domingo, 12 de julho de 2009

Estados Unidos da América - 1ª Parte


Conforme havia prometido, no dia 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos, estou postando alguns dados geográficos e históricos do referido país.

Em função da riqueza que o tema apresenta, optei por dividir o conteúdo em duas partes.


Imagem capturada da Internet


. Nome Oficial: Estados Unidos da América (United States of America);
 
. Sigla: EUA (em português, Estados Unidos da América) ou USA (em inglês, United States of America);
 
. Capital: Washington DC;

. Localização Geográfica (continente): América (América do Norte);

. Limites (porção territorial maior): Norte (Canadá); Sul (México); Leste (oceano Atlântico) e oeste (oceano Pacífico);
 
. Área Territorial: 9 629 091 km² ((incluindo o Alasca e o Havaí);
 
. Idioma oficial: Inglês;
 
. Forma de Governo: República Presidencialista (o presidente é eleito pelo povo, indiretamente, através do Colégio Eleitoral para um mandato de 4 anos e com um limite de dois mandatos consecutivos);

. Divisão político-administrativa: 50 estados (48 em território contínuo e dois separados, Alasca e Havaí) e 1 Distrito Federal;
 
. Principais Cidades: New York (New York), Los Angeles (Califórnia), Chicago (Illinois), Houston (Texas), San Francisco (Califórnia), Washington DC (Distrito de Colúmbia), Las Vegas (Nevada), Miami (Flórida) etc.;
 
. Religião: Cristianismo 85% (58% Protestantes: Evangélicos; 21% Católicos e 6% outras religiões cristãs);
 
. Nacionalidade: norte-americana ou estadunidense;

. População Absoluta: 308.798.281 habitantes (dados de 2008);

. Densidade Demográfica (População Relativa): 32 hab/Km² (2008);

. População urbana: 81% (2005);

. População rural: 19% (2005);

. Crescimento Demográfico: 1% ao ano (2006);

. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,951 (12° - Elevado: dados 2006/2008);

. Moeda: Dólar americano (US$);

. Data Nacional: 04 de julho (Independência);

. PIB: US$ 13.776.472 milhões (2007);

. PIB per capita: US$ 45.047 (2007);


Curiosidades:

História:

Povos indígenas: Antes da chegada do colonizador europeu, as atuais terras dos EUA eram ocupadas por diversas tribos indígenas (moicanos, sioux, apaches, iroqueses, algonquinos, hurões, havaianos, esquimós etc.). Por sua vez, estas famílias indígenas eram divididas em várias tribos menores, como por exemplo, os cherokees que eram da tribo dos iroqueses.

Apesar dos dados imprecisos, estima-se que eram 15 milhões de nativos que existiam em terras estadunidenses antes da colonização inglesa.

Com a expansão territorial dos EUA, muitos povos indígenas foram dizimados pelos brancos em suas conquistas em direção a oeste, vivendo - hoje – em reservas e nas periferias das grandes cidades, em sua maioria, em condições precárias.
 
Na verdade, os EUA são considerados a nação que mais dizimou os povos indígenas sob processo de dominação e de conquista de terras em seu território em prol do desenvolvimento do país.
 
 
Sioux - Imagem capturada da Internet

Comanche - Imagem capturada na Internet
 
 
Colonização: Embora haja registro da chegada do europeu no século XVI, a colonização transcorreu, efetivamente, no decorrer do século XVII e início do XVIII, quando os colonos ingleses chegaram e formaram, ao longo da costa atlântica, as treze colônias britânicas.
 

As Treze Colônias Britânicas - Imagem capturada da Internet
 
Indivíduos de diferentes grupos sociais, políticos e religiosos e com motivos distintos vieram habitar as terras do chamado “Novo Mundo”, neste caso específico, as atuais terras dos Estados Unidos. Em razão disso, dois tipos de colonização foram implantados nos EUA, a saber:

Colônias do Norte: Ao Norte foram estabelecidas as colônias de Massachusetts, New Hampshire, Connecticut, Rhode Island, Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware.

Para estas colônias vieram várias famílias protestantes, principalmente de ingleses, que fugiam das perseguições político-religiosas nas ilhas britânicas e, que buscavam encontrar no novo continente, tanto liberdade religiosa quanto política, assim como uma nova pátria.

Nesta região, também chamada de Nova Inglaterra, foi implantada a Colonização de Povoamento, cujas principais características eram: mão-de-obra livre, sociedade não-escravocrata, economia baseada no comércio e nas pequenas propriedades, cuja produção era destinada para o consumo do mercado interno.

Colônias do Sul: Ao Sul foram fundadas as colônias de Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

Esta região foi submetida à Colonização de Exploração, empreendida pela Inglaterra, seguindo o Pacto Colonial. Suas principais características eram: economia baseada na monocultura, principalmente a de algodão, produzida em grandes propriedades (latifúndios), cuja produção era destinada à exportação para a metrópole, com uso de mão-de-obra escrava (sociedade escravocrata).

