segunda-feira, 31 de julho de 2023

Recesso Escolar Acabou e a Volta às Aulas

 
Foto do meu acervo particular

Fim do Recesso Escolar! Hoje, mesmo com baixa frequência, as aulas do 3° Bimestre começaram.  

Embora, não tenha sido férias, propriamente dito, este curto período do Recesso Escolar foi capaz de aliviar e amenizar as tensões e os estresses comuns do cotidiano escolar, tanto para os alunos quanto para os professores. Esta pausa é de fundamental importância para todos, não restam dúvidas! 

E, agora, com o início do mês de agosto e, em seguida, setembro, teremos o tempo para dar continuidade aos Conteúdos Programáticos, as Avaliações pertinentes a estes, os trabalhos de pesquisa, a retomada da Campanha da Solidariedade e seu encerramento com a entrega dos donativos.  

Neste primeiro dia de aula passei algumas atividades de revisão e uma tarefa de raciocínio quanto à localização geográfica. Vejamos...  

Para aumentar a imagem, basta clicar em cima dela.



sábado, 15 de julho de 2023

As Atividades foram Suspensas, mas a Campanha da Solidariedade Continuará em Agosto

 

Logotipo da Campanha da Solidariedade 

da E.M. Dilermando Cruz

 

O Recesso Escolar na rede Municipal do Rio de Janeiro (SME) começa, oficialmente, na próxima 2ª feira (17/07) e as aulas do 2° Semestre (ou 3° Bimestre) terão início no dia 31 de julho (2ª feira).

Seguindo o Calendário Escolar oficial, a Campanha da Solidariedade que está sendo desenvolvida na Escola Municipal Dilermando Cruz, junto com a Turma 1705, também, teve que ser suspensa temporariamente por conta do recesso escolar. 

Toda a Comunidade Escolar foi informada que a mesma continuará no mês de agosto, quando iremos dar continuidade e organizá-la para fazer a entrega dos donativos às duas Instituições beneficiadas com as arrecadações recebidas no âmbito da nossa escola.

Os donativos arrecadados serão entregues às seguintes Instituições do município do Rio de Janeiro: 

. Hospital Mário Kröeff, localizado na Rua Magé, n° 326, na Penha Circular; 

. Casa de Apoio à Criança com Câncer – São Vicente de Paulo, situada na Estrada do Colégio, n° 1.185, em Irajá.



 Turma 1705

Indicadores epidemiológicos do Brasil: Novos Casos Confirmados da Covid-19 e Mortes por Consequência Desta

Imagem capturada na Internet
Fonte: Biologia Net

 

Como todos sabem, a Pandemia do Novo Coronavírus (SARS-CoV-2), infelizmente, não acabou e os casos, tanto de diagnóstico da doença (Covid) quanto ao número de óbitos continuam a níveis preocupantes. 

Estamos enfrentando a chamada pós-onda de casos das subvariantes da Ômicron. 

Sabemos que muitas pessoas recusaram e ainda recusam a tomar as doses das vacinas, mas – em geral – é notório que houve uma ampla aceitação a estas em termos de prevenção e, com isso, a cobertura vacinal alcançou grande parte da população brasileira. 

Enquanto muitos não foram imunizados devido à própria rejeição às vacinas, outros – por sua vez - não completaram o esquema vacinal, ou seja, não continuaram as medidas preventivas com as doses de reforço a fim de aumentar as suas respectivas imunidades contra a doença (Covid-19). 

Daí os números ainda aparecem altos e continuam a aumentar as estatísticas acerca destes indicadores epidemiológicos (transmissões, novos casos confirmados da doença e as mortes por consequência desta). Sabemos que estes são ocorrentes naqueles que não se imunizaram e nos que não tomaram todas as doses das campanhas de forma completa (doses de reforço) 

Segundo o site Poder 360, o Ministério da Saúde, divulgou um Boletim na 3ª feira passada (11/07), na semana epidemiológica (sete dias de contagem), compreendida de 02 a 08 de julho, foram registradas 161 mortes por Covid-19 em nosso país e 10.846 novos casos. Em todo território nacional, a taxa de letalidade se mantém em 1,9%. 

Desde o início da Pandemia do Novo Coronavírus no Brasil, em março de 2020 até o último 08 de julho de 2023, o número de casos confirmados da doença (Covid-19) já totaliza 37.693.506 pessoas, tendo 704.320 mortes.  

