Eu participava de um debate, que discutia o desemprego, quando fui pego de surpresa. Após um engenheiro fazer exposição sobre a contribuição da construção civil na demanda por mão-de-obra, o mediador tascou, entre irônico e sério, a seguinte afirmação-pergunta:
- os professores não constroem pontes; logo, o que eles podem fazer para ajudar a diminuir o desemprego?
Sem tempo para pensar, tive que engendrar uma resposta rápida, também entre irônica e séria. Disse-lhe:
- Realmente um professor não constrói pontes, não levanta edifícios, não pilota aviões, não cura doentes... essas atividades tão visíveis e responsáveis por tantos empregos. O professor se contenta com algo mais simples: ele prefere construir o engenheiro que levanta as paredes, instruir o comandante que faz o avião voar, formar o médico que cura e ensinar os jornalistas a fazerem perguntas embaraçosas.
O professor não constrói coisas... ele “constrói” as pessoas que fazem as coisas, ou pelo menos
ajuda as pessoas a construírem a si próprias. (...)
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