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domingo, 16 de junho de 2013

Taxa de Fecundidade: Gravidez precoce

 Imagem capturada na Internet (Fonte: Netcina)

 
Conforme mencionei na postagem pertinente aos Conceitos Demográficos, publicado em ...., na análise da Taxa de Fecundidade que, considera a faixa etária produtiva da mulher dos 15 aos 49 anos, devemos lembrar que em muitos países esta faixa pode apresentar uma certa distorção, tendo em vista que há uma margem para idade menor, já que muitas meninas menstruam mais cedo (a partir dos 9 anos).

A menarca, ou seja, a primeira menstruação pode ocorrer em qualquer idade, sendo bastante comum - hoje em dia - a partir dos 9 ou 10 anos. Ela ocorre todos os meses e significa que a mulher se encontra em idade e período fértil. O quê significa que ela está ovulando e poderá engravidar. Ela só não vai ovular se estiver grávida ou amamentando.

O problema da gravidez precoce, ou seja, ainda na adolescência é que o aparelho reprodutor feminino não está totalmente desenvolvido e, com isso, não só haverá riscos de vida para o feto como para a própria gestante.

Outra coisa importante de ressaltar é que o mesmo ocorre em situação de gravidez tardia, ou seja, em idade avançada da mulher, pois haverá risco tanto para a criança quanto para gestante.

De acordo com a Dra. Tânia Regina Schupp Machado, médica obstetra e responsável pelo setor de gestantes com idade avançada do Departamento de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), do ponto de vista anatômico e funcional e da fisiologia do aparelho reprodutivo feminino, a idade ideal para engravidar é na faixa entre 20 e 29 anos.

De acordo com a mesma, a fertilidade feminina começa a cair por volta dos 25 anos e tem declínio importante depois dos 35 anos. Além disso, os riscos correm por conta do desenvolvimento de doenças como hipertensão, diabetes, entre outras comuns na fase adulta.

Dois fatos recentes expõem isso (gravidez precoce) e eu até cheguei a comentar com os alunos do sétimo ano do Ensino Fundamental.

Um deles foi o caso recente da jovem que engravidou aos 12 anos do seu primo de primeiro grau, também, de 12 anos de idade. Este caso foi divulgado no final de maio deste ano e aconteceu na cidade de Sátiro Dias, na Bahia.

A adolescente está no sexto mês de gestação e a gravidez é considerada de risco tanto para ela quanto para a criança, tendo em vista que o seu aparelho reprodutor - devido a sua idade - ainda não está totalmente desenvolvido. Daí, a mesma estar tendo acompanhamento especial a fim de verificar o crescimento do bebê e diminuir os riscos para ambas as partes. 

Este caso não é único e nem raro como se possa imaginar. A maioria dos casos de gravidez precoce é decorrente de estupro, relacionados a atos pedófilos. 

Inclusive, eu cheguei até a comentar dois casos acometidos com meninas de 9 anos, sendo ambos por violência sexual (estupro). Um deles foi no Brasil e o outro no México.

O primeiro caso, ao qual me refiro, aconteceu em 2009, na cidade de Alagoinha, município de Pernambuco, localizado a 230 km da capital (Recife). A menina grávida de gêmeos foi vítima de estupro - desde os seis anos de idade - de seu padrasto. 

Sua gravidez fora considerada de alto risco, não só pela idade dela, mas por ser de gêmeos. A família solicitou, diante dos riscos de sua vida, a interrupção  da gestação (aborto), o que foi acatado pela equipe médica que a atendeu, não tendo nem a necessidade de autorização formal da Justiça.

A legislação brasileira permite o aborto em caso de estupro e risco de morte para a mãe.

Já no caso mexicano, a gestação não foi interrompida e a garota de 9 anos deu à luz a uma menina, que nasceu com 2,7 Kg e 50 cm de comprimento, no dia 27 de janeiro deste ano, em um hospital da cidade de Guadalajara. Ela ficou grávida com 8 anos e alguns meses de um rapaz de 17 anos, que se encontra foragido até hoje, segundo as mídias.

