Imagem capturada da Internet
Em nenhum momento, quero ratificar uma posição apolítica de
minha parte, de descrédito total à política e aos políticos do Brasil. Mas,
ignorar os escândalos e as corrupções que rodeiam o universo desta e de seus
membros ativos envolvidos é permanecer indiferente às causas éticas, sociais,
políticas e econômicas do país.
Política é um tema bastante rico de ser discutido em sala de
aula e eu poderia, inclusive, postar diversos textos introdutórios para
conduzir tais discussões.
Em geral, a maior parte dos alunos não gosta de temas ligados
à política, pois os consideram chatos e de difícil compreensão... Mas, à partir
do momento que muitos são eleitores ou futuros votantes, cabe sim, levar a
discussão para a sala de aula.
Não só neste aspecto, mas também para atualizá-los quanto aos
problemas que vinculam a nossa realidade, no âmbito da política brasileira e
quanto a importância da interação do cidadão comum nesta área.
A política do Brasil é, na verdade, o retrato do povo que lhe
elegeu. Daí, a necessidade de tratarmos deste assunto com eles, os alunos.
Com relação a isso, vou postar alguns textos e crônicas acerca
deste tema.
O
DIABO E A POLÍTICA
Carlos Heitor Cony
O frade ficou admirado:
“O que está fazendo aí, nessa boa vida? Eu sempre pensei que
você estaria lá na aldeia, infernizando a vida dos outros. Tudo de ruim que
anda por lá era obra sua, assim eu pensava até agora. Vejo que estava enganado.
Você não quer nada com o trabalho. Além de Diabo, você é um vagabundo!”.
Sem pressa, acabando de tomar o seu coco pelo canudinho, o
Diabo olhou para o frade com pena:
“Para quê? Eu trabalho desde o início dos tempos para
desgraçar os homens e confesso que ando cansado. Mas não tinha outro jeito.
Obrigação é obrigação, sempre procurei dar conta do recado. Mas agora, lá na
aldeia, o pessoal resolveu se politizar. É partido pra lá, partido pra cá,
todos têm razão, denúncias, inquéritos, invocam a ética, a transparência, é um
pega-pra-capar generalizado. Eu estava sobrando, não precisavam mais de mim
para serem o que são, viverem no inferno em que vivem”.
Jogou o coco fora e botou um charuto na boca. Não precisou de
fósforo, bastou dar uma baforada e de suas entranhas saiu o fogo que acendeu o
charuto:
“Quando entra a política, eu dou o fora, não precisam mais de
mim”.
Gostei da crônica, tudo bem que as vezes política é um assunto chatinho, pois é sempre a mesma coisa, eles roubando do nosso dinheiro (pago pelos impostos) e usando "adoidado" com seus luxos.
ResponderExcluirEu gosto de falar sobre política, pois não é um assunto pra se enconder, principalmente aqui no Brasil.