segunda-feira, 21 de novembro de 2016

20 de Novembro: Dia da Consciência Negra


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Fonte: Parágrafo 2


INCOLOR
                                             Autoria desconhecida

No sopro de vida,
o mesclar da Trindade
e, na junção de tudo,
forma-se o ser.

Na vida que surge,
o perfeito se faz
na forma disforme
entre tantos outros mais.

À imagem das mãos
modeladoras do barro,
permeia-se o bem
no refletir do irmão.

Trocam-se as almas
ao embaralhar
das lágrimas,
ao gargalhar do sorriso.

São corpos brancos
de almas negras;
são corpos negros
de almas brancas.

Não há algemas
na prisão do amor!

Na forma viva,
o aprender viver
eterno sonho
incolor de ser.


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domingo, 20 de novembro de 2016

O Caso de Mega Meier e suas Conexões: Internet, Redes Sociais, Cyberbullying e Suicídio

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Fonte: Find a Grave


Há muito tempo estou para publicar vários fatos conexos no âmbito das “mazelas do mundo virtual”. Não resta dúvida que a Internet consiste em uma fundamental ferramenta no mundo atual, globalizado, onde – sobretudo - a informação e o conhecimento andam juntos sob um simples manejo do mouse.

A Internet revolucionou na maneira pela qual é fornecida e alcançamos a informação. Embora, com algumas barreiras socioeconômicas em termos de acesso, entre os diversos países do mundo, esta se mostra aberta e democrática. E é por isso que a sociedade moderna é denominada de “Sociedade da Informação ou do Conhecimento”, tal qual a Revolução Técnico-Científica imprimiu em termos de inovação tecnológica, sobretudo, na área da Comunicação, entre tantas outras.

Além dos aspectos associados à construção do conhecimento, quer seja de forma autônoma quer seja de forma orientada, por meio da Internet, a divulgação, a mobilização, a publicidade, a interatividade, os casos de denúncias e etc. tornaram-se bem mais simples e ágeis no mundo conectado. Ainda mais, quando se fala na dimensão e alcance das redes sociais.

No entanto, do mesmo jeito que a Internet facilitou e trouxe benefícios à sociedade em geral, ela – em função do seu uso inadequado por pessoas inescrupulosas ou por simples brincadeira de mau gosto – promoveu e acarretou diversas situações negativas, reforçando valores e atividades antiéticos, imorais, de banalização à vida, de individualismo, de exibicionismo, para prática de ato ilegais e criminosos, entre outros da mesma categoria. 

De uma maneira geral, o público infanto-juvenil (crianças e adolescentes) é o mais vulnerável a essas situações, não fugindo à regra, outras faixas etárias. E, na condição de vítima e mediante a forma como cada um reage, as consequências podem ser desastrosas, inclusive, podendo os levar a atitudes radicais, como - por exemplo – fuga de casa e até o suicídio.

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Fonte: Find a Grave

No dia 06 de novembro, Megan Taylor Meier completaria 24 anos, se estivesse viva... Sua história comoveu o mundo todo e serve de alerta para muitos jovens, tanto para aqueles que são vítimas quanto aos agem como agressores e, até mesmo, para os que apresentam comportamento de indiferença diante das práticas de Bullying em seu ambiente de convivência.

Megan Meier nasceu na cidade de Dardenne Prairie, Missouri (EUA), no dia 06 de novembro de 1992. Sua morte prematura foi acometida por ela mesmo, ou seja, por suicídio e por enforcamento, no dia 17 de outubro de 2006, quando só tinha 13 anos (ela completaria 14 anos no início do mês seguinte).

O que esse fato tem a ver com a chamada do meu artigo? Tudo! Pois, ele agrega as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), como o Computador (PC), a Internet, a interatividade em uma rede social (neste caso específico, a MySpace) e, ainda, a prática de Bullying virtual (Cyberbullying), sob um perfil falso, criado justamente para atrair, seduzir e conquistar a confiança da vítima, uma adolescente de apenas 13 anos de idade.

Resultado desta rede perversa de relacionamento e de interatividade, criada e mantida de forma intencional para atingir a vítima, Megan Meier, foi o suicídio da jovem acometido em um momento de desespero emocional, dentro de casa. 