 
Fontes de Consulta

. CP

. Dr. Drauzio

. Folha de São Paulo

. G1 - Bahia

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Conceitos Básicos de Geografia - Parte III (Demografia)

Imagem capturada na Internet (Fonte: Geografia hoje)


Embora, este tópico já tenha sido publicado neste espaço), optei por republicá-lo até porque outras postagens a serem postadas vão ter ligação com alguns dos indicadores sociais pertinentes a esta. 

DEMOGRAFIACorresponde a uma área da ciência geográfica que estuda a dinâmica da população humana. Esta dinâmica não se restringe apenas ao número e sexo da população, mas também das condições de vida desta (indicadores sociais), sua movimentação (migrações), bem como questões ligadas ao setor produtivo em termos de emprego e/ou desemprego.

O demógrafo é o profissional que estuda e trabalha com dados demográficos.

O recenseamento ou censo demográfico consiste na coleta periódica de dados estatísticos da população de um determinado lugar.

O primeiro censo oficial do Brasil foi efetuado em 1872. Antes deste, o levantamento da população contava, também, com os dados fornecidos pela Igreja. Os registros paroquiais auxiliavam para a contagem da população através do número de nascimentos, batismos e óbitos (mortes).

Hoje, além dos registros paroquiais há os dos cartórios e das maternidades.

O levantamento demográfico do Brasil passou a ser realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 1936, ano em que a Instituição foi criada.

Os censos do IBGE são realizados com periodicidade decenal, isto é, são feitos de 10 em 10 anos, tendo o último ocorrido em 2010. Além destes levantamentos, entre o intervalo de dois recenseamentos é realizada uma contagem da população.

Em uma análise demográfica são utilizadas, em geral, as seguintes variáveis básicas: tamanho, crescimento e estrutura da população.

1. TAMANHO DA POPULAÇÃO

Subtende-se, como tamanho de uma população, o número de pessoas que residem em um determinado espaço.

. POPULAÇÃO ABSOLUTA: Corresponde ao número total de habitantes de um determinado lugar.

Utilizamos o adjetivo populoso, quando nos referimos à população absoluta.

. POPULAÇÃO RELATIVA: Consiste no número de habitantes por quilômetro quadrado (Km2). A população relativa é também denominada de Densidade Demográfica.

Sendo assim, a população relativa ou densidade demográfica de um determinado lugar é obtida através da divisão do número da população absoluta pela área territorial do espaço:

População Relativa = População Absoluta /Área Territorial


Utilizamos o adjetivo povoado, quando nos referimos à população relativa (densidade demográfica).

Mas, tenham muita atenção, pois quando falamos em população devemos ter em mente que os dados levantados são, na verdade, estimativas, tendo em vista os seguintes aspectos: o número elevado de crianças não registradas no país e as dificuldades de acessibilidade dos agentes recenseadores às casas localizadas em áreas de risco (violência) etc.

. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO

A distribuição geográfica da população na superfície terrestre não se caracteriza de maneira uniforme, tendo em vista a ocorrência de diferentes fatores históricos e ambientais, que se apresentaram como favoráveis e/ou de desfavoráveis à ocupação humana.

Desde o período da colonização e, em razão da relação colônia versus metrópole,  a população cresceu e ocupou áreas junto ao litoral (próximas ao oceano Atlântico) e, com o passar dos séculos e durante o processo histórico de formação do nosso território, o mesmo comportamento foi mantido, apresentando uma maior concentração populacional ao longo da faixa litorânea.

Inclusive, a própria economia agroexportadora de produtos primários, como o açúcar (Zona da Mata Nordestina) e o café (Vale do Paraíba e o oeste de São Paulo) colaboraram para esta distribuição desigual da população no território nacional, a qual perpetua até hoje.


 Imagem capturada na Internet (Fonte: InfoEscola)

Neste contexto de ocupação humana devemos levar em conta os fatores favoráveis e desfavoráveis que facilitam ou impedem, respectivamente, o acesso e a presença do homem em determinadas áreas. Sendo assim, precisamos levar em conta as áreas ecúmenas e anecúmenas do país. 