No atual governo, os dados não estão sendo mais divulgados diariamente e sim, semanalmente, de acordo com os períodos das semanas epidemiológicas.  

De acordo com o site Tudo celular, as maiores incidências de casos no Brasil, tanto em número de diagnóstico da doença quanto de vítimas fatais (mortes), em todo o período da pandemia até hoje, ocorreram – respectivamente - no dia 3 de fevereiro de 2022 (mais 298.408 casos) e, em 9 de abril de 2021 (4.249 óbitos).

Com os novos números e de acordo com os dados do Worldometers (vejam a imagem abaixo), o Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países com maior número de óbitos do mundo, só perdendo para os EUA (1.168.610) e, em quinto lugar, em relação aos casos confirmados da doença, atrás dos EUA (107.373.570), Índia (44.994.665), França (40.138.560) e Alemanha (38.428.685).  

Imagem capturada e manipulada no Adobe Photoshop
Fonte: 
Worldometers

Levando-se em consideração a proporcionalidade da relação mortes por milhão de habitantes, o Brasil contém 3.468 mortes por milhão. Observando a imagem abaixo e os dados disponibilizados, pode-se verificar que, entre as 27 Unidades Federativas do Brasil, o estado do Rio de Janeiro é o que apresenta a pior situação, com 4.816 vítimas por milhão.


Imagem capturada na Internet
Fonte: Poder 360
 

No âmbito do ranking mundial de mortes proporcionais pela Covid-19, o nosso país ocupa a 17ª posição, com 3.468 mortes por milhão. A liderança (1° lugar), neste ranking mundial, compete a outro país sul-americano, o Peru, com 6.492 mortes por milhão 

Atrás do Peru, todos os países que antecedem a colocação do Brasil (17ª posição) são europeus 

Os Estados Unidos aparecem na 19ª colocação com 3.332 mortes por milhão, mas – como já foi mencionado – eles lideram em termos de números absolutos de mortos pela doença (1.168.621 mortes).


Imagem capturada na Internet
Fonte: Poder 360

No âmbito dos países da América Latina, como era de se esperar, o Peru lidera o ranking, seguido pelo Brasil, Chile, Paraguai e Argentina, os cinco países com mais mortes por milhão de habitantes.  

No entanto, em termos de números absolutos, o nosso país lidera entre os países latino-americanos com mais mortes por complicações da Covid-19.  


Antes de encerrar, vale informar que a Johns Hopkins COVID-19, cujo Painel de Monitoramento da Covid-19 no mundo sempre foi usado, neste espaço (Blog Geografia em Foco), como recurso ilustrativo e complementar aos artigos, interrompeu suas operações desde o dia 10 de março deste ano.


Fontes de Pesquisa 

. Brasil tem 704.320 mortes por complicações da covid (2023) – Poder 360  

. Coronavírus: Brasil chega a 704.320 mortes e 37.693.506 casos de Covid-19 | Relatório semanal (2023) – Tudo Celular 

. Pandemia de Coronavírus Covid-19 (2023) – Worldometer

Por que Não Falar e Contestar a Homotransfobia nas Escolas?

Imagem capturada na Internet
Fonte: Fundo Brasil
 

Esta é para refletir! Dando continuidade ao tema da publicação passada... 

Como professora da rede pública de Educação do Rio de Janeiro, falar de gênero na escola é algo bastante desafiador e polêmico, mediante a nossa sociedade, ainda, conservadora. Porém é necessário, tendo em vista que, não falar deste assunto é falhar, literalmente, em termos do valor formativo e social da própria instituição, quanto ao processo de formação do aluno para a cidadania responsável e para sua vida em sociedade.  

O que significa não deixar de lado o desenvolvimento de um trabalho comprometido com valores humanos, sociais e éticos que priorizem o respeito à diversidade, à igualdade de gênero e outros liames de fundamental importância em todos os seus segmentos. Afinal, estamos falando em direitos humanos e em direitos de cidadania.  

Se esta brecha continuar a incorrer no sistema, além de não melhorar, em nada, a situação tenderá a piorar, afetando direta e/ou indiretamente muitos membros da Comunidade Escolar, os quais, em geral, se encontram – seja por rejeição no âmbito familiar seja meramente por medo ou por vergonha – sujeitos a sofrerem mais e se sentirem inseguros e desamparados no âmbito da sociedade.  

