segunda-feira, 15 de abril de 2019

Crônica: Meu Ideal seria escrever...

 Imagem capturada na InternetFonte: Pixabay
 


Talvez, a primeira crítica neste post recaia na imagem... Em tempo de revolução tecnologia, com a Internet, seria mais admissível fazer uso de um PC ou de um notebook, mas – de acordo – com o há publicado acerca do autor da crônica que, aqui estou compartilhando, este era avesso às tecnologias modernas. Daí eu buscar imagem mais condizente com este.
 
Há tempo não tenho publicado crônicas. Achei esta muito pertinente para a ocasião, sobretudo, porque tem um viés com a minha vida que é de um dia ser escritora (também adoraria cantar!).
 
Acredito que todo autor ao escrever deseja atingir de forma direta o leitor, distintamente,  de acordo com o seu gênero literário... tal como o autor, Rubem Braga, explicita no título.
 
Se for um romance, adocicar mais ainda os sentimentos do leitor ao ponto de aumentar a sua esperança nas incertezas ou a convicção quanto à direção certa. Sendo do gênero ficção, buscar atiçar a imaginação do leitor, compondo fatos da realidade com reinterpretações singulares em descompasso com as normas convencionais, fantasiando e descortinando novos espectros. Sendo um drama, em meio a uma rede tumultuada de fatos, o leitor é capaz de sofrer concomitantemente ao desenrolar da história. Ou ainda, sentir medo ou temor durante o adiantamento desta, quando o seu texto apresenta um conteúdo de horror. Sendo capaz , também, de causar ansiedade e inquietação ao leitor no gênero suspense.
 
Em meio a outros gêneros literários, o que mescla maior leveza e tom espirituoso sob situações cômicas da realidade, capazes de desvelar a alegria sobre qualquer efeito nefasto da tristeza da alma é a comédia.
 
E tal como este último gênero, Rubem Braga deixa explicito sua intencionalidade em mudar a vida das pessoas, tornando-as mais felizes a partir de sua crônica, bem como o de tornar as pessoas em agentes multiplicadores de alegrias por meio do compartilhamento de sua história engraçada. Eis sua crônica...
 

MEU IDEAL SERIA ESCREVER...
 Rubem Braga
 
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse -- "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria -- "mas essa história é mesmo muito engraçada!".
 
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
 
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse -- e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse -- "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
 
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago -- mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".
 
E quando todos me perguntassem -- "mas de onde é que você tirou essa história?" -- eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".
 
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.  

domingo, 14 de abril de 2019

Cuidado com as Ofensas e Ironias nas Redes Sociais


 Imagem capturada na Internet
Fonte: Pixabay

Em tempo de Globalização e de acesso mais fácil à Internet, todo cuidado é pouco no que diz respeito à publicação de imagens e/ou vídeos, comentários indevidos e/ou comprometedores, injúrias, ofensas, entre outros aspectos interligados a esses, assim como o compartilhamento de tais postagens, o que amplia a sua divulgação e que, dependendo do seu teor, pode ocasionar maiores danos à pessoa retratada.

Vira e mexe, as mídias reportam casos em que uma pessoa foi vítima de preconceito e/ou constrangimento em publicações, sobretudo, nas redes sociais, onde o seu nome e/ou imagem se encontra associado a situações adversas, pelas quais a mesma se sente prejudicada, ofendida.

Há alguns anos houve um caso de uma professora de Ensino Superior que tirou foto de um homem no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, postou no Facebook e fez comentários a respeito de seus trajes simples, “inadequados” para aquele tipo de espaço e de seus usuários. Ela questionou – diante da imagem deste - se estava na “rodoviária ou no aeroporto”.

Sob o mesmo tom de ironia e de preconceito, a postagem da professora foi compartilhada por muitas pessoas, ao ponto do indivíduo (a vítima) descobrir que sua imagem estava circulando nas redes sociais.

Imagem capturada na Internet
Fonte: Portal G1 

Pois bem, o que ela não deveria esperar é que aquele homem, sentado de bermuda e camiseta no aeroporto, que ela ironizou em sua postagem (comentário) e sem a devida autorização de uso de imagem dele, era um advogado mineiro.

