Imagem do meu acervo particular (Penha)
Embora, o município do
Rio de Janeiro tenha sofrido, ontem, outro episódio semelhante e, ainda, se
encontre em estado de alerta por
causa do mau tempo e ameaças de fortes chuvas, o temporal que castigou a nossa cidade na madrugada da 5ª feira retrasada (15/02/2018) foi bastante atípico, se comparado a este
último (ontem) e a tantos outros já registrados durante os verões cariocas.
A sua excepcionalidade
se deu por conta dos ventos fortes e
muitos raios, o que intensificou os
seus efeitos devastadores em inúmeras árvores, que caíram nas vias
públicas, interrompendo o trânsito, destruindo parcialmente muros e casas,
assim como em cima de veículos estacionados próximos ou embaixo destas.
O cenário mais parecia ser o resultado da passagem de um furacão.
Realmente, foi bastante assustador! E, até hoje, já passado mais de uma semana,
a cidade ainda enfrenta os transtornos causados por sua ocorrência, assim como
os seus efeitos são visíveis ainda em muitas ruas.
Em um curto período de tempo, em alguns pontos da cidade, os níveis de precipitação pluvial (chuva) foram
superiores ao esperado para todo o
mês de fevereiro.
Segundo o Sistema
Alerta Rio, em razão da chuva forte, nesta mesma madrugada, à 0h25, a
cidade do Rio de Janeiro entrou em estágio
de “Crise”, que corresponde ao último nível em uma escala de três estágios
operacionais, com previsão de chuva forte a muito
forte nas próximas horas, podendo causar alagamentos e deslizamentos, assim
como transtornos generalizados em uma ou mais regiões da cidade.
O segundo estágio,
o qual a cidade se encontra, agora, é
o de “Atenção”, cuja previsão é de chuva moderada, ocasionalmente
forte a muito forte, nas próximas horas. Neste estágio pode haver alagamentos, deslizamentos
isolados e transtornos pontuais que possam provocar reflexos na mobilidade
urbana.
Já o primeiro estágio é o de “Normalidade”, quando a
previsão é de chuva fraca a moderada ou, dependendo das condições
meteorológica, sem previsão de chuva.
Com relação a este temporal, em questão, um fato é inquestionável... Os estragos causados, com
tantas perdas materiais, econômicas e humanas, poderiam ter sido maiores, caso a
tempestade caísse mais cedo, quando grande parte da população ainda estivesse
nas ruas, no final da tarde ou durante a noite.
Além das quedas de árvores, o temporal da madrugada do dia 15
de fevereiro acarretou outros problemas
sérios na cidade, tais como:
alagamento de ruas, destruição e/ou desmoronamento de casas, deslizamento de
terras, perdas humanas (4 mortes, sendo dois adultos, um idoso e um adolescente),
quedas de postes, veículos danificados com a queda dos de árvores, falta de
energia elétrica (árvores caíram sobre a rede elétrica) e de água, caos no
trânsito (ruas, avenidas e estradas), o ramal ferroviário de Saracuruna
(SuperVia) ficou interrompido, porque a estação de Ramos foi fechada por causa
de alagamentos, interrupções também nas linhas do BRT, desabamento de um trecho
da ciclovia Tim Maia, entre tantos outros.
Até onde eu sei, até ontem (22/02), algumas vias públicas, residências e estabelecimentos
comerciais permaneciam sem energia em razão da queda de árvores. De acordo
com o que foi publicado e divulgado nos telejornais, ao todo foram 1.300 árvores que caíram, obstruindo
vias públicas, destruindo parcialmente casas e carros, derrubando postes e os
fios da rede elétrica, Internet (provedor) e telefone.
Por conta dessa sua complexidade, segundo a própria Light, que
atuou e está atuando conjuntamente com a Companhia Municipal de Limpeza Urbana
(Comlurb), as dificuldades são grandes tanto no trabalho de corte e remoção das
árvores (troncos, galhos etc.) quanto na conclusão dos serviços de
restabelecimento da energia.
Eu até acredito que as dificuldades foram muitas, mas - todo
ano – essa época do ano (verão) há essa concentração de chuvas fortes no Rio e,
como sempre, os problemas antigos se repetem, ou seja, trata-se de uma tragédia
anunciada.
Além da falta de equipamentos suficientes capazes de atender todos
os casos de corte e remoção das árvores, bem como o restabelecimento de energia
de forma mais rápida, a Prefeitura do Rio de Janeiro admitiu a redução em 60 % da
verba destinada à conservação da cidade, cujas tarefas abrangem como, por
exemplo, a limpeza de bueiros por onde escoam as águas pluviais e o serviço de dragagem
dos rios e canais.
Mas, além destes problemas relacionados diretamente às causas
das enchentes na cidade, o serviço de poda
das árvores (aparar galhos), como é feita pela Companhia Municipal de
Limpeza Urbana (Comlurb), no município do Rio, se mostra bem inapropriada devido aos riscos que estas passam a oferecer em ocasiões
de temporais com ventanias.
Eu desconheço a legislação pertinente a isso, mas eles cortam
os galhos das árvores na parte de baixo, justamente, por estar em situação de
risco, próximo aos fios da rede elétrica. No entanto, a parte superior das
árvores também oferecem perigo em decorrência de sua instabilidade devido à
altura e à vulnerabilidade dos galhos em face a força dos ventos. Além da idade que, também, contribui para isso. Daí
o registro de quedas de muitas árvores.
O temporal foi provocado por uma zona de baixa pressão do ar na costa
litorânea do Sudeste, entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Diferentemente da zona de alta pressão que se caracteriza pela
dispersão de ventos, a zona de baixa pressão se configura como receptora
desses ventos, com a formação de nuvens (ocorre a subida do ar quente da
superfície para as camadas mais altas da atmosfera, onde há a condensação e a formação das nuvens) e, por fim, a precipitação de
chuvas. Eventualmente, em função de condições do tempo severas, há ocorrência
de tempestades. Tal como ocorreu.
Em razão da quantidade de fotos, eu vou compartilhar as demais em outras publicações.
Quedas de árvores obstruindo vias públicas
Imagens do meu acervo particular
Praça do IAPI da Penha
A mesma árvore com alguns adolescentes
se divertindo
Penha
Brás de Pina
A mesma rua já com os garis trabalhando
no corte e remoção da árvore
Penha
Penha
Penha
Penha
Penha
Penha
Penha
Penha
Penha
IAPI da Penha
Penha
Fontes de Consulta
. Band News FM
. G1
. Jornal O Globo impresso (várias edições)
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