Imagem capturada na Internet (Fonte: Blog Amnésia)
Nada como retornar às atividades
do Blog com um tema atual e, ao mesmo tempo, polêmico e pouco compreensível a
muitos alunos: o conflito entre Israel e a
Palestina, isto é, entre os judeus e árabes (“palestinos”) na Faixa
de Gaza.
Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que a minha intenção, aqui, não deve ser interpretada - de forma alguma – que eu queira defender uma ou outra parte envolvida, isto é, os judeus, os árabes palestinos ou o próprio Hamas. Não! De jeito nenhum!
Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que a minha intenção, aqui, não deve ser interpretada - de forma alguma – que eu queira defender uma ou outra parte envolvida, isto é, os judeus, os árabes palestinos ou o próprio Hamas. Não! De jeito nenhum!
Pretendo sim, abordar a temática,
colocar os fatos como estes foram e estão sendo registrados, mas sem defesa de
causa. Desejo somente e, exclusivamente, torna-la mais compreensível ao
entendimento dos alunos quanto às razões que cada um faz uso como justificativa
de seus atos, bem como o estopim deste mais novo conflito.
Além disso, vale a pena ressaltar
que, para efeito desta postagem, não desejo aprofundar-me em termos do processo
histórico quanto a origem dos conflitos Israel x Palestina. Para tal, reservarei uma
postagem, a ser publicada futuramente, assim como indicarei sites que ofereçam riquíssimo material
para análise.
Além disso, como este tópico é bastante abrangente, outros artigos deverão ser publicados sequencialmente sobre a mesma temática.
Os principais
meios de comunicação, nos últimos meses, registraram imagens de
crianças entre as diversas vítimas fatais do referido conflito, o quê despertou revolta e, também, a
curiosidade de alguns alunos, tanto do segundo segmento do Ensino Fundamental
quanto do Ensino Médio.
As atrocidades que um conflito ou
uma guerra traz, reflete o lado obscuro e de horror da desordem política,
econômica e/ou social de um ou mais territórios e/ou povos envolvidos, as
quais, infelizmente, atingem inúmeros civis, inocentes.
Imagem capturada na Internet (Fonte: PSTU)
É fato que há grandes danos
materiais, arrasando cidades, suas construções, escolas, hospitais, monumentos
históricos etc., mas nenhuma delas supera a dor e a comoção, nacional e/ou
mundial, quanto às inúmeras perdas humanas.
Embora, o embate entre os judeus
israelenses e os palestinos (árabes) seja antigo, a última onda de violência na
região teve início, no mês de junho deste ano, após ações extremistas praticadas por ambos
os lados.
Na verdade, o incidente inicial foi o estopim que deflagrou o barril de pólvora que traduz a verdadeira realidade da região em questão. O contra-ataque por parte de Israel já era esperado e foi subsequente.
Na verdade, o incidente inicial foi o estopim que deflagrou o barril de pólvora que traduz a verdadeira realidade da região em questão. O contra-ataque por parte de Israel já era esperado e foi subsequente.
Três jovens judeus, seminaristas, foram sequestrados e mortos, quando regressavam de uma escola
religiosa, na Cisjordânia, no início do mês de junho passado. Os jovens ficaram três semanas desaparecidos até que os corpos foram encontrados, com marcas de tiros. Na sequência da imagem abaixo, são eles, da esquerda para a direita: Naftali Fraenkel (16 anos), Gilad Shaar (16 anos) e Eyal Yifrach (19 anos).
Imagem capturada na Internet (Fonte: Blog Reinaldo Azevedo - Revista Veja)
Após a prisão do mandante do
crime, que confessou ter sido financiado pelo Hamas, fato contestado pelo Grupo, na época. Mas, o clima de tensão na região se agravou e piorou com os disparos vindo da Faixa de Gaza. O contra-ataque de Israel
foi imediato.
No dia seguinte, imbuídos por vingança, jovens judeus extremistas sequestraram e atearam fogo no palestino Mohammed Abu Khdeir, 16 anos, em Jerusalém Oriental, que foi queimado vivo, segundo a autópsia realizada, emergindo e acirrando mais ainda o clima hostil na região.
Há registro, ainda, que entre os 64 militares israelenses mortos, cinco foram vítimas do chamado "fogo amigo", isto é, foram atingidos pelos próprios amigos, colegas da tropa, seja por erro de cálculo ou por qualquer situação que causou certa confusão na avaliação do perigo.
