Negro também é saudade.. (um sorriso negro !)
Refrão




NEGRO É RAÇA
                                                 Valdeci Alves de Almeida


Preto é cor
Negro é raça
Pelo meu valor
Eu brigo de graça... aaaaah!

A minha indignação
Sempre vai se indignar
Com a discriminação
Sem punição exemplar
Não aboliram a escravidão
Só tornaram mais velada
Uma lei na Constituição
Não nos garante nada... oooooh!

REFRÃO

Nas filas de desemprego
Tribunais, urnas, escolas
O racismo contra o negro
Em todo canto deita e rola
É preciso admitir
E lutar contra o preconceito
Só a união para garantir
Respeito aos nossos direitos... oooooh!

REFRÃO

Zumbi dos Palmares, Martin Luther King, Mandela, Bob Marley...
Martin dos Palmares, Mandela Luther King, Zumbi Bob Marley...
Mandela dos Palmares, Zumbi Luther King, Martin Bob Marley...
BIS

Preto é cor
Negro é raça
Pelo meu valor
Eu brigo de graça... aaaaah!
 
Outras músicas:

. Racismo é Burrice (Gabriel O Pensador)

. Todo Camburão tem um Pouco de Navio Negreiro (Marcelo Yuka)

. Zumbi dos Palmares (Edson Gomes)

. Sou Negrão (Rappin Hood)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mensagem: Eu também aplaudiria de pé!


EU TAMBÉM APLAUDIRIA DE PÉ

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.

Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.

- Qual o problema, senhora? - pergunta uma comissária.

- Não está vendo? - respondeu a senhora

- Vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira.

- Por favor, acalme-se - disse a aeromoça

- Infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível.

A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.

- Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar, nem mesmo na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe.

E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:

- Veja, é incomum que a nossa companhia permita a um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável.

E dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:

- Portanto, senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...

E todos os passageiros próximos, que, estupefatos, assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

Se você é contra o racismo, compartilhe, também, esta mensagens com seus amigos.

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons"

Recebi esta mensagem recentemente, por e-mail, da minha amiga e cursista do E-proinfo Rita Nines. Gostei e quis compartilhar, com todos, neste espaço.

Evento Escolar: Dia Nacional da Consciência Negra


  Imagem capturada da Internet

Peço mil desculpas aos alunos da E. E. Assis Chateaubriand, aos quais prometi postar, de imediato, as imagens do Evento sobre o Dia Nacional da Consciência Negra, realizado na escola, no último dia 19 de novembro (quarta feira passada).

Postar no mesmo dia foi impossível, pois havia aplicado avaliações em quatro turmas pela manhã (E.M. Dilermando Cruz) e, à tarde, estive envolvida diretamente com o Evento do Assis, atuando no início da peça dos alunos da Turma 802 e registrando as demais atividades (coral, danças, declamação de poesias etc.) através da máquina fotográfica.

Quando saí da escola, ainda, passei no comércio do Centro de Duque de Caxias, que acabou me fazendo chegar tarde em casa. Resultado: cheguei “morta” de cansaço e com dores nas pernas (problemas de circulação).

No dia seguinte, feriado estadual (Dia Nacional da Consciência Negra), fiquei na casa da minha mãe nos períodos da tarde e da noite. Por isso, nada de postagem.

Sexta feira sai com a família e no final da tarde fui tirar xérox para os alunos de ambas as escolas em que trabalho.

Em geral, nos fins de semana ou feriados, não acesso a Internet na parte da manhã, porque sempre me encontro envolvida com os afazeres domésticos (limpeza de casa, preparo do almoço etc.), reservando os períodos da tarde e da noite para tal.
Ontem, à tarde, fui para casa da minha mãe. Minha filha foi junto, pois tinha que estudar Matemática e História para as suas próximas avaliações (dia 25/11). Retornei à noite e fui terminar os textos que já havia rascunhados sobre o Dia da Consciência Negra.

Sei que estou em atraso, mas o que fazer, se o meu dia tem 24 horas e estas se mostram insuficientes no meu caso?

A mesma coisa diz respeito às postagens que salvo em rascunho (com data retroativa)...

Reconheço que estas devem ser publicadas no dia, mas – na maioria das vezes - tenho que interromper a digitação, salvar como rascunho para, depois, publicá-las. Mas, procuro fazer o máximo possível!

Com relação o Dia Nacional da Consciência Negra, alguns alunos ficaram em dúvida sobre a Data Comemorativa a Zumbi dos Palmares.

A confusão recaia no uso ou não do termo Nacional e, também, se esta é comemorada como feriado em todos os municípios do país.

A data foi sancionada pelo Governo Federal, em caráter nacional, porém o feriado é facultativo, cabendo a cada governo municipal e/ou estadual instituí-lo ou não.