A princípio, a escola se traduz em um espaço plural e, ao mesmo tempo, democrático. Pelo menos, assim deveria ser! No entanto, é no ambiente escolar (e, também, no do trabalho) que mais se tem relatos de brincadeiras de mau gosto e da prática de Bullying, principalmente, no que diz respeito à identidade de determinado gênero ou à sua “orientação sexual”. 

Entre as crianças e os adolescentes, tais comportamentos são interpretados, realmente, como brincadeiras de mau gosto e Bullying, mas - entre adultos – a sua conotação é outra e implica em CRIME! Homofobia...  

A homofobia é tratada como crime no Brasil, desde 2019, no âmbito da Lei de Racismo (N° 7.716/89), a qual prevê, atualmente, crimes de discriminação ou preconceito por raça, cor, etnia, religião e procedência nacional (redação atualizada pela Lei n° 9.459/1997), contemplando, com isso, a comunidade LGBTQIA+.

Se esta situação já é triste e lamentável para o jovem LGBT+, pior fica, se sua família não é capaz de oferecer suporte moral e emocional ao filho ou filha. A sociedade, muitas das vezes, se mostra cruel em atitudes homofóbicas e, por isso, precisamos reverter esta situação, contrapondo veemente o preconceito e a discriminação. 

E, igualmente, promover ações positivas de conscientização, por meio de informações e debates, que contemplem o reconhecimento da identidade e o respeito ao outro. 

O filho, o aluno, o amigo, o parente ou vizinho, sendo heterossexual ou não, sempre serão o filho, o aluno, o amigo, o parente ou vizinho. E estes, com certeza, só almejam respeito, liberdade e viver com dignidade. Esperam ter o apoio de todos, anseiam e sofrem por isso, uma vez que – de uma maneira geral – não é isso que se vê.  

“Os estudantes LGBT precisam ser tratados

como são os estudantes heterossexuais.

Não queremos ser tratados de maneira privilegiada,

nem queremos ser melhor que os outros.

Queremos direitos como qualquer outro cidadão.

É preciso fazer isso logo, o mundo

não percebe, mas somos tão humanos quanto

os outros, porém estamos morrendo.

O preconceito está nos matando.

A cada vez que você ofende uma pessoa LGBT,

o seu senso de valor é destruído.

Lembre-se mais uma vez,

somos tão humanos quanto os outros,

mas estamos morrendo.

E ninguém tem notado essa injustiça. ”

(Resposta de um estudante gay, 17 anos, a um questionário,

estado de São Paulo).

 

De acordo com a Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil de 2016, entre as principais causas para o Bullying nas escolas, a LGBTfobia aparecia na terceira posição 

Neste estudo ficou evidenciado que 73% das e dos estudantes LGBTQIA+ expuseram que sofreram agressões verbais, enquanto que 36% foram vítimas de violência física.

Além do sofrimento e do isolamento "forçado", toda essa situação - tão ocorrente no ambiente escolar – responde pela infrequência de muitos discentes, levando – como foi constatado neste levantamento – a falta das/dos alunos, pelo menos, uma vez ao mês, totalizando 58,9% das/os alunas/ que sofrem constantes agressões verbais motivados pela intolerância sobre a sexualidade. Assim como este, também, pode ser um dos motivos determinante da evasão escolar. 

O que não mudou nos anos seguintes e, muito menos, hoje em dia...

O nosso país se mostra extremamente inseguro para esse segmento da população, mais vulnerável à violência e ao homicídio. Tanto é que o Brasil lidera o ranking dos países que mais matam a população LGBTIs+. 

Segundo o levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2021, a cada 29 horas ocorria uma morte em nosso país. No ano foram registrados 316 homicídios. Todavia, como o próprio Grupo adverte, o número real de vítimas fatais deve ter sido maior. 

O Nordeste e o Sudeste foram as regiões brasileiras que concentraram o maior número de casos, 35% e 33%, respectivamente. 

Fonte:  Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil
Dossiê 2021

Em nosso país, a agressão física e psicológica contra LGBTI+ atinge todos os grupos étnicos, independente de idade, classe social e profissão, de maneiras diversas (ameaças, humilhações, agressões físicas ou psicológicas, perseguições, entre outras) e até desigual. Em geral, os jovens, pobres e os negros (preto ou pardo) são os que mais sofrem ataques homofóbicos 

Só para se ter uma ideia da gravidade da situação, no período entre 2000 e 2021, cinco mil e trezentas e sessenta e duas (5.362) pessoas LGBTI+ morreram. Ao mesmo tempo, além do preconceito e da discriminação de parte da população, esses números têm correlação com o nítido descaso das autoridades responsáveis pela execução de políticas públicas capazes de subsidiar e reprimir estes ataques homofóbicos.  