“A palavra suicídio (etimologicamente sui = si mesmo; -caedes = ação de matar)
foi utilizada pela primeira vez por Desfontaines, em 1737
 e significa morte intencional auto-inflingida, isto é,
quando a pessoa, por desejo de escapar de uma situação de sofrimento intenso,
decide tirar sua própria vida”.
  
Tudo começou quando o jovem Josh Evans, 16 anos, adicionou Megan Meier por meio do MySpace e, após o seu aceite, ambos iniciaram um forte relacionamento que resultaria na crença – por parte dela – de estar sendo correspondida em termos de uma relação amorosa.

No entanto, todo o envolvimento iniciado e mantido entre Megan e Josh era apenas online. Nunca houve um encontro presencial de ambos. Com a desculpa de ter se mudado recentemente para uma cidade vizinha, ele alegou não ter telefone ainda, a fim de evitar a escuta de sua voz, já que ele era uma grande farsa. Josh Evans, na verdade, nunca existiu!

E aí é que reside um dos problemas comuns no mundo virtual, a criação de perfis falsos e a consolidação de práticas dolosas em detrimento à ingenuidade de muitos jovens, internautas, que se tornam vítimas em potencial.

No caso da jovem Megan Meier, a crueldade foi mais grave, porque foi intencional. Foi uma estratégia utilizada por uma determinada pessoa, direcionada à própria Megan, cujos objetivos tinham por base a vingança, enganando-a com o assédio e a conquista protagonizado por um jovem bonito na Internet. O passo seguinte era fazê-la sofrer com a rejeição do mesmo e com as diversas ofensas e humilhações travadas durante as trocas de mensagens.  

Pois bem, a jovem Megan Meier foi facilmente iludida porque já apresentava uma baixa autoestima devido ao fato de que – por muitos anos – lutou contra a balança e sofria de depressão, da qual se tratava com medicamentos.

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Fonte: Find a Grave
Por ser gordinha, ela sofria muito Bullying na escola. Seus pais até a transferiram de unidade escolar a fim de ver se as piadinhas acabavam.

Aos 13 anos de idade, Megan Meier já havia emagrecido muito (cerca de 10 Kg) e, inclusive, praticava atividades esportivas, como o vôlei no time da escola. Mas, apesar destas mudanças, sua autoestima ainda era frágil, instável.

O fato do seu contato com o jovem Josh Evans ser online facilitou a sua interação e desenvoltura com a nova amizade no MySpace. Além disso, ele mesmo a elogiava sempre, enaltecendo a sua beleza e muito mais. Com isso, conversar com ele sempre a fazia feliz. 

Por semanas, o relacionamento deles foi alimentado assim...

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Fonte: Find a Grave
  
Porém, no dia 15 de outubro de 2006, tudo começou a mudar e o sonho de Megan Meier apresentou as primeiras rachaduras antes de desabar por inteiro e, junto, levar a sua autoestima tão frágil para o nível mais baixo...

Neste mesmo dia, Josh Evan a abordou mal na rede social, alegando não querer ser mais seu amigo, pois havia ouvido que ela era uma pessoa que tratava mal as suas amizades. Curiosamente, Megan Meier havia acabado sua amizade com Sarah Drew, devido às constantes brigas entre elas. E essa ex-amiga morava próximo a sua residência.
  
No dia seguinte (16/10), ao retornar da escola e acessar o MySpace, em busca de novas mensagens do Josh, ela se deparou com mensagens mais duras e, para piorar, vários comentários e mensagens de outros usuários com ofensas diretas, a chamando de “vagabunda” e “gorda” na rede social.

Sua mãe, Tina Meier, percebendo o choro e o estado da filha, ao telefone, a recomendou a sair do MySpace e desligar o computador. Só que Megan continuou lendo as diversas mensagens ofensivas contra ela.

Mas, para que já tinha uma baixa autoestima e estava passando por uma grande decepção, como ela estava, as últimas mensagens que recebeu de Josh Evans foram arrasadoras. Elas foram feitas via AOL Instant Messenger, em vez do Myspace. Além dele proferir que ”todos sabem quem você é. Você é má e todos te odeiam. Tenha uma porcaria de vida”, no final, ele disse: “O mundo será um lugar melhor sem você".

