domingo, 10 de setembro de 2017

Self-checkouts, a Inovação Tecnológica se expande nos Supermercados Brasileiros


 Self Checkout no Supermercado Economia
(Carazinho, RS)
Imagem capturada na Internet
Fonte: Acaps
 
Aos poucos... O número de caixas de bancos foi sendo reduzido, principalmente, das redes privadas e, em seu lugar, apareceram os caixas eletrônicos, que além de oferecer diferentes serviços (saques, consultas, depósitos, emissão de cheques, pagamentos, transferências, empréstimos etc.) se encontram disponibilizados nas próprias agências bancárias e em diversos estabelecimentos comerciais, com horário de atendimento mais expandido.

Agência Bancária
Imagem capturada na Internet
Fonte: NewsRondonia
 
Aos poucos... Os cobradores de ônibus foram substituídos por roletas eletrônicas e, em razão, de falhas no próprio sistema de vinculação com a passagem, o motorista – muitas das vezes – desempenha as duas funções, sem ao menos ter um aumento do seu salário (o que já provocou mobilização da categoria profissional em represália a essa situação). A exceção daqueles que usam o Bilhete Único ou outro tipo de cartão, inclusive, de isenção (idosos e estudantes).
 
Roleta Eletrônica nos ônibus
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Fonte: Notibras
 
Aos poucos... A automação (ou robotização) chegou às indústrias, aumentando a produtividade em curto espaço de tempo e, ao mesmo tempo, dispensando a mão de obra humana (gerando o desemprego).
 
 Robotização na Indústria Automobilística
Imagem capturada na Internet
A nível de produtividade, tomemos o exemplo das fábricas da Volkswagen em São Bernardo do Campo e Taubaté, ambas no estado de São Paulo (e automizadas), cada uma delas tem a capacidade de produzir um Gol por minuto.
 
Com apenas esses três exemplos, ocorrentes em nosso país, podemos observar que a automação (ou a robotização) das empresas é uma realidade e tende a se expandir nos diversos setores da economia.
 
No entanto, ela gera o chamado desemprego estrutural ou tecnológico, isto é, o desemprego causado pela substituição da mão de obra humana pela máquina. E esse é o tipo de desemprego definitivo, tendo em vista que não há como reverter tal situação, melhor dizendo, desativar a máquina e voltar ao trabalho braçal (humano).
 
Diferentemente do que ocorre com o desemprego conjuntural em face de uma crise econômica, por exemplo, pois assim que a economia volta a crescer e se estabiliza, a pessoa pode retomar o seu emprego. Já quando a máquina substitui o homem, não há o processo inverso.
 
Não resta dúvida que há uma maior eficiência e produtividade, em tempo mais curto, assim como o empresário adquire grandes vantagens nesse processo. Embora os investimentos sejam de custos elevadíssimos, em se tratando de tecnologias modernas (as chamadas máquinas inteligentes), a médio e longo prazo, o mesmo acaba ganhando e compensando o seu investimento inicial, pois não será preciso pagar salários mensais, 13◦ salário, Férias, conceder licenças médicas, licença maternidade, pagar a Previdência Social, entre outros direitos trabalhistas.

E, como podemos observar, o Brasil está passando por estas inovações tecnológicas já há bastante tempo.

Atualmente, estamos passando por crise econômica, o que também tem elevado as taxas de desemprego no país. Muitos estabelecimentos comerciais foram fechados, em alguns, o número de funcionários foi reduzido, entre outros aspectos associados a esse período de instabilidade econômica por qual perpassa o nosso país.
 
E, no âmbito das inovações tecnológicas...
 
Aos poucos... veremos a redução do número de trabalhadores nos caixas de supermercados, também, pois neste setor a tecnologia de caixas de autoatendimento já chegou em nosso país.  
 
Chamado também de “self checkout” (auto-pagamento, em inglês), o caixa não apresenta um funcionário específico para registrar as compras e finalizar o pagamento do cliente. Neste caso, é o cliente que faz tudo sozinho, desde o registro de cada produto (a partir da leitura do código de barras), os coloca na sacola e paga as compras, sem haver a interação com qualquer funcionário do estabelecimento comercial.
 
