Reprodução do Folder do Projeto (MGEO UFRJ - BG Brasil)
O segundo dia do Curso do Projeto Herdeiros do Pré-Sal foi
realizado no dia 31/08 (sábado), das 8h30 às 17 horas, nas mesmas dependências
da Faculdade de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em virtude da elaboração de duas oficinas, Ciclo Hidrológico
(“terrário”) e de um vulcão, eu cheguei um pouco atrasada na UFRJ e o mesmo já
havia iniciado.
Este foi administrado pela Prof.ª Dr.ª Kátia Leite Mansur (Geologia
Geral) e o tópico abordado, inicialmente, teve por base os conceitos de “Minerais,
Rochas e Fósseis” (apresentação em PPS), abrangendo - por conseguinte - os processos
geológicos, o ciclo das rochas e a fossilização.
Vale ressaltar aqui, também, a presença e a participação da Prof.ª Dr.ª Sílvia Regina de Medeiros (Petrologia e Mineralogia).
Vale ressaltar aqui, também, a presença e a participação da Prof.ª Dr.ª Sílvia Regina de Medeiros (Petrologia e Mineralogia).
Após a explanação sobre minerais e rochas, a Prof.ª Kátia Mansur
abordou os processos geológicos que respondem pela dinâmica ambiental, ou
seja, os processos dinâmicos atuantes na crosta terrestre: Processos
Endógenos (Gênese/Formação) e Processos Exógenos (Esculturação/Modelagem).
Principais
Processos Endógenos
Magmatismo
Metamorfismo
Fenômenos
Tectônicos (Orogênese e Epirogênese)
Principais
Processos Exógenos
Intemperismo
Erosão
Transporte
Deposição
(Sedimentação)
Os três tipos de rochas são produtos destes processos
geológicos, sendo as rochas ígneas (ou
magmáticas) e as metamórficas originadas por processos
endógenos, enquanto que as rochas sedimentares têm sua origem ligada aos
processos exógenos.
Em seguida, ela explorou o Ciclo das Rochas.
. Fósseis vivos: são organismos de grupos biológicos atuais que, no passado
geológico da Terra, eram mais abundantes que no
presente. Exemplos, os nautilus e planta Cicas.
No entanto, há certa polêmica quanto ao uso deste termo.
Planta Cicas - Imagem capturada na Internet (Fonte: Casa Bela)
Icnofósseis: com base na definição, extraída da Internet, os icnofósseis são "estruturas fossilizadas diretamente relacionadas com atividades orgânicas, tais como alimento, locomoção, reprodução ou habitação. (...) podem ser referidas impressões e estruturas produzidas por organismos animais, como pistas de locomoção, trajetos de nutrição ou cavidades de alojamento, ou ainda, marcas de raízes quando se refere a organismos vegetais." (Fonte: Geologia Augusta).
A Prof.ª Kátia Mansur destacou que, antigamente, a versão sobre os dinossauros era que as caudas os ajudavam a manter o equilíbrio, mas esta concepção veio abaixo, pois não há registro destas (impressões) na chamada Paleoicnolologia.
O curso seguinte, também, sob a explanação da Prof.ª Kátia Mansur foi sobre "Recursos Geológicos: Minerais e Energéticos".
A Prof.ª Kátia Mansur destacou que, antigamente, a versão sobre os dinossauros era que as caudas os ajudavam a manter o equilíbrio, mas esta concepção veio abaixo, pois não há registro destas (impressões) na chamada Paleoicnolologia.
O curso seguinte, também, sob a explanação da Prof.ª Kátia Mansur foi sobre "Recursos Geológicos: Minerais e Energéticos".
Além de abordar, inicialmente, acerca da importância dos recursos minerais para a humanidade, alguns conceitos básicos foram discutidos, como os de recursos renováveis e não-renováveis; recursos minerais e reserva mineral; lavra; mina; garimpo; fontes de energia e outros pertinentes à temática, a referida professora passou a explicar - no âmbito das fontes de energia - sobre os combustíveis fósseis (recursos energéticos que se formaram como resultado do enterramento e subsequente transformação da matéria orgânica).
E, entre estes recursos, o primeiro a ser tratado foi o carvão mineral e, em sequência, a evolução do mesmo.
A origem geológica do carvão mineral está associada às seguintes condições naturais:
- Produção de
grande quantidade de biomassa (principalmente florestas);
- Preservação em
um ambiente pobre em oxigênio (aquoso);
- Soterramento e
compactação.