Seus pais já estavam em casa, quando Megan Meier foi para o seu quarto e lá ficou com a porta fechada. Minutos depois, ela cometeu suicídio por enforcamento (usando um cinto) dentro do closet do seu quarto. Ela só tinha 13 anos e, dali a três semanas, seria o seu aniversário (14 anos).

Paramédicos foram chamados e fizeram todos os procedimentos para revivê-la, mas sem sucesso. Megan Meier foi declarada morta no dia 17 de outubro.


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Fonte: Find a Grave

Ela se matou acreditando que o jovem que conhecera em uma rede social e que, inicialmente, demonstrou enorme carinho por ela, o mesmo que, posteriormente, passou a desprezá-la e a insultá-la veemente, existia de verdade.

Após a tragédia, os pais da jovem procuraram o perfil de Josh Evans no MySpace, mas este não mais constava, pois havia sido deletado.

Seis semanas depois de sua morte, os pais de Megan Meier descobriram – através de uma vizinha da rua - que Josh Evans jamais existiu. Que tudo fez parte de uma "brincadeira de mal gosto" de Lori Drew, 49 anos, mãe de  Sarah Drew, a ex-amiga da Megan.

Sarah e Lori Drew (filha, ao fundo e mãe)
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Fonte: Technology
Crédito: Nick Ut/Associated Press

Isso mesmo, foi um perfil falso, criado com a única intenção de vingança por Lori Drew e de conhecimento de toda a sua família, inclusive, a filha. A família morava a quatro casas de distância da família de Megan Meier. 

Lori Drew não agiu sozinha, ela teve ajuda de sua filha Sarah e de sua empregada, Ashley Grills, de 18 anos.

A vizinha ainda revelou que, no dia do suicídio de Megan Meier, Lori Drew havia ligado para a filha dela pedindo que ficasse de "boca fechada" sobre o perfil falso de Josh Evans no MySpace.

Lori Drew sabia muito da vida da jovem, pois esta e sua filha eram muito amigas, ao ponto de viajarem juntos de férias em família. Por isso, ela sabia que a Megan Meier tomava antidepressivos, assim como tinha uma página no MySpace.

Pouco antes da morte da jovem, Lori Drew pediu aos pais de Megan Meier para guardar, na garagem de sua casa, o presente de Natal de seus filhos (uma mesa de pebolim). Os pais de Megan concordaram e assim o fizeram.

No entanto, após descobrirem a farsa toda e a autoria da mesma, eles destruíram a mesa de pebolim e jogaram os "pedaços" na porta da casa da família Drew.

Lori Drew ameaçou e apresentou queixa na polícia sobre a destruição do presente de Natal de seus filhos. Mas, ela foi também solicitada a responder sobre o caso do suicídio de Megan Meier, já que os pais da jovem já haviam a denunciado à polícia.

De acordo com a própria e, os registros nos arquivos da polícia local, sua intenção - com a criação do perfil falso de Josh Evans - era conquistar a confiança de Megan Meier e descobrir o que ela sentia por sua filha.

E ela chegou a dizer que achava que a sua brincadeira acabou influenciando a sua atitude em se suicidar, mas que não se sentia tão "culpada", porque descobriu – durante o funeral - que a jovem já havia tentado suicídio, em outra ocasião.

A mãe de Megan disse que ela mencionou suicídio algumas vezes, mas jamais havia tentado contra a sua própria vida. E, além desse fato, ninguém que a conhecia, incluindo o seu médico psiquiatra, a considerava como uma pessoa potencialmente suicida.

O fato é que a impunidade atribuída ao caso de Megan Meier revoltou muita gente e mobilizou as mídias em termos de protestos às autoridades do condado de St. Charles que decidiram não apresentar uma acusação criminal contra Loris Drew. Segundo os mesmos não houve nada ilegal, mesmo admitindo a crueldade do feito.

Apesar de Lori Drew ter sido indiciada pelos seus atos em 2008 e obtido absolvição no ano seguinte, ela sofreu muitos assédios e provocações verbais pela população. Sua casa sofreu atos de vandalismo e, em decorrência da repercussão negativa de conduta, ela se viu obrigada a se mudar de bairro.