. Áreas Ecúmenas: correspondem às áreas de fácil acesso e fixação do homem, isto é, são áreas de condições habitáveis. São áreas que apresentam grande concentração demográfica.
Exemplos: vales fluviais, a região litorânea, as áreas próximas aos grandes centros urbanos etc.

. Áreas Anecúmenas: consistem nas áreas de difícil acesso e fixação do homem, as quais se configuram com baixa densidade demográfica ou até vazios demográficos.
Exemplos: áreas pantanosas, de condições climáticas rigorosas, áreas áridas ou desérticas, florestas, áreas montanhosas etc.

Apesar do Brasil ser o 5º maior e mais populoso país do mundo, sua densidade demográfica (ou população relativa) é baixa. A ocorrência de áreas anecúmenas em nosso território justificam baixa densidade demográfica e. também, a distribuição da população.

As principais áreas anecúmenas do Brasil são: a floresta Amazônica, o Pantanal Matogrossense e o sertão nordestino.

Brasil
. Área Territorial: 8.515. 767 Km
. População Absoluta: 198.360.943 hab. (IBGE/2012)
. Densidade Demográfica: 23 hab/Km2


2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

O crescimento populacional corresponde às mudanças que, ao longo do tempo, são verificados no quadro da população sob a influência das entradas e de saídas de pessoas no respectivo espaço.

Neste contexto, as entradas correspondem aos nascimentos e às imigrações registradas no país, isto é, tanto os bebês que nascem e os estrangeiros que vêm para o país.

Já as saídas têm a ver com o número de óbitos e emigrações, ou seja, o quantitativo de mortos e de brasileiros que sairam e foram morar em outro país, respectivamente.

Sendo assim, para efeito do crescimento da população, devemos levar em consideração duas variáveis:
1. O crescimento natural ou vegetativo da população (diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade);
2. O saldo migratório (a diferença entre imigrantes e emigrantes). 

. TAXA DE NATALIDADE: Corresponde à relação entre o número de nascimentos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso, em geral, por mil.


Taxa de Natalidade = número de nascimentos/População Absoluta x 1000

Obs.: Multiplica-se o resultado, em geral, por mil (1.000) para facilitar a leitura e admitir a comparação internacional. Exemplo, um determinado espaço que apresente uma taxa de natalidade equivalente a 25%o (por mil) significa que em um ano, para um grupo de mil habitantes, nasceram vinte e cinco crianças vivas.

. TAXA DE MORTALIDADE: Corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso por mil.

Taxa de Mortalidade = número de óbitos/População Absoluta x 1000
. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL: Trata-se da relação do número de crianças, de até 1 (um) ano de idade, que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas. 

. TAXA DE FECUNDIDADE: Corresponde à média de filhos que a mulher tem na idade de reprodução (15 aos 49 anos). 

A idade reprodutiva da mulher que se inicia aos 15 anos e vai até os 45 anos, pode apresentar uma variação tanto para menos quanto para mais idade. Por exemplo, no Brasil é comum meninas, abaixo dessa idade (15 anos), menstruarem e até terem engravidarem, assim como também, mulheres de idade acima dos 45 anos terem filhos.

. EXPECTATIVA DE VIDA: Consiste na esperança de vida que o indivíduo possui, isto é, ela expressa a quantidade de anos que vive, em média, a população.

Este é um índice muito utilizado para análise do nível de desenvolvimento dos países.


3. ESTRUTURA DA POPULAÇÃO

Trata da composição da população em relação aos aspectos da estrutura étnica (etnia), estrutura etária (idade) e estrutura ocupacional (ocupação profissional). 

. ESTRUTURA ÉTNICA: A distinção dos indivíduos pela cor através da classificação geral de raças branca, negra, amarela e mestiça é, ainda, um fato muito controverso

Hoje, em dia, emprega-se muito mais o termo etnia do que raça, uma vez que a primeira  não expressa só a cor, mas, sobretudo, a cultura de um determinado grupo étnico. 