 Self Checkout no Brasil
Imagem capturada na Internet
 
Só no caso de haver algum problema durante o processo de autoatendimento, desde por inexperiência ainda com a tecnologia ou qualquer outro problema, um funcionário estará disponibilizado a atender e resolver o caso.

A maior preocupação de muitos é a questão cultural de muitos brasileiros, que julgam a esperteza como qualidade...
 
Esses terminais de autoatendimento são equipados com um sistema de código de barras mais sensível que dos caixas comuns de supermercados. Além disso, possuem balanças e câmeras que impedem que ações, como estas, aconteçam. Se houver essa tentativa, ou seja, o cliente colocar o produto na sacola sem o ter registrado ou se este não for colocado, o caixa de autoatendimento trava e um operador da rede de supermercado é chamado para averiguar a situação. 
 
Esse sistema de autoatendimento (self checkout) é bastante comum nos EUA e nos países da Europa. Nesses países, todas as formas de pagamentos são possíveis, como cédulas, moedas, cartão de débito e de crédito (com exceção de cheques).
 
No Brasil, pelo que pude constatar na pesquisa realizada, inclusive, nas empresas que fornecem tais equipamentos, os clientes só podem pagar com cartão de crédito, de débito e de alimentação (podendo ainda isentar o estacionamento).
 
Essa tecnologia é uma novidade nas redes de supermercados brasileiras, uma vez que já temos o mesmo sistema de autoatendimento nos cinemas, bem como em algumas redes de fast food 
 
  Sistema de Autoatendimento nos cinemas
Imagem capturada na Internet
 
Sistema de autoatendimento na rede Bob's
Imagem capturada na Internet

Segundo as matérias que li a respeito desta novidade, a iniciativa de inovação tecnológica partiu da região Sul do Brasil, mais especificamente, da empresa ZES Supermercados, de Carazinho, no interior do Rio Grande do Sul, (Supermercados Economia). Seguido pelo supermercado Zaffari, na capital (Porto Alegre).
 
Posteriormente, o sistema de “self checkout” foi implantado na capital paulista (Master Supermercado do Shopping Frei Caneca, Carrefour do Jardim Pamplona Shopping e, também, na loja de doces Tateno em Vila Mariana) e, em outros municípios do estado, como Bauru (rede Confiança).
 
De acordo com as empresas que fornecem os equipamentos de self-checkout, a Consinco e Perto, além do Rio Grande do Sul e São Paulo, a novidade tecnológica já foi implementada em diversas cidades brasileiras, abrangendo o Distrito Federal e os estados do Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
 
No caso do nosso estado ou município (Rio de Janeiro), eu desconheço a rede de supermercado que adotou o sistema. O que eu tenho conhecimento é o uso de self-checkouts nos cinemas dos Shoppings e na rede de fast food, como há na loja do Bob’s, em Bonsucesso.

“O crescimento da demanda por self-checkouts
evidencia a tendência do varejo alimentar
em investir cada vez mais
em comodidade e facilidade para os clientes”
(Silvio Sousa, diretor comercial da Consinco)

De acordo com as mesmas, a grande expectativa é reduzir em 30%, o tempo de espera nas filas dos supermercados. Elas alegam que não haveria alteração no atendimento convencional (operadoras nos caixas comuns), consistindo assim, apenas um benefício a mais para o cliente, sobretudo, para aqueles com poucos produtos de compra (até 15 unidades). 
 
Eu tenho minhas dúvidas e, espero que... aos poucos, o número de funcionários não seja reduzido.
 
Os supermercados dos EUA, que já são equipados com esse sistema de autoatendimento, mantêm os dois tipos de caixas, ou seja, os tradicionais (com funcionários da rede) e os modernos (de autoatendimento). Se houve redução de funcionários, eu desconheço...
 

Fontes de Consulta
 
 
 
 

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