Criança síria sendo tratada após ataque químico
na cidade de Khan Sheikhoun
(Fonte: BBC Brasil)
Os últimos acontecimentos no
mundo, além de aterrorizantes e preocupantes, nos coloca mais alarmados em
razão das possíveis consequências graves de ambos os fatos, tanto em escala
regional quanto em escala mundial.
Por um lado, o ataque aéreo do governo da Síria - com gás sarin – à cidade de Khan Sheikhoun, na província de Idlib,
que se encontra sob controle de forças rebeldes (contrárias ao governo do
presidente Bashar al-Assad), no dia 04 deste mês e, por outro lado, a tomada de
decisão do governo do EUA - em
represália a este ataque químico - atacando
com mísseis à base
aérea síria de Shayrat, na província de Homs, na quinta-feira
passada (06/04).
Um
olhar sobre a Síria
Embora, o regime do presidente Bashar
al-Assad, negue ter usado armas químicas, chegando a atribuir o uso do mesmo aos
rebeldes sírios, os resultados obtidos nas análises (autópsias) realizadas em
alguns corpos, por especialistas turcos, comprovaram o emprego do gás sarin,
assim como aumentaram as certezas das mesmas terem sido usadas pelo governo.
Presidente da Síria, Bashar al-Assad
Imagem capturada na Internet
Fonte: Terra Notícias
Além de configurar-se com um ato
de total barbárie, sobretudo, contra civis, não é a primeira vez que o governo da
Síria é acusado de fazer uso de armas químicas sobre os rebeldes sírios e,
consequentemente, à população civil.
Aqui mesmo, neste espaço (Blog),
eu já publiquei o primeiro ataque com armas químicas (com gás sarin, também), ocorrido
em Damasco (capital da Síria) e adjacências, em final de agosto de 2013, que
resultou na morte de 1.429 pessoas, sendo 426 crianças.
O ataque desta vez foi na cidade de Khan Sheikhoun, província de
Idlib, que também é controlada por forças rebeldes sírias, que se opõem e lutam
contra o governo de Bashar al-Assad, presidente da Síria desde 17 de julho de
2000.
O
número de vítimas fatais subiu para 86 mortos, sendo 30
crianças e cerca de 400 pessoas apresentaram problemas
respiratórios e vômitos em consequência do contato direto e/ou indireto com o referido
gás tóxico.
O
sírio Abdul-Hamid Alyousef segura seus filhos gêmeos,
mortos
durante o ataque com armas químicas
Imagem capturada na Internet
Imagem capturada na Internet
No âmbito deste conflito interno
na Síria, quem está no centro deste tabuleiro de Xadrez, isto é, entre o embate
do regime do governo de Bashar al-Assad com os rebeldes sírios, é a
população civil síria, a mais vulnerável e a que mais sofre com os efeitos das ofensivas
de ambas as partes.
A guerra civil que se arrasta na
Síria remonta ao início da chamada Primavera
Árabe, em março de 2011, quando diversas manifestações populares contra os
regimes ditatoriais ocorreram no chamado Mundo
Árabe, isto é, nos países do Norte
da África e do Oriente Médio, predominantemente islâmico, de cultura árabe.
Igualmente aos demais líderes deste
grupo, o presidente sírio Bashar al-Assad, há quase 17 anos no poder (a serem
completados em julho deste ano), sofre pressão dos opositores ao seu regime, que
tentam derrubá-lo e tomar o poder.
Iniciadas pacificamente, as
manifestações populares sírias reivindicavam mais democracia e liberdades
individuais no país. No entanto, após repressões violentas do Exército sírio, a
resposta dos manifestantes se tornou mais ofensiva com uso de armas. Com isso,
a violência aumentou muito em ambas as partes.
Além desses dois oponentes
(rivais), para piorar também a situação conflitante que arrasa o país, há a
presença do Estado Islâmico. Embora, sua área de atuação tenha sofrido reduções,
tendo em vista a retomada dos territórios ocupados pelo Exército sírio, este é considerado
o pior e o mais perigoso grupo terrorista da atualidade.
Esses três elementos – rivais – reunidos
e atuantes em um mesmo território justificam a origem da atual crise humanitária
dos refugiados sírios, que estão fugindo da Síria e pedindo refúgio em países
vizinhos do Oriente Médio (onde este se localiza), como também a países da
União Europeia e outros (inclusive, ao Brasil).
Um
olhar sobre os EUA
Na 5ª feira passada (06/04), os
EUA – em retaliação ao recente ataque químico do governo sírio, bombardeou a base
aérea de Shayrat (província síria de Homs), da qual se acredita que partiram os
aviões com as armas químicas que atingiram a cidade de Khan Sheikhoun.