O Brasil é um país caracterizado pela grande miscigenação de grupos étnicos, seja esta advinda dos amarelos nativos (indígenas), dos brancos europeus, dos negros africanos, dos próprios mestiços e outros. 

E, embora, a Legislação máxima do nosso país garanta que todos os grupos étnicos sejam iguais perante a lei, sabemos que nem sempre o mesmo princípio corresponde na prática.  

. ESTRUTURA ETÁRIA: A composição da população, em termos de idade e sexo, é representada através de gráficos sob a forma de pirâmides etárias.

Principais elementos de uma pirâmide etária:

- Base: parte inferior, representa a população jovem (0 a 19 anos);

- Corpo:parte intermediária, representa a população adulta (20 a 59 anos);

- Cume ou ápice: parte superior, representa a população idosa (60 anos a mais).


Imagem capturada na Internet (Fonte: Prá Sempre Geografia)


Foi à partir da pirâmide etária que surgiu a expressão “terceira idade” voltada para a população idosa.  

As pirâmides de “países jovens”, ou seja, onde há elevada proporção de jovens em relação aos demais segmentos, apresentam uma base larga e o cume estreito, demonstrando baixo número de idosos. Este formato de pirâmide caracteriza a estrutura da população da maior parte dos países subdesenvolvidos (Vide a pirâmide da África/2006).

Por sua vez, os chamados “países velhos” ou "países maduros" são aqueles, cuja estrutura etária configura uma pirâmide de base mais estreita, configurando a baixa porcentagem de jovens, o corpo e o cume mais largos, tendo em vista a grande proporção de adultos e idosos, respectivamente (Vide a pirâmide da Europa/2006). 

Além de oferecer dados acerca da taxa de natalidade e da expectativa de vida, estes dados podem inferir o nível de desenvolvimento dos países. Pois, em geral, a expectativa de vida elevada e taxa de natalidade baixa configuram-se como indicadores sociais de países desenvolvidos, enquanto valores opostos são, notadamente, de países subdesenvolvidos.  

É evidente que alguns países, sobretudo, os chamados países emergentes (subdesenvolvidos industrializados) se encontram em fase de transição, tendendo às características dos países desenvolvidos, como é o caso do nosso país.



 Imagem capturada na Internet (Fonte: Tripod)

Em termos de sexo, na pirâmide etária, os homens são representados à esquerda e mulheres à direita.

. ESTRUTURA OCUPACIONAL (OCUPAÇÃO PROFISSIONAL)
O levantamento da estrutura da população, neste aspecto, classifica o indivíduo em dois grupos, levando em consideração a sua situação em termos de ocupação profissional e, também, de idade (no que se refere aos menores de idade).

Vale ressaltar aqui que o termo ocupação subentende-se em atividade no mercado de trabalho formal (com carteira assinada e todos os direitos trabalhistas assegurados) como o informal (sem registro e direitos trabalhistas). 

Sendo assim, a população pode ser classificada em:

. População Economicamente Ativa (PEA): é considerada deste grupo, toda e qualquer pessoa que esteja empregada ou à procura de emprego.


A idade base considerada para o cálculo da PEA, nos países desenvolvidos, é de 15 anos. No caso do Brasil, a idade mínima é 16 anos, de acordo com a Constituição Federal. No entanto,  a própria Constituição assegura dos 14 aos 16 anos o trabalho na condição de aprendiz (jovem aprendiz). 

. População Economicamente Inativa (PEI): faz parte deste grupo, os indivíduos que não estão empregados, como os aposentados, as donas de casa que não exercem atividade econômica remunerada, as crianças e adolescentes que ainda não atingiram a idade mínima para ingressar no mercado e os estudantes.

