domingo, 17 de fevereiro de 2019

Fim do Horário de Verão 2018/2019


Foto do meu acervo particular
Pôr do Sol na Mureta da Urca (Janeiro de 2019)
 
 
Hoje, quando o relógio bater meia-noite (de sábado para domingo), os relógios deverão ser atrasados em uma hora nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, onde o Horário de Verão entrou em vigor desde o dia 04 de novembro de 2018. O relógio deverá ser ajustado para 23 horas, que corresponderá uma hora a mais no sábado.
 
Embora, muitos odeiem essa medida do Governo Federal (Ministério de Minas e Energia), como eu sempre mencionei neste espaço, eu adoro o Horário de Verão. O seu principal objetivo consiste em promover a economia de energia elétrica à partir do aproveitamento da luz natural (Sol) dos dias mais longos das estações de primavera e verão.
 

Atualmente, ele é adotado por cerca de 30 países, sendo - em alguns casos - em partes do território, tal como ocorre em nosso país.
 
Ainda não foi divulgado a análise por parte do Ministério de Minas e Energia quanto a eficácia dessa medida, mas especialistas do Setor Elétrico já apontavam que a redução no consumo de energia, nesse período, seria inexpressiva.
 
Segundo os mesmos e, como publiquei no ano passado, a redução no consumo de energia é pouco significativa e não se justifica mediante os impactos negativos sobre a população brasileira. Afinal, hoje me dia, não é mais a incidência da luz solar que está influenciando direta e/ou indiretamente os hábitos do consumidor e, sim, a temperatura.
 
Com isso, os horários de maior pico de energia também sofreram alterações, não sendo mais os mesmos. Hoje, a demanda por eletricidade está mais ligada ao aumento do uso de ar-condicionado em horários diferentes daqueles considerados, anteriormente, como de pico (entre as 17h e 20h).
 
Atualmente, os picos de maior consumo passaram a ser registrados, no final da manhã e início da tarde, justamente, quando o calor é mais intenso, assim como durante a madrugada (entre meia-noite e 7h), quando se verifica um aumento do consumo devido ao largo uso de aparelhos de ar condicionado na hora de dormir.
 
Não resta dúvida que há certa economia de energia entre 17h e 20h, no entanto, esta é expressamente menor se comparada ao aumento do consumo constatado tanto no diurno (manhã e tarde) quanto na madrugada devido ao uso do aparelho de ar condicionado.
 
A polêmica em torno de manter ou não essa medida (Horário de Verão) em vigor no país, anualmente, não foi resolvida no governo passado (Michel Temer). Eu não li nada a respeito dessa situação com o novo governo (Jair Bolsonaro), mas acredito essa discussão vai ser retomada e terá uma conclusão final.
 
Resta-nos aguardar até meia noite, ajustar os ponteiros do relógio, aproveitar uma hora a mais neste dia (sábado) e as propostas de mudanças no futuro quanto a isso. Mantê-lo ou não mantê-lo, eis a questão!

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Fevereiro 2019: Riscos de Temporais na Cidade do Rio de Janeiro

 
Imagem do meu acervo particular
Foto tirada do C.E. Prof.ª Sonia Regina Scudese,
em Brás de Pina, em 2016

Na 4ª feira passada (13/02) vivenciamos uma situação inusitada, sobretudo, na cidade do Rio de Janeiro. A maior parte da população residente na capital do estado evitou sair de casa.

No dia anterior (12/02), a Defesa Civil, o prefeito Marcelo Crivella e os Secretários de Educação da rede estadual e municipal orientaram a população a não sair de casa devido aos riscos de chuvas fortes, acompanhadas de ventos, previstas para o dia seguinte, na capital, devido à passagem de uma frente fria.

A Marinha também emitiu aviso de alerta acerca da ocorrência de ressaca no mar para o estado, desde às 10h de 4ª feira (13/02) até às 10h do dia seguinte (5ª feira), com ondas de até 2,5 metros.

O prefeito Marcelo Crivella foi além e pediu à população, também, que não colocasse o lixo na rua, além do fechamento de vias situadas em locais de riscos de deslizamentos de encostas, como a autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, o Alto da Boa Vista e a Avenida Niemeyer.

Esta última já se encontra interditada desde o temporal do dia 06/02 (4ª feira), quando parte da ciclovia – recentemente reformada - caiu em decorrência de deslizamento de terra, pedras e árvores.

Ou seja, a nossa cidade ainda não está totalmente recuperada deste último temporal, que causou a morte de 7 pessoas e a queda de cerca de 200 árvores, pois muitos entulhos ainda se encontram espalhados pelas ruas, assim como a Av. Niemeyer se encontra fechada.

As equipes da COMLURB e da CET-RIO foram deslocadas e posicionadas para pontos estratégicos da cidade, considerados de alta vulnerabilidade.

As aulas foram suspensas nas escolas públicas, assim como em grande parte da rede privada. Muitas pessoas não saíram de casa, o tráfego pela cidade estava bom devido a divulgação dessas medidas preventivas, jamais vistas - pelo menos por mim - com esta magnitude e... o temporal não chegou.

Como a previsão do tempo trabalha com probabilidades. segundo os próprios meteorologistas, nunca há 100% de acerto. Podendo errar por vários motivos, pois as condições meteorológicas são bastante complexas e dinâmicas. Falhas e lacunas nas observações podem resultar em uma análise menos precisa.