Todavia, o caso de Megan Meier não foi encerrado, fazendo com que várias jurisdições se mobilizassem e criassem leis de combate ao Cyberbullying

Em resposta a esses fatos, a Câmara de Vereadores da cidade de Dardenne Prairie aprovou um Decreto, em 22 de novembro de 2007, que torna qualquer tipo de assédio - por meio eletrônico, incluindo a Internet, serviços de mensagens de texto, pagers e dispositivos semelhantes – a ser tratado como delito, com multas de até US $ 500 e até 90 dias de prisão.

Outras cidades e estados dos EUA também aprovaram leis de assédio, algumas mais abrangentes (Cyberbullying e Cyberstalking) em resposta ao caso de Megan.

Tina Meier, mãe Megan, criou a Fundação Megan Meier (em inglês, Megan Meier Foundation), com sede em Chesterfield, Missouri (EUA), cuja missão é “apoiar e inspirar ações para acabar com Bullying, Cyberbullying e suicídio”. Clique AQUI para acessar a referida Fundação. 


Fontes de Consulta:






sábado, 12 de novembro de 2016

Sem Preconceito: Um toque que pode salvar vidas

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Estamos em pleno mês de novembro e, como eu não poderia deixar de mencionar, também, estamos em plena campanha de conscientização quanto à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. Como se pode ver, ao contrário do Outubro Rosa que foi dirigida, sobretudo, às mulheres em relação ao câncer de mama, desta vez, a campanha Novembro Azul é voltada para o sexo masculino.

De acordo com os especialistas, no Brasil, o câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele (não-melanoma). 

Em sua fase inicial, o câncer de próstata não tem sintomas. No entanto, em 95% dos casos, ele é diagnosticado já em estágio avançado, cujos sintomas mais comuns são: dor óssea, sangramento na urina e dificuldades para urinar. Sendo assim, a ida ao médico, periodicamente, torna-se imprescindível.

A Campanha Novembro Azul surgiu, em 2003, na Austrália, aproveitando o ensejo das comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, que é realizado no mesmo mês (17/11). Foi assim que surgiu a Campanha Internacional, “Movember”, conhecida – posteriormente - como “Novembro Azul”.

A referida Campanha vai muito além da importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, pois a conscientização também tem – por objetivo – quebrar velhos tabus quanto ao exame médico, cujos procedimentos – muitas das vezes – são temidos pelos homens por mero preconceito (o exame de toque retal). 

Esse exame específico avalia o volume e a consistência da próstata, assim como se há presença ou não de nódulos na glândula.

No Brasil, a realização de campanha dirigida ao problema do câncer de próstata partiu do Instituto Lado a Lado pela Vida, em 2008. Intitulada “Um Toque”, a referida campanha tinha como foco à importância da consulta ao médico para realização do exame de toque retal (preventivo), fundamental, para este tipo de câncer.

Em 2012, o Instituto Lado a Lado pela Vida passou a integrar tal projeto no âmbito da Campanha Internacional, passando a promove-la durante o mês de novembro (Novembro Azul).

De acordo com o referido Instituto,
“O câncer de próstata atinge grande parte da população masculina 
e, mesmo assim, ainda é um tema que enfrenta barreiras. 
Quase 50% dos brasileiros nunca foram ao urologista, 
e muitos descobrem a doença em estágio avançado”.

A orientação é que, mesmo na ausência de sintomas da doença, homens – na faixa de 45 anos - com histórico familiar e, aqueles com 50 anos ou mais idade, mas sem histórico de câncer da próstata entre os familiares devem ir anualmente ao urologista.

Tal como a Campanha Outubro Rosa, durante o mês de Novembro, vários monumentos turísticos são iluminados com a cor símbolo da Campanha, ou seja, com a cor azul. Muitos, a exemplo do Instituto Lado a Lado pela Vida, ainda exibem o bigode   

E, igualmente, eu ratifico, Outubro Rosa e Novembro Azul não devem ficar restringidos aos respectivos meses. Ambos casos de câncer, assim como outros, devem fazer parte da preocupação constante de toda a sociedade, entre mulheres e homens, pois só assim poderão ser prevenidas e até curadas, quando descobertos no início de seu desenvolvimento.

Nota: No site do Instituto Lado a Lado pela Vida, eles disponibilizam orientações, informações e serviços acerca da Campanha e do câncer da próstata. Inclusive há material de divulgação para Download, assim como a Cartilha “Diálogo da Próstata” em pdf (Guia de Orientação do Diagnóstico ao Tratamento). Para acessá-la, clique AQUI!