É importante frisar a importância direta e indiretamente da População Economicamente Ativa sobre a População Economicamente Inativa, pois a mesma é que contribui e assegura condições para a viabilização de investimento sociais, tanto na área de educação, saúde e segurança pública, bem como à aposentadoria.

sábado, 15 de agosto de 2009

Populacão Brasileira: 191,5 milhões de habitantes

Imagem capturada na Internet

 
De acordo com os últimos dados divulgados, hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira passou de 191,5 milhões de habitantes (estimativa), os quais se apresentam distribuídos nas 27 Unidades Federativas (26 estados e 1 Distrito Federal) e 5.565 municípios.

Dentre os estados mais populosos, São Paulo lidera com 41,4 milhões de pessoas, seguido por Minas Gerais (20 milhões de habitantes) e Rio de Janeiro (16 milhões de pessoas).
 
Estes três estados se localizam na Região Sudeste e, segundo o IBGE, concentram cerca de 40,4% da população brasileira.
 
Entre os municípios brasileiros, São Paulo é o mais populoso (11 milhões de habitantes), sendo o segundo e o terceiro municípios mais populosos, a cidade do Rio de Janeiro (6,2 milhões de pessoas) e Salvador (cerca de 3 milhões de habitantes).
 
Não considerando as capitais acima citadas, Guarulhos (SP), Campinas (SP) e São Gonçalo (RJ) são as cidades mais populosas, com uma população absoluta em torno de 1,3 milhão de pessoas, 1,1 milhão de habitantes e 992 mil pessoas, respectivamente.
 
Os municípios menos populosos são a cidade de Borá, em São Paulo, com um total de 837 habitantes, seguido por Serra da Saudade, em Minas Gerais, com 890 pessoas.
Fonte:

Globo.com

domingo, 22 de junho de 2008

Conceitos Demográficos


Texto elaborado e complementar às explicações em sala de aula para as turmas do sexto ano e, como revisão, para os demais alunos dos anos subsequentes do Ciclo de Formação.

DEMOGRAFIACorresponde à área da ciência geográfica que estuda a dinâmica da população humana.

. POPULAÇÃO→ Conjunto de pessoas que vive em um determinado espaço, seja este sob a dimensão mundial, de um continente, de um país, de uma região, um estado ou uma outra área específica.


Em geral, em uma análise demográfica, são utilizadas as seguintes variáveis básicas: tamanho, estrutura e crescimento da população.

1. TAMANHO DA POPULAÇÃO: Subtende-se, como tamanho de uma população, o número de pessoas que residem em um determinado espaço.

. POPULAÇÃO ABSOLUTA → Trata-se do número total de habitantes de um determinado lugar.

Utilizamos o adjetivo populoso, quando nos referimos à população absoluta.

. POPULAÇÃO RELATIVA → Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado (Km2), ou seja, ela consiste na distribuição da população em relação à área. A população relativa é também denominada de Densidade Demográfica.
Sendo assim, a população relativa ou densidade demográfica de um determinado lugar é obtida através da divisão do número da população absoluta pela área territorial do espaço:

População Relativa = População Absoluta /Área Territorial
Utilizamos o adjetivo povoado, quando nos referimos à população relativa ou à densidade demográfica.

O recenseamento ou censo demográfico consiste na coleta periódica de dados estatísticos da população de um determinado lugar.

O primeiro censo oficial do Brasil foi efetuado em 1872. Antes deste, o levantamento da população contava, também, com os dados fornecidos pela Igreja. Os registros paroquiais auxiliavam para a contagem da população através do número de nascimentos, batismos e óbitos (mortes).

O levantamento demográfico do Brasil passou a ser realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (http://www.ibge.gov.br/), em 1936, ano em que a Instituição foi criada.

Os censos do IBGE são realizados com periodicidade decenal, isto é, são feitos de 10 em 10 anos, tendo o último ocorrido em 2000. Além destes levantamentos, entre o intervalo de dois recenseamentos é realizada uma contagem da população.

No entanto, por razões orçamentárias e financeiras, a contagem da população, planejada para o ano de 2005, foi transferida para o ano de 2007.

Quando falamos em população devemos ter em mente que os dados levantados são, na verdade, estimativas, tendo em vista os seguintes aspectos: o número elevado de crianças não registradas no país e as dificuldades de acessibilidade dos agentes recenseadores às casas localizadas em áreas de risco (violência) etc.

. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO: A distribuição geográfica da população na superfície terrestre não se caracteriza de maneira uniforme, tendo em vista a ocorrência de diferentes fatores que se apresentam como fatores de favoráveis e/ou de desfavoráveis à ocupação humana. Fatores estes, que podem ser de origem natural e/ou antrópicas.
 
Entre aqueles que se apresentam como fatores favoráveis destacam-se: os vales fluviais, a região litorânea, as áreas próximas aos grandes centros urbanos etc.

Em contrapartida, outros elementos se configuram como obstáculos, isto é, desfavoráveis à ocupação e fixação do homem e, entre estes, se destacam principalmente os de origem natural (áreas pantanosas, de condições climáticas rigorosas, áreas áridas ou desérticas, florestas, áreas montanhosas etc.).

Em função dos fatores favoráveis, podemos observar Áreas Ecúmenas, que consistem em espaços de fácil fixação e ocupação humana, isto é, áreas de condições habitáveis.

Em contrapartida, temos as chamadas Áreas Anecúmenas, que correspondem às áreas de difícil fixação do homem, as quais se configuram como vazios demográficos.

O fato de o Brasil ser o quinto país mais populoso do mundo, mas apresentar uma densidade demográfica baixa, com cerca de 22 hab/Km2 (2007), é justificada em razão da ocorrência de áreas anecúmenas em território brasileiro, como a Floresta Amazônica, o sertão nordestino, o pantanal, entre outros.

2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO: O crescimento populacional corresponde às mudanças que, ao longo do tempo, são verificados no quadro da população sob a influência das entradas e de saídas de pessoas no respectivo espaço.

Neste contexto as entradas significam os nascimentos e as imigrações registradas, enquanto as saídas correspondem ao número de óbitos e emigrações.
Sendo assim, para efeito do crescimento da população, devemos levar em consideração duas variáveis: o crescimento natural ou vegetativo da população (diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade) e o saldo migratório (a diferença entre imigrantes e emigrantes).
 
. TAXA DE NATALIDADE → Corresponde à relação entre o número de nascimentos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso, em geral, por mil.

Taxa de Natalidade = número de nascimentos/População Absoluta x 1000
 
Obs.: Multiplica-se o resultado, em geral, por mil (1.000) para facilitar a leitura e admitir a comparação internacional. Exemplo, um determinado espaço que apresente uma taxa de natalidade equivalente a 25%o (por mil) significa que em um ano, para um grupo de mil habitantes, nasceram vinte e cinco crianças vivas.

. TAXA DE MORTALIDADE → Corresponde à relação entre o número de óbitos ocorridos em 01 (um) ano e a população absoluta, tendo o resultado expresso por mil.

Taxa de Mortalidade = número de óbitos/População Absoluta x 1000
 
. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL → Trata-se da relação do número de crianças, de até 1 (um) ano de idade, que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas.

. TAXA DE FECUNDIDADE → Corresponde à média de filhos, por mulher, na idade de reprodução.

Essa faixa de idade se inicia, em geral, aos 15 anos. Todavia, em muitos países como o Brasil, por exemplo, onde é comum meninas, abaixo dessa idade, terem filhos, esta taxa pode ficar um pouco distorcida.

. EXPECTATIVA DE VIDA → Consiste no índice que expressa a quantidade de anos que vive, em média, a população.

Este é um índice muito utilizado para análise do nível de desenvolvimento dos países.

3. ESTRUTURA DA POPULAÇÃO: Trata da composição da população em relação a fatores como etnia (estrutura étnica), idade e sexo (estrutura etária) e ocupação profissional (população ativa e inativa).

. ESTRUTURA ÉTNICA: A distinção dos indivíduos pela cor através da classificação geral de raças branca, negra, amarela e mestiça é, ainda, um fato muito controverso.

Hoje, em dia, emprega-se muito mais o termo etnia do que raça, uma vez que a primeira expressa não expressa só a cor, mas, sobretudo, a cultura de um determinado grupo étnico.

