Imagem capturada na Internet (Fonte: Coruja Profª.)
Hoje comemoramos o Dia
do Trabalho ou do Trabalhador. No Brasil, assim como em muitos países é
feriado nacional. No entanto, em outros a data é comemorada em dias diferentes,
como, por exemplo, nos EUA e no Canadá, cujo feriado (em inglês, Labor Day) cai na primeira 2ª feira do
mês de setembro.
Na Austrália, o
feriado tem mais um caráter estadual, pois é definido de acordo com cada estado
ou região do país, como ocorre no estado da Victória e na Tasmânia (na 2ª segunda feira de março) ou em Queensland (na 1ª
segunda-feira do mês de maio) ou de Nova Gales do Sul e no Território da Capital (na 1ª
segunda-feira do mês de outubro), só para citar alguns casos.
E o mais interessante é que na Austrália, segundo a
Wikipedia, quando o feriado cai no fim de semana, o feriado passa a ser
comemorado no dia útil mais próximo. Isso é que é dar o direito ao trabalhador
de comemorar o seu dia de forma literalmente.
No entanto, a preocupação maior não condiz a este mero
detalhe de diferenciação de datas comemorativas ou do cumprimento do feriado em
um dia útil, mas - sim - e com toda a razão, com o aumento das taxas de
desemprego. Taxas estas que afetam não
só os países subdesenvolvidos, mas também os países desenvolvidos, sobretudo,
os EUA e os países da Zona do Euro, isto é, os 17 dos 27 países da União
Europeia que adotaram o Euro como moeda oficial.
Segundo dados mais recentes, só na Espanha há mais de seis
milhões de desempregados, sendo que destes, quase dois milhões já se encontram
sem emprego há mais de dois anos. Situação desanimadora e frustrante para
muitos, mesmo com os €400 do rendimento mínimo de inserção, que muitos recebem.
As estatísticas publicadas pelo Eurostat afirmam que, até o
final do mês de fevereiro deste ano, na Europa havia cerca de 26,3 milhões de
europeus desempregados, dos quais 19 milhões eram da Zona do Euro.
Mas, para Le Soir
(diário belga), este número não condiz com a realidade europeia, pois na
verdade são 45,4 milhões de europeus afetados pela falta de emprego, ou seja,
19% da população economicamente ativa. Quase o dobro da taxa de desemprego
oficial.
Atualmente, o fator do desemprego na Europa é, predominantemente,
conjuntural, em consequência da crise que abateu os EUA em 2008 e, sob o efeito
dominó da Globalização, acabou afetando vários países do mundo e, em especial,
os 17 países da Zona do Euro.
Além deste fator conjuntural (crise econômica), os países
desenvolvidos sofrem os efeitos das inovações tecnológicas que levam à
automatização ou robotização das empresas, gerando o chamado desemprego tecnológico
pelo fato de substituir a mão de obra humana por máquinas.
Este tipo de desemprego (fator tecnológico) tem um caráter
definitivo, ou seja, não há como reverter a situação mediante o desenvolvimento
tecnológico. Enquanto que o desemprego face uma crise econômica, por ser
temporária, a situação pode melhorar com as novas oportunidades de emprego e as
taxas de desemprego diminuírem.
A transferência de empresas multinacionais dos países desenvolvidos
para os subdesenvolvidos também contribuíram e ainda contribuem para o aumento
das taxas de desemprego nos países ricos.
Seja país desenvolvido seja país subdesenvolvido, a preocupação maior - neste feriado do Dia do Trabalho - recai sobre o aumento das taxas de desemprego, que tendem a ampliar ou não de acordo com as medidas dos governos locais para minimizar os efeitos do desemprego.
Fontes de Consulta
Atualmente, cabe-nos um questionamento: neste dia 1º de maio, nós trabalhadores temos motivos para COMEMORAR ou para REIVINDICAR ? A retribuição salarial que recebemos pelo nosso trabalho é justa e nos dá as condições básicas de sobrevivências, dispostas, inclusive, na Constituição Federal ? Temos um tratamento digno, que nos valoriza como pessoas e não como meros recursos por parte de nossos empregadores ?
ResponderExcluirhttp://vozesdoverbo.blogspot.com.br/2012/04/vamos-comemorar-o-feriado-do-dia-do.html