Ontem, três alunos de uma das minhas turmas da E.M. Dilermando Cruz (prefiro não citar os nomes) ficaram de apresentar um trabalho para a turma deles acerca das atitudes nocivas e sadias que ocorrem nas unidades escolares. Isso sob uma perspectiva de tratar a questão de bullying, sobre a qual os três estiveram envolvidos, inclusive, com ocorrência de agressão física.
Pois bem, só um deles trouxe o trabalho e o apresentou para a turma, embora o mesmo estivesse algumas falhas quanto ao conteúdo abordado. Em virtude disso, avisei que amanhã, transferi a apresentação dos trabalhos para amanhã.
Como já postei neste espaço e é bastante discutida nas mídias, a escola por ser um espaço social e pluricultural acaba sendo o ambiente de maior ocorrência de Bullying.
“O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder”. (ABRAPIA).
Recentemente, eu comentei com a turma sobre um vídeo que assisti na Internet e, logo, este ganhou destaque nas mídias, sendo assistido por milhares internautas e, inclusive, transformando o ato violento de defesa em um ato heroico.
Comentei com as turmas, que a cena era muito violenta e eu não iria disponibilizar o vídeo no Blog, pois os seus efeitos poderiam ser direcionado para outras atitudes similares.
Pois bem, diante das práticas recentes de Bullying na escola e da notoriedade que o referido vídeo adquiriu, sendo um dos mais visitados e comentados, achei melhor tocar no assunto de novamente, mas sob o contexto da violência praticada.
Eu compreendo as razões da vítima, até porque - como adolescente – eu também fui vítima de Bullying no ambiente escolar e na minha vida social. Indiscutivelmente, as consequências desta prática são terríveis e, muitas das vezes, são irreversíveis. Algumas pessoas chegam a entrar em depressão, evadir-se das escolas e, chegar ao extremo, de se suicidar.
São atitudes verbais e físicas agressivas que marca a vida do ser humana, sobretudo, na faixa infanto-juvenil.
O vídeo ao qual me refiro é o da cena que envolve dois alunos em uma escola na Austrália. A vítima, Casey Heynes, é um adolescente de 15 anos, que sempre fora provocado por outros alunos devido ao fato de ser gordo.
Cansado de sofrer Bullying por vários anos e no dia da gravação, Casey Heynes reagiu e dominou o seu agressor, levantando-o e jogando-o no chão. A cena é muito forte e a impressão que nos dá é que o agressor, Richard Gale (13 anos), levantado e jogado ao chão, quebrou o pé, mas as reportagens acerca do episódio afirmam que só houve arranhões no joelho.
Richard Gale, em entrevista, contradiz a fala de Casey, alegando que ele foi provocado primeiro.
Tratado como herói por milhares de pessoas, sendo um percentual elevado de vítimas de Bullying, a violência acabou sendo banalizada por ser um desejo oculto da maioria que sofre agressões dos chamados ‘bullys”.
O golpe de defesa dado por Casey Heynes em seu agressor lhe rendeu um apelido, "Zangief Kid" (em apologia ao golpe do personagem Zangief, no game 'Street Fighter').
Como educadora e mãe não considero a violência como a melhor resposta às práticas de Bullying. Violência gera mais violência...
Mas, também, não vou ser ingênua suficiente para ignorar que – em muitos casos – as atitudes extremas de certos agressores marcam a vida de suas vítimas, podendo influenciar atos desesperados que levem ao suicídio.
Eu mesma já ouvi relatos de três alunos, em épocas distintas, que quase tomaram esta atitude, encerrando o sofrimento por qual passavam em razão das provocações e humilhações sofridas no ambiente escolar.
A escola precisa, urgentemente, tomar certas providências a fim de minimizar ou acabar de vez com este problema social, de relações humanas.
Assistindo a entrevista de Casey Heynes, publicada na mídia, dá para perceber que a autoestima do rapaz melhorou depois de sua reação e, também, do apoio recebido em escala mundial, mas uma coisa também ficou bastante clara - na minha opinião - durante a realização da mesma: o desconhecimento dos fatos por parte de seu pai.
Pelo conteúdo apresentado e as falas dos familiares, deu para entender que entre Casey Heynes e seu pai nunca houve um diálogo a respeito do Bullying sofrido pelo primeiro. A irmã mais velha do adolescente é que tinha conhecimento e o apoiava, dando-lhe força.
É preciso, também, que os responsáveis tenham um nível bom de entrosamento com os filhos, capaz de assegurar à confiabilidade de ambas as partes, o diálogo e, sobretudo, a liberdade de confidenciar aos mesmos se estiverem sendo vítimas de algum ato violento ou de ameaças.
Eu, ainda, acredito em soluções alternativas, que passem pela Educação, pela trabalho e valorização de valores humanos, éticos e morais, bem como no cumprimento de regras e de advertências no âmbito escolar.
Sou contra a violência, pois como a maior parte das pesquisas realizadas concluíram, em geral, as vítimas de Bullying se tornam, no futuro, agressores ativos.
Assistam a entrevista e conheçam um pouco mais o adolescente Casey Heynes, AQUI!
Ana Carla - 1903
ResponderExcluirOi professora.Bom,eu acho a prática de bullying terrível e desnecessária. Ninguém é perfeito,e pessoas que praticam bullying tanto verbalmente quanto fisicamente, não se tornam melhores que ninguém fazendo isso,pelo contrário, se tornam piores. Eu não acho que o Richard,tenha sido provocado primeiro,até porque,ele está dando socos no Casey,e ele não faz nada até decidir agir e jogar o Richard no chão. Imagine o que o Casey passou todos esses anos, é muito ruim passar por isso,mesmo quem não sofre bullying pode ter uma idéia do que é ser vítima desse ato. Essa é minha opinião, beijos :)
Ana Carla,
ResponderExcluirRealmente, mesmo quem nunca tenha sofrido bullying, pode imaginar o que o adolescente passou estes anos todos, mas uma coisa é certa (tal como cito no post e comentei na sala de aula, hoje e em outros dias), a violência não é a solução!
Obrigada por seu comentário, beijos!!
Matheus Santos - 1010 - Prof. Sônia Regina Scudese
ResponderExcluirÉ lamentável saber que "Bullying" é um ato fortemente voltado a violência,discriminação,etc..
e que é posto em prática em diversos países.
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Fui muito mal na prova que a senhora aplicou na terça feira..
Vou me esforçar ao máximo para obter uma grande melhora..
Beijos e fique com deus.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAndré Lucas , 1903 '
ResponderExcluirEssa Postagem que a senhora fez me chamou muita atenção porque como as pessoas não valem nada , agride pessoas com menos potençial timido fracos ,amei sua aula de hoje falando sobre os Bullying essa sociedade cada vez mais está ficando terrivel estou muito triste com o pais porque inves do nosso pais crescer ele está diminuindo,por isso fico preucupado com as pessoas que sofrem bullying.
Eu nao sobro esses atos malignos mais quem deve sofre deve ser pertubador!