Em função do tempo decorrido do seu soterramento e compactação, isto é, em termos de profundidade e condições de temperatura e pressão, a matéria orgânica vai sendo submetida a um processo denominado de carbonificação (que é o enriquecimento em carbono).
Sendo assim, a matéria orgânica vai passar por vários estágios, durante este processo, cada qual com níveis de carbono diferenciados, os quais vão gerar:
As reservas de carvão do Brasil estão localizadas nos três estados da região Sul (borda leste da Bacia do Paraná), notadamente, no Rio Grande do Sul. Mas, o nosso carvão é de baixa qualidade, com alto teor de cinza e enxofre. Este último é responsável pelo desencadeamento da chuva ácida.
Além da poluição atmosférica e a chuva ácida, durante a queima, outro problema relacionado à exploração do carvão são os rejeitos.
Após a explanação sobre o mais abundante dos combustíveis fósseis, o carvão mineral, a Prof.ª Kátia Mansur deu prosseguimento aos outros dois da mesma categoria e, principais focos do presente Projeto, isto é, o Petróleo e o Gás Natural.
Para introduzir a questão o Óleo e Gás, a Prof.ª Sílvia Regina de Medeiros, autora do PPS, fez uso de diversas imagens - sob diferentes situações de afloramento do petróleo - a fim de chamar a atenção de todos sobre esta fonte de energia, que continua sendo a principal matriz energética do mundo.
Falou-se da origem dos mesmos, digo no plural, porque a ocorrência do gás natural se encontra associada a do petróleo.
Diferentemente da matéria-prima para a geração do carvão mineral (soterramento de florestas), a origem dos depósitos de óleo e gás está ligada à grande quantidade de biomassa, principalmente, de fitoplancton e zooplancton, em mares fechados (ambiente redutor, pobre em oxigênio).
. Produção de grande quantidade de biomassa (principalmente, fito e zooplâncton);
. Preservação em um ambiente redutor (pobre em oxigênio);
. Maturação, este processo ocorre
com o soterramento, quando a matéria orgânica - submetida às condições
adequadas de calor e pressão - passa para o estado líquido (ou gasoso) em uma
rocha geradora;
. Migração do óleo (ou gás) da rocha geradora para uma rocha
reservatório, permeável.
. Trapeamento (trap=armadilha/rochas capeadoras): a
existência de uma rocha impermeável (rocha selante ou capeadora) que retenha e
acumule o petróleo.
As condições termais para a formação do petróleo devem
variar de aproximadamente 50 a 200o C (depende também do tempo –
milhões de anos).
A temperatura e o tempo vão determinar o tipo e a presença
de hidrocarbonetos.
Após toda a explanação acerca das condições ambientais para a formação dos depósitos de óleo e gás, a Prof.ª Kátia Mansur destacou a posição do nosso país em termos de riqueza mineral e, também, sobre a descoberta das camadas do Pré-Sal.
A camada de sal é impermeável, sendo a rocha selante.
Dando continuidade, ela exibiu alguns mapas (distribuição das bacias sedimentares em nosso território, das reservas e das áreas produtoras de óleo e gás no mapa-múndi). Ainda explicou sobre o Hidrato de gás (hidrato
de metano), de outras fontes de energia (nuclear, geotermal, eólica, solar etc.) e outros recursos minerais não energéticos (metálicos e não-metálicos).
No ranking dos maiores produtores mundiais, o Brasil ocupa:
No ranking dos maiores produtores mundiais, o Brasil ocupa:
- 1º lugar na produção de nióbio e ferro;
- 2º lugar em manganês, tântalo e alumínio;
- 3º lugar em grafita;
- 4º
- 5º lugar em caulim.
O nióbio é um metal raro no mundo, mas é abundante no Brasil (maior produtor mundial), sobretudo, em Araxás (MG). O Brasil detêm 98% das reservas deste mineral nobre, metálico, seguido pelo Canadá e Austrália.
Após o encerramento das apresentações, as professoras Kátia Mansur e Sílvia Regina dispuseram diversos jogos educativos sobre a temática abordada, como: Jogo da Memória (Minerais e seus Usos); Jogo do Tabuleiro e o Jogo do Ciclo das Rochas.
Professoras Kátia Mansur (em primeiro plano, à direita)
e Sílvia Regina (ao fundo, à esquerda)
As atividades não se encerraram após o término desta, pois ainda tivemos uma palestra sobre "Operações de FPSOs", as apresentações das nossas oficinas no Laboratório e, por último, a visitação ao Museu da Geodiversidade. Mas, em virtude desta postagem estar extensa, as mesmas serão publicadas posteriormente.
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