Imagem capturada na Internet (Fonte: Nova Escola)
Retornando às atividades junto ao Blog, escolhi como tema a
ser focado - nesta postagem – a questão da indisciplina
em sala de aula. Inclusive, é
práxis, nós professores sempre a abordarmos em nosso primeiro dia de aula,
quando nos apresentamos às turmas.
Nada como uma
conversa informal sobre a nossa metodologia de ensino, os instrumentos
avaliativos a ser empregados, a descrição do conteúdo programático da série e,
sobretudo, abordar determinadas regras que devem ser seguidas e respeitadas em
sala de aula a fim de que as relações interpessoais sejam boas, satisfatórias
para ambos os lados (professor e aluno), assim como não colocar em risco que o
processo ensino-aprendizagem seja desestabilizado.
As aulas na rede estadual de Educação do Rio de Janeiro
começaram no dia 03, enquanto que na rede municipal, ela está prevista para o
próximo dia 11 (dia 10 haverá Reunião e Planejamento).
Pois bem, logo nesta primeira semana de aula, pude vivenciar
situações em algumas turmas, as quais me possibilitaram identificar alunos que
devem apresentar comportamento indisciplinado em sala de aula. Após a minha
explanação acerca de todos os itens envolventes à minha atuação docente,
metodologia, avaliação e regras, todos os alunos presentes mostraram, a
princípio, bom entendimento acerca do comportamento adequado em sala de aula. Devemos
ser bem claros e enfáticos nesta abordagem.
Na Internet há um leque muito grande de artigos e vídeos que
enfatizam esta questão da indisciplina em sala de aula.
Por isso, não tenho a pretensão de aprofundar o tema, mas
apenas sugerir alguns procedimentos que, em geral, dão certo.
Devemos lembrar que as turmas são heterogêneas, comportando
alunos com diferentes estilos e condições de vida e de estrutura familiar,
assim como de temperamentos distintos. É preciso manter um nível de convivência
diária baseada no respeito por ambas às partes, alunos e professor.
Não podemos esquecer que as mudanças por quais perpassam a
Educação, também, passam pelas relações interpessoais, onde o professor não se
adequa mais ao perfil tradicional de um agente ativo, autoritário, enquanto o
aluno é visto como um agente passivo.
Devemos concebê-lo e promover condições para que o ambiente
escolar seja capaz de promover e fortalecer a sua inserção e participação como um
agente potencial, ativo e interativo, crítico e criativo na construção de seu
próprio conhecimento e, do mesmo modo, enquanto cidadão, com direitos e deveres.
Essa “convivência democrática” pode, ainda, ser assegurada
se todos os segmentos da Comunidade Escolar conhecerem o Regimento Escolar, no
caso deste existir. Daí, a importância de cada professor enfatizá-lo ou contar
com a descrição de determinadas regras que devem ser seguidas durante as suas
aulas.
Sugestões para minimizar a indisciplina em sala de aula:
1. Mantenha sempre o
diálogo com os seus alunos, seja clara e segura em suas posições, fundamentada
nos princípios de direitos e deveres, que são as bases da cidadania.
Ao mesmo tempo, mostre que a relação do professor x aluno
deve ocorrer para somar, crescer e não dividir. Mostre-se amigo, apto a
compreender que cada um tem seus problemas particulares, mas que o espaço
escolar e as poucas horas de aula devem ser aproveitados tanto para o exercício
do professor (ensino) quanto para o aluno (aprendizagem).
Trabalhe sempre a
autoestima do aluno, elogiando-o quando este se destacar em alguma coisa, seja
em termos de participação em sala de aula, desempenho escolar (nota),
solidariedade etc.
Em caso negativo, ou seja, de repreensão ou advertência,
evite constrangê-lo na frente dos demais alunos. Se ele estiver errado, chamar
a atenção dele é uma atitude necessária, mas não a ponto humilhá-lo. Prefira
dar continuidade à conversa de forma separada, isto é, chame-o a parte a fim de
não envergonhá-lo perante a turma.