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Donald Trump, contrariando as pesquisas, vence as eleições dos EUA


Donald John Trump - 45º Presidente dos EUA
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Fonte: Wikipedia (Crédito: Gage Skidmore)


Ontem, cobrei até de meus alunos do Ensino Médio – sob a forma de questão de Teste Relâmpago – as eleições dos EUA.

Não comentei nada a respeito da disputa presidencial e acerca do perfil - de domínio público até então - de cada um dos candidatos, neste espaço, por opção pessoal.

Apostava e queria a vitória da Hillary Clinton que, se ganhasse, seria a primeira mulher, presidente, da maior potência econômica do mundo.

Apostava e queria a vitória da Hillary Clinton por acreditar mais nela do que no seu adversário, Donald Trump, que se mostrou um “não-político”, mas ao mesmo tempo, com ideias conservadoras, racistas, arrogantes e preconceituosas, inclusive, em termos de gêneros. 

Muitos analistas destacaram que Hillary Clinton, apesar de sua posição política sólida, sempre passou uma certa falta de confiabilidade, de postura introvertida em relação à projeção de um Chefe de Estado e de Governo. 

Donald Trump, por sua vez, sempre se portou como o vencedor (ele nunca admitiu a possibilidade de perder as eleições). Apresentava-se como senhor absoluto da verdade e das mudanças radicais, por quais o país necessitava ser submetido.

Ele era o candidato mais temido – segundo pesquisas realizadas - tanto em solo estadunidense quanto no mundo afora.

Ele, com seu discurso conservador e radicais, diretos e/ou indiretos, ascendeu ideias de supremacia branca no país, defendendo a política do “americanismo” em detrimento aos grupos de imigrantes, dos negros e outros. Esquecendo de valorizar o papel crucial desses na cultura, na economia...

Com a vitória de Trump, como 45° Presidente dos EUA, o futuro do país é uma incógnita, bem como a situação dos imigrantes e outros grupos de minorias.

Só para se ter uma ideia do seu poder de discurso e dos seus efeitos negativos, durante o período de sua Campanha Eleitoral, movimentos xenófobos, anti-islâmismo (anti-muçulmano), anti-judeus, em prol da volta da Ku Klux Klan e outros ressurgiram e ganharam força no país.

Não tenho ideia do que esperar do poder político e de relações diplomáticas dos EUA em face ao mundo globalizado. É esperar para ver e/ou sentir na pele.


Que ele faça um bom governo sem prejudicar aqueles que, direta e/ou indiretamente, contribuíram e contribuem para economia dos EUA e, também, pelo exercício da democracia. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

II Campanha da Solidariedade 2016


Embora o tempo seja curto, em razão do final do ano letivo, todos os esforços para arrecadar o maior número de donativos para a segunda e última edição da Campanha da Solidariedade 2016 estão voltados para atingir as metas propostas. E a Turma 1601, a terceira a assumir tal compromisso de cidadania, já se encontra disposta a trabalhar a finco!

A II Arrecadação de donativos este ano começou desde a semana passada, devendo os alunos irem – de sala em sala – a partir de amanhã para divulga-la. Alguns cartazes também serão fixados na escola.

Para o início de dezembro está programado – dentro das atividades vinculadas no Projeto da Campanha de Solidariedade – a segunda Edição do Dia de Ação Social, a ser realizado na Unidade Escolar, com a participação de todos os membros de sua comunidade interna.


Estamos fechando algumas parcerias e, assim que a Programação estiver certa, publicarei neste espaço. 

Turma 1601 (2016) 
Atual turma responsável pela Campanha da Solidariedade
 da E.M. Dilermando Cruz

Divisão Internacional do Trabalho: DIT Clássica e Nova DIT

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Dando continuidade ao tópico Divisão do Trabalho, em termos de “especialização da produção” e de sua distribuição no cenário mundial, vamos ter a Divisão Internacional do Trabalho.  


A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) expressa a comercialização em escala internacional (exportação x importação) entre os países desenvolvidos, os subdesenvolvidos (não industrializados) e os em desenvolvimento (subdesenvolvidos industrializados), que se caracteriza pela especialização da produção econômica dos mesmos de acordo com o seu respectivo nível socioeconômico e tecnológico.