Foi à partir da fundação dessas 13 colônias, localizadas na costa leste (atlântica), que se sucedeu a história dos EUA, a da sua independência, ocorrida em 4 de julho de 1776, sua expansão territorial interna e internacional, assim como a sua supremacia em termos de grande potência mundial, nos dias de hoje.
 

Independência dos Estados Unidos (4 de julho de 1776) - Imagem capturada da Internet
 
Vale lembrar, aqui, que a herança histórica colonial deflagrou um grande conflito entre os estados do Norte e do Sul. Enquanto os estados do Norte defendiam a abolição da escravidão e sua economia se baseava no setor secundário (industrialização), os estados do Sul eram escravocratas, tendo uma economia baseada na monocultura e no latifúndio.
 
Este conflito de interesses deflagrou a Guerra de Secessão, conflito militar entre os estados do Sul e do Norte, que teve início em 1861, através das ações militares do Sul.
 
 
Guerra de Secessão (1861 a 1865) - Imagem capturada da Internet
 
A guerra terminou em 1865, com a vitória dos estados do Norte, mais ricos e que, por isso, se apresentavam mais preparados militarmente. A guerra provocou a morte de aproximadamente 970 mil pessoas.

Com o fim da Guerra, os interesses dos estados do Norte prevaleceram, a escravidão foi abolida e a região Sul foi ocupada, militarmente, até o ano de 1877.

Só que este processo não garantiu - aos negros - a total liberdade e integração social, visto que não houve nenhum programa por parte do governo voltado para isso e que pudesse atender aos mesmos. Os negros foram marginalizados pela grande parte da sociedade, principalmente, a sulista.

E foi nesta conjuntura, pós-guerra e na região Sul dos EUA, que surgiu a Ku Klux Klan (KKK).
 
Caracterizados por vestimenta e capuz branco, bem como uma cruz em chamas, o primeiro grupo da Ku Klux Klan surgiu em 1865, na cidade de Pulaski, no estado do Tennessee, por veteranos do exército confederado sulista (grande perdedor da referida guerra).

A KKK pregava a supremacia branca sobre o negro, bem como defendia o protestantismo em detrimento às outras religiões.
 
 
Membros da KKK - Imagens capturadas da Internet
 
 
Seus membros tinham como objetivo impedir o processo de integração social dos negros, recém-libertados, impedindo que os mesmos pudessem adquirir terras, bem como ter os mesmos direitos concedidos aos outros cidadãos, como por exemplo, votar.

Além disso, suas atividades violentas contra os negros, atendiam a um outro objetivo do grupo, o de provocar os estados vencedores do Norte.

As provocações estimuladas e provocadas por seus membros contra os negros, inicialmente, eram para efeito de divertimento, no entanto, suas ações evoluiram para um nível de violência sem precedentes, com registros de linchamentos e enforcamentos.

O Texas e o Mississipi foram os estados do Sul, onde a KKK esteve mais ativa.

Em 1872, após ser reconhecida como entidade terrorista, a Ku Klux Klan foi banida dos Estados Unidos. No entanto, ela ressurgiu no início do Século XX, em 1915, quando um segundo grupo (a “Nova KKK”) - utilizando o mesmo nome sobre uma organização dita fraternal – defendia a supremacia da população branca e protestante sobre os católicos, negros, judeus, asiáticos e outros imigrantes.
 
 
Imagem capturada da Internet
 
Na década de 20, do mesmo século, a referida entidade chegou a ter 4 milhões de membros, incluindo políticos e pessoas ligada à segurança pública.

No entanto, sua popularidade caiu durante a Grande Depressão (1929) e durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Embora, a KKK seja algo do passado dos EUA, a intolerância racial ainda existe nos EUA, defendendo a supremacia branca e incitando a perseguição contra os negros e grupos de imigrantes de diversas partes do mundo, principalmente, dos países subdesenvolvidos.

Auto denominando-se como a maior organização de descendentes da Ku Klux Klan, os integrantes da Imperial Klans of America (IKA), fundada em 1997, costumam pregar idéias racistas em pleno Século XXI.

Contrariamente aos membros da KKK, os partidários da IKA usam uniformes em estilo militar, com imagens camufladas. São conhecidos pelo emprego de cruzes e suásticas em chamas.

Há outros grupos ativos nos EUA, como por exemplo, o Nationalist Movement (Movimento Nacionalista) fundado no Mississippi (1987); o Hammerskins, criado em 1988; a National Alliance (Aliança Nacional), fundada em 1989, em Hillsboro (Virgínia Ocidental), um dos grupos mais segregacionistas dos EUA, cujos membros idolatram a imagem de Adolf Hitler.