Até aonde eu soube, após tomar conhecimento dos fatos, ele tomou as providências cabíveis quanto à publicação, não só à professora como, também, às pessoas que compartilharam e comentaram.

Estou chamando a atenção acerca de publicações indevidas nas mídias sociais, exatamente, para alertar sobre os riscos de postar comentários ofensivos contra uma ou mais pessoas.

Dois casos merecem destaque aqui, ambos aconteceram recentemente...
O primeiro caso, ocorrido no Rio de Janeiro, diz respeito ao compartilhamento de um vídeo, produzido por duas jovens, que ironizaram um funcionário negro da rede de lanchonetes Bob’s, localizado no bairro de Bonsucesso, no momento em que este trabalhava, varrendo o chão do estabelecimento comercial.

Ambas, aos risos, pronunciaram frases preconceituosas, discriminatórias a este:

isso mesmo, limpa pra eu ver”, “lambe o chão”...
Imagem capturada na Internet
Fonte: R7 Notícias

A repercussão do vídeo foi grande e viralizou. No entanto, a reação dos internautas foi desfavorável às jovens, tendo em vista que a maioria se revoltou com a atitude das mesmas, exigindo punições às autoras do vídeo.

Estas chegaram a justificar seus atos na referida rede social, mas não convenceram. E, depois, o que é postado e visualizado na Internet, dificilmente, se esquece.

O funcionário da lanchonete e vítima das humilhações prestou queixa na 54ª DP, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Boatos acerca deste, também, correram nas mídias, como a sua demissão pela própria rede Bob’s , fato que foi desmentido, posteriormente, pela empresa, assim como que a UNISUAM, Universidade localizada no mesmo bairro, teria dado uma bolsa de estudo de 100% para que o mesmo cursasse uma faculdade.

O site Boatos.org desmente essa notícia, alegando que não há nada oficial que comprove a veracidade da mesma.

O segundo caso ocorreu em outro país e sua repercussão foi muito além de uma simples queixa, chegando à esfera de crime cibernético, contrariando o que é permitido na legislação de um determinado país do Oriente Médio.  

De acordo com Portal do G1, publicado no início deste mês, uma mulher britânica corre o risco de ser condenada a até dois anos de prisão e de pagar multa, em razão de ter feito dois comentários ofensivos em uma publicação de seu ex-marido, com fotos de seu novo casamento, no Facebook, no ano de 2016.

A família morou nos Emirados Árabes Unidos por oito meses, mas ao se divorciarem, após 18 anos de casamento, ela e sua filha voltaram para o Reino Unido, enquanto o ex-marido permaneceu no país, vindo a se casar posteriormente.

No dia 10 de março deste ano, ela - Laleh Shahravesh (55 anos) - foi para os Emirados Árabes, com a sua filha de 14 anos, justamente, para participar do funeral dele, que havia falecido após um ataque cardíaco.


 Imagem capturada na Internet
Fonte: BBC


No entanto, na hora de voltar para o Reino Unido, só sua filha embarcou, pois ela ficou detida no aeroporto de Dubai devido a existência de um processo na Justiça, que havia sido aberto pela esposa de seu ex-marido.

Apesar de ter sido liberada, após o pagamento de fiança, o seu passaporte foi confiscado e ela passou a residir em um hotel, no qual aguardava o desfecho dos trâmites processuais.

Em 2016, ao ver as fotos do casamento do seu ex-marido no Facebook, Laleh postou os seguintes comentários:

Espero que você morra, seu idiota. Maldito seja.
Você me trocou por este cavalo".

Chegaram a solicitar, a seu favor, a retirada da acusação à autora da denúncia, mas a nova esposa do seu ex-marido (já falecido), não concordou, fazendo cumprir a política de austeridade dos crimes cibernéticos do país, cujas leis preveem, no caso de declarações difamatórias nas redes sociais, a prisão e o estabelecimento de multa.

Posteriormente, Laleh Shahravesh foi liberada, seu passaporte foi devolvido e ela pagou uma multa simbólica. Só assim, ela pode retornar ao Reino Unido.

Por isso, todo cuidado é pouco na hora de comentar ou postar fotos e/ou vídeos nas mídias sociais!

