Isso mesmo! Já ultrapassamos a marca de 213,3 milhões de habitantes. Será mesmo? E as mortes pela Pandemia do Novo Coronavírus? Até aonde sabemos, a taxa de natalidade também diminuiu na atual conjuntura pandêmica. Afinal, os riscos eram e continuam sendo para todos!
Além dos óbitos em excesso, menos bebês nasceram...
Como muitos sabem, o Censo Demográfico do Brasil que deveria ter sido realizado em 2020, respeitando o período decenal de coleta de dados (10 anos), tendo em vista que o anterior foi em 2010, não foi realizado devido a Pandemia do Novo Coronavírus, sendo adiado para este ano (2021). Contudo, pelo mesmo motivo (Pandemia) e, sobretudo, pelo corte no orçamento pelo Governo Federal, mais uma vez, o Censo foi adiado, estando prevista a sua realização no próximo ano (2022).
No entanto, levando-se em consideração a gravidade e
continuidade da pandemia e a demanda de recursos financeiros e humanos (recenseadores
e agentes censitários), imprescindíveis para a coleta do Censo
Demográfico (levantamento presencial e domiciliar)
nos 5.570 municípios
brasileiros, a possibilidade do mesmo ser adiado
por mais um ano (2023) já
foi cogitado, tal como advertiu Dalea Antunes,
Coordenadora do Núcleo do Chile
(ASSIBGE, localizado na Av. Chile, no Centro do Rio):
“Se os recursos necessários para os preparativos
só vierem na LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2022,
significa
que ele só será realizado em 2023.”
(TERRA, 23/04/2021)
Ontem (27/08), no entanto, foi publicada - no Diário Oficial da União (DOU) - a estimativa demográfica do nosso país, tendo - como data de referência - os dados de 1° de julho do corrente ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
E, de acordo com as projeções demográficas feitas pelo IBGE, a população brasileira chegou a 213.317.639 habitantes, o que significa um aumento de aproximadamente 0,7% em relação aos números estimados de 2020, representando um acréscimo de 3,17 milhões de pessoas.
Esses números são projeções baseadas em procedimento matemático, de acordo com métodos demográficos, abrangendo os diversos municípios dos estados brasileiros.
"O método
baseia-se na projeção da população estadual
e na
tendência de crescimento dos municípios,
delineada
pelas populações municipais captadas
nos dois
últimos Censos Demográficos (2000 e 2010) e ajustadas.
As
estimativas municipais também incorporam
alterações
de limites territoriais municipais ocorridas após 2010"
(Economia - G1 – 27/08/2021)
Sendo assim, esses números não foram obtidos a partir de uma contagem oficial, tal como se configura o levantamento demográfico realizado pelo Censo.
Vejamos os números estimados das Unidades Federativas (26 estados e o Distrito Federal) do nosso país por região:
. REGIÃO NORTE (Total: 18.906.962 hab.)
. Acre (AC): 906.876 hab.
. Amapá (AP): 877.613
hab.
. Amazonas (AM):
4.269.995 hab.
. Pará (PA):
8.777.124 hab.
. Rondônia (RO):
1.815.278 hab.
. Roraima (RR): 652.713
hab.
. Tocantins (TO): 1.607.363 hab.
. REGIÃO NORDESTE (Total: 57.667.842 hab.)
. Alagoas (AL): 3.365.351 hab.
. Bahia (BA):
14.985.284 hab.
. Ceará (CE):
9.240.580 hab.
. Maranhão (MA): 7.153.262
hab.
. Paraíba (PA):
4.059.905 hab.
. Pernambuco (PE):
9.674.793 hab.
. Piauí (PI):
3.289.290 hab.
. Rio Grande do Norte (RN):
3.560.903 hab.
. Sergipe (SE):
2.338.474 hab.
. REGIÃO SUL (Total: 30.402.587 hab.)
. Paraná (PR): 11.597.484 hab.