Devido a essa situação caótica da cidade e para os demais municípios do estado, mediante aos riscos de um forte temporal, aproveitei o tema para a minha primeira aula do Ano Letivo de 2019, junto com os alunos do Ensino Médio, falando da importância da Geografia no nosso dia a dia.

Ressaltei que, embora a mesma trabalhe com esses e outros aspectos da Natureza (clima, relevo, vegetação e hidrografia), o seu foco principal é sempre orientado para o homem, para a sociedade e que, por isso e outros fatores, ela não é uma Ciência Natural (como muitos alunos confundem). Ela é uma Ciência Humana

Daí a importância de trabalharmos as características dos elementos da natureza, bem como a sua rede sistêmica, no intuito de conhecermos a dinâmica ambiental local para evitarmos e/ou amenizarmos certas situações concretas, impactantes, no cotidiano da população.

É claro que, muitas das vezes, somos pegos de surpresa e/ou provocamos um efeito negativo devido as nossas ações irresponsáveis na natureza, mas a par das características ambientais dos lugares, das regiões e outras dimensões do espaço geográfico, podemos evitar muitos transtornos ou problemas advindos destes. 

Alguns países têm riscos de terremotos, vulcanismos, nevascas, passagem de tornados, de furacões... Outros, de fortes chuvas e temporais. Em todas essas situações, bem como em outras, a Geografia poderá elucidar a dinâmica ambiental a partir de seus estudos, contribuindo de forma ímpar na vida dos cidadãos e da gestão governamental.
 

Constatação
A Geografia é vivenciada no nosso dia a dia
 Imagem do meu acervo particular
Foto tirada do C.E. Prof.ª Sonia Regina Scudese,
em Brás de Pina, em 2016

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

06 de Fevereiro: Dia Internacional da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina

Imagem capturada na Internet
Fonte: Petiscos
 
"A cultura, os costumes, a religião, a tradição ou a chamada ‘honra’
não justificam nenhum ato de violência contra as mulheres"
Vilija Blinkevičiūtė
(Presidente da Comissão dos Direitos da Mulher e da
Igualdade de Gênero, do Parlamento Europeu)
 
Ontem, para assinalar uma importante e permanente campanha contra a violação dos direitos humanos, baseada no gênero (feminino), a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o dia 06 de fevereiro como Dia Internacional da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina.
 
De acordo com a ONU, estima-se que cerca de 200 milhões de mulheres, adolescentes e crianças foram vítimas desse ato desumano e de violência extrema, que é a Mutilação Genital Feminina (MGF). Sem falar das que ainda correm riscos de entrarem nas estatísticas, com essa prática, sobretudo, em cerca de 30 países da África e do Oriente Médio.
 
Tal prática ocorre também em alguns países asiáticos e latino-americanos, assim como na Austrália, Nova Zelândia, na América do Norte e, principalmente, na Europa, cujos registros têm aumentado no meio dos imigrantes e já consiste em uma grave preocupação dos governos de diversos países.
 
 
 Considerada uma das violações mais graves dos direitos humanos, a mutilação genital feminina (MGF) é realizada, na maioria das vezes, em locais com péssimas condições de higiene e por mulheres da comunidade (as chamadas “talhadoras”), cujos procedimentos são utilizados materiais não esterilizados, como facas, lâminas, giletes ou, até mesmo, cacos de vidro.
 
Sua prática quatro tipos de mutilação, a saber:
 
1. Clitoridectomia: Consiste na remoção parcial ou total do clitóris e da pele no entorno.
 
2. Excisão: Incide na remoção parcial ou total do clitóris e dos pequenos lábios.
 
3. Infibulação: É considerado um dos procedimentos de maior gravidade, o qual consiste em fechar os lábios vaginais por meio de costura ou com a introdução de anel ou colchete, mantendo uma pequena abertura, capaz de permitir passar o fluído da urina e da menstruação.
 
Extremamente dolorosa, essa prática é utilizada na intenção de impedir relações sexuais, no caso de possíveis traições ou por qualquer outro motivo cultural. Ela pode gerar, também, o risco de uma infecção a partir do fechamento da vagina e da uretra, mantendo essa pequena abertura.
 
Outra complicação diz respeito ao fato da abertura ser muito apertada, sendo necessário abri-la por ocasião do ato sexual ou do parto.
 
4. Engloba todos os outros tipos de mutilação: perfuração, incisão, raspagem e cauterização do clitóris ou da área genital.
 
Seja qual for o tipo de mutilação, as lesões físicas e psicológicas são graves e permanentes, para o resto da vida. Em muitos casos, tendo em vista que não há acompanhamento e nem assistência médica, a vítima pode ter sangramento intermitente, chegando a óbito.
 
“Para se ter ideia do quanto a prática está enraizada nas culturas, basta lembrar do presidente queniano Jomo Kenyatta (1889 – 1978) que nos anos 60 declarou que a “abolição da mutilação destruiria o sistema tribal”. E desde tal declaração (que está mais para aberração) muitos tratados foram assinados contra a mutilação. Mas, se na teoria a vida das meninas mudaria dali pra frente, o mesmo não acontece na prática. O pensamento de manter a tradição tribal é levado adiante. E por isso é importante o mundo todo exigir que esses direitos sejam cumpridos, que meninas não tenham mais que viver com o terror e que possam ter uma vida íntegra.” (Petiscos)
 
Se quiser ler mais a respeito, clique AQUI!
 
 
Fontes de Pesquisa