Imagem capturada na Internet_ Fonte: A Lavoura Foto: Agência-Brasília (Arquivo) |
Dando continuidade do tópico, em destaque, acerca da ocorrência de dois casos da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecida como “Mal da Vaca Louca”, há um fato interessante a respeito da Pecuária, que não podemos ignorar...
Como muitos sabem a pecuária
é uma atividade primária (Setor
Primário da Economia), de criação de animais
(gado), tais como:
- Gado Bovino (touro
ou boi, vaca e o bezerro);
- Gado Ovino (ovelhas);
- Gado Suíno (porcos);
- Gado Equino (cavalos);
- Gado Caprino (cabras);
- Gado Asinino (burros
ou asnos);
- Gado Muar (mulas).
De acordo com os tipos de técnicas empregadas à criação de gado, a pecuária pode ser de dois tipos:
. Pecuária Extensiva: O gado bovino é criado solto, no pasto, sendo
necessário uma grande área de pastagem. Em geral, esta atividade não exige tantos investimentos. Os
animais se alimentam do pasto, tendo suplemento mineral, sobretudo, nos
períodos de estiagem (seca).
Com isso há a necessidade de ocupação de grandes extensões de terras (latifúndios), o que acarreta
impactos ambientais e, também, a degradação de biomas, seja por desmatamentos,
queimadas ou a erosão, por exemplos.
Imagem capturada na Internet Fonte: Observatório do Clima |
. Pecuária Intensiva: O gado é criado sob um sistema de confinamento em estábulos, onde recebem cuidados especiais, alimentando-se de pastagens cultivadas, com estratégias nutricionais e alimentares, controladas e balanceadas, como as rações, por exemplo, no intuito de impulsionar uma rápida engorda dos animais).
Em razão das estratégias nutricionais e alimentares, a pecuária intensiva se caracteriza por apresentar elevados índices de produtividade.
No entanto, esta técnica requer alto custo de implantação (um
espaço confortável, capaz de assegurar o bem-estar do animal) e de produção, com
emprego de métodos modernos de controle e de mão de obra reduzida, porém,
especializada. Além dos custos com a alimentação (ração, suplemento mineral ou
pasto cultivado) serem elevados.
Observação: Há ainda a chamada pecuária semiextensiva, a qual mescla – na prática – o sistema extensivo com a criação do gado solto em grandes propriedades rurais com alguns investimentos da pecuária intensiva, mediante ao emprego de tratamento especial, sobretudo, no que tange à nutrição e ao melhoramento genético do rebanho. Ou seja, o pasto é de melhor qualidade nutricional, assim como há complementação alimentar com suplementos que possam aumentar o desempenho animal.
Embora, no Brasil, sejam empregadas estas técnicas, a tradicional e que predomina em nosso país é a pecuária extensiva. De acordo com Nutrição & Saúde Animal, 95% do rebanho brasileiro é criado solto.
Como eu disse, na outra postagem, em nosso país, a técnica tradicional e predominante é a pecuária extensiva. Já no Reino Unido, assim como em outros países desenvolvidos, a que predomina é a pecuária intensiva.
Daí ser mais difícil ocorrer a doença clássica do Mal da Vaca Louca, tendo em visto este cenário dominante de criação de gados soltos (pecuária extensiva) e, principalmente, em razão da ração empregada ser de origem vegetal e, não, de proteína animal.
E, na década de 90, por ocasião do surgimento da doença nos rebanhos do Reino Unido, a causa principal do problema foi a substituição da ração vegetal por outra com proteína animal (vísceras, ossos, carnes etc.) fornecidas aos rebanhos.
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