. Rio Grande do Sul (RS):
11.466.630 hab.
. Santa Catarina (SC):
7.338.473 hab.
. REGIÃO SUDESTE (Total: 89.632.912 hab.)
. Espírito Santo (ES): 4.108.508 hab.
. Minas Gerais (MG):
21.411.923 hab.
. Rio de Janeiro (RJ): 17.463.349
hab.
. São Paulo (SP):
46.649.132 hab.
. REGIÃO CENTRO-OESTE (Total: 16.707.336 hab.)
. Goiás (GO): 7.206.589 hab.
. Mato Grosso (MT):
3.567.234 hab.
. Mato Grosso do Sul (MS):
2.839.188 hab.
. Distrito Federal: 3.094.325 hab.
Ainda, de acordo com estes dados, o Sudeste se mantém como a região
mais populosa do Brasil, com o maior número de habitantes e contendo
cerca de 42% da população do país,
seguida pelo Nordeste (27%), Sul (14%), Norte
(9%) e Centro-Oeste (8%).
No entanto, estas projeções demográficas do nosso país (sua estimativa) não levaram em consideração alguns dados primordiais ao tamanho da população, na atual conjuntura, sob o contexto da pandemia do Novo Coronavírus.
"Os efeitos da
pandemia da Covid-19 no efetivo populacional
não foram
incorporados nesta projeção,
devido à
ausência de novos dados de migração,
além da
necessidade de consolidação dos dados
de
mortalidade e fecundidade,
fundamentais para se compreender
a
dinâmica demográfica como um todo"
(IBGE, publicado no G1).
Com isso, só poderemos ter a contagem
oficial da população brasileira após a realização do Censo Demográfico. Quando o IBGE – Órgão Federal
responsável pelo Censo Demográfico do país – considerar e incorporar as implicações
da pandemia no tamanho da população.
Como é sabido por todos, o estudo demográfico não se atém apenas ao número e ao sexo da população, considera-se também os indicadores sociais (aspectos de sua realidade social), seu deslocamento (migrações), bem como às questões ligadas à sua ocupação profissional (mercado de trabalho). E, sob este contexto, as implicações diretas e/ou indiretas da Pandemia do Novo Coronavírus neste quadro são imperativas para mostrar a realidade socioeconômica e demográfica de fato do nosso país.
“(...) o próximo Censo Demográfico, que será
realizado em 2022, trará não somente uma atualização dos contingentes
populacionais, como também subsidiará as futuras projeções, fundamentais para
compreender as implicações da pandemia sobre a população, não somente no curto,
mas também no médio e longo prazo” (Márcio Mitsuo Minamiguchi, gerente
de Estimativas e Projeções de População do IBGE – Agência IBGE).
Sob o contexto de crescimento demográfico, verificado no quadro da população nesta conjuntura pandêmica, sobretudo, em termos de crescimento natural ou vegetativo (diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade), estudos já apontavam uma tendência de desaceleração no ritmo deste mediante o número elevado de óbitos pela Covid-19, principalmente entre os idosos.
Além destes dados verificou-se uma
diminuição no número de nascimentos, o qual vai denotar - a longo prazo - um impacto
maior, tanto na questão do envelhecimento da população quanto na questão do
crescimento demográfico.
Fontes:
. ALVARENGA, Darlan. Nova estimativa da população não incorpora efeitos da pandemia, diz IBGE – Economia – G1
. AMORIM, Daniela et ali. Censo demográfico deste ano será adiado, após novo corte no Orçamento – TERRA
. BARROS, Alerrande. População estimada do país chega a 213,3 milhões de habitantes em 2021 – Agência IBGE
. IDOETA, Paula Adamo. Covid: 300 mil bebês deixaram de nascer no Brasil por pandemia, com adiamentos e mais divórcios - BBC News Brasil
. População brasileira chega a 213,3 milhões de pessoas em 2021 – Agência Brasil
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