Imagem capturada na Internet
Fonte: Pixabay
Embora, o assunto do momento seja
o da divulgação do vídeo de uma referida reunião ministerial, ocorrida em Brasília,
há um mês, citada pelo ex-ministro Sergio Moro e com grande repercussão nas
mídias, eu não estou aqui para discutir esta polêmica no âmbito do sistema político
do nosso país. O próprio vídeo diz tudo!
Sem desmerecer a sua importância,
a minha intenção neste espaço - como já comentei em outras postagens - não é
tratar de questões políticas de dimensões acirradas, sobretudo, no campo de opiniões
divergentes.
A questão crucial é que, além
dessa crise política nacional, estamos
em plena crise da pandemia global (Novo Coronavírus e da Covid-19). E esta desencadeou outras crises intrínsecas,
como a da economia, a da violência doméstica (aumentando o número de
casos), a da saúde mental e agravando
mais ainda a situação da grande maioria dos brasileiros, neste embate contra o
Novo Coronavírus em face às desigualdades
sociais, de oportunidades de assistência
médica e de serviços, entre outros problemas sociais.
É evidente que o papel do Estado, ao enfrentamento dessa pandemia
global, deveria estar sincronizado com o conhecimento
científico e com as orientações da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas, nem mesmo as mudanças de
discurso e de medidas tomadas por outros governos que perceberam, embora
tardiamente, que os riscos do avanço da propagação do Novo Coronavírus perpassavam
a um nível dissociado da economia, foram capazes de fazer com que o nosso governo
mudasse de direção.
E nada mudou, infelizmente! Pelo
contrário, só vem piorando! E eu, particularmente, não vejo nenhuma perspectiva
de mudança de opinião.
Permanecendo irredutível, sob uma
retórica de defesa da população brasileira, sem mudar a sua linha de política à
referida questão. Por outro lado, o número de infectados e de mortos pela
Covid-19, no Brasil, só vem crescendo com o passar dos dias. Tanto que, de
acordo com o Diretor do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde
(OMS), Michael Ryan, a América do Sul se tornou
o “Epicentro” da Pandemia Global, tendo o Brasil em destaque
neste cenário, justamente, por esse perfil irresponsável do nosso governo mediante
a gravidade da pandemia, já configurada como “fora
de controle” nesta porção continental.
“O Imperial College,
instituição britânica com foco em ciência,
engenharia
e medicina, divulgou nesta sexta-feira
estimativas
preocupantes em relação ao coronavírus no Brasil.
A taxa de
contágio (Rt), que indica para quantas pessoas em média
cada
infectado transmite a covid-19, foi calculada em 1,3.
Número
acima de 1 indica que a transmissão está fora de controle.”
(Estadão)
E sua afirmação está correta! No ranking mundial, de pessoas infectadas pelo
Novo Coronavírus, o Brasil ocupa a 3ª posição,
estando somente atrás dos EUA e da Rússia.
E eu não acho difícil que ele ultrapasse esta última, passando a ocupar a 2ª
posição, pois a diferença de ambos é de cerca de 5.000 casos.
Em termos de óbitos, o Brasil se encontra em 6° lugar, atrás dos EUA, Reino Unido, Itália,
França e Espanha.
Segundo os dados oficiais, de
ontem (22/05) para hoje (23/05), ou seja, em 24 horas, o número de casos
confirmados da Covid-19 subiu para 330.890
infectados, com um aumento de 20.803 pessoas com a Covid-19. Com
relação aos óbitos, o número também cresceu
(diferença de 1.001 vítimas fatais), contabilizando hoje, até o horário de
10h32, em 21.048 mortos.
Fora as subnotificações...
Fora as subnotificações...
A nossa crise em face à pandemia
é mais complexa, pois além do posicionamento do nosso presidente frente a esse
cenário de emergência, outros problemas e hábitos históricos nas diferentes
instâncias de governo afetam direta e/ou indiretamente as medidas preventivas e
de tratamento da doença, seja pela precariedade
dos serviços públicos de saúde seja pelo desvio
de recursos financeiros destinados à compra de equipamentos ou de materiais
hospitalares, entre outros. Nem mesmo, neste período de pandemia, a corrupção deixou de funcionar.
Como cita, Marco Antonio Villa, “A
elite dirigente tem na corrupção seu instrumento de gestão da coisa pública”.
(O GLOBO)
Só para lembrar, no dia 18 deste
mês, o Secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, o Dr. Edmar Santos, foi
exonerado pelo Governador Wilson Witzel, por suas falhas na gestão dos Hospitais
de Campanha para tratamento da Covid-19. Mas, antes deste caso, em abril, o seu
Subsecretário-Executivo, Gabriel Neves, foi preso por estar envolvido em uma
organização criminosa ligada à compra de respiradores, sem licitação. Um verdadeiro
absurdo!
Recentemente, perdemos dois
Ministros da Saúde por causa da pressão do Governo e das divergências
existentes entre a Pasta e o Governo, que sempre estive em desacordo com as orientações
da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Resta-nos apenas seguir o
isolamento social, que é a melhor medida preventiva, neste momento e rezar
muito!
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