Imagem capturada na Internet Fonte: Pixabay |
Sabemos que a batalha é grande, antiga e muito preocupante... E que, mesmo com perspectivas de queda da doença em nosso país, os números atingidos da dengue - por si só - são alarmantes, reforçando a ideia que, até hoje, o homem não conseguiu controlar a população de mosquitos, ou seja, do Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue e de outras doenças, como chikungunya, Zika e a febre amarela urbana.
De acordo com os dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, divulgados esta semana (29 e 30 de abril), só nas primeiras dezesseis semanas deste ano, o Brasil registrou 4.127.571 casos da doença, entre prováveis e confirmados.
O que representa uma taxa inédita e a maior em relação aos seus registros históricos (iniciados no ano de 2000). Os dois últimos recordes de casos prováveis da dengue foram 1.688.688 casos (2015) e 1.658.816 (2023).
Este ano (2024), o Brasil também bateu outro recorde histórico associado a referida doença. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, nas primeiras dezessete semanas do ano em curso, houve o registro de 2.073 mortes por dengue.
Sendo o maior número de óbitos desde 2000, quando se iniciou o seu registro. Os dois últimos recordes de óbitos por dengue foram 1.094 (2023) e 1.053 (2022).
De acordo com o Ministério da Saúde, no presente momento, o quadro da doença em todo território nacional se apresenta da seguinte maneira:
. Unidades Federativas com tendência de queda da doença (13 estados e o Distrito Federal): Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (região Sudeste); Paraná e Santa Catarina (região Sul); Acre, Amapá, Rondônia e Roraima (região Norte); Paraíba e Rio Grande do Norte (região Nordeste), Goiás e o Distrito Federal (região Centro-Oeste).
. Unidades Federativas com tendência de estabilidade (08 estados): Rio Grande do Sul (região Sul); Amazonas (região Norte); Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Piauí (região Nordeste); Mato Grosso do Sul (região Centro-Oeste).
. Unidades Federativas com tendência de aumento (05 estados): Pará e Tocantins (região Norte); Ceará e Sergipe (região Nordeste); Mato Grosso (região Centro-Oeste).
De acordo com o Instituto Oswaldo Cruz, para que a dengue
ocorra, três
elementos são fundamentais, a saber:
- o vírus (que causa a doença e que possui quatro
sorotipos);
- o mosquito fêmea (que transmite o vírus, o vetor
da doença);
- a pessoa susceptível à doença (aquela que nunca teve contato com o sorotipo de vírus que está sendo transmitido pelo vetor).
Daí a importância de combatermos os mosquitos e os principais criadouros
do Aedes aegypti (pratos
de vasos de plantas, pneus, caixas d’água sem tampa, cisternas, piscinas
abandonadas, poças de água de chuva, canaletas, garrafas, latas, entre outros).
A dengue possui quatro sorotipos diferentes, que podem causar as diferentes formas da doença (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).
O combate ao mosquito deve ser de todos! As dificuldades
se concentram, justamente, nas falhas humanas (tanto do governo quanto da população,
em geral) e das condições
climáticas do nosso país, isto é, com predomínio de climas quentes
e úmidos.
Fontes de Consulta
. Dengue: Vírus e Vetor -
. PEIXOTO, Roberto: Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue – G1/Globo
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