segunda-feira, 15 de agosto de 2011

2º Domingo de Agosto: Dia dos Pais


Imagem capturada na Internet (Fonte: Consultoria Doméstica)


Segundo domingo de agosto, Dia dos pais... Lembrei do meu, que desencarnou de forma tão trágica, em dezembro de 1992 (assalto). Eu ainda choro por sua perda, mesmo sabendo que espiritualmente a ligação não é perdida.

Saí com o meu marido e minha filha pela manhã e só regressamos no final da tarde. Almoçamos juntos, fomos ao cinema e passeamos pelo Shopping.

Vi diversas famílias almoçando, mas o quê mais me chamou a atenção foi ver muitos filhos com o pai, o que denotava uma relação de separação dos pais.

Mas o legal é perceber que a relação pai e filho, mesmo sendo abalada pela situação configurada, não impõe barreiras, obstáculos para que as relações fraternas deem continuidade ou, que pelo menos, sejam criadas condições de permanecerem de forma semelhante a anterior.

O engraçado é que pensei também na minha mãe, que estaria bem melhor – até de astral – se o meu pai ainda fosse vivo e seu companheiro, justamente, neste momento de problemas de saúde.

Por duas vezes, minha filha perguntou se eu estava chorando, mas as lembranças dele e a situação da minha mãe, viúva e dependente de todos em consequência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), surgiam a todo instante na minha cabeça.

Mas, nós estávamos ali, juntos, e – por isso – não os aborreci com as minhas lembranças. Afinal, o dia era também do meu esposo.

Eu escolhi uma mensagem que contempla uma situação, que muito pai passa, ou seja, muitos pais passam (a mãe também).

A escolha deve ter sido induzida pelo meu astral... Parabéns a todos os pais!



Imagem capturada na Internet (Fonte: Informe Notícia1.com)



OS PAIS ENVELHECEM...

Talvez a mais rica, forte e profunda experiência da caminhada humana
seja a de ter um filho.

Plena de emoções, por vezes angustiante,
ser pai ou mãe é provar os limites que constituem o sal e o mel do ato de amar alguém.

Quando nascem, os filhos comovem por sua fragilidade,
seus imensos olhos, sua inocência e graça.
Basta vê-los para que o coração se alargue em riso e cor.

Um sorriso é capaz de abrir as portas de um paraíso.

Eles chegam à nossa vida com promessas de amor incondicional.
Dependem de nosso amor, dos cuidados que temos. E retribuem com gestos que enternecem.

Mas, os anos passam e os filhos crescem.
Escolhem seus próprios caminhos, parceiros e profissões.
Trilham novos rumos, afastam-se da matriz.

O tempo se encarrega da formação de novas famílias.
Os netos nascem.

Envelhecemos. E então algo começa a mudar.

Os filhos já não têm pelos pais aquela atitude de antes.
Parece que agora só os ouvem para fazer críticas, reclamar, apontar falhas.

Já não brilha mais nos olhos deles aquela admiração da infância
e isso é uma dor imensa para os pais.

Por mais que disfarcem, todo pai e mãe percebe as mínimas faíscas no olho de um filho.

É quando pais, idosos, dizem para si mesmos: Que fiz eu? Por que o encanto acabou?
Por que meu filho já não me tem como seu herói particular?

Apenas passaram-se alguns anos e parece que foram esquecidos os cuidados e a sabedoria que antes era referência para tudo na vida.
Aos poucos, a atitude dos filhos se torna cada vez mas impertinente.
Praticamente, não ouvem mais os conselhos.

A cada dia demonstram mais impaciência.
Acham que os pais têm opiniões superadas, antigas.

Pior é quando implicam com as manias, os hábitos antigos, as velhas músicas.

E tentam fazer os velhos pais se adaptarem aos novos tempos, aos novos costumes.

Quanto mais envelhecem os pais, mais os filhos assumem o controle.

Quando eles estão bem idosos, já não decidem o que querem fazer
ou o que desejam comer e beber.

Raramente são ouvidos quando tentam fazer algo diferente.

Passeios, comida, roupas, médicos - tudo passa a ser decidido pelos filhos.

E, no entanto, os pais estão apenas idosos. Mas continuam em plena posse da mente.

Por que então desrespeitá-los?

Por que tratá-los como se fossem inúteis ou crianças sem discernimento?

Sim, é o que a maioria dos filhos faz. Dá ordens aos pais,
trata-os como se não tivessem opinião ou capacidade de decisão.

E, no entanto, no fundo daqueles olhos cercados de rugas, há tanto amor.

Naquelas mãos trêmulas, há sempre um gesto que abençoa, acaricia.

A cada dia que nasce, lembre-se, está mais perto o dia da separação.
Um dia, o velho pai já não estará aqui.

O cheiro familiar da mãe estará ausente.

As roupas favoritas para sempre dobradas sobre a cama,
os chinelos em um canto qualquer da casa.

Então, valorize o tempo de agora com os pais idosos.

Paciência com eles quando se recusam a tomar os remédios,
quando falam interminavelmente sobre doenças, quando se queixam de tudo.

Abrace-os apenas, enxugue as lágrimas deles, ouça as histórias (mesmo que sejam repetidas)
e dê-lhes atenção, afeto...

Acredite: Dentro daquele velho coração brotarão todas as flores da esperança e da alegria.

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