terça-feira, 19 de julho de 2022

Dica de Vídeo: Tutorial de como fazer Cordel

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Fotografia do meu acervo particular

Texto modificado em 21/07/2022 às 9h12 

Como vamos entrar no mês de agosto e, em 22 de agosto, é comemorado o Dia do Folclore, resolvi retomar o tópico sobre Cordel, pois gosto muito.   

Embora, eu já tenha sugerido como “Dica”, neste espaço, em 05/12/2011, um site para criar o seu Cordel (vejam AQUI!), eu achei muito interessante o Tutorial abaixo, no qual Anne Karolynne ensina o passo a passo de como criá-lo.  

Sendo assim, este, além de ser uma dica de Vídeo, serve, ao mesmo tempo, como sugestão de Atividade Pedagógica contextualizada para ocasião (Folclore). 

Quem nunca viu um varal com vários folhetos de literatura de cordel? Ou teve a oportunidade de folhear um deles, seja rua ou em algum evento cultural na escola?  

Eu posso dizer que já tive vários exemplares, tanto como apreciadora da cultura nordestina, quanto por conta de orientação de uma turma em uma Feira Cultural do C.E. Prof.ª Sonia Regina Scudese, em 2014, na qual os alunos optaram por presentear os jurados (professores e outros profissionais) com uma lembrancinha sobre Luiz Gonzaga e sua região de origem, o Nordeste. E a lembrancinha foi um folheto de Cordel.  

Lembrancinha da Turma na Feira Cultural
Fotografia do meu acervo particular

Na época, encontramos facilmente os folhetos no Centro do Rio, na proximidade do Edifício Central e da estação do metrô do Largo da Carioca. Mas, sabíamos que na Feira de São Cristóvão, também, seria possível encontrá-los.   

De acordo com fontes de pesquisa, a tradição do barbante (cordas ou cordéis) remonta a Portugal, que – ao parece – herdou essa tradição cultural de outros povos, por volta do século XVI.  

O termo literatura de “cordel” vem do fato destes serem expostos, pendurados em cordas (ou cordéis). 

Imagem capturada na Internet
Fonte: Curso do E-Proinfo

Em solo brasileiro, a literatura de cordel foi trazida pelos colonizadores portugueses, mas, este tipo de poema popular só se popularizou no Século XIX, tornando-se uma forma de expressão cultural, mais especificamente, da região Nordeste. E como traço da cultura nordestina, a tradição de pendurá-lo em barbantes se tornou opcional (Neoenergia).   

Escritos sob forma rimada, este gênero literário popular é feito em versos, abordando uma linguagem regional e temas populares, o que lhe diferencia da literatura tradicional. As estrofes mais comuns são as de dez (décima), oito ou, a mais comum, a de seis versos (sextilha). A capa dos folhetos é ilustrada com xilogravura, remetendo a desenhos baseados na história contada em verso, no seu interior.  

Os versos são recitados de forma melodiosa e cadenciada, podendo ser acompanhados por uma viola ou, não, quando são apenas lidos ou declamados por seus autores ou cordelistas.  

Hoje, a expressão adotada e mais coerente com o seu sentido popular é, simplesmente, “Cordel”.  

Em virtude de sua importância cultural e histórica, a literatura de cordel recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, em setembro de 2018, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). 


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