O Brasil é um país caracterizado pela grande miscigenação de grupos étnicos, seja esta advinda dos amarelos nativos (indígenas), dos brancos europeus, dos negros africanos e, ainda, dos mestiços.

Até hoje, a determinação do grupo étnico a qual pertence ou da cor, simplesmente, da pessoa é tarefa nada fácil a ser tratada, principalmente, quando a população apresenta uma grande miscigenação.

E, embora, a Legislação máxima do nosso país garanta que todos os grupos étnicos sejam iguais perante a lei, sabemos que nem sempre o mesmo princípio corresponde na prática.

. ESTRUTURA ETÁRIA: A composição da população, em termos de idade e sexo, é representada através de gráficos sob a forma de pirâmides etárias.
 
Os principais elementos de uma pirâmide etária são:
- Base (parte inferior, representando a população jovem);
- Corpo (parte intermediária/representando a população adulta);
- Cume ou ápice (parte superior/ representando a população idosa);

- Ordenada (grupos ou faixas de idade);
- Abcissa (quantidade de pessoas em valor absoluto ou porcentagem).
 
Considera-se para efeito de faixas etárias, os seguintes segmentos:
. 0 a 19 anos: população jovem;
. 20 a 59 anos: população adulta;
. acima de 60 anos: população idosa.
Daí a origem da expressão “terceira idade” voltada para a população idosa.
 
As pirâmides de “países jovens”, ou seja, onde há elevada proporção de jovens em relação aos demais segmentos, apresentam uma base larga e o cume estreito, demonstrando baixo número de idosos. Este formato de pirâmide caracteriza a estrutura da população da maior parte dos países subdesenvolvidos.

Por sua vez, os chamados “países velhos” são aqueles, cuja estrutura etária configura uma pirâmide de base mais estreita, configurando a baixa porcentagem de jovens e o cume mais largo, tendo em vista a grande proporção de idosos.

O formato da pirâmide etária vai sofrer modificações estruturais em função da evolução demográfica dos países, a qual se encontra interligada
ao estágio sócio-econômico vigente.

Notadamente, quando ocorre o desenvolvimento do país, verifica-se um gradativo estreitamento da base da pirâmide e um alargamento tanto do corpo quanto do ápice. Isso decorre em razão da redução da taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida da população.

Em termos de sexo, na pirâmide etária, os homens são representados à esquerda e mulheres à direita. O eixo vertical representa as idades e o eixo horizontal pode representar o número de habitantes.




Fonte: Ciência Hoje on line

. ESTRUTURA POR OCUPAÇÃO PROFISSIONAL: O levantamento da estrutura da população, neste aspecto, classifica o indivíduo em dois grupos, levando em consideração a sua situação em termos de ocupação profissional e, também, de idade (no que se refere aos menores de idade).
Vale ressaltar aqui que o termo ocupação subentende-se em atividade no mercado de trabalho formal (com carteira assinada e todos os direitos trabalhistas assegurados) como o informal (sem registro e direitos trabalhistas).
Sendo assim, a população pode ser classificada em:

. População Economicamente Ativa (PEA): é considerada deste grupo, toda e qualquer pessoa que esteja empregada ou à procura de emprego.

A idade base considerada para o cálculo da PEA, nos países desenvolvidos, é a de 15 anos. No caso do Brasil, a idade é de 16 anos, tendo em vista que a Constituição Brasileira estabelece esta faixa etária como idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho.

. População Economicamente Inativa (PEI):faz parte deste grupo, os indivíduos que não estão empregados, como os aposentados, as donas de casa que não exercem atividade econômica remunerada, as crianças e adolescentes que ainda não atingiram a idade mínima para ingressar no mercado e os estudantes.

É importante frisar a importância direta e indiretamente da População Economicamente Ativa sobre a População Economicamente Inativa, pois a mesma é que contribui e assegura condições para a viabilização de investimento sociais, tanto na área de educação, saúde e segurança pública, bem como à aposentadoria.
 
Marli Vieira
(Imagem capturada na rede)