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Torres (RS): Uma Aula Prática de Geologia

 
 Vista da Praia da Guarita tirada do alto da Torre do Meio (das Furnas)
Imagem do meu acervo particular
Fotografia de 1991

Falo tanto em sala de aula, mas nunca publiquei nada a respeito e nem mesmo as fotos que tirei, as quais foram digitalizadas, pois – na época (início da década de 90) – as máquinas não eram digitais (nem sei se já haviam no mercado brasileiro e, pelo menos, a minha não era).

Estou me referindo à paisagem costeira de Torres, município localizado no litoral norte do Rio Grande do Sul, delimitado pelo rio Mampituba, que faz a divisa entre o estado e o de Santa Catarina. Ao pesquisar sobre o mesmo, descobri que o seu nome “Mampituba” significa, em tupi, “rio de muitas curvas”.

Observando a imagem abaixo, capturada do Google Map, fica fácil de compreender a razão do seu nome na língua tupi.
 
 
  

  Foz do rio Mampituba
Imagem capturada na Internet
Fonte: Prefeitura de Torres

 
Apesar do litoral gaúcho apresentar esse forte potencial turístico, em seus 623 Km de extensão, inclusive, sendo considerado o estado com o maior sistema de praias arenosas do mundo, as peculiaridades da paisagem litorânea do município de Torres lhe imputam, além deste, um grande potencial científico e educacional.


 
 
 Imagem capturada na Internet
Fonte: FEPAM 
 

 
Eu tive a oportunidade de conhecer Torres, quando estudei (Mestrado/Especialização) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E, diferentemente da costa aplainada, arenosa, que predomina na faixa costeira sul-rio-grandense, em Torres são encontrados acidentes geográficos como morros e penhascos, sob a forma de falésias, que representam testemunhos de eventos geológico-geomorfológicos, ocorridos há milhões de anos e moldados ao longo do tempo.
 
A ocorrência de tais promontórios a beira mar, em Torres, confere à localidade uma verdadeira aula prática de Geologia e de Geografia Física (paleoambientes), sob o contexto da Bacia do Paraná (maior bacia sedimentar do Brasil).

Porém, essas importantes singularidades de sua paisagem passam desapercebidas pela maior parte dos turistas.

Esses “morros” receberam a denominação de torres, o que deu origem também ao nome do município. A formação deles está relacionada ao extravasamento do magma (derrames de lavas basálticas).

Os três maiores foram denominados de Torre do Farol (ou do Norte), Torre do Meio (ou das Furnas) e a Torre de Fora (ou do Sul). Além desses há o chamado “Agulha da Guarita” (na praia de mesmo nome), o Morro das Pedras (mais afastado, localizado em um campo de dunas) e a Ilha dos Lobos (localizada a 1.800 m da praia, que é um refúgio de lobos e leões marinhos).

 

 Imagens do meu acervo particular (1991)
(Fotografias digitalizadas)
 
Torre do Meio ou das Furnas
 

Vista da Praia da Cal
entre a Torre do Norte (do Farol)
 e a Torre do Meio (ou das Furnas)
 
 Torre de Fora (ou do Sul)
 
 
Sem pretender me aprofundar sobre os aspectos geológicos da região, tendo em vista, o público-alvo deste espaço (alunos do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio), vou tentar sintetizar a geologia da região a partir das respectivas formações rochosas antigas, cujos registros assinalam, em ordem cronológica, a Formação Botucatu (ou arenito eólico/paleodeserto) e a Formação Serra Geral (derrame basáltico), que fazem parte da evolução da Bacia do Paraná 
 
A Bacia do Paraná é uma enorme depressão, que sofreu a deposição de sedimentos de ambientes variados (marinho, fluvial, lacustre, desértico, entre outros), com idades variando do período Ordoviciano (Era Paleozoica) ao período Cretáceo (final da Era Mesozoica), sendo capeado pelo basalto da Formação Serra Geral. Os processos erosivos também foram e são atuantes em sua superfície.

Com cerca de 1,4 milhão de km², ela é uma das maiores bacias sedimentares do Brasil (1,1 milhão de km²), ocupando também parte do território da Argentina (100 mil de km²), Paraguai (100 mil de km²) e Uruguai (100 mil de km²).


Imagem capturada na Internet
e modificada no Adobe Photoshop


Com um formato alongado, na direção Norte-Nordeste a Sul-Sudoeste, esta apresenta, aproximadamente, 1.750 km de comprimento e uma largura média de 900 km.

