Mosquito Aedes aegypti Imagem capturada na Internet Fonte: Pixabay |
A situação está muito preocupante no estado do Rio de Janeiro e, por que não dizer, também, em outros estados brasileiros?!
Isso por conta dos significativos aumentos dos casos de dengue em nosso país. E, infelizmente, sabemos que este quadro tende a se agravar nas próximas semanas.
Os números não param de crescer. De acordo com as autoridades na área de Saúde, a previsão – desde o final de fevereiro - é que, entre 6 a 10 semanas, teremos um aumento dos casos, inclusive da forma mais grave da doença, chamada – erroneamente - de dengue hemorrágica.
Segundo o próprio governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro,
“Temos
uma projeção de aumento de casos
para as
próximas seis a 10 semanas ainda.
Num
cenário positivo, seis semanas.
Num
cenário negativo, 10 semanas.
Nossa
previsão é um acumulado até maio na casa dos 150 mil casos.
Teremos
semanas difíceis ainda”
(CORREIO BRAZILIENSE, 21/02/2024)
Esse prognóstico de aumento tem por base na conjunção de dois fatores, típicos da atual estação do ano (verão), que são as altas temperaturas (calor) e os elevados índices de precipitações pluviais (chuvas).
Para piorar o quadro, estas tendem a se intensificarem em razão dos efeitos do El Niño, com chuvas intensas na região Sul do país a partir do aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial.
Só para se ter uma ideia da dimensão em nosso território nacional, nas sete primeiras semanas deste ano (2024), o Brasil contabilizou 113 mortos por dengue.
E até a data de 19/02, o número de pessoas infectadas – no país – já estava na ordem de 653.656 casos prováveis, o que significou um aumento de 294% em comparação com os números do mesmo período de 2023, ano em que o Brasil bateu o recorde de infectados e de mortes.
Em nosso estado, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro que havia notificado 4 mortes por dengue neste mês, atualizou os dados, hoje (28/02) e, de acordo com a reportagem no Telejornal RJ2 (Globo), esse número subiu para 9 óbitos. Em termos de casos de infecção, segundo o mesmo Telejornal, os números contabilizam 79.525 pessoas, com projeção que estes sejam, na realidade, cerca de 120 mil doentes.
O primeiro óbito registrado em nosso estado - datado do início de fevereiro – foi de um morador do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. O homem tinha 45 anos de idade e se encontrava internado em uma Unidade de Saúde da localidade, com um quadro de grave desidratação (dengue grave).
As outras três mortes subsequentes, confirmadas, foram nos municípios de Mangaratiba, Itatiaia e mais uma na cidade do Rio de Janeiro, no bairro Senador Camará, na Zona Oeste da capital carioca.
Hoje, além destes casos de mortes por dengue, outros municípios
também registraram uma morte cada um, pela mesma doença, contabilizando
assim 9 óbitos no total, em nosso estado, são eles: Resende, Três Rios, Barra do Piraí, Volta
Redonda e Cachoeiras de Macacu.
Além destes há cerca de 63 mortes em investigação.
Imagem capturada no RJ2 On Line
Os municípios fluminenses com maior incidência
de casos de dengue são, em ordem decrescente de ocorrências:
1. Itatiaia;
2. Cordeiro;
3. Areal;
4. Resende;
5. Cantagalo;
6. Piraí;
7. Macuco;
8. Carmo;
9. Italva e
10. Comendador Levy Gasparian.
Daí a gravidade desta 5ª Epidemia de dengue do Século XXI do nosso estado.
A primeira epidemia de dengue deste Século foi em 2002 (janeiro e fevereiro), quando foram registrados 134 mil casos de dengue; a segunda epidemia se deu em 2008 (janeiro e fevereiro), com 38.599 casos da doença; a terceira epidemia ocorreu em 2013 (janeiro e fevereiro), com 51.462 casos da doença; a quarta epidemia foi em 2016 (janeiro e fevereiro), com 33.674 casos confirmados de dengue e, a quinta e atual epidemia (janeiro e fevereiro de 2024), contabiliza 79.525 casos formalmente registrados da doença.
Mas, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de
Janeiro, como muitas notificações quanto à doença entram com atraso no sistema,
a projeção da
Pasta é que o estado tenha cerca de 120 mil suspeitas da doença nestes dois meses de 2024 (janeiro e fevereiro).
Eu já tive dengue por duas vezes, sendo a primeira vez em 1998, quando lecionava no antigo Ensino Primário. A segunda vez, não me recordo o ano, infelizmente!
Temo em contrair dengue, este ano, pois - de acordo com os especialistas na área de Saúde - os riscos aumentam conforme ocorram as infecções subsequentes.
Como muitos sabem, a Dengue tem quatro variedades de vírus, os quais foram denominados de den1, den2, den3 e den4. Esses quatro tipos já foram registrados em nosso país.
Esses diferentes tipos do vírus da dengue consistem em variações do micro-organismo causador da doença, o que aumenta a probabilidade de infecção humana, isto é, apresenta maior risco de contágio. Não significa que um tipo de vírus é pior do que o outro, mas do fator de fragilidade em face ao sistema imunológico do indivíduo.
Se não houvesse estas quatro variações, o indivíduo que tivesse contraído a dengue, uma vez, não a teria mais, uma vez que – de acordo com o seu sistema imunológico - ela não poderia ter dengue do mesmo tipo por duas vezes. Mas, ao contrário, na dengue há os tipos 1,2,3 e 4.
Lembro-me muito bem que, em 1998, nós, professores regentes, fomos orientados a promover reuniões com os responsáveis e os alunos, visando esclarecimentos quanto à doença (Dengue) e às principais medidas de prevenção.
Tenho, até hoje (imagem abaixo), o Caderno Explicativo que
recebemos da Secretaria
de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
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