Infelizmente, devo confessar que ainda não me sinto tranqüila e confiante na nossa Seleção Brasileira, mesmo com os resultados positivos nestes dois primeiros jogos, com a Coréia do Norte e com a Costa do Marfim. Mas, também, em nenhum momento levanto a voz para ironizar ou praguejar contra os jogadores ou ao técnico Dunga. Pelo contrário torço e até elevo os pensamentos a Deus para dar aquela forcinha espiritual...
Mas, a razão desta postagem tem a ver com outra comemoração, longe dos campos de futebol e, muito menos da África do Sul, sede da Copa 2010.
Estou falando da posição do nosso estado, o Rio de Janeiro, no ranking dos países que apresentaram redução no número de mortes no trânsito.
O Rio de Janeiro registrou o maior percentual de queda. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, divulgado na semana passada, a redução registrada em nosso estado foi de 32% no número de óbitos por acidentes de trânsito. O período avaliado foi de 12 meses após a entrada em vigor da Lei com os 12 meses anteriores a esta.
A Lei Federal n.º 11.705/2008, mais conhecida como "Lei Seca", completou 2 anos de vigência neste último domingo (20/06) e a notícia não só vem corroborar a sua eficácia no combate à imprudência e irresponsabilidade de quem associa bebida e o ato de dirigir, como ela traduz que os fluminenses (nascidos no estado), em geral, aprovaram e seguem a legislação vigente, como também, que a fiscalização tem sido eficiente.
Tudo é uma questão de conscientização coletiva, de vigilância e de fiscalização constante. O processo é lento, mas os resultados já mostram que as mudanças de hábitos e de respeito à coletividade vêm dando sinais de ampla adesão.
É evidente que os números ainda são altos, não resta dúvida! Há muitos motoristas que ainda não se conscientizaram quanto aos riscos da vinculação do álcool ao volante, ou seja, ao dirigir.
Esta redução representa, de acordo com o Ministério da Saúde, como se 694 vidas tivessem sido poupadas.
No ranking das Unidades Federativas que reduziram o número de mortes no trânsito, seguem após o estado do Rio de Janeiro (-32%); Espírito Santo (-18,6%); Alagoas (-15,8%); o Distrito Federal (-15,1%); Santa Catarina (-11,2%); Acre (-8,8%); Tocantins (-7,1%); Bahia (-6,1%); São Paulo (-6,5%); Rio Grande do Sul (-6,4%) e Paraná (-5,9%).
Se por um lado, os resultados da Lei Seca são motivos de comemorações. Uma outra atividade, também considerada um crime na legislação (Lei Federal nº 9605/98), ainda é muito praticada em nosso estado e, em especial, no município do Rio. É a atividade de soltar balões.
Sob o ritmo de Copa do Mundo e os festejos das festas juninas, as atividades dos baloeiros aumentam consideravelmente (confecção, soltura e acompanhamento por terra). Associado a isso, as condições climáticas nesta época do ano (passagem do outono para o inverno) favorecem à propagação de incêndios no caso do balão cair ainda com a bucha acesa, pois o ar é mais seco.
Embora, para muitos, os balões coloridos no céu possam parecer algo inofensivo e, inclusive, bonitos de se admirar, estes representam um verdadeiro arsenal a deriva, sem rumo, sob a influência dos ventos e, sobretudo, riscos eminentes de incêndios.
Não importa onde eles caiam, os riscos são elevados e as consequências em termos de perdas humanas, de outros animais, cobertura vegetal ou materiais são imprevisíveis. Estes podem cair em áreas construídas, densamente povoadas, bem como em áreas desabitadas, mas com uma riqueza de flora e fauna. E é justamente por isso, que fabricar, transportar e soltar balões é considerado um crime ambiental.
Infelizmente, a prática dos baloeiros só pode ser extinta a partir da conscientização geral quanto aos riscos de incêndios e de perdas materiais e de vidas ou, por via da ação de terceiros, através de denúncias.
De sábado para domingo, ontem, mais um registro dos danos ambientais causados pela queda de um balão ocorreu no município do Rio. Foi no Morro dos Cabritos, na Zona Sul do Rio, na Lagoa. O fogo se alastrou rapidamente e tomou uma proporção de assustar qualquer um. Este destruiu parte da vegetação da Área de Preservação Ambiental, localizada neste.
A vinculação do incêndio a queda de um balão foi cogitada inicialmente, depois descartada e, em seguida, confirmada.
Ainda bem que era uma área desabitada, pois o número de vítimas humanas poderia se tornar uma catástrofe, ainda mais em nosso município, onde muitas encostas são intensamente ocupadas e de forma desordenada. Mas, sem dúvida as perdas em termos de cobertura vegetal e fauna também são lamentáveis.
Assistam o vídeo abaixo (Globo News) sobre o referido incêndio. Alguns até fizeram uma analogia a um vulcão em atividade:
Nenhum comentário:
Postar um comentário