2. Estabeleça algumas
regras de convivência democrática em sala de aula no primeiro dia ou nas
primeiras aulas. Deixe claro o que convém e o que não convém a um ambiente
escolar, capaz de promover um processo de crescimento e desenvolvimento do
educando, mas tenha a atenção de justificar cada um deles.
Se houver algum tempo livre após a sua aula, recomende-os
que conversem baixo a fim de evitar que a mesma, em tom alto, atrapalhe as
aulas das turmas ao lado.
Não permita, por mais que o aluno alegue ser uma simples
brincadeira, que ele pratique Bullying
com outro. Esclareça a gravidade desta prática e o que está previsto na
legislação estadual do Rio de Janeiro (Lei nº 6084, de 22 de novembro de 2011 e
Lei nº 6401, de 05 de Março de 2013).
Há quem aconselha a elaboração de um regimento interno, por
turma, elaborado pelos próprios alunos.
Imagem capturada na Internet (Fonte: Uma Nova Educação)
3. Conte sempre com o
apoio e a presença do (s) responsável (s) do aluno no colégio, mesmo este
sendo aluno do Ensino Médio.
Não só o aluno, mas os responsáveis também precisam ter – em mente – que a educação dos filhos não pode ser de responsabilidade exclusiva da Unidade Escolar. Comunique ou solicite a presença deste, todas as vezes que for necessário em caso de indisciplina e/ou desrespeito por parte do aluno.
“A educação não pode ser delegada somente à
escola.
Aluno é transitório. Filho é para sempre.”
(Dr. Içami Tiba)
Imagem capturada na Internet (Fonte: Blog Conexão Social)
4. Evite falar alto
ou gritar. Assim, quando for necessário aumentar o seu tom de voz, em uma situação
agravante e/ou conflituosa, os próprios alunos irão perceber que a questão é
séria e precisa ser mudada.
As fonoaudiólogas aconselham que o professor não deva gritar
em nenhuma situação, devido aos problemas decorrentes às cordas vocais. Neste
caso, o professor deve parar a atividade que está sendo executada (sua explicação,
por exemplo) e optar pelo total silêncio de frente à turma até que os alunos
percebam e mudem de comportamento ou, ainda, chamar a atenção deles através do
uso do apagador com batida, mais ou menos, segura na mesa
ou na parede.
Imagem capturada na Internet (Fonte: Núcleo Integrado de à Criança e Pais)
5. Em situação
conflituosa gerada durante a realização de uma atividade, em sala de aula, a
melhor opção é suspender temporariamente
ou definitivamente a atividade, eliminando ou reduzindo, assim, os problemas
que possam vir a ocorrer posteriormente. Evita-se o mal maior, como uma briga na sala ou na
parte externa do colégio, após a saída.
6. Nunca se mostre alheia à turma, mesmo estando envolvida com uma atividade, pois os alunos percebem a sua falta de atenção e preocupação, aumentando consideravelmente a conversa ou a indisciplina em sala de aula. Mantenha sempre a atenção sobre eles, monitorando-os e solicitando silêncio ou conversa baixa, quando necessário.
Imagem capturada na Internet (Fonte: Loucuras do Colégio São José)
6. Nunca se mostre alheia à turma, mesmo estando envolvida com uma atividade, pois os alunos percebem a sua falta de atenção e preocupação, aumentando consideravelmente a conversa ou a indisciplina em sala de aula. Mantenha sempre a atenção sobre eles, monitorando-os e solicitando silêncio ou conversa baixa, quando necessário.
Imagem capturada na Internet (Fontes diversas no Google)
7. Planeje suas aulas
com antecedência e siga o que foi estabelecido para o dia. Sem
planejamento, aula vai ser improvisada na hora e os alunos percebem nitidamente
essa grande falha do professor, podendo provocar conversas e falta de controle em
alguns alunos (os mais indisciplinados).