Sua evolução durou mais de 350 milhões de anos, passando por grandes ciclos geológicos, os quais possibilitaram a formação de rochas de diversas origens (marinha, lacustre, fluvial, glacial, entre outros), que constituem a sequência sedimentar mais antiga,  datada da Era Paleozoica.

Na Era Mesozoica, a partir do final do período Triássico e durante quase todo o Jurássico, a extensa área da Bacia do Paraná foi coberta por campos de dunas, transformando-se em um imenso deserto (Formação Botucatu).  

No final desta mesma Era geológica, durante o período Cretáceo, teve início a grande ruptura do supercontinente Gondwana com a separação das placas tectônicas Sul-americana e a Africana, a partir das correntes de convecção do magma. Com os derrames vulcânicos, houve a separação da América do Sul e da África, assim como houve a formação do Oceano Atlântico Sul, cujos processos vulcânicos cobriram a Bacia do Paraná. Este é considerado o maior derrame basáltico da superfície seca da Terra.

“As lavas vulcânicas basálticas caracterizam-sepor ter baixa viscosidade.
Com isso o vulcanismo não é explosivo,
nem forma cones vulcânicos como no vulcanismo
de erupção central.
É um vulcanismo de fissura, que forma geoclases,
grandes fendas na crosta por onde a lava ascende
e espalha-se sem violência.”
(BRANCO, Pércio de Moraes, 1996)
 
 
Pois bem, é justamente na praia da Guarita, mais especificamente, na Agulha da Guarita que é possível observar o contato entre o arenito eólico do paleodeserto (Formação Botucatu) e o derrame basáltico (Formação Serra Geral).

Segundo RODBE, o arenito (Formação Botucatu) foi cozido pelo calor do derrame basáltico e, em consequência disso, ele ficou “bem mais resistente do que o basalto à abrasão do mar. Ê a isso que se deve a forma piramidal da Guarita”.



Praia da Guarita
Imagem capturada na Internet
Fonte: Apure Guria - Foto de Fernando de Castilhos
 
  Contato entre a Formação Botucatu (arenito eólico)
e a Formação Serra Geral (basalto)
Imagem manipulada no Adobe Photoshop
 
A nível de curiosidade...

1. A Torre do Meio, também conhecida por Morro das Furnas, recebe esse nome (Furnas) em decorrência haver várias grutas.

Todas as imagens, abaixo, são do meu acervo particular (fotos tiradas em 1991)






 
 
 
 2. A  decomposição do basalto da Bacia do Paraná deu origem a um dos solos mais férteis do Brasil, o latossolo roxo, mais conhecido como “terra roxa”. Solo bastante aproveitado até hoje, para a agricultura, sobretudo, durante o Ciclo do Café.

3. Outra curiosidade que envolve, também, o estado do Rio Grande do Sul e as rochas da Formação Serra Geral diz respeito à ocorrência de um mineral de cor roxa, a ametista.  A maior jazida de ametista do mundo está localizada no norte do estado, na cidade de Ametista do Sul (daí o nome do município sul rio-grandense), a qual tem o título de Capital Mundial da Ametista




Ametistas
Imagem do meu acervo particular



Fontes de Pesquisa

. BRANCO, Pércio de Moraes. A Evolução Geológica da Região de Torres. Raízes de Torres – Edições EST 1996 - Prefeitura Municipal de Torres. Disponível em PDF
 
. BRANCO, Pércio de Moraes. Geologia nas Praias de Torres (RS) Blog Percio M. Branco
 
. FARION, Sônia Rejane Lemos. Litoral do Rio Grande do Sul: Rio, Lago, Lagoa, Laguna. Ágora, Santa Cruz do Sul, v. 13, n. 1, p. 167-186, jan./jun. 2007. Disponível em PDF
 
. LEINZ, Viktor. Contribuição à Geologia dos Derrames Basálticos do Sul do Brasil. Geologia 5, Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo, 1949. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/bffcluspgeologia/article/view/121703/118596

. ROHDE, Geraldo Mário. A Origem Geológica das Formações de Torres – RS – Disponível em PDF

. Torres e os lindos paredões à beira mar – Blog ApureGuria