. Curso Objetivo
. Jornal O GLOBO (impresso, várias edições)
. Material didático (particular)
. Portal G1 (várias reportagens)
. Reuters Brasil
. Wikipédia
. Veja na História
No dia seguinte, imbuídos por vingança, jovens judeus extremistas sequestraram e atearam fogo no palestino Mohammed Abu Khdeir, 16 anos, em Jerusalém Oriental, que foi queimado vivo, segundo a autópsia realizada, emergindo e acirrando mais ainda o clima hostil na região.
Imagem capturada na Internet (Fonte: Wikipédia)
E mesmo com o Hamas negando a autoria dos crimes, foi, sob essa conjuntura, que
os ataques e contra-ataques começaram e se sucederam, até hoje, na Faixa de Gaza, envolvendo o Hamas e os israelenses.
Recentemente, no último dia 20, uma autoridade do Hamas admitiu a participação de membros do grupo no assassinato dos três rapazes, seminaristas, judeus.
Só para ter uma ideia, de acordo com os últimos dados obtidos nas mídias, as ofensivas israelenses em represália aos ataques do Hamas, resultaram em 2.071 vítimas palestinas, sendo 541 crianças, 250 mulheres e 95 idosos. Quanto aos feridos na Faixa de Gaza o número reporta a 10.196 feridos. Do lado israelense, os números foram bem menores, somando 67 israelenses mortos (sendo 64 militares, dois civis e um estrangeiro) e cerca de 500 feridos.
Recentemente, no último dia 20, uma autoridade do Hamas admitiu a participação de membros do grupo no assassinato dos três rapazes, seminaristas, judeus.
Só para ter uma ideia, de acordo com os últimos dados obtidos nas mídias, as ofensivas israelenses em represália aos ataques do Hamas, resultaram em 2.071 vítimas palestinas, sendo 541 crianças, 250 mulheres e 95 idosos. Quanto aos feridos na Faixa de Gaza o número reporta a 10.196 feridos. Do lado israelense, os números foram bem menores, somando 67 israelenses mortos (sendo 64 militares, dois civis e um estrangeiro) e cerca de 500 feridos.
Há registro, ainda, que entre os 64 militares israelenses mortos, cinco foram vítimas do chamado "fogo amigo", isto é, foram atingidos pelos próprios amigos, colegas da tropa, seja por erro de cálculo ou por qualquer situação que causou certa confusão na avaliação do perigo.
Esses números díspares entre as
vítimas fatais e feridos decorrem da superioridade militar israelense em termos
de arsenal bélico, tanto terrestre quanto aéreo, inclusive, de destruição de
foguetes lançados pelo Hamas. Não esquecendo, é claro, que os EUA são os principais financiadores de Israel, cujo apoio envolve diversos interesses políticos e econômicos.
Vários protestos e manifestações
têm acontecido em diversos pontos do planeta pedindo o fim dos ataques na
região, inclusive, em Israel, milhares de manifestantes se reuniram em Tel
Aviv para pedir a retomada das negociações de paz entre o governo e o
presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Zeidan Abbas, mais
conhecido como Abu Mazen.
Na tentativa de chegar a um acordo e dar fim ao conflito, o Egito assumiu a função de mediador entre as partes envolvidas, mas de acordo com as últimas notícias e o fim da trégua entre eles, não haverá mais nenhuma possibilidade de acordos de Paz.
Na verdade, esta situação de grande hostilidade mútua e sem acordo definitivo entre os israelenses e os palestinos só ratifica que a Paz está longe de ser alcançada na região. Trata-se de uma questão histórica, cujas cicatrizes não se fecharam e, ainda, comprometem um desfecho satisfatório para ambos os lados e, consequentemente, para os povos que ali vivem. Cada um carrega motivos e justificativas para os seus respectivos atos, de forma inflexível.
Embora, não seja a minha intenção - nesta - aprofundar-me quanto aos conflitos entre Israel e a Palestina, tal como já mencionei, eu a sintetizarei em quatro conjunturas históricas que marcaram a vida dos povos judeu e árabe:
Na tentativa de chegar a um acordo e dar fim ao conflito, o Egito assumiu a função de mediador entre as partes envolvidas, mas de acordo com as últimas notícias e o fim da trégua entre eles, não haverá mais nenhuma possibilidade de acordos de Paz.
Na verdade, esta situação de grande hostilidade mútua e sem acordo definitivo entre os israelenses e os palestinos só ratifica que a Paz está longe de ser alcançada na região. Trata-se de uma questão histórica, cujas cicatrizes não se fecharam e, ainda, comprometem um desfecho satisfatório para ambos os lados e, consequentemente, para os povos que ali vivem. Cada um carrega motivos e justificativas para os seus respectivos atos, de forma inflexível.