Muitas instâncias governamentais alegam que a data não é comemorada como feriado, principalmente, em conseqüência do impacto na economia do estado e/ou do município (comércio, indústrias, agências bancárias etc).

Em postagem anterior, eu comento acerca da origem da escolha desta data, os seus precursores (Grupo Cultural Palmares, Rio Grande do Sul) etc.

Ao realizar um levantamento na rede, a data comemorativa consta como feriado estadual apenas no Rio de Janeiro e Mato Grosso.

No entanto, há divergências quanto ao número exato de cidades que o instituiram como feriado municipal (mais de 360 municípios distribuídos por 18 estados).

A página da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) do Governo Federal, por exemplo, disponibiliza a relação dos municípios, onde houve feriado bancário no Dia Nacional da Consciência Negra (evidentemente foi feriado).

O site Globo.com, por sua vez, disponibiliza uma outra lista de cidades onde o Dia Nacional da Consciência Negra consta como feriado municipal.

E, nesta, contrariamente a do SEPPIR, referencia João Pessoa, capital da Paraíba.

Neste aspecto, outra divergência, pois a minha sogra e cunhada moram em João Pessoa e disseram que, contrariamente, ao que está publicado, tudo funcionou normalmente na capital (escolas, bancos etc.).

Entre as capitais brasileiras constam Cuiabá (capital de Mato Grosso), Florianópolis (Santa Catarina), Goiânia (Goiás), Maceió (Alagoas), Manaus (Amazonas), Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e São Paulo (São Paulo).

No entanto, vale ressaltar que muitos municípios transferiram o feriado para o dia 21 de novembro, a fim de se evitar o enforcamento da sexta feira.

A cidade do Rio de Janeiro foi o primeiro município a instituir a data do Dia Nacional da Consciência Negra como feriado municipal, em 1999 e, em novembro de 2002, este passou a incorporar o calendário estadual através da Lei N.º. 4.007, sancionada pela, então, governadora Benedita da Silva.

Em 2003, o Presidente da República - Luiz Inácio Lula da Silva - incorporou a referida data comemorativa no calendário escolar e, ao mesmo tempo, tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro Brasileira (Lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003).

Este ano, o Governo Federal sancionou a Lei N.º 11.645 (de 10 de março de 2008), onde incluiu - nas Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei N.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003) - a obrigatoriedade, também, da História e Cultura Indígena (além da Afro-Brasileira, estabelecida em 2003).

Em função disso, as escolas passaram a tratar e explorar mais profundamente sobre a cultura afro brasileira.

Neste ano, o evento realizado na E. E. Assis Chateaubriand me surpreendeu, mesmo que o tempo chuvoso tenha sido um obstáculo a mais, junto, ao espaço limitado e mínimo que a Unidade Escolar oferece.

Desde segunda feira passada (dia 17/11) , a escola estava em festa em razão das referidas comemorações. Os alunos e professores da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) prepararam o evento do noturno para própria segunda feira.

Os preparativos iniciaram à tarde e os trabalhos de todos os alunos (períodos do diurno e noturno), expostos nas paredes, deram um toque bem especial. Até o pessoal de apoio, da cozinha, estava animadíssimo!
 
Os eventos dos períodos do Diurno (manhã e tarde) foram realizados, cada qual, no seu horário, na quarta feira.
Embora, durante o evento, as condições do tempo não estivessem a nosso favor (tempo nublado, com chuvas ocasionais), a chuva deu uma trégua, caindo mais no final da tarde e à noite.
 
O barulho externo também atrapalhou muito, pois a escola não tem um Auditório ou quadra esportiva, capazes de assegurar o desenvolvimento de atividades extracurriculares.
 
Ah, não posso esquecer de alguns alunos, que se comportaram indevidamente na hora das apresentações, mas graças a um grupo expressivo de alunos participantes direto e/ou indiretamente nas atividades e dos professores engajados no Projeto "A Construção da Igualdade", posso afirmar que o evento foi muito bom.
 
A Professora Maria Gorete (Matemática) é que comandou o início das apresentações, as quais depois foram conduzidas pelo Professor Fernando.

Professora Gorete comandando as apresentações

Vale destacar, aqui, o empenho e dedicação dos professores Fernando (Ciências) e André (Educação Artística)... é algo, assim, revigorante e incentivador! Eles são ótimos!

Os primeiros a se apresentarem foram os alunos do sexto ano, da Turma 602, que cantaram a música "O Canto das Três Raças" (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), sob a regência do Prof. Fernando, que estava vestido de acordo com a ocasião, com abadá (roupa) e o eketé ("chapéu").







Alguns alunos da mesma turma foram selecionados e se apresentaram a caráter mostrando a influência da cultura africana em nossa sociedade.

A primeira aluna, Ana Carolina, expôs a contribuição africana na culinária brasileira. Além de estar vestida de acordo, a aluna trazia uma travessa com cocadas.

