domingo, 18 de fevereiro de 2018

Fim do Horário de Verão (2017-2018)


 Horário de Verão 2017-2018
Imagem capturada na Internet
 
HORÁRIO DE VERÃO
Que vai rolar a festa, vai rolar. O povo no gueto mandou avisar...” Mandou avisar, sobretudo, às pessoas que se mostram contrárias ao Horário de Verão. Pois, hoje, à meia noite (de sábado para domingo), acaba o Horário de Verão e, sendo assim, os relógios deverão ser atrasados em 1 hora.
 
Esse reajuste nos relógios será feito em 10 estados brasileiros (os da Região Sudeste, Sul e Centro-Oeste) e no Distrito Federal.
 
Há quem não goste do Horário de Verão. Eu – ao contrário - adoro! E sou bastante criticada por opinar favorável a essa medida do governo. Mas, eu não sou a única. Muitos gostam de voltar para casa com o céu ainda claro e, acordar cedo, eu também gosto.
 
Em geral, as pessoas que odeiam alegam, como motivos para reclamar, a escuridão no início da manhã quando saem para trabalhar, os riscos da insegurança urbana e, principalmente, o desconforto diário em razão da falta de adaptação do seu relógio biológico com o adiantamento do horário, causando muito cansaço e sonolência o dia todo.
 
Se houve ou não redução significativa no consumo de energia nesse período, esses dados ainda não foram publicados, o que deve ser feito brevemente. No entanto, de antemão, os especialistas do Setor Elétrico do país já apontam que a redução deverá ser inexpressiva.
 
HORÁRIO DE VERÃO COM DIAS CONTADOS 
Essa questão da manutenção do Horário de Verão no Brasil tem sido bastante discutida, inclusive, com argumentos fundamentados em dados estatísticos, os quais confrontam a sua eficácia como medida de redução do consumo de energia no horário de maior pico. A redução no consumo de energia é pouco significativa e não se justifica mediante os impactos negativos sobre a população brasileira.
 
De acordo com Jornal Estado de Minas, um estudo do próprio Ministério de Minas e Energia concluiu que a manutenção desta medida não resulta mais em economia de consumo de energia, estando a sua aplicação próxima ao nível de neutralidade.
 
Segundo as autoridades do Setor Elétrico, a manutenção do Horário de Verão é considerada uma “questão cultural”. Afinal, a impressão que que se tem é de que a medida acarreta benefícios para a sociedade, em geral, tanto em termos de bem-estar como em termos de mobilidade urbana (trânsito). Beneficiando também o setor turístico.
 
MUDANÇAS DE HÁBITOS E
                                      DE DEMANDA DE ELETRICIDADE
Na verdade, o que o estudo mostra é que, atualmente, o Horário de Verão só serve para diminuir a concentração de carga de energia nos horários de pico. Na verdade, não é a incidência da luz solar que está influenciando direta e/ou indiretamente os hábitos do consumidor e, sim, a temperatura.
 
Sendo assim, hoje, é notório que a demanda por eletricidade está ligada ao aumento do uso de ar-condicionado. Com isso, os horários de maior pico também foram alterados, não sendo mais os mesmos.
 
A aquisição e uso – cada vez mais crescente – de aparelhos de ar condicionado, principalmente, nessa época mais quente do ano, o verão, faz com que o aumento do consumo de energia seja mais significativo em horários diferentes daqueles considerados, anteriormente, como de pico.
 
O "horário de ponta” ou “horário de pico” consiste no período do dia, entre as 17h e 20h, quando há maior consumo de energia elétrica, segundo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No entanto, hoje, os picos de maior consumo passaram a ser registrados, no final da manhã e início da tarde, justamente, quando o calor é mais intenso, ou seja, o horário de ponta ocorre entre 14h e 15h, assim como, de madrugada (entre meia-noite e 7h), quando se verifica um aumento do consumo devido ao largo uso de aparelhos de ar condicionado na hora de dormir.
 
Não resta dúvida que, durante o Horário de Verão, ocorre certa economia de energia entre 17h e 20h, no entanto, esta é expressamente menor se comparada ao aumento do consumo constatado tanto no diurno (manhã e tarde) quanto na madrugada devido uso do ar condicionado.
 
Notadamente, em virtude das altas temperaturas, o ar condicionado que, antigamente, era um símbolo de status, passou a ser um objeto de primeira necessidade, capaz de proporcionar conforto térmico em boa parte das residências, inclusive, aqueles usados de forma clandestina (a partir de gatos instalados em comunidades carentes).  E, como é sabido, entre os aparelhos domésticos, ele é o que mais consome energia, ultrapassando o chuveiro elétrico que, até então, era o grande vilão do setor elétrico.
 
De acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia, no ano passado, o período do Horário de Verão (126 dias) gerou uma economia de R$ 159,5 milhões ao sistema, com a redução em termos do acionamento de usinas termoelétricas para complementar a demanda por energia. Para o Setor Elétrico, esse valor é considerado irrisório (baixo).
 
REDUÇÃO DO HORÁRIO DE VERÃO 2018-2019
Essa discussão acerca de manter ou não manter, em vigor, o Horário de Verão no Brasil ainda não está resolvida (ela chegou a ser descartada no ano passado), mas, o presidente Michel Temer acatou um pedido do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, e assinou um Decreto – em dezembro de 2017 - modificando o período de abrangência do Horário de Verão deste ano (2018-2019).
 
O presidente do TSE solicitou a mudança em razão das eleições de 2018 (Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais/Distrital) e, em acordo, o referido Decreto reduziu, em duas semanas, o período vigente do Horário de Verão, a fim de facilitar a apuração dos votos das eleições.
 
O Decreto n˚6.558/2008, definiu as datas de início e fim do Horário de Verão, assim como também estabeleceu a periodicidade em quatro meses. De acordo com o referido Decreto, o Horário de Verão sempre terá o seu início no 3˚ domingo de outubro e o seu término no 3˚ domingo de fevereiro.
 
Com a redução de duas semanas, aprovada em Decreto, assinado em dezembro do ano passado, o início do Horário de Verão de 2018 será no domingo de novembro e a data do seu término foi mantida, ou seja, no 3˚ domingo de fevereiro (2019).

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