Carregamento de carros para exportação atingido pela tsunami em Hitachinaka
Imagem capturada na Internet (Fonte: Autonews Notícias - Foto: AFP)
O processo de transformações econômicas, políticas, sociais e, também, culturais que se verifica no mundo todo é denominado de Globalização e, como muitos sabem, os seus efeitos podem ser tanto positivos quanto negativos.
Sob o aspecto negativo estamos presenciando, mais uma vez, o efeito dominó que é desencadeado após um país ser afetado, economicamente, por algum problema, o qual vai intervir direto e/ou indiretamente nos demais países inter-relacionados e integrados na rede de mercados comerciais e, sobretudo, de atuação de multinacionais (filiais de empresas estrangeiras).
O fato o qual me refiro não se trata de uma crise, mas de um desastre natural, capaz de gerar uma grande instabilidade econômica e financeira (sem falar das perdas humanas). Estou falando do terremoto seguido por tsunami que ocorreu no Japão, em março deste ano.
Em 2001, presenciamos os efeitos imediatos do ataque terrorista nos EUA, nos sistemas eco-nômico e financeiro em território estadunidense e em diversos países espalhados no mundo todo.
Na época, a Bolsa de Nova Iorque (EUA) ficou interrompida por quatro dias e, imediatamente, o impacto do ataque terrorista e a insegurança se alastrou no mundo, fazendo com que muitos investidores vendessem suas ações, sobretudo, as de companhias aéreas e seguradoras. Sob o mesmo efeito seguiram as bolsas de valores de Tóquio, Paris, Londres e Frankfurt, consideradas as mais importantes do mundo, assim como a de São Paulo e de outros países da América Latina, como a do México, Venezuela, Chile e Argentina.
Sem falar dos riscos e das ocorrências de falências de empresas, da implantação de planos de redução de custos, sobretudo, na indústria aeronáutica mundial, como em outros ramos inter-relacionados, os quais geraram - consequentemente - o desemprego.
São os efeitos em cascata na chamada Aldeia Global.
Pois bem, em razão do forte terremoto (8,9 na escala Richter) que ocorreu no Japão, no dia 11 de março, as grandes montadoras japonesas Toyota, Honda e Nissan foram obrigadas a suspender as atividades nas fábricas do país. Até porque todas elas sofreram diretamente os efeitos dos sismos, com registro de uma morte e de 30 feridos na Honda e de incêndios em duas unidades da Nissan.
Em consequência das interrupções em território japonês, além dos prejuízos locais, na produção de peças e, sobretudo, em termos de exportação, principalmente, para os Estados Unidos, a Toyota anunciou a parada temporária de sua produção no Brasil e na Argentina.
A produção do carro Corolla, em Indaiatuba (SP), foi suspensa no dia 25 de março e a previsão é que seja novamente interrompida nos próximos dias 06 e 20 de maio.
Está também prevista que a produção argentina da picape Hilux e do utilitário esportivo SW4, em Zárate, será paralisada nos dias 13, 20 e 27 de maio.
A Toyota, por sua vez, garantiu que as suspensões não causarão desemprego em suas fábricas em ambos os países. Assim esperamos...
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