Sarampo
Imagem capturada na Internet
Fonte: Revista Veja
Começa, hoje, a Campanha Nacional de Vacinação contra o
Sarampo e a Poliomielite no país. O estado de São Paulo antecipou a mesma realizando,
no último sábado (04/08), o Dia D da Vacinação. E, em comparação ao estado do
Rio de Janeiro, os registros de São Paulo estão bem abaixo, mas faz sentido a preocupação pela baixa
cobertura vacinal da população. Prevenção e imunização contra doenças
infecciosas e altamente contagiosa tornam-se viáveis e poupam vidas por meio da vacinação.
Duas doenças que não ocorriam mais em nosso território estão no cerne desta preocupação, o Sarampo que já é considerado um novo surto, de caráter importado e, a poliomielite (ou paralisia infantil), cujos riscos de reintrodução são altos.
SARAMPO
Devido as recentes imigrações de venezuelanos para o Brasil,
sobretudo, os não vacinados contra o sarampo, em particular, para a região
Norte, o país tem vivenciado um surto desta doença na referida região, o qual
já ultrapassou os limites regionais, com
registro de casos confirmados e/ou suspeitos em outras Unidades
Federativas, como o Rio de Janeiro e São Paulo (região Sudeste) e no Rio Grande
do Sul (região Sul).
Até a presente data, segundo os últimos dados oficiais, há
mais de mil casos confirmados em todo o território nacional. No entanto, todos esses
casos confirmados estão relacionados à importação do vírus, advindo pelos fluxos
migratórios da Venezuela. De acordo com o Ministério da Saúde, publicado no
G1, esse fato foi confirmado pela identificação do genótipo do vírus (D8) que é
o mesmo que circula no referido país.
Segundo os dados divulgados, recentemente, pelo Ministério da
Saúde, até o dia 1º de agosto, há o registro de 1.053 casos confirmados em todo
o território nacional. E esse número supera os registros, até então,
considerados mais elevados de surto da doença, os quais ocorreram em 1999 e em
2014, com 908 e 876 casos de sarampos confirmados, respectivamente.
Por conta da proximidade e localização geográfica dos dois
países (Venezuela e Brasil), a região Norte do país é a mais afetada pelo surto
de sarampo. Entre os 7 estados da referida região, a situação mais agravante é
do estado do Amazonas, onde já foram confirmados 742 casos da doença, com 4.470
casos em investigação (suspeitos), seguido pelos estados de Roraima que já
registra 280 casos confirmados e 106 suspeitos, o do Pará, com dois casos e
Rondônia, com um caso.
Entre as demais regiões brasileiras, a situação do estado do
Rio de Janeiro (região Sudeste) e do Rio Grande do Sul (região Sul) também é preocupante,
pois foram detectados e confirmados, respectivamente, 14 e 13 casos da doença.
O pior é que o sarampo já havia sido erradicado em nosso país.
De acordo com o Ministério da Saúde (G1), desde 2001, não ocorria transmissão
autóctone da doença no país, ou seja, vírus de ocorrência nativa dentro
do nosso território. Tanto que, em 2016, o Brasil recebeu um Certificado de
Erradicação do Sarampo pela Organização Pan-Americana de Saúde.
No entanto, no período de 2013 a 2015 foram registrados 1.310
casos da referida doença, mas tal como desta vez, os surtos foram de casos
importados e não autóctones. Sendo a incidência na região Nordeste, nos estados
de Pernambuco e Ceará.
Desta vez, por conta da crise na Venezuela e as imigrações dos
venezuelanos não vacinados contra a doença ao Brasil, o retorno do sarampo foi
algo não articulado, mas consequente devido aos fluxos migratórios (importação do vírus).
Mas, essa situação não é pontual, localizada na América do Sul
e, muito menos, em território venezuelano e brasileiro. Segundo a própria Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos da doença em todo o mundo tem
aumentado, sobretudo, pela baixa cobertura vacinal em alguns países, como foi
constatado no nosso.
De acordo com a OMS, em 2017, foram registrados 173.330 casos de
sarampo no planeta. E um fato também deve ser acrescido a essa questão de baixa cobertura vacinal, o fato de muitas crianças não
tomarem a dose de reforço (2ª dose), o que compromete a cobertura de imunização
contra o sarampo, tal como é recomendada pela referida Organização.
Se, ao menos, 95% desta cobertura vacinal já tivesse sido atingida,
o vírus importado – trazido por indivíduos estrangeiros, cujos países ainda
enfrentam a doença - não seria disseminado no Brasil, evitando – assim – o
retorno do sarampo em nosso país e, consequentemente, novo surto e possíveis
mortes em consequência deste.
Para piorar e, ainda, neste contexto de cobertura vacinal, o Brasil
também se encontra sob a ameaça da reintrodução da poliomielite (paralisia infantil).
A justificativa deste risco recai também na baixa cobertura vacinal.
Desde 1990, em nosso país não houve registro de algum caso de
paralisia infantil, mas segundo o próprio Ministério da Saúde, o país corre sério
risco de ter a poliomielite de volta, pois foram identificados 312 municípios de
diferentes estados, em todas as regiões brasileiras, cuja cobertura vacinal registrada
está abaixo dos 50% na faixa etária recomendada a ser imunizada contra a doença,
isto é, crianças menores de 1 ano de idade.
Para ver a lista dos referidos
municípios e seus respectivos estados, acesse AQUI!
Diante deste quadro configurado, a partir de hoje (06/08) até o dia 31 de agosto vai acontecer a Campanha Nacional de Vacinação contra
o Sarampo e a poliomielite. A primeira já é considerada um novo surto, enquanto a segunda é de caráter preventivo, a fim de se evitar a reintrodução da doença no país.
Vale ressaltar que, em ambos os casos, a vacinação é a única
forma de prevenção. Esta é a única forma de prevenção da poliomielite, do
sarampo e de outras doenças que não circulam mais no país.
Grupos
que podem ser imunizados com a vacina contra o Sarampo
(Tríplice Viral: caxumba,
rubéola e sarampo)
. Crianças de 1 até 5 anos incompletos;
. Crianças acima de 5 anos de idade que não se vacinaram, sendo
necessário tomar o reforço (2ª dose);
. Adolescentes e Adultos até 29 anos, devendo tomar as duas
doses, ou seja, o reforço também;
, Adultos na faixa etária entre 30 e 49 anos deverão tomar
apenas uma dose.
Vale lembrar que, de acordo com as orientações prestadas pelo Ministério
da Saúde, qualquer pessoa que não tenha a certeza se tomou a vacina da Tríplice
Viral na infância e, se encontra em um desses Grupos, deve procurar um Posto de
Saúde para ser vacinado. Segundo as informações divulgadas, a vacina contra o
Sarampo está disponível, o ano inteiro, nos Postos.
Grupos
que podem ser imunizados com a vacina contra a Poliomielite (Paralisia
Infantil)
. Crianças a partir das 6 semanas de vida e até os 5 anos de idade.
Observação: Pessoas
das demais faixas etárias (até na idade adulta), que não foram imunizadas
contra a pólio, podem tomar a vacina (Tua Saúde).
Fontes de Consulta
Olá professora.
ResponderExcluirEu não sei o que aconteceu com a senhora, mas desejo melhoras.
Boa tarde professora. Realmente vi no jornal esses dias que a vacinação havia começado e acho bem interessante essa matéria que além de ensinar os alunos‚ conscientiza também a procurarem saber se a vacinação está em dia para se prevenir. Achei bem interessante‚ informativa e explicativa essa matéria.
ResponderExcluirLuan gonçalves-2002 C.E Regina Scudese