A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) surgiu no âmbito da evolução do Capitalismo e assim, como o próprio desenvolvimento do sistema, a DIT evoluiu e sofreu mudanças em seu perfil ao longo dos séculos, sendo reflexo da própria dinâmica econômica e política, vigente, assinaladas por modos de produção e relações de trabalho diferenciadas em função dos diferentes níveis de desenvolvimento dos países (desenvolvidos e subdesenvolvidos).

É evidente que a desigualdade marcante desta relação de produção e de comercialização se manteve, ainda mais, porque o processo industrial não ocorreu de forma homogênea e ao mesmo tempo no cenário mundial. E, mesmo com a industrialização recente em muitos países subdesenvolvidos, o carro-chefe da economia ainda teve e tem por base o setor primário (agricultura, pecuária e extrativismo) e, por isso, a principal pauta das exportações se atém na emissão destes produtos, de menor valor em comparação aos exportados pelos países desenvolvidos (produtos de maior valor agregado).

O que, muitas das vezes, causa controvérsias nas diversas fontes de pesquisa, disponibilizadas na Internet, por exemplo, é o critério empregado ao abranger a evolução histórica da Divisão Internacional do Trabalho (DIT). Alguns autores só consideram as fases da DIT Clássica, considerando-a desde a sua origem no período da Expansão Marítima (Fase do Capitalismo Comercial), o qual foi marcado pelas relações entre as metrópoles europeias e as colônias de exploração.

Outros, no entanto, além de mencionar as fases da DIT Clássica, englobam a Nova DIT (Fase do Capitalismo Informacional, da Globalização), também conhecida como DIT da nova Ordem Mundial.

Para efeito deste artigo, eu optei por considerar tanto a DIT Clássica quanto à Nova DIT. E para que tenhamos ideia de sua origem e suas respectivas fases temos que considerar a própria evolução do Capitalismo, uma vez que a origem da Divisão Internacional do Trabalho (DIT) remonta à primeira fase do sistema Capitalista, ou seja, a fase do Capitalismo Comercial.

Neste período, que se estendeu do Século XVI ao Século XVIII, as relações constituídas entre as metrópoles e suas respectivas colônias eram de exploração, assentadas – de um lado – pelo envio de recursos naturais (matérias-primas, especiarias, mão de obra escrava e metais preciosos) pelas colônias e, por parte das metrópoles europeias, a emissão de produtos manufaturados. 

A consolidação - propriamente dita - da DIT vai ocorrer na fase Capitalismo Industrial (1ª Fase da DIT), marcado pela I Revolução Industrial (Inglaterra), se estendendo da segunda metade do Século XVIII até o início do Século XX (Capitalismo Financeiro).

Com o processo de industrialização iniciado na Inglaterra e, nos demais países europeus (EUA e Japão, também), no século XIX, a “especialização da produção” se manteve sob esta relação desigual, onde as colônias e, posteriormente, já independentes - os países subdesenvolvidos - passaram a fornecer não só matérias-primas, como também produtos primários em troca com os produtos industrializados.

Na 2ª Fase da DIT, a relação dicotômica entre produtos industrializados versus produtos primários e/ou matéria-prima bruta vai ser mantida até meados do Século XX. No entanto, algumas alterações no perfil das trocas comerciais vão ser sentidas, sobretudo, pela descoberta e exploração do petróleo, bem como na pauta da exportação dos países desenvolvidos que passou a englobar a emissão de capitais e investimentos, além dos produtos industrializados.

O processo de industrialização nos países subdesenvolvidos só teve início a partir da metade do Século XX, mais especificamente, após a II Guerra Mundial (1945), ocorrendo de forma tardia e, tendo como características principais, a presença marcante do Estado e, também, da entrada e participação de empresas multinacionais. Esses países que, anteriormente, eram exclusivamente agroexportadores passaram a ser industrializados (países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos industrializados), como foi o caso do Brasil, do México, Chile e outros.

Em função dessas mudanças nos modos de produção, um novo perfil é atribuído à Divisão Internacional do Trabalho (DIT), com a introdução de produtos industrializados na pauta de exportação desses países, que ainda contavam com as matérias-primas e produtos primários.

