08 de março: Dia Internacional da Mulher Imagem capturada na Internet Fonte: Pixabay |
Hoje, dia 08 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Data que é comemorada no mundo inteiro, desde 1975, quando foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para este fim.
A escolha desta data, como já mencionei em diversas publicações, neste espaço, se deu em razão de um incêndio em uma fábrica de tecidos, em Nova York (EUA), no dia 08 de março de 1857, quando várias operárias - em greve - morreram queimadas ou por asfixia (sufocadas pela fumaça).
As operárias protestavam contra as más condições de trabalho, reivindicando também a redução da jornada de trabalho diário (de 16 para 10 horas diárias), a equiparação salarial do sexo feminino com o dos homens, que desempenhavam a mesma função (elas recebiam menos de 1/3 do salário dos homens) e o direito à licença maternidade.
Segundo os registros históricos, as saídas de emergência da fábrica foram bloqueadas pelo lado de fora, pelos próprios donos, os quais - em conjunto com as autoridades policiais - atearam fogo com a intenção de amedrontá-las e pôr fim à manifestação.
Contudo, o incêndio se propagou rapidamente devido à própria matéria-prima (tecidos) e outros produtos químicos utilizados na indústria, que eram inflamáveis. Com a medida tomada para o controle das manifestações das operárias, aliada à vulnerabilidade dos materiais têxteis e o incêndio de grandes proporções, o resultado não poderia ser nada satisfatório... Resultado, 129 operárias morreram.
Esta é a versão é mais conhecida em relação a origem da referida data. Contudo, como já publiquei neste espaço, há divergências quanto aos fatos reais, inclusive, quanto a data verdadeira do incêndio em Nova York.
De acordo com diversas fontes, tal como mencionei em publicações anteriores, o incêndio que marcou a história da cidade de Nova York ocorreu na fábrica Triangle Shirtwaist, alojada no prédio Asch (10 andares), localizado no bairro Greenwich Village de Manhattan, no dia 25 de março de 1911, quando morreram 146 trabalhadores, sendo 123 mulheres, a maioria imigrantes.
Como se pode observar, tanto a data do incêndio quanto ao número de operárias mortas diverge dos dados considerados pela ONU. Para saber mais detalhe sobre este fato, acesse a postagem do dia 15/03/2015, intitulada "08 de Março: Dia Internacional da Mulher".
Embora haja estas divergências, um fato é inquestionável, a mulher já teve muitas conquistas, já venceu várias barreiras e imposições culturais baseadas no machismo e exerce atividades profissionais que, há décadas atrás, eram exclusivamente desempenhadas por homens. Atualmente, ela trabalha em diferentes setores da economia sob os efeitos da própria evolução e emancipação da mulher na sociedade e no mercado de trabalho.
No entanto e, infelizmente, ainda convivemos com alguns resquícios da sociedade patriarcal do passado, cuja estrutura dominava a sociedade e o machismo era ápice das relações interpessoais entre os gêneros. Onde o poder do homem era dominante, enquanto a posição da mulher, de qualquer classe social, se encontrava aferida a um grau de inferioridade determinante.
Embora, a questão da igualdade salarial entre mulheres e homens já esteja prevista na Constituição Federal e na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ganham 20% menos que os homens para os mesmos cargos.
E mais, a violência contra a mulher continua elevada em suas diferentes facetas (física, psicológica, moral, patrimonial e sexual), assim como os casos de feminicídio, entre outros aspectos de caráter cultural machista.
Mas, temos muito a comemorar, sim! Por sermos mulheres, guerreiras, empreendedora e persistentes!
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