Outro grande problema enfrentado por todos aqueles que lutam contra a homofobia e a transfobia é a falta de dados seguros acerca dos números sobre a violência e homicídios envolvendo a população LGBTI+

De acordo com o professor Domingos Oliveira, responsável pela coleta e sistematização dos dados de tal levantamento,  

“O descaso da polícia e desleixo dos jornalistas

 em registrar com precisão as informações básicas

indispensáveis para identificação dos LGBT assassinados,

é um aspecto da homotransfobia cultural

que macula nossa sociedade,

além de dificultar uma análise mais profunda e completa

dessas mortes violentas”.  

Em 2022, de acordo com levantamento realizado pelo mesmo Grupo (GGB), o número de mortes violentas foram 256, sendo 242 homicídios e 14 suicídios ao longo do ano. A grande maioria lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros. Contabilizando a morte de um LGBTI+ a cada 34 horas. 

Entre essas vítimas, 134 (52%) eram gays e 110 (43%) travestis ou transexuais. Mais da metade dos crimes foram cometidos por armas de fogo ou por armas brancas. Também houve mortes por asfixia, espancamento, apedrejamento, esquartejamento e atropelamento intencional 

Para o antropólogo, historiador e pesquisador, Luiz Roberto de Barros Mott (ou simplesmente Luiz Mott), fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), que faz monitoramento da comunidade LGBT há 43 anos, no país,  

“É absolutamente inconcebível nossa sociedade civilizada

conviver com 12 casos de apedrejamento e

esquartejamento de gays e travestis.

Nem nos países islâmicos e africanos

mais homofóbicos do mundo,

onde persiste a pena de morte contra tal segmento,

ocorre tanta barbárie”.  

Já o Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil aponta que os números de mortes LGBT são mais numerosos, contabilizando 228 assassinatos, 30 suicídios e 15 por outras causas, o que somam 273 mortes LGBT de forma violenta no país.  

Imagem capturada na Internet


Estes dados divergentes refletem falhas e limitações nas coberturas estatísticas dos casos de violências e de homicídios sobre a comunidade LGBT, tanto nas mídias (notícias de jornais, portais eletrônicos e redes sociais) quanto a nível de dados das autoridades governamentais.

Controvérsias à parte pode-se dizer que os números não mentem acerca dos elevados índices de violência e homicídios sobre a Comunidade LGBTI+. É inquestionável, infelizmente!

Um levantamento mais recente, entre maio e junho de 2023, acerca da homossexualidade, realizado on line, pelo Instituto Locomotiva para a IO Diversidade, revelou dados surpreendentes. O levantamento contou com a participação de 1.574 pessoas de todo o território nacional e por meio deste, constatou-se que: 

- Dois a cada dez brasileiros acreditam que a homossexualidade é uma doença; 

- Entre estes, que acreditam que a homossexualidade é uma doença, 4 em 10 indivíduos creem que há cura; 

- 45% dos entrevistados não sabem o que é uma pessoa transgêneros 

- 40% afirmam que não aceitariam filho que mudasse de gênero, que se identificasse trans ou não-binária. 

Por outro lado, a pesquisa também mostrou certo conhecimento da realidade brasileira, pois:

- 7 em cada 10 entrevistados consideram ser mais difícil a inserção de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho; 

- 90% deles afirmaram que as pessoas das comunidades LGBTQIA+ sofrem violência e preconceito no Brasil.  

Diante desse quadro, pode-se afirmar que a comunidade LGBTI+ - além de ser a maior vítima de violência e preconceito em nosso país, direta e/ou indiretamente, sofre um processo de exclusão social 

A falta de políticas públicas, capazes de assegurar os seus direitos básicos está longe de ser atendida, plenamente, em todos os seus segmentos, quer seja na educação e no trabalho, quer seja na segurança pública e em outras áreas de sua alçada.  