O ataque foi de certa forma “surpresa”,
surpreendendo o mundo todo. Apesar de sua ação militar, isolada, ter tido apoio dentro e fora dos EUA (OTAN, Conselho Europeu,
Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e outros), aumentando a sua popularidade
política, esta gerou também uma onda de contestações no mundo inteiro, tendo em vista os riscos eminentes de agravamento da situação de
segurança tanto a nível regional quanto a nível mundial.
Protestos em Londres contra o bombardeio na Síria
Imagem capturada na Internet
Fonte: O GLOBO
A tomada de decisão do governo do
EUA e o ataque propriamente dito, além de violar o direito internacional, podem
agravar não só o conflito interno na Síria, fortalecendo as forças rebeldes e, sobretudo,
o Estado Islâmico (nível regional) como também ascende e pode o colocar, a nível
internacional, em um confronto direto com a Rússia e o Irã, que são aliados do
governo de Bashar al-Assad.
Embora, se posicionando com contrário
ao governo sírio e de apoio às forças rebeldes que tentam derrubar o regime de Bashar
al-Assad, desde o início da guerra civil na Síria (2011), esse foi o primeiro
ataque militar dos EUA no país. Inclusive, sua ação militar assinalou um forte
retrocesso à política adotada por Barack Obama (ex-presidente) de não se
envolver, militarmente, na guerra civil da Síria.
Segundo o que foi divulgado nas
mídias, os dois navios de guerra norte-americanos, fundeados no Mar
Mediterrâneo, lançaram 59 mísseis sobre a referida base militar síria, matando
6 pessoas e destruindo-a quase totalmente. Seus principais alvos ee que forma destruídos eram os aviões, as
pistas de pouso, radares, depósitos de armas e de combustíveis.
Mencionei que o ataque foi de
certa forma “surpresa”, porque as autoridades estadunidenses chegaram a alertar
à
Rússia, com antecedência, quanto a este ataque, pois esta possui uma área
militar na mesma base síria e, como precaução para não a atingir durante o
bombardeio, eles utilizaram mísseis do tipo Tomahawk, que são guiados por
satélites (GPS) e, por isso, são extremamente precisos (as chamadas “armas
estratégicas e inteligentes de longa distância”).
Em defesa, o presidente Donald
Trump alegou que sua intervenção foi fundamental no momento presente, ou seja, “vital para os interesses de segurança
nacional” dos EUA. Ele ainda conclamou a união de todas as nações a fim de
acabar com as atrocidades cometidas na Síria, acabando também com todos os
tipos de terrorismo.
A quase totalidade dos dirigentes
e/ou representantes, afirmam que o seu contra-ataque, ato considerado ilegítimo,
vai na contramão do direito internacional e, certamente, afasta o problema
interno da Síria a uma solução a curto prazo e de forma pacífica.
Na verdade, se o presidente
Donald Trump teve – entre os seus objetivos – aumentar a sua popularidade, ele conseguiu! E ainda, o ataque surpresa, mas com conhecimento prévio
dos russos, serviu como um alerta à própria Rússia, ao Irã e à Coreia do Norte. Será que entraremos novamente no clima de Guerra Fria?
Fontes
. El País
. Jornal O GLOBO (várias edições impressas)
. Ópera Mundi
. Opinião & Notícias
. Portal G1 (várias edições)
Fontes
. El País
. Jornal O GLOBO (várias edições impressas)
. Ópera Mundi
. Opinião & Notícias
. Portal G1 (várias edições)
realmente estamos em risco de entrar em uma nova guerra fria pois os rebeldes e o governo da síria estam em combate e pra piorar tem o estado islamico que também está em combate juntando os três quem sofre mais são os civis que sem ter para onde ir são obrigados a pedir ajuda no oriente médio e na Europa. nome:Edcarlos de Carvalho Soares Turma:1903
ResponderExcluirÉ triste e ao mesmo tempo revoltante em pleno século XXI vermos crianças,homens e mulheres inocentes morrendo de forma tão bárbara.E mais triste ainda é a hipótese desta situação se agravar,já que a maior potência mundial está nas mãos de "um louco" que não recuaria,pelo contrário,faria de tudo para ganhar uma possível 3 Guerra Mundial!!!
ResponderExcluirNome:Maiara,1901
Uma das consequencias do ataque e contra-ataque da Síria, é os refugiados que não tem pra onde ir e migram para paises vizinhos, e também estamos na beira de uma terceira guerra mundial pois os EUA apoiam os rebeldes e os Russos apoiam o governo.
ResponderExcluirNOME: Gustavo das Dores Ferreira da Silva. TURMA: 1903
Escola: Municipal Dilermando Cruz