Como o planejamento é flexível, você pode até alterá-lo se
houver necessidade ou, ainda, acrescentar outras atividades a fim de evitar
tempo livre e, com isso, contribuir para a conversa. Não há como querer que uma
turma, que se mostre indisciplinada ou não, fique quieta sem nenhuma atividade
a ser executada.
8. Troque ideias sempre com os professores que ministram aula na mesma turma ou até mesmo com os demais, pois alguma informação extra a respeito do aluno ou da referida turma pode ser fornecida e ser a peça-chave para entender certos comportamentos.
Imagem capturada na Internet (Fonte: Jonatan Sousa)
8. Troque ideias sempre com os professores que ministram aula na mesma turma ou até mesmo com os demais, pois alguma informação extra a respeito do aluno ou da referida turma pode ser fornecida e ser a peça-chave para entender certos comportamentos.
Eu costumo alertar aos meus alunos que até o Conselho de
Classe serve como instrumento avaliativo, pois além de podermos observar o
desempenho geral do aluno em todas as disciplinas em relação a nossa, sempre um
dado novo pode surgir na fala de um professor, capaz de nos fazer entender ou
ter outra visão do aluno.
Vou dar um exemplo real, que aconteceu comigo há alguns
anos. Um aluno de conceito regular na minha matéria passou a faltar muito e o
seu desempenho escolar, consequentemente, caiu muito em relação aos bimestres
anteriores.
Embora, eu soubesse que ele era um aluno esforçado e de
conhecimento regular, suas faltas e notas "vermelhas" justificavam a nota final
baixa. Eu já havia o alertado quanto às faltas e o rendimento baixo dele, mas
este não justificou nada.
No dia do Conselho de Classe quando eu e outras duas colegas
destacamos a mudança de perfil do aluno, uma professora tentou explicar e
justificá-lo. Ela disse que ele era filho único e morava só com a mãe (os pais
eram separados) e ele estava agindo daquela maneira, pois a mãe – a única
pessoa de referência na vida dele – descobriu que estava com uma doença incurável. Realmente, para qualquer um – ainda mais adolescente e com uma
estrutura familiar igual à dele – era algo difícil de enfrentar sozinho e
ainda com a mesma motivação de continuar estudando.
Imagem capturada na Internet (Fonte: EMEF Américo Capelozza)
8. Demonstre sempre bom humor. Em geral, os alunos esperam encontrar e manter uma relação amistosa com o professor. O bom humor humaniza as relações e contribui para o fortalecimento do diálogo entre o professor e o aluno.
Se nós, professores, alimentarmos com os nossos problemas
particulares o mau humor ou a seriedade exacerbada só encontraremos respostas –
por parte do aluno – de forma negativa, inclusive, tornando nossas aulas chatas.
Não falo de sermos palhaços ou sarcásticos. Ter bom humor
não requer a prática de palhaçadas tal como antigos ícones como o Bozo ou o
Carequinha e, muito menos, por ironias.
“Avessa ou indiferente ao riso, a escola perde a
oportunidade de usar o (bom) humor como recurso didático e elemento inibidor de
conflitos.”
Paulo de Camargo
Bom início de ano letivo a todos, professores e alunos!
Olá, meu nome e joão pedro, sou seu aluno na escola Dilermando Cruz é fiquei curioso em saber sobre seu Blog, dei uma volta por ele achei bem interessante, esse post eu achei muito igual ao que a senhora(senhorita) falou para a gente no dia 17/02/2014 quando eu terminei de ler achei muito igual ao seu comentário na sala de aula por isso vim comentar,
ResponderExcluirMeu nome: João Pedro da Silva Marques Pereira
Turma: 1608
Série: 6 ano
☺ Bom gostei muito desse seu post ,
ResponderExcluirpois trata-se do que realmente vemos
em escolas e seu desempenho (aluno)
tem que estar bom para poder obter uma melhor nota e também não vim aqui para comentar , como estava olhando outros posts e é muito bom pois isso é nossa atualidade.
|É bom ficar por dentro do que acontece graças a seu blog conseguimos|
Adriano Chagas Correia
T:1801
☺