Das 27 Unidades Federativas da União (26 estados e 1 Distrito Federal), apenas oito possuem Planos ou Programas estruturados voltados para a comunidade LGBTI+, ou seja, 19 delas não têm 

Esses dados constam do levantamento do Programa Atenas, que abrange diversas entidades, divulgado e lançado no início de março deste ano, o qual inspeciona as políticas públicas que abarcam essa parcela da população.  

No entanto, destes oito, só três estados funcionam a nível satisfatório, considerando uma escala de 1 a 5: Rio de Janeiro (4,4), Mato Grosso do Sul (3,9) e Espírito Santo (3,9). O Distrito Federal, também, se destaca entre as melhores notas (3,7).  

Acerca dos Planos ou Programas estruturados voltados para a comunidade LGBTI+ e considerando esta escala de avaliação, vejamos o ranking geral das 27 Unidades Federativas da União: 

1° Rio de Janeiro (4,4);

2° Mato Grosso do Sul (3,9);

3° Espírito Santo (3,9);

4° Distrito Federal (3,7);

5° Ceará (3,6);

6° São Paulo (3,5);

7° Maranhão (3,4);

8° Piauí (3,2);

9° Pará (3,0);

10° Pernambuco (2,9);

11° Goiás (2,9);

12° Mato Grosso (2,8);

13° Sergipe (2,7);

14° Paraíba (2,7);

15° Minas Gerais (2,6);

16° Rio Grande do Norte (2,6);

17° Bahia (2,6);

18° Paraná (2,5);

19° Amapá (2,4);

20° Rio Grande do Sul (2,3);

21° Santa Catarina (2,2);

22° Amazonas (2,2);

23° Alagoas (2,1);

24° Acre (2,1);

25° Tocantins (2,0);

26° Roraima (1,6);

27° Rondônia (1,6).


Segundo Rachel Rua, Diretora Executiva da IO Diversidade, o preconceito também perpassa pelo desconhecimento das pessoas, quer seja por ignorância sobre o tema em si quer seja por resistência em conhecer o outro 

Daí a importância de falarmos de gêneros nas escolas. Devemos dar maior visibilidade desses grupos, respeitando a identidade e orientação sexual de cada um. Desmitificando que esta não condiz com um “desvio do normal” e, tal como as relações heterossexuais, esta também corresponde ao padrão natural na sociedade. E, por isso, exige – com certa urgência - mudanças de paradigmas e de comportamento. 

 A Comunidade LGBTI+ pede socorro! O mundo pede socorro!


“É preciso fazer isso logo,

o mundo não percebe,

mas somos tão humanos quanto

os outros, porém estamos morrendo.” 

(Resposta de um estudante gay, 17 anos, a um questionário de pesquisa)


Fontes de Consulta

 

. DOBBIN, Gilson: Brasil é o país que mais mata população LGBTQIA+; CLP aprova Seminário sobre o tema (2022) – Comissão de Legislação Participativa (CLP)  

. Dossiê denuncia 273 mortes e violências de pessoas LGBT em 2022 – Observatório de Mortes e Violência LGBTI+ no Brasil  

. GARCIA, Amanda: 20% dos brasileiros ainda acreditam que homossexualidade é doença, diz pesquisa (2023) – CNNBrasil

. MÁXIMO, Wellton: Pesquisa revela apagão de políticas públicas LGBTI+ em estados (2023) – Agência Brasil 

. Mortes e violências contra LGBTI+ no Brasil: Dossiê 2021 (2022) - Acontece Arte e Política LGBTI+(em Pdf)  

. Mortes violentas de LGBT+ cresceram em 2021 e atingiram pelo menos 300 pessoas – Rede BrasilAtual/RBA  

. Só 3 Estados têm Políticas Satisfatórias para Comunidade LGBTQIA+, diz Pesquisa (2023) – Congresso em Foco  

. Um LGBTI+ é assassinado a cada 34 horas no país, aponta relatório (2023) - CUT

domingo, 2 de julho de 2023

28 de Junho: Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

Imagem capturada na Internet
Fonte: São Paulo Secreto

No dia 28 de junho comemorou-se o Dia Internacional do Orgulho Gay, também conhecido como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, cuja data foi criada em homenagem à Revolta de Stonewall 

A Revolta de Stonewall aconteceu em Nova York, motivada por protestos de frequentadores do bar Stonewall Inn. contra a ação repressora da polícia de Nova York (EUA) ao referido estabelecimento comercial, ocorrida na madrugada de 28 de junho de 1969, o qual – na época – era um dos mais populares redutos da comunidade LGBT 

Se hoje, em nossa sociedade, presenciamos ainda o preconceito, a discriminação e o desrespeito à população LGBTQIA+, naquela época, era bem pior!  