Por ocasião das campanhas para as eleições dos Estados Unidos, o próprio candidato e atual presidente Barack Obama assistiu diversos grupos inflamando a intolerância racial face a sua vantagem nas pesquisas frente ao candidato adversário.

Mas, graças a Deus e a forte presença do espírito de igualdade, a intolerância racial perdeu nas ruas e nas urnas, dando a vitória ao primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América: Barack Hussein Obama Jr, o 44° Presidente da história do país.

Presidente Barack Obama - Imagem capturada da Internet
 
 
Expansão territorial interna: O território original dos EUA compreendia uma área inferior a 1 milhão de km². Ela se estendia da região Nordeste até os Montes Apalaches, a oeste.

Inicialmente, a região oeste representava porção intransponível pelo homem, pois além de numerosas tribos indígenas, os montes Apalaches e as florestas se apresentavam como obstáculos para a conquista e fixação do europeu.

A expansão interna e o processo de povoamento em direção à região oeste se deram no século XIX, baseadas nas ideias religiosas conhecidas como “Destino Manifesto”, que representava o sonho missionário de estender o princípio da União até a costa litorânea pacífica.

Todavia, duas ideias contraditórias regiam o referido “Destino Manifesto”: a oposição americana às antigas potências coloniais e o sentimento de superioridade do europeu sobre os povos indígenas e os mexicanos.
 
 
Imagem capturada da Internet
 
Neste período de expansão interna dos EUA, muitos índios e mexicanos foram dizimados. As áreas territoriais adquiridas foram: Lousiana (em 1803, comprada da França); Texas (em 1845, anexada do México); Califórnia e a região sudoeste do país (período compreendido de 1848 a 1853 , uma parte adquirida através de guerra com o México e outra parte comprada do México); Oregon (em 1846, obtida através de Tratado com a Grã- Bretanha).
 
A conquista destas novas terras e de outras resultou na atual divisão político-administrativa dos EUA, que possui 50 estados e um Distrito Federal, sendo que 48 estados se encontram localizados em território contínuo e os outros dois separados, os quais são: o Alasca e o Havaí.
 
 
Imagem capturada na Internet
 
Os Estados Unidos também possuem outros territórios, distritos e outras possessões em torno do mundo, principalmente no Caribe e no oceano Pacífico, tendo cada um nível de autonomia ou não de acordo com o sistema federal. São eles: a Baía de Guantánamo (Cuba), Guam (no oceano Pacífico), Ilhas Virgens Americanas (Caribe), Ilhas Marianas Setentrionais (oceano Pacífico), Porto Rico (Caribe), Samoa Americana (oceano Pacífico), Ilha Navassa (Caribe) e as ilhas Baker, Howland, Jarvis, Johnston, Wake, Recife Kingman, os Atóis Midway e Palmyra (todos estes no oceano Pacífico).

Capital: Washington DC é a capital dos EUA. Esta não deve ser confundida com o 42° Estado americano (Washington). A abreviação DC significa Distrito de Columbia, o Distrito Federal americano, onde a cidade está localizada a capital do país.
 
Língua: Além do Inglês, idioma oficial dos EUA, a segunda língua mais falada é o espanhol.

Religião: O catolicismo foi introduzido nos EUA pelos franceses, espanhóis e irlandeses, enquanto os ingleses, alemães, escoceses, holandeses, noruegueses e outros trouxeram o protestantismo, aderentes do Anglicanismo (Igreja Anglicana), o Calvinismo, Batismo, Puritanismo, Presbiterianismo, Luteranismo, Quakerismo, Amish e a Igreja de Moravian.
 
Bandeira: As treze colônias estabelecidas em seu território se encontram simbolizadas nas treze listras de sua bandeira oficial, enquanto as estrelas representam os 50 estados.
 
 
Imagem capturada na Intern
et

Bandeira do Mississippi: A bandeira do estado do Mississippi remete ao seu passado escravista das antigas colônias do sul e, consequentemente, do seu estado.

Em seu canto superior, direito, a bandeira apresenta o símbolo dos Confederados do sul da Guerra da Secessão (1861-1865), conflito militar entre os estados do norte (defendiam a abolição da escravidão) e os estados do sul, que defendiam a continuação do regime escravocrata.

Em abril de 2001 foi realizado um plebiscito, na intenção de consultar à população, quanto à mudança do referido desenho. A tradição venceu, pois 65% dos votos foram favoráveis à permanência da mesma bandeira.
 
A primeira bandeira do Mississipi e a segunda versão, que perdeu no plebiscito de 2001

 
Fontes de Pesquisa
 
 
 


Imagens capturadas na Internet para efeito de ilustração
 


Localização (faltando o Havaí)
Capitólio - Washington DC


Dólar: moeda norte-americana


Declaração da Independência (4 de julho de 1776)





Selo Nacional

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