Imagem capturada na Internet (Fonte: DEScomplicando)
Texto atualizado em 16/11/2012, às 8h48
Hoje é feriado nacional em razão da data da Proclamação da
República. Antes desta data, a forma de governo no Brasil foi a Monarquia sob a
regência de D. Pedro I (período de 1822 a 1831) e D. Pedro II (de 1840 a 1889).
Contudo, no dia 15 de novembro de 1889, sob uma conjuntura de golpe militar, o
Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República no Rio de Janeiro, na época,
capital do Império (1763 a 1960).
O imperador D. Pedro II estava em Petrópolis, quando os
militares invadiram a sede do governo monárquico (o Quartel-General do Exército,
hoje, Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, no Rio de
Janeiro) e instituíram a República.
Segundo os registros da história do Brasil, o Marechal Deodoro
da Fonseca se encontrava em casa e doente, sofrendo ataque de dispneia (falta
de ar/dificuldades para respirar), quando foi chamado para comandar o golpe
militar. Ele não era contra a Monarquia, pelo contrário, ele a considerava a
melhor forma de governo para o Brasil e tinha amizade com o imperador, segundo
fontes bibliográficas.
“Eu
queria acompanhar o caixão do imperador, que está idoso e a quem respeito
muito. Mas o velho já não regula bem. Portanto, já que não há outro remédio,
leve a breca à Monarquia. Nada mais temos a esperar dela. Que venha, pois, a
República.”
Seu apoio aos republicanos teve a influência de alguns
republicanos convictos, sobretudo, a de Benjamin Constant, estadista, militar e
professor, que desde o início do mês de novembro já conspirava para a derrubada
da Monarquia.
O golpe militar estava previsto para ser realizado no dia 20
de novembro, mas acabou sendo antecipado em consequência de diversos boatos que
se espalharam pela cidade, acerca da prisão do Marechal Deodoro da Fonseca e de
Benjamin Constant e outros feitos, como por exemplo, a extinção do próprio
Exército e sua substituição pela Guarda Nacional.
Não houve violência, derramamento de sangue e nem
resistência durante a tomada de poder e a Proclamação da República.
D. Pedro II que estava em Petrópolis soube dos
acontecimentos através do major Sólon Ribeiro, que foi até à cidade serrana
para comunicar a Proclamação da República e, consequentemente, o fim da
Monarquia no Brasil. Temerosos pela ocorrência de manifestações em prol da
Monarquia, D. Pedro II e sua família foram obrigados a partir para Portugal no
dia 17 de novembro.
Em sua carta de despedida ao povo brasileiro, data de 16 de
novembro de 1889, D. Pedro II disse:
"À vista da representação escrita que me foi entregue
hoje, às três horas da tarde, resolvo, cedendo ao império das circunstâncias,
partir, com toda a minha família, para a Europa, deixando esta Pátria de nós
tão estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de
entranhado amor e dedicação, durante quase meio século que desempenhei o cargo
de chefe de Estado. Ausentando-me, pois, com todas as pessoas de minha família,
conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo os mais ardentes votos
por sua grandeza e prosperidade."
Na verdade, o povo desconhecia os fatos reais, não tendo
participação direta e/ou indireta com o evento político da derrubada da
Monarquia e a implantação da República.
Com a proclamação da República, o governo provisório
estabelecido sancionou o primeiro Decreto, redigido por Rui Barbosa, no qual
constituía a forma de governo em República Federativa, tendo as antigas
províncias junto com a federação, a denominação de República dos Estados Unidos
do Brasil (1891-1969). Atualmente, lê-se República Federativa do Brasil (desde 1969).
Para saber sobre o processo político da Proclamação da República, leia AQUI!
Fontes de Consulta:
. Bonde
. DUARTE, Marcelo. O Guia dos Curiosos. Panda Books, São Paulo, 2011, 584 pp.
. Império do Brasil
. Material didático particular
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