Embora, não seja a minha intenção - nesta - aprofundar-me quanto aos conflitos entre Israel e a Palestina, tal como já mencionei, eu a sintetizarei em quatro conjunturas históricas que marcaram a vida dos povos judeu e árabe:
Mesmo não sendo o objetivo principal, desta, aprofundar-me
quanto ao processo histórico dos conflitos Israel x Palestina, eu posso
sintetizá-lo sob cinco conjunturas históricas que marcaram a vida dos judeus e
árabes na região, a saber:
- Primeira, a migração
forçada dos judeus que viviam na Palestina, ocorrida no Século I da Era Cristã
(ano 70 D.C.), quando os mesmos foram expulsos pelos romanos;
- Segunda, após a
expulsão dos judeus, diferentes povos passaram pela Palestina, ao longo dos
milênios, sucedendo os árabes, à partir da expansão islâmica, em 634 D. C. e os
Otomanos (turcos), quando o seu território foi incorporado ao imenso Império
Otomano (1517-1918). Contando com uma população predominante, os árabes
adotaram a Palestina como sua pátria;
- Terceiro, com o
movimento sionista (final do Século XIX) e a Declaração de Balfour (1917),
ambos em apoio à imigração de judeus à Palestina (retorno à Terra Prometida) e,
também, da criação de um Estado judaico no território, o fluxo de imigrantes
judeus aumentou consideravelmente, ganhando mais força durante e após a II
Guerra Mundial em razão, entre outros aspectos, da comoção mundial quanto ao
sofrimento destes com as perseguições e mortes cometidos pelo governo nazista
de Adolf Hitler (Holocausto);
- Quarta, em
meados do Século XX (1947), a Assembleia Geral da ONU colocou em votação e
aprovou a partilha do território da Palestina entre os judeus e árabes. As
áreas destinadas fora, assim estabelecidas, 57% das terras palestinas para os
judeus e os 43% restantes para os árabes. Foi à partir desta divisão do
território da Palestina e da criação do Estado de Israel, que tudo começou...
Nem os árabes palestinos e nem os países vizinhos árabes concordaram com a divisão
e vários conflitos e guerras foram desencadeados, como a Guerra de
Independência (1948), a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973);
- Quinta, tem a
ver com a nova organização territorial da Palestina, com novos "territórios
ocupados por Israel". Como este saiu vitorioso nos embates com os
palestinos e países árabes vizinhos (Egito, Síria, Líbano, Transjordânia), os
israelenses passaram a dominar e ocupar novas áreas, aumentando os seus limites.
Com isso, a instabilidade política na região se agravou.
No quadro
abaixo há como analisar o território da Palestina antes e depois da divisão
proposta inicial da ONU, bem como a evolução da ocupação de outras áreas por
Israel, reduzindo e comprimindo cada vez mais o direito dos palestinos (árabes)
à terra (clique para ampliar).
Imagem
capturada na Internet (Fonte: Oca Virtual)
Sendo assim, o conflito histórico em si perpassa pela questão territorial (posse de terra), étnica, cultural e religiosa.
Durante mais de 40 dias de conflitos sucessivos, intercalados por períodos curtos de cessar-fogo, sob a mediação do Egito, alguns deles não foram efetivamente cumpridos até o prazo final, havendo ataques e, consequentemente, contra-ataques por ambas as partes.
Na última trégua, em represália ao ataque do Hamas, antes do término do prazo estabelecido, o Primeiro-Ministro israelense autorizou novos bombardeios e estes foram feitos, matando três pessoas, entre as quais uma mulher e uma criança na Faixa de Gaza, segundo notícias de última hora da região (19/08).
Na última trégua, em represália ao ataque do Hamas, antes do término do prazo estabelecido, o Primeiro-Ministro israelense autorizou novos bombardeios e estes foram feitos, matando três pessoas, entre as quais uma mulher e uma criança na Faixa de Gaza, segundo notícias de última hora da região (19/08).
Em função desta situação configurada, mais de uma vez pelos militantes palestinos, isto é, interrompendo a trégua, os negociadores israelense foram retirados do Cairo, capital do Egito. Assim como, do lado do Hamas, a mesma conduta se seguiu. Com isso, um possível acordo de Paz entre Israel e Palestina ganhou distância e longe está de ser estabelecida.
Diante de uma eventual necessidade de expandir suas operações militares na Faixa de Gaza, Israel já convocou 10 mil reservistas, ontem, segundo informações no Telejornal da noite.
Fontes de ConsultaDiante de uma eventual necessidade de expandir suas operações militares na Faixa de Gaza, Israel já convocou 10 mil reservistas, ontem, segundo informações no Telejornal da noite.
. Curso Objetivo
. Jornal O GLOBO (impresso, várias edições)
. Material didático (particular)
. Portal G1 (várias reportagens)
. Reuters Brasil
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. Veja na História
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