Imagem capturada na Internet
Fonte: Pixabay
Em tempo de Globalização
e de acesso mais fácil à Internet, todo
cuidado é pouco no que diz respeito à publicação
de imagens e/ou vídeos, comentários
indevidos e/ou comprometedores, injúrias, ofensas, entre
outros aspectos interligados a esses, assim como o compartilhamento de tais postagens, o que amplia a sua divulgação e
que, dependendo do seu teor, pode ocasionar maiores danos à pessoa retratada.
Vira e mexe, as mídias reportam casos em que uma pessoa foi
vítima de preconceito e/ou constrangimento em publicações, sobretudo, nas redes
sociais, onde o seu nome e/ou imagem se encontra associado a situações adversas,
pelas
quais a mesma se sente prejudicada, ofendida.
Há alguns anos houve um caso de uma professora de Ensino Superior que tirou foto de um homem no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de
Janeiro, postou no Facebook e fez comentários a respeito de seus trajes simples, “inadequados” para
aquele tipo de espaço e de seus usuários. Ela questionou – diante da imagem
deste - se estava na “rodoviária ou no aeroporto”.
Sob o mesmo tom de ironia e de preconceito, a postagem da
professora foi compartilhada por muitas pessoas, ao ponto do indivíduo (a
vítima) descobrir que sua imagem estava circulando nas redes sociais.
Imagem capturada na Internet
Fonte: Portal G1
Pois bem, o que ela não deveria esperar é que aquele homem,
sentado de bermuda e camiseta no aeroporto, que ela ironizou em sua postagem
(comentário) e sem a devida autorização de uso de imagem dele, era um advogado mineiro.
Até aonde eu soube, após tomar conhecimento dos fatos, ele
tomou as providências cabíveis quanto à publicação, não só à professora como,
também, às pessoas que compartilharam e comentaram.
Estou chamando a atenção acerca de publicações indevidas nas mídias
sociais, exatamente, para alertar sobre os riscos de postar comentários
ofensivos contra uma ou mais pessoas.
Dois casos merecem destaque aqui, ambos aconteceram
recentemente...
O primeiro caso, ocorrido no Rio de Janeiro, diz respeito ao compartilhamento
de um vídeo, produzido por duas jovens, que ironizaram um funcionário negro da
rede de lanchonetes Bob’s, localizado no bairro de Bonsucesso, no momento em
que este trabalhava, varrendo o chão do estabelecimento comercial.
Ambas, aos risos, pronunciaram frases preconceituosas,
discriminatórias a este:
“isso mesmo, limpa pra eu ver”, “lambe o chão”...
A repercussão do vídeo foi grande e viralizou. No entanto, a reação
dos internautas foi desfavorável às jovens, tendo em vista que a maioria se
revoltou com a atitude das mesmas, exigindo punições às autoras do vídeo.
Estas chegaram a justificar seus atos na referida rede social,
mas não convenceram. E, depois, o que é postado e visualizado na Internet,
dificilmente, se esquece.
O funcionário da lanchonete e vítima das humilhações prestou queixa na 54ª DP, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
O funcionário da lanchonete e vítima das humilhações prestou queixa na 54ª DP, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Boatos acerca deste, também, correram nas mídias, como a sua demissão
pela própria rede Bob’s , fato que foi desmentido, posteriormente, pela empresa,
assim como que a UNISUAM, Universidade localizada no mesmo bairro, teria dado
uma bolsa de estudo de 100% para que o mesmo cursasse uma faculdade.
O site Boatos.org desmente
essa notícia, alegando que não há nada oficial que comprove a veracidade da
mesma.
O segundo caso ocorreu em outro país e sua repercussão foi muito além de uma simples queixa, chegando à esfera de crime cibernético, contrariando o que é permitido na legislação de um determinado país do Oriente Médio.
De acordo com Portal do G1, publicado no início deste mês, uma mulher britânica corre o risco de ser condenada a até dois anos de prisão e de pagar multa, em razão de ter feito dois comentários ofensivos em uma publicação de seu ex-marido, com fotos de seu novo casamento, no Facebook, no ano de 2016.
A família morou nos Emirados Árabes Unidos por oito meses, mas ao se divorciarem, após 18 anos de casamento, ela e sua filha voltaram para o Reino Unido, enquanto o ex-marido permaneceu no país, vindo a se casar posteriormente.
No dia 10 de março deste ano, ela - Laleh Shahravesh (55 anos) - foi para os Emirados Árabes, com a sua filha de 14 anos, justamente, para participar do funeral dele, que havia falecido após um ataque cardíaco.
O segundo caso ocorreu em outro país e sua repercussão foi muito além de uma simples queixa, chegando à esfera de crime cibernético, contrariando o que é permitido na legislação de um determinado país do Oriente Médio.
De acordo com Portal do G1, publicado no início deste mês, uma mulher britânica corre o risco de ser condenada a até dois anos de prisão e de pagar multa, em razão de ter feito dois comentários ofensivos em uma publicação de seu ex-marido, com fotos de seu novo casamento, no Facebook, no ano de 2016.
A família morou nos Emirados Árabes Unidos por oito meses, mas ao se divorciarem, após 18 anos de casamento, ela e sua filha voltaram para o Reino Unido, enquanto o ex-marido permaneceu no país, vindo a se casar posteriormente.
No dia 10 de março deste ano, ela - Laleh Shahravesh (55 anos) - foi para os Emirados Árabes, com a sua filha de 14 anos, justamente, para participar do funeral dele, que havia falecido após um ataque cardíaco.
Imagem capturada na Internet
Fonte: BBC
No entanto, na hora de voltar para o Reino Unido, só sua
filha embarcou, pois ela ficou detida no aeroporto de Dubai
devido a existência de um processo na Justiça, que havia sido aberto pela
esposa de seu ex-marido.
Apesar de ter sido liberada, após o pagamento de fiança, o seu
passaporte foi confiscado e ela passou a residir em um hotel, no qual aguardava o
desfecho dos trâmites processuais.
Em 2016, ao ver as fotos do casamento do seu ex-marido no
Facebook, Laleh postou os seguintes comentários:
“Espero que você morra, seu idiota. Maldito seja.
Você me trocou por
este cavalo".
Chegaram a solicitar, a seu favor, a retirada da acusação à
autora da denúncia, mas a nova esposa do seu ex-marido (já falecido), não
concordou, fazendo cumprir a política de austeridade dos crimes cibernéticos do
país, cujas leis preveem, no caso de declarações difamatórias nas redes sociais,
a prisão e o estabelecimento de multa.
Posteriormente, Laleh Shahravesh foi liberada, seu passaporte foi devolvido e ela pagou uma multa simbólica. Só assim, ela pode retornar ao Reino Unido.
Por isso, todo cuidado é pouco na hora de comentar ou postar fotos e/ou vídeos nas mídias sociais!
Posteriormente, Laleh Shahravesh foi liberada, seu passaporte foi devolvido e ela pagou uma multa simbólica. Só assim, ela pode retornar ao Reino Unido.
Por isso, todo cuidado é pouco na hora de comentar ou postar fotos e/ou vídeos nas mídias sociais!
Muito obrigado!
ResponderExcluirEssas informações foram muito úteis.
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