E, em meio a essa Era de Intolerância, o bar nova-iorquino Stonewall Inn era uma espécie de refúgio à referida comunidade (gays, lésbicas, bissexuais, entre outros). Ainda mais que a homossexualidade, naquela época, era considerada crime. Daí as constantes batidas policiais ao referido estabelecimento comercial, bem como a outros, frequentados pela comunidade LGBTQIA+ (sigla atual).  

De acordo com a Revista Exame, no dia 28 de junho de 1969, o referido bar sofreu uma batida policial, a terceira na mesma semana, com a justificativa de ações de combate à ilegalidade de bebida alcoólica. Neste dia, a violência policial foi grande...  

Frequentadores do bar sofreram agressões e foram presos, sendo que muitos deles se recusaram a ser presos. As ações violentas da polícia nova-iorquina revoltaram a comunidade LGBTQIA+. Na manhã seguintegays, lésbicas, bissexuais, transexuais, drag queens e outros se mobilizaram nas ruas do bairro e promoveram atos de protestos contra a polícia local e, ao mesmo tempo, em relação à luta por seus direitos civis e individuais. 

Os protestos se repetiram por seis dias e, depois, foram realizados nos anos seguintes, na mesma data (28 de junho), seguindo até hoje, ganhando uma repercussão mundial.  

Com isso, muitos consideram a Revolta de Stonewall como o “marco zero” ou "marco inicial" do movimento de igualdade civil dos grupos do LGBT+ contemporâneo. Luta esta, por uma sociedade mais igualitária e livre de preconceitos, independente de sua identidade de gênero.   

Rebelião de StoneWall
Domínio Público 
Fonte: Politize

Embora ainda seja em passos lentos, a comunidade LGBTQIA+ vem ganhando espaço e maior visibilidade em nossa sociedade. Contudo, não restam dúvidas que a intolerância ainda persiste nos dias atuais, se manifestando, sobretudo, por atos homofóbicos e transfóbicos, de agressões verbais e/ou físicas, podendo resultar em homicídio.   

Segundo uma reportagem do jornal de uma emissora de Televisão (aberta), as pessoas da comunidade LGBTQIA+ sofrem mais discriminação e preconceito em primeiro lugar, em seu ambiente de trabalho, seguido pelo espaço da Escola e Universidade, na rua e em seu ambiente domiciliar, entre os seus próprios familiares. Infelizmente, essa é a realidade que a maioria enfrenta e vive ainda, nos dias de hoje. 

Falar sobre isso nas escolas ainda é algo muito polêmico, tendo em vista que muitos responsáveis, conservadores, não aceitam e até se queixam à Direção se um professor abordar a questão de gênero, homofobia e outros temas correlatos. Contudo, não falar significa fortalecer o preconceito e as atitudes discriminatórias na sociedade, os quais alimentam a intolerância das pessoas em razão da orientação sexual ou identidade de gênero de outras. Assim como é capaz de incentivar a perpetuação da prática de Bullying no ambiente escolar, onde é muito comum vermos situações baseadas nesta situação.    

O movimento entre gays, lésbicas e simpatizantes ganhou força, na década de 90 (século XX), com a sigla inicial GLS. Com o passar dos anos, esta foi contemplando outros grupos (e suas letras iniciais), a fim de não excluir e/ou ignorar outras orientações sexuais e identidades de gênero.  

Hoje, o movimento LGBTQIA+ defende a aceitação das pessoas representadas por ele, na sociedade, assim como o respeito integral aos seus direitos  

"(...) não importa se uma pessoa é heterossexual, homossexual,

bissexual, transgênero, travesti, intersexo etc.  

- o importante é ser respeitada como um ser humano

e ter todos os seus direitos garantidos".

(SINTEF/PB)

 

Segundo o Fundo Brasil, a sigla LGBTQIA+ representa as iniciais das seguintes identificações (descrição na íntegra):  

. L (Lésbicas): Mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres;  

. G (Gays): Homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens;  

. B (Bissexuais): Diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino. 