Aluna Ana Carolina e o Prof. Fernando

Logo depois, o Prof. Fernando anunciou a entrada do aluno Lucas que representava o vestuário, usando Eketé na cabeça e Pano da Costa.


Aluno Lucas vindo ao encontro do Prof. Fernando


Alunos Lucas e Ana Carolina

Andressa foi a terceira aluna a se apresentar, representando a capoeira.

Aluna Andressa


Por último, entrou o aluno Fabrício com o pavilhão (bandeira nacional). Este veio representando o samba como identidade do nosso país.
 
A medida que ele se aproximou mais do grupo, o coral dos 17 alunos da turma 602 começou a cantar "Aquarela do Brasil" (Ary Barroso), sob a regência e acompanhamento dos professores Fernando e André (com pandeiro), respectivamente.








Depois da apresentação do coral, sob a coordenação do Prof. André, alguns alunos da Turma 703, do Turno da Manhã, jogaram Capoeira. A apresentação foi bastante ovacionada pelos presentes.



















A aluna Ingrid, da Turma 802, declamou a poema "O Menino Negro não entrou na Roda", do escritor africano Geraldo Bessa Victor (Angola).




O Menino Negro Não Entrou Na Roda
(Bessa Victor-Angola)

O menino negro não entrou na roda
das crianças brancas - as crianças brancas
que brincavam todas numa roda viva
de canções festivas, gargalhadas francas...

O menino negro não entrou na roda.

E chegou o vento junto das crianças
- e bailou com elas e cantou com elas
as canções e danças das suaves brisas,
as canções e danças das brutais procelas.

O menino negro não entrou na roda.

Pássaros, em bando, voaram chilreando
sobre as cabecinhas lindas dos meninos
e pousaram todos em redor. Por fim,
bailaram seus vôos, cantando seus hinos...

O menino negro não entrou na roda.

"Venha cá, pretinho, venha cá brincar"
- disse um dos meninos com seu ar feliz.
A mamã, zelosa, logo fez reparo;
o menino branco já não quis, não quis...

O menino negro não entrou na roda.

O menino negro não entrou na roda
das crianças brancas. Desolado, absorto,
ficou só, parado com olhar cego,
ficou só, calado com voz de morto.


Este poema foi musicado por Luis Cilia. Quem desejar ouví-lo, basta acessar AQUI.


Dando prosseguimento, os alunos das Turmas 701 e 702 (Turno da Manhã), sob a coordenação da Profa Analucia (Ciências e Matemática), apresentaram uma dança.








Após a dança foi a nossa vez, isto é, da peça teatral da Turma 802, intitulada "Preconceito Racial, não está com nada!", de minha autoria.
 
Devo dizer que, mesmo tendo poucos dias para ensaio, os alunos conseguiram gravar muito bem os seus respectivos textos ("falas"). A falta de um ambiente com acústica apropriada acabou prejudicando um pouco o som.
 
Eu atuei, no início, no mesmo papel que atuo desde 1994, ou seja, como professora. O ambiente era uma Unidade Escolar e, por isso, o traje dos alunos era o próprio uniforme.
 
Os alunos que atuaram na peça foram: Ludmila Martins (como Sabrina); Matheus Cunha (Allan); Rosilene (Carolina); Vitória Ovídio (Júlia); Cleyton Silva (Guilherme); Michele Costa (Andressa); Michele Terto (Bruna); Kevin (Gustavo); Beatriz (Anne); Gabriela Paula (Renata) e, ainda as participações de Carlos Henrique; Eduardo; Maysa; Ludmila Vanessa;Carlos Henrique; Gabriela Silva; Wallace Santana e Lucas Rocha.
 
A peça teatral, ainda teve uma narradora, a Ingrid, a mesma que declamou o poema "O Menino Negro não entrou na Roda".









Ao término da peça, um cartaz foi aberto com a seguinte mensagem: "Preconceito Racial, não está com nada! Racismo é crime! Dá cadeia!"
 
Para encerrar a apresentação teatral foi, ainda, colocada para tocar a música "Sorriso Negro", de D. Ivone Lara.






Ainda foram apresentadas duas danças, antes do encerramento, uma da Turma 804, sob a coordenação do Prof. André e a outra da Turma 801.





Alunas da Turma 804


As alunas da Turma 801 foram, logo, em seguida.




Estava previsto para o encerramento do evento, o soltar de uma pomba branca, simbolizando a PAZ, mas diante do início da chuva e o dispersar de muitos alunos, este não foi realizado.
 
Vale registrar aqui, ainda, as pessoas que nos auxiliaram em muito: O Luís (o "Pipoca") no som; o pessoal de apoio da cozinha, a Profa e Orientadora Pedagógica Mayuce (OP), a Profa. Miriam Nogueira (Português) e outros profissionais de Educação que atuaram direta e/ou indiretamente no evento.