Imagem capturada na Internet
Fonte: Fábio Pereira
Hoje, às 10 horas, no Clube
Hebraica, localizado na Rua das Laranjeiras (n˚ 346) haverá a Assembleia Geral dos
Professores e demais profissionais da rede estadual de ensino para discussões
acerca do movimento e tomada de decisões quanto a mesma.
Antes desta, de acordo com o
Boletim divulgado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE), haverá - a partir das 9h – uma audiência com o Governador
em exercício, Francisco Dornelles, no Palácio Guanabara, que já deve estar em curso.
Sabe-se que hoje, em particular,
o dia vai ser especial em termos de posicionamento geral do funcionalismo
estadual diante da crise econômica e financeira do estado do Rio de Janeiro e
seus reflexos diretos e/ou indiretos nas diversas categorias pertencentes à
rede, pois será realizada uma Assembleia Unificada (dos servidores) no Largo do
Machado, às 14 horas. Após a esta, os servidores unificados marcharão até ao Palácio
Guanabara.
Diante da situação econômica e financeira,
caótica, do estado do Rio de Janeiro, esta Greve Geral – por tempo
indeterminado - já era esperada, assim como a participação das demais categorias
do funcionalismo público, inclusive, do Poder Judiciário.
Para quem desconhece, a
Constituição brasileira (1988) garante o direito à greve aos trabalhadores, tal
como dita em seu art. 9º: “É assegurado o
direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.
O que nos resta é a esperança de
haver o bom senso dos administradores em resolver – de forma satisfatória - o
impasse criado na conjuntura atual de uma crise nacional, a qual foi agravada –
sem precedente e sob o mesmo nível ao de outros estados brasileiros – pelo governo
do Rio de Janeiro.
A greve dos profissionais de
Educação, iniciada no dia 02 de março, já pode ser considerada um marco na história
dos movimentos grevistas das categorias abrangentes, em razão do papel ativo e
de exercício de cidadania de muitos alunos da própria rede, que além de
abraçarem as causas da greve, ocuparam diversas Unidades Escolares como forma
de protesto e de apoio aos profissionais da Educação. Afinal, eles também são
vítimas e estão sofrendo com as péssimas condições de funcionamento dos
estabelecimentos de ensino da rede estadual. Há relatos que, em muitos deles,
os responsáveis também se encontram participando.
De acordo com os últimos dados
divulgados nas mídias, nas redes sociais e em encontros presenciais, locais, de
profissionais da Educação, já são onze colégios estaduais ocupados pelos alunos
(com ou sem a presença de alguns responsáveis) em todo o estado do Rio de
Janeiro. São eles:
1. C.E. Prefeito Mendes de Moraes
(Ilha do Governador)
2. C.E. Gomes Freire de Andrade
(Penha)3. C.E. Heitor Lira (Penha)
4. C.E. Visconde Cairu (Méier)
5. C.E. Doutor João Nery (Mendes)
6. C.E. Matias Neto (Macaé)
7. CIEP 460
8. C.E. Euclydes Paulo da Silva (Maricá)
9. C.E. Nuta Bartlet (Nilópolis)
10. C.E. São José do Imbassi (Maricá)
11. FAETEC (Distrito de Bacaxá, em Saquarema)
Talvez já tenham outras...
Não restam dúvidas que a participação
e o envolvimento dos discentes em diversos protestos, nas Assembleias e em manifestações
locais, nos bairros e adjacências do estabelecimento de ensino, é muito
expressivo e jamais visto em termos de quantitativo deste segmento da
Comunidade Escolar.
Os alunos estão de parabéns,
porque estão dando uma bela e histórica aula de cidadania.
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