Ainda segundo o manifesto, a bissexualidade não tem relação direta com poligamia, promiscuidade, infidelidade ou comportamento sexual inseguro. Esses comportamentos podem ser tidos por quaisquer pessoas, de quaisquer orientações sexuais;  

. T (Transgênero): Diferentemente das letras anteriores, o T não se refere a uma orientação sexual, mas a identidades de gênero. Também chamadas de “pessoas trans”, elas podem ser transgênero (homem ou mulher), travesti (identidade feminina) ou pessoa não-binária, que se compreende além da divisão “homem e mulher”.  

. Q (Queer): Pessoas com o gênero ‘Queer’ são aquelas que transitam entre as noções de gênero, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultado da funcionalidade biológica, mas de uma construção social;  

. I (Intersexo): A pessoa intersexo está entre o feminino e o masculino. As suas combinações biológicas e desenvolvimento corporal –cromossomos, genitais, hormônios, etc– não se enquadram na norma binária (masculino ou feminino);  

. A (Assexual): Assexuais não sentem atração sexual por outras pessoas, independente do gênero. Existem diferentes níveis de assexualidade e é comum essas pessoas não verem as relações sexuais humanas como prioridade; 

+: O símbolo de “ mais ” no final da sigla aparece para incluir outras identidades de gênero e orientações sexuais que não se encaixam no padrão cis-heteronormativo, mas que não aparecem em destaque antes do símbolo. 

Outro aspecto interessante a se destacar acerca do processo histórico da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) e outras identificações que se enquadraram ao grupo, diz respeito à bandeira do arco-íris, que se tornou símbolo do movimento. 

O criador da bandeira foi artista estadunidense e designer, Gilbert Baker, ativista dos direitos LGBT, que vivia em San Francisco (EUA). Ele criou a bandeira em 1978, mas não quis registrá-la como sua marca. 

Gilbert Baker
Imagem capturada na Internet 
Fonte: BBC News Brasil

Em 25 de junho do mesmo ano (1978), no Dia da Liberdade Gay, nos EUA, as primeiras versões da bandeira do arco-íris já eram vistas nas ruas. 

Originalmente, a referida bandeira possuía 8 cores e, de acordo com Baker, a reprodução do arco-íris teve - como objetivo - passar a ideia de diversidade e inclusão. Em suas palavras, "algo da natureza para representar que nossa sexualidade é um direito humano". 

O uso da bandeira em movimentos, paradas e outros eventos de mesmo cunho se disseminou por outras cidades estadunidenses, tais como San Francisco, Nova York e Los Angeles. Passando a ser reconhecida como símbolo global para direitos LBGT, a partir da década de 90. 

A bandeira original de Baker representava diferentes aspectos da vida através das seguintes cores: 

. Rosa: Sexualidade; 

. Vermelho: Vida; 

. Laranja: Cura; 

. Amarelo: Luz do Sol; 

. Verde: Natureza; 

. Azul-turquesa: Arte; 

. Anil: Harmonia; 

. Violeta: Espírito Humano.

Com o passar dos anos, a bandeira do arco-íris sofreu mudanças. Entre suas oito cores foram retiradas o anil e o rosa. E, além dessas, a cor azul-turquesa foi substituída por azul. 

Imagem capturada na Internet
Fonte: São Paulo Secreto

Em 1994, Baker se mudou para Nova York, onde viveu até o dia de sua morte (31 de março de 2017). E, foi em Nova York, neste mesmo ano (1994), que ele confeccionou a maior bandeira de arco-íris do mundo em comemoração ao 25º Aniversário da Rebelião de Stonewall (28 de junho de 1969).


Fontes de Pesquisa 

. 2 em cada 10 brasileiros ainda consideram a homossexualidade uma doença, aponta pesquisa – Carta Capital 

. 28 de junho: Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (2021) – Prefeitura Municipal de Carmo da Cachoeira 

. 28 de junho: Dia Internacional do Orgulho LGBT – SINTEF/PB 

. A história por trás da bandeira arco-íris, símbolo do orgulho LGBT (2017) – BBC News Brasil 

. GUEDES, Maria Júlia: Rebelião de Stonewall: qual a sua importância para o movi-mento LGBT+ nos dias atuais? (2021) – Politize 

. Rebelião de Stonewall - Wikipédia 

. Saiba o que significa a sigla LGBTQIA+ e a importância do termo na inclusão social – CNN Brasil 

. Significado da sigla LGBTQIA+ - Fundo Brasil 

. SOUZA, Antonio: Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+: confira 10 frases para comemorar a data (2023) – EXAME