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capturada na Internet
Fonte: G1
Cem covas rasas foram abertas nas areias da praia de Copacabana e puderam ser vistas na
manhã de hoje (11/06), representando o grande número de pessoas mortas por causa
da pandemia no Brasil, ou seja, as vítimas pela Covid-19.
A iniciativa foi da Organização Não Governamental (ONG) Rio de Paz.
Conhecida
por suas formas inusitadas de protestar contra a violência do estado do Rio de
Janeiro, esta foi a maneira encontrada pela referida ONG para simbolizar e protestar,
respectivamente, o número elevado de mortos no país pela contaminação do Novo Coronavírus (alusão aos cemitérios
lotados) e contra a política do Governo Federal
ao tratamento à pandemia global no país.
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capturada na Internet
Fonte: G1
- Foto: Daniel Silveira
Segundo informações publicadas
nas mídias, o seu ato de protesto nas areias de Copacabana contou com a
participação de cerca de 40 voluntários,
que começaram os trabalhos ainda de madrugada, às 4 horas, em frente ao Hotel Copacabana Palace.
E, além da abertura das covas rasas (com sacos plásticos
pretos), juntas a estas, cruzes foram
fincadas na areia, sendo que em algumas delas foram colocadas bandeiras do Brasil. Foram estendidas também 3
faixas, tendo a principal com a seguinte citação “Brasil,
país das covas”.
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capturada na Internet
Fonte: G1
– Foto: Daniel Silveira
Em outra faixa há uma mensagem em
inglês, “Brazil is going against what the
entire world is doing”, a qual afirma, em português, “O
Brasil está indo contra o que o mundo inteiro está fazendo”.
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capturada na Internet
Fonte: G1
– Foto: Daniel Silveira
O Presidente da ONG Rio de Paz,
Antonio Carlos Costa, criticou e
cobrou mudanças de atitudes do Governo Federal em face à pandemia global,
inclusive, com a criação de um Gabinete de Crise
com uma linha política comum entre as instâncias governamentais, entre outras
cobranças a respeito da situação do país, neste momento tão difícil. E disse:
"O que nós esperamos com a manifestação
é uma mudança dessa situação de crise.
O que mais poderia ajudar agora é conhecer o cronograma,
saber o que vai acontecer daqui a um, dois meses,
para onde o país está indo.
Mas não há metas, não há planejamento.
Não houve um só momento que o presidente da república
tenha expressado compaixão, solidariedade pelos que sofrem"
E, tal como a nossa realidade
caótica e divergente, marcada por posições contraditórias até mesmo na esfera
do governo, a referida manifestação da ONG Rio
de Paz - mesmo silenciosa e pacífica - sofreu
ataque de um pequeno grupo de pessoas. Contrários aos propósitos do
protesto, este grupo além de hostilizar os organizadores da ONG, com diversas
ofensas proferidas contra eles, chegou ao absurdo de um deles invadir o espaço
e arrancar algumas cruzes fincadas na areia. Os demais, que permaneceram no calçadão
de Copacabana, bateram palmas em apoio à atitude deste indivíduo.
Segundo o que foi divulgado nas
mídias, os membros deste grupo eram apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Na sequência, um senhor recolocou as respectivas cruzes retiradas nos seus devidos lugares e,
em defesa do protesto pacífico da ONG, alegou o seguinte, tal como se encontra
registrado em um vídeo publicado nas redes sociais da Rio de Paz:
"É uma manifestação
pacífica. O mesmo direito que vocês têm de tirar eu também tenho de colocar.
Meu filho morreu com 25 anos. Ele era saudável. Vocês têm que respeitar a dor
das pessoas".
O pior de tudo é perceber que no âmbito deste clima de divergências (políticas,
comportamentais, de atitudes etc.), importância
menor se atribui à gravidade da pandemia
global. E, como consequência desta discrepância de opiniões e de atos, mais e
mais covas rasas deverão ser escavadas nas areias da praia de Copacabana... E,
por que não dizer em todas as praias do litoral brasileiro?
Afinal, segundo alguns especialistas
na área da Saúde, se nada for feito para mudar a linha pela qual o país está
seguindo, o Brasil poderá se tornar o
Epicentro da Pandemia, no próximo mês
(julho), superando e ocupando o lugar atual dos EUA em número de mortes pela
doença Covid-19.
Embora, neste ranking, o Brasil
esteja em 3° lugar, com o registro de 40.919 mortes pela Covid-19 (dados de
hoje, pela manhã), estando atrás do Reino Unido (41.364 óbitos) e dos EUA
(113.803 mortes), segundo estes especialistas, a projeção é que o país pode “quase
quadruplicar nos próximos 50 dias”.
Essa projeção tem por base um dos
principais modelos matemáticos utilizados pela Casa Branca (EUA), que é a do Instituto
de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da Universidade de Washington.
Mas, tal projeção pode não se
concretizar, apontam os mesmos, no caso de haver mudanças no processo (maior
adesão ao distanciamento e isolamento social e, consequentemente, no número de
casos confirmados).
No entanto, tais estudos servem para
as autoridades governamentais reconsiderarem os riscos e as consequências a fim
de traçarem novas medidas preventivas.
Assim espero que o Governo
repense e mude a sua linha de política divergente... Pois, como os próprios
organizadores da ONG Rio pela Paz afirmaram, “O
Brasil está indo contra o que o mundo inteiro está fazendo”.
Fontes de Consulta
. Brasil pode se tornar líder
mundial em mortes de covid-19 em 29/7, diz projeção usada pela Casa Branca – BBCNews
. ONG abre 'covas' na areia da
praia de Copacabana em protesto contra ações do governo diante da pandemia – G1
. Rio de Paz faz ato e chama a
atenção para mortes por covid-19 – Agência Brasil
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