Mosquito Aedes aegypti
A bem dizer, 2016
só começou hoje, neste espaço, diante da minha ausência prolongada desde o
final de dezembro do ano passado. Não foi intencional, mas estive sem tempo
para sentar, escrever e atualizar as postagens. E, como muitos sabem, este Blog
é mantido às mãos de uma pessoa, ou seja, eu!
Assuntos diversos não faltam, ainda mais, sob o
contexto de análise geográfica, mesmo que alguns pareçam repetitivos em se tratando
de publicação neste Blog: agravamento e os reflexos da crise econômica e política do país; em especial, a crise no estado do Rio de Janeiro; o drama familiar com a epidemia do Zika Vírus e sua relação com
os casos de microcefalia; as
discussões quanto ao Antropoceno, a
nova idade geológica a ser considerada pelos cientistas; o desastre ambiental do Rio Doce; a aprovação do Bloco Transpacífico de Cooperação Econômica; a grande dúvida
mundial sobre o lançamento do foguete espacial para colocar um satélite norte-coreano em órbita; o início do ano letivo, entre tantos outros
temas.
A começar, não posso deixar de comentar que o ano letivo (2016), embora tenha
iniciado no dia 1˚ de fevereiro na rede pública do Rio de Janeiro, com alunos
no segundo dia, só vai mesmo acontecer de fato após o carnaval, ou seja, a
partir do dia 15.
Na rede estadual (Ensino Médio), onde trabalho, a
infrequência foi muito alta e, em algumas turmas, nenhum aluno compareceu. Já
na escola municipal, a frequência apesar de ter sido maior, se configurou
atípica às registradas nos dias normais.
Isso já era de se esperar, não só em consequência do
feriado prolongado com as viagens programadas por muitas famílias, mas que – também
- por outros fatores fizeram com que muitos alunos não fossem à escola ou que
muitos responsáveis acabassem optando por não encaminhar os filhos à mesma.
Ontem, tivemos um evento na E.M. Dilermando Cruz, com oficinas voltadas para a questão das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A frequência de alunos,
embora baixa, não impediu a realização e a conclusão dos trabalhos e, muito
menos, a perspectiva de darmos continuidade a algumas atividades durante o
período regular das aulas.
Eu mesma, que fiquei junto com a professora Sidra Vasconcellos (Ciências) na
oficina de levantamento estatístico
dos membros da Comunidade Escolar, presentes (alunos, professores, pessoal de apoio e Gestão Escolar) que já tiveram alguma das doenças
transmitidas pelo mosquito e que foram confirmadas pela rede pública de Saúde
ou médico particular. Para efeito deste levantamento, consideramos as seguintes
doenças transmitidas
pelo mosquito Aedes aegypti: Dengue, Chicungunha e Zica.
Os dados (numéricos) obtidos foram transformados
em porcentagem e destes foram elaborados, por meio do Excel, gráficos de barras
para o estabelecimento e correlações entre as mesmas. Houve, ainda, oficinas
voltadas para música, elaboração de faixas, de cartazes diversos etc.
Como é sabido por muitos, o Aedes aegypti não só transmite estas doenças,
acima citadas, ele é também o vetor da febre amarela. Os pesquisadores estão
empenhados em descobrir, ainda, a correlação destas doenças com sequelas no sistema
neurológico das pessoas, associados a Dengue e o Zika Vírus, como a síndrome de
Guillain-Barré e a microcefalia, respectivamente.
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença
neurológica grave, associada a Dengue, se caracteriza pela inflamação dos
nervos, intensa fraqueza muscular, palpitações no peito e alterações da pressão
arterial (pressão alta ou baixa), podendo em alguns casos causar o óbito.
Quanto ao Zika Vírus, as atuais discussões e
ocorrências reforçam a sua ligação com os casos de microcefalia em bebês recém-nascidos.
Já publiquei acerca destes últimos, mas devo elaborar outra matéria, divulgando as últimas notícias e
boletins dos Órgãos competentes da área de Saúde acerca do Zica Vírus e dos casos de
bebês encefálicos.
Dos 118 membros da Comunidade Escolar - entre
alunos, professores, pessoal de apoio e da equipe da Gestão Escolar - presentes
no 1˚ Turno do Diurno (manhã), os dados obtidos no levantamento estatístico
acerca das três doenças avaliadas foram, a saber:
. Dengue:
19 (dezenove) pessoas contraíram a dengue, sendo 04 (quatro) pessoas por duas
vezes (todos profissionais), 02 (dois) alunos tiveram uma vez só e 13 (treze)
profissionais tiveram, também, uma única vez;
. Febre
Chicungunha: Apenas 01 (uma) pessoa, que por sinal fui eu (em 2014);
. Zica:
12 (doze) pessoas, sendo 08 (oito) alunos
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