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No primeiro dia do novo ano, eu postei a mensagem abaixo, mas desconhecia que era de autoria do grande poeta e escritor Carlos Drummond de Andrade. Por isso, neste momento, estou retificando a autoria da mesma.
"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez,
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui pra diante vai ser diferente".
Carlos Drummond de Andrade
Interessante é a identificação da situação que nos remete à véspera do primeiro dia do novo ano.
Eu mesma, sob a expectativa de melhores dias, fiz promessas e discursos sobre a premência da renovação e o estado de mudanças em curso. Talvez seja a força da crença que nos faz ser perseverante e confiante.
No entanto, enquanto muitas das vezes nos posicionamos em um mundo isolado, criado e imaginável de acordo com o que acreditamos ser capazes e de fazer, a realidade atual se mostra dura e violenta, reforçando a ideia que a relação entre o real e o sonho está longe de ser compatível.
Iniciamos o ano na expectativa de grandes mudanças mundiais com a eleição do 44º Presidente dos Estados Unidos e o primeiro chefe de Estado negro.
A expectativa incide não pelo novo mandato presidencial, em si, mas pelo perfil do presidente eleito, que reflete mudanças e os atuais anseios da população estadunidense.
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Por outro lado, a violência e a intolerância expressas nos conflitos na Faixa de Gaza, noticiada e retratada, diariamente, na mídia televisiva permitiram visualizar e sentir o quanto sonhos são desfeitos, nesta relação Realidade x Utopia.
A crescente rivalidade entre membros do Hamas (Palestina) e o governo de Israel transforma e motiva gerações e gerações a relações desumanas e brutalizadas.
Após três semanas de conflitos, de Israel decretar o cessar-fogo unilateral, no sábado (17 de janeiro) e, no dia seguinte (domingo), o Hamas anunciar, também, um cessar-fogo por sete dias na região do conflito, com a retirada total do exército israelense, que culminou nesta quarta feira, os resultados deste conflito são devastadores.
Segundo o site Tvi Informação os resultados do último confronto foram:
Óbitos: 1.300, sendo 410 crianças;
Feridos: superior aos 5.300;
Destruição material: muitas, mas em termos de casas foram cerca de 25 mil casas.
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Se ainda restarem fragmentos de sonhos e de fé nas pessoas... se a moderação nas relações entre a Palestina e Israel se mantiverem, podemos até voltar a ter “vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente”.
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