terça-feira, 7 de setembro de 2021

Pecuária Extensiva Versus o Mal da Vaca Louca

 

Imagem capturada na Internet_
Fonte: A Lavoura
Foto: Agência-Brasília (Arquivo)

Dando continuidade do tópico, em destaque, acerca da ocorrência de dois casos da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecida como “Mal da Vaca Louca”, há um fato interessante a respeito da Pecuária, que não podemos ignorar...  

Como muitos sabem a pecuária é uma atividade primária (Setor Primário da Economia), de criação de animais (gado), tais como:

- Gado Bovino (touro ou boi, vaca e o bezerro);

- Gado Ovino (ovelhas);

- Gado Suíno (porcos);

- Gado Equino (cavalos);

- Gado Caprino (cabras);

- Gado Asinino (burros ou asnos);

- Gado Muar (mulas).  

De acordo com os tipos de técnicas empregadas à criação de gado, a pecuária pode ser de dois tipos:

. Pecuária Extensiva: O gado bovino é criado solto, no pasto, sendo necessário uma grande área de pastagem. Em geral, esta atividade não exige tantos investimentos. Os animais se alimentam do pasto, tendo suplemento mineral, sobretudo, nos períodos de estiagem (seca).

Com isso há a necessidade de ocupação de grandes extensões de terras (latifúndios), o que acarreta impactos ambientais e, também, a degradação de biomas, seja por desmatamentos, queimadas ou a erosão, por exemplos. 


Imagem capturada na Internet
Fonte: Observatório do Clima 

 . Pecuária Intensiva: O gado é criado sob um sistema de confinamento em estábulos, onde recebem cuidados especiais, alimentando-se de pastagens cultivadas, com estratégias nutricionais e alimentares, controladas e balanceadas, como as rações, por exemplo, no intuito de impulsionar uma rápida engorda dos animais). 

Em razão das estratégias nutricionais e alimentares, a pecuária intensiva se caracteriza por apresentar elevados índices de produtividade

No entanto, esta técnica requer alto custo de implantação (um espaço confortável, capaz de assegurar o bem-estar do animal) e de produção, com emprego de métodos modernos de controle e de mão de obra reduzida, porém, especializada. Além dos custos com a alimentação (ração, suplemento mineral ou pasto cultivado) serem elevados. 

Imagem capturada da Internet
Fonte: Compre Rural 


Observação: Há ainda a chamada pecuária semiextensiva, a qual mescla – na prática – o sistema extensivo com a criação do gado solto em grandes propriedades rurais com alguns investimentos da pecuária intensiva, mediante ao emprego de tratamento especial, sobretudo, no que tange à nutrição e ao melhoramento genético do rebanho. Ou seja, o pasto é de melhor qualidade nutricional, assim como há complementação alimentar com suplementos que possam aumentar o desempenho animal. 

Embora, no Brasil, sejam empregadas estas técnicas, a tradicional e que predomina em nosso país é a pecuária extensiva. De acordo com Nutrição & Saúde Animal95% do rebanho brasileiro é criado solto

Como eu disse, na outra postagem, em nosso país, a técnica tradicional e predominante é a pecuária extensiva. Já no Reino Unido, assim como em outros países desenvolvidos, a que predomina é a pecuária intensiva 

Daí ser mais difícil ocorrer a doença clássica do Mal da Vaca Louca, tendo em visto este cenário dominante de criação de gados soltos (pecuária extensiva) e, principalmente, em razão da ração empregada ser de origem vegetal e, não, de proteína animal.  

E, na década de 90, por ocasião do surgimento da doença nos rebanhos do Reino Unido, a causa principal do problema foi a substituição da ração vegetal por outra com proteína animal (vísceras, ossos, carnes etc.) fornecidas aos rebanhos.

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