No entanto, vale ressaltar que os produtos industrializados produzidos pelos países em desenvolvimento são de menor valor agregado e de baixo coeficiente tecnológico, não sendo comparável aos produtos industrializados dos países desenvolvidos (de maior valor agregado e tecnológico).

Esta mudança do perfil da DIT assinalou, a chamada Nova DIT, sendo marcado o aumento da participação, sobretudo, dos países em desenvolvimento da Ásia Oriental e do Pacífico. Um pequeno grupo de países se caracterizam por produtos de média e alta tecnologia, como a China, Taiwan, Coreia do Sul, Malásia, Cingapura e Índia. E, na América Latina, o México.

Neste contexto, um fato é certo, o êxito no mercado internacional, em termos de entrada expressiva de divisas, não decorre apenas da produção e exportação de grandes volumes de bens, mas sim do valor agregado à mercadoria

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Fontes de Pesquisa

. Material Didático particular


. POCHMANN, Márcio. Economia global e a nova Divisão Internacional do Trabalho.
Disponível em PDF

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Divisão do Trabalho


Mulher Multifuncional
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A divisão do trabalho consiste na distribuição de tarefas e/ou funções, permitindo que cada uma delas seja executada com maior rapidez. As tarefas específicas, no âmbito de um ambiente cooperativo, apresentam grandes vantagens que são bastante perceptíveis, tanto em termos de eficiência quanto em termos de qualidade e quantidade.

A divisão de tarefas e a destreza em cada etapa da operação leva à redução do tempo e, por conseguinte, ao aumento da produtividade (maior lucro).

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Fonte: Crab Jelly

Historicamente, a necessidade de se promover uma divisão do trabalho sempre se ateve associada às relações sociais no âmbito do trabalho e, sobretudo, ao surgimento do sistema capitalista, em suas diferentes fases, desde à expansão e aumento do comércio, à grande complexidade dos processos de industrialização, bem como a todo o processo produtivo global.

Esse trabalho cooperativo entre diversos trabalhadores, em um mesmo espaço físico, tendo cada qual uma tarefa específica leva à especialização do indivíduo à respectiva tarefa. Essa especialização, no entanto, tem vantagens e desvantagens.

Entre as vantagens tem-se a desenvoltura e o aprimoramento do indivíduo naquele ofício específico. No entanto, a especialização adquirida no parcelamento do trabalho em tarefas distintas priva ao indivíduo a concepção do trabalho como um todo, ou seja, separa-se a execução da concepção. O trabalho manual (criação do objeto) e o trabalho intelectual (sua consciência sobre o trabalho) se encontram dissociadas. O produto final é fruto do trabalho coletivo.

Tal como ocorre dentro de qualquer atividade ou setor econômico, a divisão do trabalho também acontece no âmbito das sociedades ou nos diferentes níveis de um espaço geográfico (bairro, município, estado, país).

Sendo assim, podemos classificar a Divisão do Trabalho em quatro grupos, a saber:
- Divisão Social do Trabalho: ocorre entre membros de uma mesma sociedade ou entre sociedades.

Em uma aldeia indígena, por exemplo, as atribuições entre homens e mulheres, jovens, adultos e os mais velhos variam, cada qual desempenhando uma tarefa específica.

O mesmo, podemos perceber em muitas casas, quando a mãe estabelece funções a cada filho, como forma de auxiliar no trabalho doméstico (uma filha varre a casa, a outra arruma cozinha, o filho mais velho leva o lixo pra rua e os cachorros para passear, por exemplo). 

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- Divisão Técnica do Trabalho: ocorre entre as diversas operações do processo produtivo (cadeia produtiva), realizadas por diferentes pessoas, em uma atividade econômica específica (comércio, indústria etc.).

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- Divisão Sexual do Trabalho: ocorre na divisão de gêneros no contexto dos diferentes papéis atribuídos a homens e mulheres na sociedade e/ou no processo produtivo (relações de poder, de dominação, de opressão, de superioridade entre homens e mulheres), que se expressa na valorização e nas diferenças salariais entre trabalhadores de ambos os sexos que desempenham a mesma função.


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- Divisão Territorial ou Internacional do Trabalho: ocorre quando há a repartição espacial das atividades econômicas entre os diferentes níveis de um espaço geográfico.

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Fontes:

. Material Didático particular;

. PIRES, Denise Elvira. Divisão Social do Trabalho - FIOCRUZ